Geopolítica Energética

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Re: Geopolítica Energética

#196 Mensagem por Enlil » Qui Nov 11, 2010 8:19 pm

20:00
11/11/2010
Petrobras anuncia lucro líquido de R$ 24,5 bilhões de janeiro a setembro


Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 24,588 bilhões de janeiro a setembro deste ano. O valor é 10% superior ao registrado em igual período do ano passado. O resultado foi favorecido pelo crescimento nas vendas internas, superior em 13%, e também pelo aumento de 35% na cotação do barril do petróleo tipo brent, que passou de US$ 57,15 para US$ 77,13.


A informação foi divulgada no início da noite de hoje (11) pelo diretor financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa. Nos três trimestres do ano, os investimentos aumentaram 11% em relação ao período anterior, chegando a R$ 56,5 bilhões. A produção de petróleo e gás no país subiu 2%.


Barbassa ressaltou que o aumento no consumo do gás se deu pelo maior uso doméstico e também pela utilização em termelétricas a gás, elevando a demanda em 28%. O aquecimento da economia do país se refletiu ainda no crescimento expressivo de combustíveis automotivos, com destaque para a gasolina, com alta de 18%, favorecida pelo preço desfavorável do álcool anidro aos consumidores. O diesel registrou aumento de 10%.


O lucro líquido no terceiro trimestre foi de R$ 8,566 bilhões, representando crescimento de 3% sobre o segundo trimestre. O valor de mercado da Petrobras, após o processo de capitalização, atingiu R$ 373,766 bilhões.


Edição: Aécio Amado

http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;js ... Id=1100767




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Re: Geopolítica Energética

#197 Mensagem por Enlil » Ter Nov 16, 2010 9:01 pm

Atualizado em 16 de novembro, 2010 - 09:41 (Brasília) 11:41 GMT

Petrobras está 'destinada a dominar' setor, afirma 'The Guardian'


A Petrobras quer se tornar a maior produtora mundial de petróleo de capital aberto até 2015, segundo afirma o diretor financeiro da companhia em uma entrevista publicada pelo diário britânico The Guardian nesta terça-feira.

Segundo Almir Guilherme Barbassa, a companhia pretende mais do que dobrar sua produção na próxima década, para 5,4 milhões de barris de petróleo e gás por dia.

Na reportagem de página inteira, intitulada “Petroleiros do Brasil destinados a dominar”, o jornal observa que a série de descobertas de reservas de petróleo na camada pré-sal “transformaram a sorte da companhia e catapultaram o Brasil em um dos líderes em energia e um dos motores econômicos mundiais”.

Segundo afirma Barbassa ao jornal, a Petrobras será uma das maiores beneficiárias da legislação brasileira que dá à empresa uma parcela mínima de 30% sobre cada nova reserva descoberta, além do controle sobre os novos projetos.

O Guardian observa que isso significa que as grandes petroleiras privadas mundiais, como BP, Shell e ExxonMobil, “terão que ficar em segundo plano atrás da Petrobras pelo acesso às vastas reservas brasileiras”.

'Ascensão meteórica'


A reportagem comenta que grandes descobertas de petróleo em águas profundas nos últimos anos estão por trás da “ascensão meteórica” da Petrobras, elevando as reservas comprovadas pela companhia de 11,5 bilhões de barris em 2006 para 30 bilhões de barris.

Com a continuidade da exploração da camada pré-sal, o jornal observa, essas reservas podem atingir entre 50 bilhões e 100 bilhões de barris, no mesmo nível que as reservas da Rússia e do Kuwait.

O jornal relata que, em setembro, a Petrobras levantou US$ 70 bilhões na maior oferta pública de ações do mundo, deixando o governo brasileiro com uma participação de 55% na companhia.

A reportagem observa que há obstáculos para que a empresa atinja seus objetivos, como as dificuldades técnicas para a exploração das reservas na camada pré-sal.

A empresa pretende investir US$ 224 bilhões nos próximos cinco anos para desenvolver as novas descobertas. O jornal relata que, segundo a Agência Internacional de Energia, somente neste ano os gastos da Petrobras devem ficar em US$ 44,8 bilhões, o maior valor entre todas as empresas de capital aberto do mundo.

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... s_rw.shtml




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Re: Geopolítica Energética

#198 Mensagem por Francoorp » Qua Nov 17, 2010 9:29 am

UAU... estamos bombando!! :mrgreen:

Agora é ver se isso ai não vai parar somente nos bolsos da Elite brasileira, como sempre acontece.




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Re: Geopolítica Energética

#199 Mensagem por irlan » Qua Nov 17, 2010 4:57 pm

Vamos exportar óleo cru ou produtos como combustivel e plásticos?




Na União Soviética, o político é roubado por VOCÊ!!
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Re: Geopolítica Energética

#200 Mensagem por Francoorp » Qua Nov 17, 2010 5:14 pm

irlan escreveu:Vamos exportar óleo cru ou produtos como combustivel e plásticos?

Dizem que será produto ja trabalhado, com valor agregado... mas certamente uma parte será cru, afinal nossos clientes também devem colocar as refinarias para trabalhar.




Editado pela última vez por Francoorp em Qua Nov 17, 2010 7:05 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Geopolítica Energética

#201 Mensagem por Sterrius » Qua Nov 17, 2010 6:12 pm

duvido que a parte das empresas como exxon mobil, shell etc levem o oleo pra refinarias da petrobras.




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Re: Geopolítica Energética

#202 Mensagem por EDSON » Qua Nov 24, 2010 5:12 pm

24/11/2010 - 15h57
Petrobras anuncia fim de produção e exploração de petróleo no Equador

Empresa brasileira não aceitou condições dos novos contratos A Petrobras anunciou nesta quarta-feira o fim das operações de exploração e produção de petróleo no Equador, depois de fracassadas as negociações entre a empresa e o governo equatoriano sobre as novas regras para a exploração petrolífera no país.

A empresa brasileira informou, por meio de um comunicado, que sua subsidiária Petrobras Argentina S.A. "decidiu não aceitar a proposta final recebida pelo governo do Equador de migrar os contratos de exploração do Bloco 18 e do Campo Unificado de Palo Azul para Contratos de Serviços".

De acordo com a empresa, sua subsidiária possui 30% de participação nos ativos dos poços, por intermédio da Sociedade Ecuador TLC S.A, com produção diária de 2,4 mil barris por dia. A produção no Equador representa "aproximadamente 3% do total da produção consolidada" da Petrobras Argentina S.A.

O Equador já havia anunciado na terça-feira a saída da Petrobras dos campos de exploração do país.

Segundo o ministro de Recursos Naturais não Renováveis do Equador, Wilson Pastor, a Petrobras deverá entregar a operação de seus dois poços no prazo de 120 dias. "Vamos buscar uma transferência ordenada, com (pagamento a) um preço justo", afirmou Pastor.

A subsidiária disse que tomará medidas para obter o pagamento da indenização prevista no contrato.

A Petrobras Argentina deve continuar no Equador por meio das ações do oleoduto mantido em parceria com a Sociedad Oleoducto de Crudos Pesados S.A.

Mais para o Estado As novas regras para a exploração de petróleo no Equador estabelecem que o Estado arrecadará todo o lucro obtido com a extração, em troca do pagamento dos custos de produção, limitando o papel das empresas estrangeiras à prestação de serviços.

Segundo o ministro equatoriano, com a renegociação, o Estado passará a ficar com 80% das divisas da exploração de petróleo, e não mais com 70%, como previam os contratos anteriores.

Outras três companhias, além da Petrobras, também ficaram de fora dos novos contratos. Por outro lado, o Equador fechou acordos com as empresas Repsol-YPF, Agip, Andes Petroleum e PetroOriental-Enap.

O impasse nos contratos entre a Petrobras e o Equador se arrasta desde 2008, quando o governo anunciou as novas regras para a exploração petrolífera no país. Antes, a arrecadação do Estado era de apenas 18% do lucro do petróleo.

À época, quando foi assinado o "contrato de transição", a Petrobras havia advertido que o impasse entre a estatal e o Equador continuava, apesar do acordo e que existia a possibilidade da companhia deixar do país.

Membro da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), o Equador produz 500 mil barris de petróleo por dia.




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Sterrius
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Re: Geopolítica Energética

#203 Mensagem por Sterrius » Qua Nov 24, 2010 9:40 pm

pagando o preço do contrato bom voyage e cada um segue seu caminho!

Equador que faça o que acha melhor com seu petroleo. E nos com o nosso dinheiro.




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Re: Geopolítica Energética

#204 Mensagem por Penguin » Qui Nov 25, 2010 4:53 pm

Imagem

Israel and its natural resources
What a gas
!
Israel’s new gas finds may affect its strategic friendships too
Nov 11th 2010 | JERUSALEM | from PRINT EDITION
http://www.economist.com/node/17468208/print

THE old, sad, Jewish joke about Moses taking a wrong turn and ending up in a corner of the Middle East without any oil can at last be discarded. Israel has struck gas—lots of it. Deep-sea wells off the north of the country should soon supply all the country’s own gas needs, and much more is in prospect for export. But such bonanzas inevitably bring headaches.

Tension with next-door Lebanon over demarcating the maritime border is rising. A big battle has begun in Israel over royalties, with some demanding a sovereign-wealth fund when the money starts flowing. There is excitement and volatility on the Tel Aviv stock exchange, where the government has moved belatedly to curb heady trading in drilling licences.

The find could also have far-reaching strategic consequences, especially if a pipeline is laid across the seabed to Greece, where relations with Israel have been noticeably warming as Turkey moves to shut down its longstanding alliance with the Jewish state.

For decades Israel drilled for oil with scant success. But in 1999 a maritime drill struck gas in commercial quantities just 250 metres beneath the Mediterranean, 40km (25 miles) out from Israel’s southern port of Ashdod. Production began in 2004 at what is called the Mari-B, and some 2.8 billion cubic metres of gas are piped ashore each year from reserves that may be as large as 22 bcm.

But that is a mere bubble compared with the Tamar field discovered last year, also in the Mediterranean, 90km off the northern end of Israel’s coast. Tamar, where the gas is much deeper down, holds 238 bcm. Production, by a consortium led by the same Israeli and American partners who own Mari-B, is to begin in 2014. Tamar was the world’s largest gas find in 2009.

But it, too, may be dwarfed by another find by the same consortium, 45km farther out to sea. Noble Energy, the consortium’s American part, says this field, called Leviathan, has a potential of 453 bcm and an even chance of “geological success”. An exploratory drill is under way. The results should be known early next year. If good, production could begin by 2016.

The two fields could provide gas worth $4 billion a year. As Israel’s energy bill is $10 billion—more than 5% of GDP—the gas would sharply improve the country’s trade balance. Indeed, Tamar should supply all Israel’s domestic gas needs, both for industry and household consumers, for at least 20 years. Leviathan’s reserves should be available for export.

This is where Greece may come in. The two countries, cold and distant in the past, have suddenly become bosom friends. Israeli military aircraft, no longer welcome in Turkish skies, are training over Greece in concert with the Greek air force. The two prime ministers, Binyamin Netanyahu, an arch-capitalist, and George Papandreou, a socialist scion, have exchanged cosy visits. Israeli businessmen and tourists who once flocked to Turkey are switching to Greece. Recent diplomatic talks in Jerusalem included a session with Israel’s petroleum commissioner. Israel sees Greece not only as a gas purchaser but also as a European hub from which Israeli gas could be sold and piped on.

But Greece may not sign on the dotted line until Israel has agreed with Lebanon and Cyprus on where a border is to be drawn in the sea, demarcating each country’s economic exclusion zone. Israeli and Lebanese ministers have already traded accusations and threats. Tension has risen since Iran began offering to help develop Lebanon’s share of the undersea wealth.

The Israelis say they are close to agreeing with Cyprus on a “median line” to let them share some of the seabed between them; as economic exclusion zones generally extend 200 miles (322km) out to sea, there is an overlap. The Israelis then intend gingerly to approach Lebanon, though the two countries are formally in a state of war, in the hope eventually of holding a UN-backed international arbitration.


Meanwhile, the Israelis have run a string of buoys into the sea off the coastal border point between Israel and Lebanon. But the Lebanese say they are angled too far northward. The Israelis point out that Tamar and Leviathan (see map) are anyway well south of the line that Lebanon claims as the correct maritime one.

In any event, unlike Mari-B, where a derrick standing on the sea floor pumps up the oil, Tamar and Leviathan will present no target above the waterline for anti-Israeli guerrillas from outfits such as Hizbullah, the Lebanese Shia party-cum-militia. Nearly 2,000 metres deep, the wells will be installed and operated by robot-like machines capable of withstanding the intense underwater pressure.

The Palestinians, especially in Gaza, are watching developments twitchily. A decade or so ago, British Gas wanted to work with the Palestinian Authority to develop the Marine field off Gaza; most or all of the gas was to be sold to Israel. But Ariel Sharon, when he was Israel’s prime minister, vetoed the project, ostensibly on security grounds, and the field lies unexploited.


A big bonus for poor Israelis?

Back on land, a committee of experts appointed by the finance minister has recommended a steep rise in the government take on successful gas or oil finds. A series of tax breaks and low royalties would mean, the committee found, that Israeli citizens would do poorly out of their country’s natural resources by international standards. So the committee proposed progressive taxes on profits that could mean the government taking 66% of profits on flourishing gasfields. Oil and gas executives, apparently backed by the American administration, are complaining loudly. The offshore consortium has retained legions of lobbyists and public-relations people to make its case.

Lined up against them are civil-society campaigners such as Michael Melchior, who hailed the recommendations as “a significant step in the right direction”. As a former chief rabbi of Norway and later an Israeli politician linked to the Labour party, he is urging the government to follow Norway’s example by putting the state’s share of profits into a sovereign wealth fund and earmarking the income for social welfare. “A one-time chance,” he says, “to bring truly historic change to Israeli society.”




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Boss
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Re: Geopolítica Energética

#205 Mensagem por Boss » Dom Nov 28, 2010 3:02 pm

Brasileiros querem produzir etanol usando plasma frio

Etanol de segunda geração

A atual fronteira para o crescimento do etanol – a obtenção do chamado etanol de segunda geração -não está na questão das terras agricultáveis e nem na abertura dos mercados externos.

O problema está nas paredes celulares dos vegetais, formadas por um polímero bem conhecido do homem, mas muito difícil de ser quebrado: a celulose.

Desenvolver meios economicamente viáveis para decompor a celulose é fundamental para viabilizar o etanol de segunda geração, que poderá ser extraído de qualquer biomassa, e não apenas da cana-de-açúcar.

Isto permitirá aumentar a produção do biocombustível sem ter que alterar a extensão das plantações, além de levar a indústria para outras partes do país.

As soluções vislumbradas até agora são igualmente surpreendentes. Por exemplo, utilizar enzimas encontradas nos aparelhos digestivos de cupins e de animais ruminantes para decompor a celulose. Os ácidos são outra alternativa.

Etanol feito com plasma

Mas uma equipe do Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), em Campinas (SP), optou por uma terceira rota para liberar os açúcares da celulose: bombardeá-los com cargas elétricas geradas por um plasma, um gás ionizado que é considerado o quarto estado da matéria.

A quebra é semelhante ao que ocorre quando se lança mão dos cupins ou das vacas, uma rota na qual as enzimas mudam cargas elétricas de lugar, saturando uma ligação e provocando o seu rompimento.

Após a quebra, surgem espaços que são preenchidos com pedaços das moléculas de água e o novo rearranjo forma os açúcares.

“Vamos tentar fazer isso, só que utilizando uma descarga elétrica”, disse Marco Aurélio Pinheiro Lima, coordenador do projeto.

Para dar certo, o processo deve ser controlado e as quebras executadas com cuidado para manter os açúcares intactos, pois são eles que darão origem ao etanol, por meio da fermentação.

A pesquisa deve também revelar outros modos de se fazer álcool, podendo até mesmo pular a etapa da fermentação, por meio de uma combinação de parâmetros até então desconhecida. “Quando se faz pesquisa é preciso estar aberto a descobertas imprevisíveis, pois os resultados podem levar a novos horizontes”, disse o pesquisador.

Plasma frio

Algumas pistas para essa via de quebra da celulose vieram de estudos sobre o tratamento do câncer. Foi constatado nessas terapias que os elétrons de baixa energia possuem uma força capaz de quebrar o DNA de células cancerosas.

“Uma cadeia de DNA lembra muito os açúcares”, comparou Lima, ressaltando que os elétrons de baixa energia podem ser obtidos dentro de um plasma com baixo custo.

Para o projeto foi escolhido um plasma frio à pressão atmosférica, no lugar dos modelos de baixa pressão, os mais comuns em laboratório. O motivo é desenvolver um meio que apresente viabilidade econômica para ser aplicado no mercado.

“Nesse sentido, o plasma frio à pressão atmosférica é mais barato e não exige tantos recursos para operar, como o vácuo, por exemplo. Não podemos pensar em algo que seja usado somente no laboratório, pois poderá ser uma máquina que atuará em uma escala grande”, disse.

Mesmo assim, a equipe do CTBE também pretende estudar os efeitos do plasma de baixa pressão e do plasma em meio aquoso na quebra da celulose.

Os dados levantados ajudarão a obter uma série de conhecimentos básicos sobre o processo de dissociação desses polímeros e aprimorar processos para as biorrefinarias. “Essas serão as usinas do futuro: sempre coladas a uma indústria química que desenvolverá uma infinidade de produtos além do etanol e do açúcar”, frisou Lima.

O projeto poderá levar ao controle do ambiente de descarga de elétrons a ponto de o químico escolher resultados desejados visando a obtenção de moléculas de valor comercial mais interessante.

Etanol de outras biomassas

Os experimentos do projeto do CTBE também poderão ser aplicados em outras rotas de quebra da celulose ao dar pistas sobre como uma enzima ou um ácido atuam no processo.

Outra possibilidade é o surgimento de um processo misto que associe rotas diferentes para a obtenção do açúcar. Como a celulose tem uma estrutura fechada em pacotes, os elétrons poderiam, por exemplo, desempacotar o polímero e prepará-lo para um ataque enzimático ou químico.

Em todas essas perspectivas, a pesquisa esbarra em dois obstáculos fundamentais: a obtenção do controle do processo e a viabilidade econômica da tecnologia a ser desenvolvida. Por esse motivo o plasma deve ser barato e de baixa energia, a ponto de compensar a produção do etanol.

“A obtenção do álcool celulósico é conhecida e chegou a ser usada na Segunda Guerra Mundial. Ele só não está no mercado até hoje por ser obtido por meio de um processo caro. Por conta disso, tentamos baratear essa tecnologia e desenvolver novas rotas”, disse Lima.

Apesar de estar voltado à cana-de-açúcar, o projeto poderá resultar em tecnologias para a obtenção de etanol a partir da celulose de outras espécies vegetais.

Com isso, estados brasileiros que estão longe das plantações de cana-de-açúcar poderão produzir seu etanol a partir de espécies vegetais de sua região e assim viabilizar o uso local do combustível. “Pretendemos desenvolver tecnologias que possam ser transferidas para outras biomassas de modo que o etanol se torne viável em todo o país”, afirmou Lima.

O pesquisador aponta que a pesquisa básica que está sendo desenvolvida abrirá possibilidades nem sequer são imaginadas. “Mesmo que as descobertas não resultem em um processo industrial, elas ensinarão muito sobre o modo como uma molécula é quebrada”, ressaltou.




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Re: Geopolítica Energética

#206 Mensagem por Marino » Seg Nov 29, 2010 11:24 am

China lidera importação de petróleo do Brasil
Vendas para o país subiram 125% de janeiro a outubro deste ano, comparadas a 2009. Com o pré-sal,
negócios só devem aumentar
Raquel Landim
Soja, minério de ferro e agora petróleo. As exportações brasileiras de petróleo para a China dispararam
para atender o voraz apetite do gigante asiático por matérias-primas. Preocupados em garantir seu suprimento,
os chineses também já dão os primeiros passos na exploração e produção do óleo no País. Os especialistas
apostam que a presença chinesa só tende a crescer com os novos negócios do pré-sal.
De janeiro a outubro, a China comprou 179,5 mil barris de petróleo por dia do Brasil, o que significa 125%
a mais que em igual período do ano anterior. A receita gerada atingiu US$ 3,18 bilhões. Considerados os
embarques diretos, o país asiático é o principal cliente do País e já recebe mais petróleo que os Estados
Unidos, que importou 157 mil barris/dia do Brasil, 5% a menos. Os dados são da Secretaria de Comércio
Exterior (Secex).
Uma parte do petróleo que é vendido pela Petrobrás nos Estados Unidos, no entanto, segue via Santa
Lucia, uma pequena ilha no Caribe, que redistribui o produto para outros destinos. A empresa não informou
porque faz essa alteração na rota. Foram embarcados para Santa Lucia 97,8 mil barris/dia de janeiro a outubro,
uma queda de 33%.
Segundo a Petrobrás, os EUA responderam por 43% de suas vendas de janeiro a outubro e a China por
28%. Procurada pelo Estado, a estatal não deu entrevista, só enviou os dados no fim da tarde de sexta-feira e
não informou quais eram as participações em anos anteriores.
Outro gigante asiático, a Índia, também começa a se destacar e recebe 39,4 mil barris/dia, o quarto
principal destino das vendas brasileiras.
O aumento dos embarques de petróleo para a China é consequência do contrato entre Petrobrás e
Sinopec. A estatal brasileira comprometeu-se a vender, a preços de mercado, 150 mil barris/dia para a
companhia chinesa. No ano que vem, o volume sobe para 200 mil barris/dia.
Esse contrato funciona com uma garantia para o empréstimo de US$ 10 bilhões que o China
Development Bank concedeu à Petrobrás.
"A China é um cliente como qualquer outro. Não vejo problema em vender para quem paga preços de
mercado", disse Wagner Freire, consultor e ex-diretor de exploração e produção da Petrobrás.
Ele diz que o empréstimo chinês foi feito quando a estatal precisava de recursos e o mercado permanecia
fechado por causa da crise. O especialista questiona, no entanto, a necessidade tão grande de caixa da
Petrobrás, provocada pelos investimentos em refinarias.
Graças ao acerto entre Petrobrás e Sinopec, o ritmo de crescimento das vendas de petróleo para a China
foi exponencial. Em 2004, os chineses estavam na sexta colocação entre os clientes do Brasil, atrás de países
como Chile e Portugal. Em 2003, sequer apareciam nas estatísticas. O comércio com a Índia é ainda mais
recente e só ganhou volume no ano passado.
Mesmo assim, o Brasil ainda é um fornecedor irrelevante para os chineses, cujas importações líquidas
chegaram a 1,4 milhão de barris por dia em setembro. Os Estados Unidos são o maior comprador de petróleo
do mundo, mas os chineses já são o maior consumidor de energia. Com as vendas de carros batendo recorde,
a sede do gigante asiático por gasolina é cada vez maior.
Segundo estimativas da Organização dos Países Produtores de Petróleo (Opep), o consumo chinês de
petróleo deve crescer 5,14% em 2011, muito acima da alta de 1,36% prevista para a demanda global. Nos
Estados Unidos, por outro lado, a economia cresce pouco e aumenta a aposta em combustíveis alternativos.
Investimentos. Uma das maiores preocupações do governo chinês é garantir o suprimento das
commodities necessárias para o crescimento do País. O Brasil ainda não produz petróleo o suficiente para
exportar volumes significativos, mas tem reservas promissoras. Por isso, os chineses também já estão
investindo diretamente no setor.
A Sinochen comprou 40% do campo de Peregrino, controlado pela norueguesa Statoil por US$ 3,07
bilhões. A Sinopec fez um aporte de US$ 7,1 bilhões na filial brasileira da Repsol. Com o dinheiro, a empresa
espanhola vai investir nos campos de Guará e Carioca, algumas das maiores descobertas do mundo.
As estatais chinesas também aparecem como os principais interessados nos ativos da OGX, do
empresário Eike Batista. A companhia está vendendo 20% a 30% dos sete blocos que possui na bacia de
Campos. O grupo já tem parcerias com os chineses em mineração e siderurgia.
"É muito positivo a vinda dos chineses e investidores de outros países, porque dinamiza o setor", diz
Osvaldo Pedrosa, presidente da Associação dos Produtores Independentes de Petróleo (Abipp). Para o sócio
de óleo e gás do escritório de advocacia Mattos Filho, os chineses tem menos receio de riscos políticos, pois,
como se tratam de estatais, o relacionamento é quase diplomático.
Os analistas acreditam que os chineses podem ser os principais investidores e compradores do petróleo
do pré-sal. Para Adriano Pires, diretor do Centro Brasileiro de Infraestrutura (CBIE), a mudança do modelo
regulatório beneficia a Petrobrás e afugenta multinacionais, mas não assusta os chineses, que não estão
interessados em lucro, mas em garantia de fornecimento. "O investimento da China não é ruim, mas temos de
ter cuidado para não ficarmos presos a um país complicado".




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Geopolítica Energética

#207 Mensagem por Francoorp » Qui Dez 02, 2010 5:19 pm





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Re: Geopolítica Energética

#208 Mensagem por Marino » Ter Dez 14, 2010 10:56 am

PQP:

Petrobrás volta a investir em gás natural na Bolívia


Em 2006, a estatal foi surpreendida e afetada com a decisão do governo Evo Morales de retomar os investimentos privatizados
Nicola Pamplona e Sabrina Valle

Quatro anos após a nacionalização do setor de petróleo na Bolívia, a Petrobrás volta a investir em expansão de suas atividades no país vizinho. A companhia concluiu as negociações para a compra de 30% do campo de gás Itaú, concedido inicialmente à francesa Total, e passará a operar o projeto. Itaú é vizinho aos campos de San Alberto e San Antonio, maiores exportadores de gás para o Brasil.
A Petrobrás não comentou a operação, que foi notícia na imprensa boliviana e confirmada ao Estado por fontes diplomáticas. As negociações se iniciaram após a constatação de que Itaú e San Alberto fazem parte de uma mesma jazida petrolífera. A Total confirmou a descoberta de Itaú em 2009, quando deu entrada no processo de declaração de comercialidade.
"A entrada da Petrobrás no projeto era esperada. Nesses casos (em que a jazida pertence a duas ou mais concessões), é normal que haja um rearranjo acionário", comentou o diretor da consultoria Gas Energy, Marco Tavares. Isso porque os diversos consórcios envolvidos são obrigados a negociar uma maneira de dividir a produção das reservas.
A estatal YPFB-Chaco ficará com 4% de Itaú, segundo fontes próximas ao processo. A britânica BG Bolívia tem 25% e a Total fica com 41%. A operação tem de ser aprovada pelas autoridades bolivianas. O valor do negócio não foi confirmado por nenhuma das partes.
Os campos operados pela Petrobrás na Bolívia produzem uma média de 23 milhões de metros cúbicos de gás natural por dia, que representam mais da metade da produção boliviana do combustível. Boa parte do volume é exportado ao Brasil, que consome uma média de 30 milhões de metros cúbicos por dia de gás do país vizinho, volume transportado por meio do Gasoduto Bolívia-Brasil (Gasbol).
Em 2006, a estatal brasileira foi surpreendida com a implementação, pelo governo de Evo Morales, do processo de retomada dos ativos petrolíferos no País, privatizados n a década de 90. Em sua primeira ação nesse sentido, Morales promoveu o cerco militar de uma refinaria da Petrobrás no país.
As refinarias já foram vendidas à estatal local YPFB e a Petrobrás aceitou alterações nos contratos de concessão dos campos de gás natural, que passam a propriedade da produção à YPFB. A estatal brasileira, porém, mantém a operação dos campos sob o argumento de que precisa garantir o suprimento de gás ao mercado brasileiro.
A manutenção dos investimentos faz parte também da estratégia de política externa do governo Luiz Inácio Lula da Silva, que defende maior cooperação com os países vizinhos. Dois anos após a nacionalização, Lula esteve na Bolívia prometendo maiores investimentos brasileiros.




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Re: Geopolítica Energética

#209 Mensagem por RobertoRS » Qua Dez 15, 2010 8:32 pm

A Síndrome de Corno Manso definitivamente substituiu a Síndrome de Vira Lata. A onda do momento é tomar chifre e gostar.




Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
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de santa fé bem coberto
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nem todo o céu me segura
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Re: Geopolítica Energética

#210 Mensagem por Ilya Ehrenburg » Qui Dez 16, 2010 10:39 pm

Enlil escreveu:20:00
11/11/2010
Petrobras anuncia lucro líquido de R$ 24,5 bilhões de janeiro a setembro


Vladimir Platonow
Repórter da Agência Brasil

Rio de Janeiro - A Petrobras registrou um lucro líquido de R$ 24,588 bilhões de janeiro a setembro deste ano. O valor é 10% superior ao registrado em igual período do ano passado. O resultado foi favorecido pelo crescimento nas vendas internas, superior em 13%, e também pelo aumento de 35% na cotação do barril do petróleo tipo brent, que passou de US$ 57,15 para US$ 77,13.


A informação foi divulgada no início da noite de hoje (11) pelo diretor financeiro e de Relações com Investidores, Almir Barbassa. Nos três trimestres do ano, os investimentos aumentaram 11% em relação ao período anterior, chegando a R$ 56,5 bilhões. A produção de petróleo e gás no país subiu 2%.


Barbassa ressaltou que o aumento no consumo do gás se deu pelo maior uso doméstico e também pela utilização em termelétricas a gás, elevando a demanda em 28%. O aquecimento da economia do país se refletiu ainda no crescimento expressivo de combustíveis automotivos, com destaque para a gasolina, com alta de 18%, favorecida pelo preço desfavorável do álcool anidro aos consumidores. O diesel registrou aumento de 10%.


O lucro líquido no terceiro trimestre foi de R$ 8,566 bilhões, representando crescimento de 3% sobre o segundo trimestre. O valor de mercado da Petrobras, após o processo de capitalização, atingiu R$ 373,766 bilhões.


Edição: Aécio Amado

http://agenciabrasil.ebc.com.br/home;js ... Id=1100767
Mas a Míran Leitão não falou que a empresa estava para falir?




Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg


Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
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