GEOPOLÍTICA

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Re: GEOPOLÍTICA

#3226 Mensagem por delmar » Qui Dez 09, 2010 12:25 pm

Penguin escreveu:Sai SPG...
Moreira Franco nos Assuntos Estratégicos
qua, 08/12/10
por fausto.siqueira

O peemedebista Moreira Franco, ex-governador do Rio e ex-vice presidente de Fundos de Governo e Loterias da Caixa Econômica Federal, vai assumir a Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE). Convidado para o cargo pela presidente eleita Dilma Rousseff, ele aceitou. O atual titular da SAE é o embaixador Samuel Pinheiro Guimarães. Para torná-la mais atrativa para o PMDB, a secretaria foi vitaminada com a política nacional de saneamento e resíduos sólidos e o Conselho de Desenvolvimento Econômico. É o quinto ministério destinado ao PMDB.
Agora ficou importante mesmo. Algumas dezenas de CC para a companheirada. :|




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Re: GEOPOLÍTICA

#3227 Mensagem por Penguin » Qui Dez 09, 2010 12:35 pm

delmar escreveu:
Penguin escreveu:Sai SPG...
Agora ficou importante mesmo. Algumas dezenas de CC para a companheirada. :|
Ou seja...vitaminada com...
saneamento e resíduos sólidos = merda (e sucedâneos) para os companheiros do PMDB




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Re: GEOPOLÍTICA

#3228 Mensagem por Penguin » Qui Dez 09, 2010 2:10 pm

Penguin escreveu:Rússia faz acordo com a UE e está a um passo da OMC
Para poder ingressar na Organização Mundial do Comércio, no entanto, o país terá de superar impasse comercial com o Brasil
08 de dezembro de 2010 | 0h 00

Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
A Rússia fechou um acordo com a União Europeia (UE) e anunciou que, com o entendimento, está finalmente a um passo de sua adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas o impasse agora é com o Brasil. Moscou cortou pela metade o acesso de produtos brasileiros ao seu mercado e o Itamaraty insiste que quer o mesmo acesso que os russos concedem a europeus e americanos.

Para a adesão de um país na OMC, cada candidato precisa fechar acordos comerciais com os membros da entidade. Por anos, o Brasil vem declarando seu apoio à adesão do Kremlin à entidade. No início do governo Lula, o Itamaraty chegou a fazer uma troca: apoiava a adesão da Rússia e, em troca, recebia o apoio do Kremlin para a adesão do Brasil ao Conselho de Segurança da ONU.

Hoje, porém, a constatação é de que o apoio político não se traduziu em benefícios comerciais. Para acomodar europeus e americanos, os russos simplesmente cortaram pela metade a cota oferecida no início ao Brasil para a exportação de suas carnes ao mercado da Rússia, um dos mais importantes para o País.

Fontes no setor privado brasileiro, portanto, acusam Moscou de ter preterido o Brasil para garantir acordos com Washington e Bruxelas. Pela lógica do Kremlin, se um acordo fosse fechado com Europa e Estados Unidos, dificilmente a adesão da Rússia à OMC seria freado.

Mas não é isso que diz agora a diplomacia brasileira, irritada com o comportamento dos russos nos últimos meses e com um sentimento de traição. Afinal, Moscou faz parte dos Brics, estabeleceu alianças com o governo Lula e ainda atua em alguns foruns internacionais em cooperação com o Itamaraty.

Cota de carne. No lado comercial, porém, as coisas são bem diferentes. O Brasil exporta por ano mais de US$ 2 bilhões em carnes ao mercado russo. Mas, para 2011, o Kremlin anunciou que irá cortar pela metade a cota que dará para a exportação de carne suína nacional em 2011, limitando as vendas do País em apenas 250 mil toneladas. O problema é que esse volume ainda seria congelado por uma década, freando a expansão que as exportações brasileiras registraram nos últimos anos e garantindo o controle do mercado a europeus e americanos. Em 2010, a cota recebida pelo Brasil era de mais de 470 mil toneladas.

Moscou reduziu ainda em 60% a cota para as exportações de frango brasileiro a partir de 2010, também congelando os volumes por um tempo indeterminado. Por isso, diplomatas brasileiros que nesta semana se reúnem com o Kremlin insistem que não há um acordo para a adesão ainda da Rússia à OMC, como insinuou Moscou ontem.

Para Brasília, Moscou não deve se limitar a comemorar acordos com Bruxelas e Washington, pensando que o restante estaria disposto a aceitar a condição oferecida.

Se a atual proposta for mantida, ela basicamente congelaria o domínio americano e europeu sobre o mercado de carnes na Rússia, colocando o Brasil apenas para disputar uma fatia marginal das vendas.

Além disso, estabeleceria uma realidade que permitiria que os russos aumentem sua produção nacional, reduzindo suas necessidades de importação. Isso porque Moscou quer preservar seu direito a dar subsídios de quase US$ 10 bilhões ao ano para o campo.

O acordo foi possível depois que a UE aceitou o compromisso de Moscou de dar novas cotas para as exportações de bens agrícolas e carnes, além de remover tarifas de exportação para madeira. Outro ponto era a cobrança de taxas sobre o transporte ferroviário.

A Rússia é o terceiro maior parceiro comercial da UE, fonte de 60% da importação do gás que consome e tendo um papel estratégico fundamental.

Para o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, o acordo com a UE transforma a perspectiva da adesão da Rússia à OMC "em uma realidade". Isso porque a UE é o maior parceiro comercial dos russos.
Principais Importadores de Carne Bovina - 2009
(1.000 toneladas)

United States 1,191
Russia 940
Japan 695
EU-27 490
Korea, South 345
Mexico 335
Iran 295
Vietnam 275
Canada 235
Hong Kong 200
Egypt 190
Demais 1,938


Principais Exportadores de Carne Bovina - 2009
(1.000 toneladas)

Brazil 1,675
Australia 1,325
United States 856
India 700
Canada 525
New Zealand 510
Uruguay 380
Argentina 300
Paraguay 290
EU-27 160
Nicaragua 115
Demais 417

http://www.fas.usda.gov/dlp/circular/20 ... 101510.pdf

----------------------------------------------------------------------------

A produção mundial de grãos (cereais) em 2010 deverá alcançar 2,2 bilhões toneladas.

China: 423 milhões de toneladas
EUA: 400 milhões de toneladas
UE-27: 275 milhões de toneladas
India: 218 milhões de toneladas
Brasil: 70 milhões toneladas
Russia: 60 milhões de toneladas
Canadá: 45 milhões de toneladas
Argentina: 45 milhões de toneladas
Ucrânia: 40 milhões de toneladas
México: 36 milhões de toneladas
Austrália: 35 milhões de toneladas

http://www.fas.usda.gov/psdonline/psdre ... mplateID=2




Editado pela última vez por Penguin em Qui Dez 09, 2010 6:50 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: GEOPOLÍTICA

#3229 Mensagem por delmar » Qui Dez 09, 2010 4:43 pm

As estatísticas dizem que a produção atual de grãos no Brasil está ao redor de 140 e não de 70 milhões de toneladas, ou seja o dobro do citado. Dados do IBGE de 2007 das prinicipais culturas, em toneladas.

Arroz (em casca) 11.077.200
Feijao (em grao) 3.286.282
Milho (em grao) 51.529.368
Soja (em grao) 58.189.494
Trigo (em grao) 4.028.963




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Re: GEOPOLÍTICA

#3230 Mensagem por marcelo l. » Qui Dez 09, 2010 6:12 pm

Saiu um artigo...é isso que alguns querem se aliar :lol:

Imagem

http://www.foreignpolicy.com/articles/2 ... a?page=0,1

The Tea Party's Vendetta
After two years of Obama's foreign policy pragmatism toward Latin America, Republicans in Congress are threatening to turn back the clock to Cold War times. That would be a disaster for the United States and its neighbors.

The recent midterm election in the United States didn't just put the Republican Party in a greater position of influence over U.S. domestic policy -- it also gave a small section of southern Florida significant power over the country's diplomacy toward Latin America. The new Congress's influential House Committee on Foreign Affairs will likely be chaired by Rep. Ileana Ros-Lehtinen (R-Fla.), who represents the Miami area, while the Subcommittee on the Western Hemisphere will likely be led by Rep. Connie Mack (R-Fla.), who represents the nearby Fort Myers area. Both lawmakers are throwback Latin American cold warriors, catering to their Cuban-American constituents with belligerent policies toward any neighboring government that seeks independence from U.S. influence. Needless to say, what's satisfying for this narrow segment of Floridians won't be in the United States' greater national interest.

The duo's intransigence will be most felt in terms of the five-decade-old embargo against Cuba, on which Ros-Lehtinen and Mack have refused to compromise, though most objective analysts have questioned the policy's strategic and tactical sense. They have also indicated that they will push President Barack Obama's administration to end its attempt at nuanced diplomacy in Latin America and replace it with the George W. Bush administration's simplistic policy of dividing the region into "friends" and "enemies." Obama seemed to acknowledge the folly of this black-and-white approach to the region when he spoke of an "equal partnership" with the region and said that "we cannot let ourselves be prisoners of past disagreements" in a 2009 speech at the Summit of the Americas.

But if certain members of Congress think they can drive a wedge among the countries of the region, they are mistaken. Latin American countries have been expanding their ties with one another -- including a recent rapprochement between Venezuela and Colombia -- and there is a deepening consensus that their differences should be worked out in an atmosphere of mutual respect. (The inaugural co-chairs of the Community of Latin American and Caribbean States, a regional organization set to be founded in 2011, are Chile and Venezuela, two countries that don't see eye to eye on everything, but are willing to cooperate.) For instance, even though the United States opposed Cuba's entry to the Organization of American States, the group last year approved its readmittance. If Washington, instead of accepting this new reality, relies on antagonistic foreign-policy dogma to placate local constituencies, it will only lose in regional and global influence.

Now is an especially inopportune time for the United States to alienate its southern neighbors. Latin American countries are gaining in confidence and increasing their political and economic connections with the rest of the world, both regionally through organizations like UNASUR and bilaterally with countries in Europe, Africa, Asia, and the Middle East. It's not just Latin America that needs the United States anymore; increasingly, the United States needs Latin America.

Unfortunately, Ros-Lehtinen and Mack are hard-line ideologues. Given that she once called for Fidel Castro's assassination, it's no surprise that Ros-Lehtinen is an anti-Cuba hawk. But she has in recent years also become more aggressive toward Venezuela. This year, for example, she made unsubstantiated accusations against Venezuela for serving as a conduit between the rebel group Revolutionary Armed Forces of Colombia (FARC) and al Qaeda. In a March 11 interview with the Council of the Americas, Gen. Douglas Fraser, chief of U.S. Southern Command, debunked those claims in no uncertain terms: "I don't see any evidence of terrorist activity within Latin America or the Caribbean from outside of the region."

Even more disturbing was Ros-Lehtinen's meeting with Venezuelan terrorist Raúl Díaz in Miami several months ago. Díaz had just arrived in the United States after escaping prison in Venezuela, where he was serving a sentence for participating in the 2003 bombings of the Spanish and Colombian consulates in Caracas. It is troubling that Ros-Lehtinen would think it appropriate to use the powers of her office to extend legitimacy to a violent criminal simply because he opposes Venezuelan President Hugo Chávez. (Venezuela has yet to receive any answers on how Díaz could have been granted a visa to enter the United States in the first place.)

Ros-Lehtinen has also remained conspicuously quiet on Luis Posada Carriles, a Venezuelan-Cuban dual national wanted in Venezuela for the 1973 bombing of a Cuban civilian airliner that left 73 innocent people dead. Posada snuck into the United States in 2005 after years of clandestine operations in Central America and Cuba, many for the CIA. He now lives in South Florida awaiting the start of a postponed trial on immigration-related charges. Venezuela's repeated requests for extradition have remained unanswered.

But in terms of anti-Venezuelan enmity, Ros-Lehtinen is outdone by Mack, who, though newer to the House, has quickly established himself as the Republicans' go-to hard liner on Chávez. He has called Chávez a "sworn enemy of the United States" and more recently called on Obama to deal with the "inherent threat that Chávez poses to our nation and the region."

More shockingly, though, Mack has twice introduced resolutions to have Venezuela added to the U.S. State Department's list of state sponsors of terrorism, a move supported by Ros-Lehtinen. Just recently, I received letters from a number of the 37 right-wing congressmen supporting Mack's most recent attempt. Seeing as most have never shown any interest in Venezuela, it is clear that extremists within the Republican caucus have made my country a political priority.

If Venezuela does indeed end up on the terrorism list, it would amount to the imposition of a Cuba-like embargo on the country. Commerce and oil would be disrupted, and even cursory financial and economic transactions would be made prohibitively expensive. It would also put the large U.S.-Venezuelan commercial relationship -- the countries' trade with one another from January through September of this year totaled nearly $31 billion -- in jeopardy. And it would serve as more evidence that some policymakers in Washington use the "terrorist" label as a cudgel against their political foes. It should come as no surprise that a 2008 report prepared by the Senate Foreign Relations Committee adamantly warned against manipulating the terrorism list in that way, stating that "policymakers must be wary of the implications of poorly thought-out sanctions which might isolate the United States."

Ros-Lehtinen and Mack are not alone in advocating for a Cold War-era stance toward Latin America. In fact, they're being educated and enabled by a chorus of similarly hard-line former Bush administration officials.

Chief among them are Otto Reich and Roger Noriega, both of whom served as assistant secretaries of state for Western Hemisphere affairs under Bush. Reich has a long track record of using the battle over Cuba to determine U.S. policy toward the entire region, while Noriega honed his skills as a foreign-policy aide to late Sen. Jesse Helms (R-N.C.) and currently works at the right-wing American Enterprise Institute.

Most recently -- on this very website -- Noriega has been claiming that Venezuela is working with Iran on a nuclear-weapons program, a claim so outlandish that the only prominent public figures who repeated it were John Bolton (another hard-line Bush administration official) in an op-ed in the Los Angeles Times and Jackson Diehl, the deputy editor of the Washington Post's editorial pages and a crusader against anything that has to do with Chávez. (Recently released cables from U.S. embassies in Latin America admit that these charges are "likely baseless," as a Post article put it.) In a recent op-ed, Noriega also called Chávez the "deadly kingpin of a criminal regime."

It might be easy to call Noriega and Reich out-of-touch extremists, but their views now hold greater sway on Capitol Hill and at many Washington think tanks. For example, a Nov. 17 conference in Washington, organized by the Interamerican Institute for Democracy and called "Danger in the Andes," was a forum for outlandish views to be exchanged by ostensibly serious policy analysts. The guests of honor at the conference? Ros-Lehtinen and Mack, of course.

Now that the Republicans are no longer marginalized in Congress, dogma threatens to totally trump the greater U.S. national interest. That would be terrible for Americans, and their neighbors to the south. The remaining pragmatists in Washington should do everything in their power to prevent it.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: GEOPOLÍTICA

#3231 Mensagem por Penguin » Qui Dez 09, 2010 6:49 pm

delmar escreveu:As estatísticas dizem que a produção atual de grãos no Brasil está ao redor de 140 e não de 70 milhões de toneladas, ou seja o dobro do citado. Dados do IBGE de 2007 das prinicipais culturas, em toneladas.

Arroz (em casca) 11.077.200
Feijao (em grao) 3.286.282
Milho (em grao) 51.529.368
Soja (em grao) 58.189.494
Trigo (em grao) 4.028.963
Na lista acima foi contabilizado apenas os cereais (que são normalmente chamados grãos).
Ex.: trigo, arroz, milho, painços, sorgo, centeio, aveia, cevada, etc.

Feijão e Soja são leguminosas embora tb chamadas de grãos.
Ex.: soja, ervilha, feijão, alfafa e Grão-de-bico, etc.

Se vc excluir as leguminosos a produção de grãos (cereais) é a mesma citada pelo USDA e pela FAO (Faostat).

[]s




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Re: GEOPOLÍTICA

#3232 Mensagem por Penguin » Qui Dez 09, 2010 6:55 pm

Penguin escreveu:
Penguin escreveu:Rússia faz acordo com a UE e está a um passo da OMC
Para poder ingressar na Organização Mundial do Comércio, no entanto, o país terá de superar impasse comercial com o Brasil
08 de dezembro de 2010 | 0h 00

Jamil Chade - O Estado de S.Paulo
A Rússia fechou um acordo com a União Europeia (UE) e anunciou que, com o entendimento, está finalmente a um passo de sua adesão à Organização Mundial do Comércio (OMC). Mas o impasse agora é com o Brasil. Moscou cortou pela metade o acesso de produtos brasileiros ao seu mercado e o Itamaraty insiste que quer o mesmo acesso que os russos concedem a europeus e americanos.

Para a adesão de um país na OMC, cada candidato precisa fechar acordos comerciais com os membros da entidade. Por anos, o Brasil vem declarando seu apoio à adesão do Kremlin à entidade. No início do governo Lula, o Itamaraty chegou a fazer uma troca: apoiava a adesão da Rússia e, em troca, recebia o apoio do Kremlin para a adesão do Brasil ao Conselho de Segurança da ONU.

Hoje, porém, a constatação é de que o apoio político não se traduziu em benefícios comerciais. Para acomodar europeus e americanos, os russos simplesmente cortaram pela metade a cota oferecida no início ao Brasil para a exportação de suas carnes ao mercado da Rússia, um dos mais importantes para o País.

Fontes no setor privado brasileiro, portanto, acusam Moscou de ter preterido o Brasil para garantir acordos com Washington e Bruxelas. Pela lógica do Kremlin, se um acordo fosse fechado com Europa e Estados Unidos, dificilmente a adesão da Rússia à OMC seria freado.

Mas não é isso que diz agora a diplomacia brasileira, irritada com o comportamento dos russos nos últimos meses e com um sentimento de traição. Afinal, Moscou faz parte dos Brics, estabeleceu alianças com o governo Lula e ainda atua em alguns foruns internacionais em cooperação com o Itamaraty.

Cota de carne. No lado comercial, porém, as coisas são bem diferentes. O Brasil exporta por ano mais de US$ 2 bilhões em carnes ao mercado russo. Mas, para 2011, o Kremlin anunciou que irá cortar pela metade a cota que dará para a exportação de carne suína nacional em 2011, limitando as vendas do País em apenas 250 mil toneladas. O problema é que esse volume ainda seria congelado por uma década, freando a expansão que as exportações brasileiras registraram nos últimos anos e garantindo o controle do mercado a europeus e americanos. Em 2010, a cota recebida pelo Brasil era de mais de 470 mil toneladas.

Moscou reduziu ainda em 60% a cota para as exportações de frango brasileiro a partir de 2010, também congelando os volumes por um tempo indeterminado. Por isso, diplomatas brasileiros que nesta semana se reúnem com o Kremlin insistem que não há um acordo para a adesão ainda da Rússia à OMC, como insinuou Moscou ontem.

Para Brasília, Moscou não deve se limitar a comemorar acordos com Bruxelas e Washington, pensando que o restante estaria disposto a aceitar a condição oferecida.

Se a atual proposta for mantida, ela basicamente congelaria o domínio americano e europeu sobre o mercado de carnes na Rússia, colocando o Brasil apenas para disputar uma fatia marginal das vendas.

Além disso, estabeleceria uma realidade que permitiria que os russos aumentem sua produção nacional, reduzindo suas necessidades de importação. Isso porque Moscou quer preservar seu direito a dar subsídios de quase US$ 10 bilhões ao ano para o campo.

O acordo foi possível depois que a UE aceitou o compromisso de Moscou de dar novas cotas para as exportações de bens agrícolas e carnes, além de remover tarifas de exportação para madeira. Outro ponto era a cobrança de taxas sobre o transporte ferroviário.

A Rússia é o terceiro maior parceiro comercial da UE, fonte de 60% da importação do gás que consome e tendo um papel estratégico fundamental.

Para o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, o acordo com a UE transforma a perspectiva da adesão da Rússia à OMC "em uma realidade". Isso porque a UE é o maior parceiro comercial dos russos.
Principais Importadores de Carne Bovina - 2009
(1.000 toneladas)

United States 1,191
Russia 940
Japan 695
EU-27 490
Korea, South 345
Mexico 335
Iran 295
Vietnam 275
Canada 235
Hong Kong 200
Egypt 190
Demais 1,938


Principais Exportadores de Carne Bovina - 2009
(1.000 toneladas)

Brazil 1,675
Australia 1,325
United States 856
India 700
Canada 525
New Zealand 510
Uruguay 380
Argentina 300
Paraguay 290
EU-27 160
Nicaragua 115
Demais 417

http://www.fas.usda.gov/dlp/circular/20 ... 101510.pdf

----------------------------------------------------------------------------

A produção mundial de grãos (cereais) em 2010 deverá alcançar 2,2 bilhões toneladas.

China: 423 milhões de toneladas
EUA: 400 milhões de toneladas
UE-27: 275 milhões de toneladas
India: 218 milhões de toneladas
Brasil: 70 milhões toneladas
Russia: 60 milhões de toneladas
Canadá: 45 milhões de toneladas
Argentina: 45 milhões de toneladas
Ucrânia: 40 milhões de toneladas
México: 36 milhões de toneladas
Austrália: 35 milhões de toneladas

http://www.fas.usda.gov/psdonline/psdre ... mplateID=2
Com relação a produção de soja:

Imagem
Million
Metric Tons

United States 80.7
Brazil 57.0
Argentina 32.0
China 15.5
India 9.1
Paraguay 3.9
Canada 9.3
Other 9.3
Total 210.9

Fonte:
USDA
O Brasil é o maior exportador.
A China é autosuficiente em carne bovina e suina. Importa soja para alimentar seu rebanho.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3233 Mensagem por FOXTROT » Sex Dez 10, 2010 9:30 am

Por que diabos o Kasaquistão precisa de 10 baterias de S-300? Considerando, a proximidade com o Irã.........
------------------------------------------------------------------------------------------------
terra.com.br

Rússia fornecerá ao Cazaquistão 10 baterias com mísseis S-300
10 de dezembro de 2010

A Rússia fornecerá ao Cazaquistão a partir do ano que vem até dez baterias com mísseis S-300 PMU1, anunciou nesta sexta-feira o secretariado do Conselho de ministros da Defesa dos países-membros da pós-soviética Comunidade dos Estados Independentes (CEI).
"As provisões começarão em 2011 como doação a partir das reservas do Ministério da Defesa da Rússia", disse um porta-voz do secretariado à agência "Interfax".

Acrescentou que a entrega das baterias de mísseis, fabricadas pelo consórcio Almaz-Antei, será realizado no marco do sistema conjunto de defesa antiaérea que ambos os países acertaram criar recentemente.

Previamente, a porta-voz do ministro da Defesa da Rússia, Irina Kovalchuk, tinha informado que Moscou tinha a intenção de fornecer baterias S-300 a Astana e assinalou que ambos os Governos estavam definindo os documentos contratuais.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3234 Mensagem por Marino » Sex Dez 10, 2010 11:16 am

O fim das minas terrestres
Chegou a hora de os EUA, que tem as forcas militares mais poderosas, proibirem uma arma que
não usam ha 20 anos
*DESMOND TUTU & JODY WILLIAMS - MCCLATCHY NEWSPAPERS
Quinze irmãos e irmãs laureados com o Premio Nobel da Paz– entre os quais eu me inclui, ao
lado da líder pro-democracia de Mianmar, Aung San Suu Kyi – escreveram ao também laureado
presidente Barack Obama, para pedir que leve os EUA a aderir ao Tratado de Proibição das Minas
Terrestres, de 1997. Muitos dos laureados ha muito manifestam sua preocupação como impacto humano
das minas terrestres e se dedicam a sua proibição.
Na semana passada, mais de cem governos e varias organizações da sociedade civil e agencias
da ONU reuniram- se em Genebra para, como ocorre a cada dez anos, fazer uma avaliação dos
sucessos do tratado e das dificuldades que restam para a eliminação desse tipo de armamento.
A adoção universal do tratado e uma dessas dificuldades. Apesar de 156 países terem firmado o
tratado, os EUA ainda não deram o passo final para sua adesão. Dizemos “passo final” porque
acompanhamos a situação e reconhecemos que o governo americano já o cumpre essencialmente, ha
quase duas décadas.
Aplaudimos o fato de que não ha noticias de que os EUA tenham utilizado estas minas desde a
Guerra do Golfo, de 1991. Foram o primeiro pais do mundo a proibir unilateralmente as exportações da
arma em 1992. Alem disso, deixaram de produzi-las desde 1997, e já destruíram vários milhões das que
estavam em seus arsenais.
Ha quase 20 anos, os EUA são os principais financiadores das operações globais de desarme de
minas e de programas de assistência as vitimas. Ha quase um ano, o governo Obama anunciou o inicio
de uma revisão da política americana sobre minas terrestres e devera chegar em breve a uma
conclusão.Esperamos que a revisão se paute pelos imperativos morais e humanitários que já fizeram
com que 80% das nações de todo o mundo proibissem a arma, o que inclui quase todos os aliados
militares dos EUA.
A adesão americana a este importante tratado de desarmamento internacional traria enormes
benefícios aos EUA– e a todo o globo. Fortaleceria a segurança nacional desse pais, a segurança
internacional e as leis humanitárias internacionais. Contribuiria para fortalecer o objetivo fundamental de
impedir que inúmeros civis se tornassem vitimas dessas armas de maneira indiscriminada no futuro e
para assegurar assistência adequada as centenas de milhares de sobreviventes e a suas comunidades.
Tampouco duvidamos de que a adesão dos EUA ao tratado encorajaria os outros38 paises que
estão fora do pacto a agir. Insistimos energicamente para que o presidente Obama– com o apoio de seu
governo e das Forcas Armadas sob o seu comando – decida aderir ao Tratado de Proibição das Minas e
o apresente ao Senado para sua confirmação, no inicio do próximo ano. Chegou o momento de os
Estados Unidos, detentores das forcas militares mais fortes do mundo, proibirem uma arma que, na
pratica, deixaram de usar ha quase 20 anos.
TRADUÇÃO DE ANNA CAPOVILLA.
*SÃO GANHADORES DO PRÊMIO NOBEL DA PAZ




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA

#3235 Mensagem por Marino » Sex Dez 10, 2010 11:36 am

Os cortes míopes na defesa europeia
Os gastos totais da região foram superados pela Ásia
Uffe Ellemann-Jensen é ex-ministro das Relações Exteriores da Dinamarca
Em toda a Europa, os orçamentos estão sendo enxugados e toma corpo uma nova era de
austeridade. Os gastos com defesa estão se revelando o mais fácil dos alvos. Mesmo o Reino Unido, sob
o governo do conservador David Cameron, aderiu à precipitação de reduzir gastos com defesa. Esses
cortes chegam no momento em que os esforços europeus de assumir uma parte justa do ônus da defesa
ocidental têm sido postos em dúvida - inclusive no Afeganistão, onde a maioria dos países europeus têm
limitado sua participação, insistindo em uma miríade de "ressalvas" que geralmente servem para manter
suas tropas distantes das zonas mais perigosas.
Esses cortes ocorrem também num momento em que a Europa, pela primeira vez na história
moderna, foi ultrapassada pela Ásia em termos de gastos totais com defesa. A posição há muito mantida
pela Europa Ocidental - de mais importante concentração de poder militar no mundo depois dos EUA e
da Rússia - parece ter se exaurido. Os EUA não enfrentam nenhum desafio sério como potência militar
dominante no mundo. Afinal de contas, os EUA gastam com suas forças armadas quase tanto quanto o
resto do mundo combinado. Mas o cenário está mudando, com o rápido crescimento dos gastos militares
da China. A taxa oficial de crescimento das despesas militares chinesas - 15% ao ano na última década -
tem crescido significativamente, e há também muito gasto militar oculto.
Além disso, cortes nos gastos de defesa europeia estão começando a causar graves tensões no
seio da Aliança Atlântica. A Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é frequentemente descrita
como uma construção com dois pilares e um travessão que simboliza os valores comuns que formam a
base da aliança. Porém, mesmo durante a Guerra Fria, os americanos frequentemente alegavam que o
pilar europeu estava ausente. Maior compartilhamento de responsabilidades foi uma demanda americana
rotineira. Esse debate poderá em breve esquentar novamente, agora que os EUA, não menos que a
Europa, se deparam com graves problemas orçamentários. De fato, numa época de austeridade, os
políticos americanos podem ter dificuldade para entender a disposição europeia para cortar os
orçamentos de defesa, que já somam muito menos do que a meta oficial da Otan, de 2% do PIB.
A eficácia militar europeia é também limitada por diferentes políticas de aquisição de material
bélico, pois os países que produzem equipamentos militares preferem atender pedidos originados em
seu mercado interno.
Os tratados de defesa concluídos recentemente pela França e o Reino Unido parecem ser um
bom exemplo do que pode ser conseguido mediante maior cooperação e integração - ainda que seja um
pacto estritamente bilateral, sem ligações diretas com a Otan ou com a UE. Mas o valor da nova "entente
Paris-Londres" será limitada, se os dois países reduzirem seus gastos com defesa a ponto de sua força
combinada permaneça, na melhor das hipóteses, inalterada. Que o Reino Unido planeje financiar a
construção de um novo porta-aviões, mas não os aviões que dele decolarão, sugere que os recursos
para a nova entente serão extremamente deficientes. Ainda assim, a cooperação franco-britânica, se
efetivamente assumir um caráter real, poderá servir de inspiração para outros, embora sejam formidáveis
os obstáculos para tornar o acordo viável. Os "Tommies" britânicos precisarão aprender a falar francês e
legionários franceses terão que aprender inglês - e limites ao espírito de cooperação serão, sem dúvida,
encontrados à entrada de cada cantina de exércitos, marinhas e forças aéreas. Afinal, alguém pode
imaginar marinheiros franceses comendo "spotted dick" ou qualquer outra peculiaridade da culinária da
Royal Navy?
Algo mais promissor é o possível convite à Índia para participar no desenvolvimento, juntamente
com a França, a Alemanha e Reino Unido, do projeto conjunto do novo caça Eurofighter. O
comprometimento da Índia em relação a gastos com defesa e seu desejo de adquirir processos
avançados de produção militar pode fornecer o tipo de energia que tem faltado à Europa. Mas em vista
de a alemã Luftwaffe estar planejando pesados cortes em suas verbas para comprar Eurofighters, a Índia
pode ter dúvidas sobre como participar no projeto. O tipo de energia e engajamento em gastos com a
defesa que a Índia representa precisa ser injetado na Europa, porque a retórica europeia sobre
desempenhar um papel estratégico mundial continua em ritmo acelerado. Mas parecem ter-se passado
séculos desde que um ministro de relações exteriores belga (na presidência do Conselho de ministros da
UE) declarou em uma reunião da Asean em Singapura, em 1993: Sobraram, agora, apenas duas
superpotências, os EUA e a Europa!
Se os europeus desejam que suas ambições sejam levadas a sério, devem encontrar maneiras
de lidar com o declínio do poderio militar europeu. Os líderes políticos terão de dizer a seu eleitorado que
existem limites para até que ponto os orçamentos militares podem ser cortados, pois os "dividendos da
paz" pós-Guerra Fria foram digeridos há muito tempo. Os europeus poderão ter de abraçar novas formas
de cooperação entre as respectivas forças armadas nacionais, a fim de torná-las eficazes. Caso
contrário, não só as ambições políticas europeias em nível mundial irão tornar-se insustentáveis, como
seus aliados do outro lado do Atlântico perderão a paciência com a recusa dos europeus em assumir sua
parcela dos encargos da segurança.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3236 Mensagem por Francoorp » Sex Dez 10, 2010 2:05 pm

Não é somente o pilar europeu que esta ausente, mas a OTAN, que com a crise esta acabando por dentro, pela capacidade de manter o Status Quo, o que pode levar a um fim antecipado ou a um colapso iminente... não sei qual das duas, mas que o fim pode estar próximo pode, basta a china parar de financiar a máquina de guerra yankee que o castelo de cartas cai!

Se para a melhor ou pior não se sabe, mas a rotação da historia é um evento continuo e os seres humanos tem que se adaptar, ou perir.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3237 Mensagem por suntsé » Sex Dez 10, 2010 2:16 pm

O FIm da OTAN é a melhor coisa que poderia acontecer para o mundo.

Mas eu acho que o fim esta muito longe....a hegemonia dos EUA na Europa depende a OTAN. Mesmo que os Europeus cortem mais os gastos com a defesa, so EUA continuara a fazer de tudo para a OTAN sobreviver.

Sem a OTAN pelo caminho os unicos que teriam a ganhar em termos de influencia militar e política é a Rússia.




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Re: GEOPOLÍTICA

#3238 Mensagem por Francoorp » Sex Dez 10, 2010 4:09 pm

Verdade, a Rússia ganharia muito, mas sem a OTAN os pontos estratégicos na Ásia ficariam a mercê influencia dos chineses.

Não sei dizer se demorará, mas certamente como o capitalismo entra em crise de dez em dez anos ciclicamente, vamos esperar pra ver o estrago que fará a próxima "Bolha verde" ou bolha das novas tecnologias ecológicas, e ver se as economias maduras do ocidente vão segurar o baque de ainda estar em crise devido à ultima e ficar nela por uma década e levar outra crise na cara antes da recuperação... vamos ver o que da!!




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Re: GEOPOLÍTICA

#3239 Mensagem por Pedro Gilberto » Sáb Dez 11, 2010 2:55 pm

Brasil exporta TV digital para vizinhos
11/12/2010 - 08h30

LARISSA GUIMARÃES
SOFIA FERNANDES
DE BRASÍLIA

O Brasil está a um passo de ter seu padrão de TV digital, baseado em tecnologia japonesa, disseminado na América do Sul.

A Folha apurou que o Uruguai está decidido a adotar o padrão nipo-brasileiro. O país já assinou contratos com a União Europeia no ano passado, mas o projeto ainda não saiu do papel e o acordo deve ser cancelado. A Colômbia tende a tomar a mesma decisão.

Os dois países eram os únicos na região a optar pelo padrão europeu de TV digital, principal concorrente do modelo nipo-brasileiro. Agora, ambos ensaiam um recuo do padrão europeu devido a problemas de financiamento por conta da crise no continente. A Europa não conseguiu honrar a promessa de investimentos em pesquisa e tecnologia previstos nos contratos, estimados em US$ 50 milhões.

O Uruguai deverá trocar de modelo rapidamente. A Colômbia, no entanto, já comercializou alguns receptores com tecnologia europeia, o que tornará mais penosa a migração para o sistema nipo-brasileiro.

"Colômbia e Uruguai se veem sozinhos no continente na implementação de TV digital, o que acaba tornando o processo demorado", afirmou Flávio Lenz César, assessor da Secretaria de Telecomunicações do Ministério das Comunicações.

Para ele, o isolamento do Uruguai incomoda mais o Brasil, por se tratar de um país do Mercosul.

Caso se tornem parceiros do Brasil, os dois países terão assistência técnica e desenvolvimento de capacidades locais de produção, como acontece com os demais que já adotam o modelo.

Com Uruguai e Colômbia, restarão apenas Guiana, Guiana Francesa e Suriname para uma América do Sul 100% padronizada.

De acordo com César, Guiana e Suriname já mostraram interesse no modelo brasileiro, mas a Guiana Francesa deverá adotar o modelo europeu.

O assessor afirmou ainda que países do sul da África e também o Irã já procuraram o Brasil sobre o assunto. Com o mesmo padrão, países poderão tornar mais barato o custo de fabricação de equipamentos, como o conversor do padrão nipo-brasileiro, e intercambiar conteúdo.

COOPERAÇÃO

O intento de uma TV regional é antigo e foi tema de conversa entre o presidente Lula e seu colega colombiano, Juan Manuel Santos, em visita a Brasília em setembro.

Lula fez questão de falar de avanços alcançados pelos países que adotaram o modelo nipo-brasileiro e ressaltou a possibilidade de maior cooperação econômica e tecnológica.

Procuradas pela reportagem para falar sobre modelo nipo-brasileiro de TV digital, as embaixadas do Uruguai e da Colômbia não se manifestaram.


Imagem

http://www1.folha.uol.com.br/mercado/84 ... nhos.shtml
[]´s




"O homem erra quando se convence de ver as coisas como não são. O maior erro ainda é quando se persuade de que não as viu, tendo de fato visto." Alexandre Dumas
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Re: GEOPOLÍTICA

#3240 Mensagem por Junker » Sáb Dez 11, 2010 10:52 pm

Cuba dará um belo desfalque em seus credores:
El déficit económico de Cuba
Cuba carece de recursos para sobrevivir más de dos años
Los consejeros comerciales de China, España, Francia, Italia, Canadá, Japón y Brasil anticipan una "fatal" situación económica antes de lo previsto. El italiano habla de la "insolvencia" en 2011

JUAN JESÚS AZNÁREZ - Madrid - 09/12/2010


La crisis financiera global y la incapacidad para atender la servidumbre de su cuantiosa deuda externa agravarán la situación económica de Cuba hasta extremos que pueden ser "fatales en dos o tres años", según el pronóstico de los representantes en La Habana de dos países acreedores, Francia y Japón, y de los consejeros comerciales de China, aliado político y comercial de Cuba, España, Brasil, Italia y Canadá (EEUU), principales inversores en la isla después de Venezuela.

Pese al sombrío futuro es improbable una liberalización sustantiva, señala el cable de la Sección de Intereses de Estados Unidos número 248021, fechado en febrero de este año, que recoge las conclusiones del almuerzo organizado por el consejero político y económico de la legación norteamericana con los siete técnicos internacionales acreditados en Cuba. La previsión del italiano es alarmante: "Italia dice que sus fuentes en el gobierno de Cuba sugieren que Cuba podría ser insolvente en el 2011". Al consejero chino le exaspera la rigidez cubana. "Un dolor de cabeza", dice

Las aperturas estructurales que facilitarían el despegue de la centralizada economía comunista no acaban de ejecutarse, mientras el gobierno de Raúl Castro "se retuerce las manos en las indecisión porque teme las consecuencias políticas de cambios largamente demorados", escribe Jonathan D. Farrar, jefe de la Sección de Intereses, al resumir la opinión de sus colegas.

El cultivo privado de tierras ociosas, una reforma potencialmente significativa, aplicada en 2009, no ha sido efectiva por la inexperiencia de los adjudicatarios y la carencia de maquinaria, capital y mercados. Los consejeros calculan que si "la inestable Venezuela" reduce significativamente su ayuda económica, centrada fundamentalmente en el envío de cerca de 90.000 barriles diario de petróleo, Cuba podría verse avocada a reformas similares a las aplicadas, a la fuerza, durante el Período Especial de principios de los noventa. La revolución cubana perdió entonces los multimillonarios subsidios soviéticos y casi quiebra. "El pueblo cubano ha nacido acostumbrado a los tiempos difíciles y responderá a las próxima convocatoria oficial a apretarse el cinturón con similar aguante", anticipa Farrar en su informe al Departamento de Estado.

Reducción del déficit

Oficialmente, la situación financiera no es tan crítica, teniendo en cuenta el embargo norteamericano de hace medio siglo y los dos golpes demoledores del 2009: dos huracanes que consumieron miles de millones de euros en pérdidas. El pasado dos de noviembre, durante la inauguración de la feria comercial de La Habana, el ministro de Comercio Exterior, Rodrigo Malmierca, afirmó que en los nueve primeros meses del 2009 al crecer las exportaciones y caer radicalmente las importaciones, el déficit fiscal se redujo en 2.949 millones de euros.

Las tendencias financieras, contribuyeron al aumento de los ingresos nacionales, según el ministro, "y nos han permitido a enfrentar gradualmente los problemas de liquidez en las finanzas externas". La deuda exterior de Cuba alcanzó los 17.800 millones de dólares en el año 2007, con tendencia alcista, según las cifras disponibles.

Las reformas previstas por el gobierno permitán la actividad privada en 178 actividades y descentralizarán, en alguna medioda, la gestión. El Estado controla hasta ahora el 90% de la economía nacional.

Las valoraciones recogidas por el anfitrión estadounidense son pesimistas, discurren en la dirección contraria a la comentada por el ministro, y coinciden en mencionar el creciente protagonismo de las Fuerzas Armadas al frente de las empresas estatales. "La economía cubana está progresivamente manejada por ingenieros militares que son capaces de llevar el día a día de los negocios, pero no tienen la visión de promover reformas que saquen al país del desorden económico y la economía centralizada". Los consejeros comerciales dicen que la dirección económica ha sido más centralizada aun y los ministerios económicos restringen las consultas. "El francés se quejó de que las finanzas del gobierno cambiaron del Banco Central al ministerio de Economía y Planificación, y que con ese cambio ya no tiene acceso ni a la información, ni a los funcionarios".

Créditos, de uno a cuatro años

Cuba redujo drásticamente las importaciones, con la consiguiente pérdida de mercancías y artículos antes a disposición de la sociedad, e instó a la mayor productividad local, a todas luces insuficientes para cubrir las apatencias y necesidades de una población de 11 millones de personas. El consejero comercial español argumentó en el almuerzo que apenas hay espacio en Cuba para reducir sus importaciones después de un recorte del 37% en el 2009. Sólo selvan las compras básicas. "Los problemas de cobro afectan a todos los países. A pesar de haber reestructurado toda su deuda oficial en 2009, Japón no ha recibido ningún pago. Incluso China admitió tener problemas para cobrar a tiempo y se quejó de las peticiones cubanas de extender las condiciones de los créditos de uno a cuatro años", continúa el informe a Washington.

Los chinos desaprueban la rigidez cubana en la constitución de empresas mixtas. "No importa si la inversión extranjera en un negocio es de diez o cien millones de dólares, la inversión del gobierno de Cuba siempre se subirá hasta el 51% (para ejercer el control de la sociedad)", dijo el consejero comercial chino con visible exasperación", según reproduce Farrar. "Cualquier discusión acerca de reformas tipo chino, fundamentalmente las referidas a la inversión extranjera, son difíciles, "un dolor de cabeza", dice el chino". El almuerzo prosigue con adivinanzas sobre la orientación de la política cubana. El consejero canadiense aventura que, contrariamente a Fidel Castro, Raúl necesita de "la maquinaria" del Partido Comunista Cubano (PCC) para implementar los cambios, se abunda sobre "la variable venezolana" , mientras al encargado de redactar el informe sobre Cuba para el Departamento de Estado, Jonathan D. Farrar, lo concluye así: "El gobierno cubano continúa confuso, en gran medida porque sus líderes están paralizados por miedo a que con las reformas perderán el poder al que se han aferrado durante más de 50 años".
http://www.elpais.com/articulo/internac ... int_34/Tes




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