Pressões Nucleares sobre o Brasil
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
"Em geral, as instituições políticas nascem empiricamente na Inglaterra, são sistematizadas na França, aplicadas pragmaticamente nos Estados Unidos e esculhambadas no Brasil"
- Crotalus
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
De tudo o que foi dito uma coisa fica cada vez mais clara: a malfadada hegemonia norteamericana atende nossos interesses?? Claro que não. Em vários campos, não só no âmbito da energia nuclear, a "hegemonia", diga-se dominação, aparece clara e significativa. Porque não criar um TEMA para discurtir um assunto tão delicado e perigoso. Sugiro que alguem mais experimentado do que eu possa propor tal tema. Não estamos mais na "guerra fria" (que sempre foi fria), portanto bater de frente com os usa não é privilégio de neonazistas, comunistas ou terroristas islâmicos. Todo o país que se sentir prejudicado pela "hegemonnia" tem o direito e o dever cívico de se defender. Assim sendo coloco-me a disposição para fornecer subsídios consubstanciosos ao tema que poderia se intitular; A HEGEMONIA NORTEAMERICANA É LEGÍTIMA??
Um grande abraço a todos CROTALUS
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Crotalus a hegemonia Norte-Americana está a sofrer um forte revez com a guerra e principalmente a crise económica que está a causar uma rápida mudança na forma como o mundo está organizado. A China está em cima, os EUA estão a ir abaixo.
- Túlio
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
A meu ver a pergunta deveria ser:
ALGUMA HEGEMONIA É LEGÍTIMA?
ALGUMA HEGEMONIA É LEGÍTIMA?
“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”
P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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- Crotalus
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Não creio que os fatos recentes promovam enfraquecimento da "hegemonia", porque os vetores geopolíticos indicam que tanto China como os EUA estão indo na mesma direção geopolítica. Os vetores nazismo e comunismo já passaram. No momento estamos no interregno de novas eras geopolíticas globais (e o meio ambiente está sendo preparado para ser um novo vetor geopolítico). O futuro que nos aguarda precisa ser planejado com a devida antecedência... Vejam o caso do comunismo; no frigir dos ovos tal ideologia serviu aos interesses do capitalismo pois justificava muitas ações que acabaram incremenando a hegemonia norteamericana. Fidel Castro, por exemplo: proporcionou razões de sobra para intervenções norteamericanas (não só militares e políticas, mas também econômicas) no mundo inteiro com a ocupação e controle de mercados. Isto só para começar... assim sendo não podemos cair na armadilha de novo...
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Bom, aí precisaremos crer na bondade universal do homem...Túlio escreveu:A meu ver a pergunta deveria ser:
ALGUMA HEGEMONIA É LEGÍTIMA?
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Túlio, que bom que pensas assim. Claro, nenhuma hegemonia é legítima. Napoleão tentou, hitler tentou (e contribuimos com heróis para derrotá-lo). Desta forma, corajosamente, em nome do civismo brasileiro, não devemos aceitar a conivência dos ingênuos a ignorância dos incautas nem a traição dos inocentes úteis que de graça prestam serviços aos norteamericanos. O que fala mais alto são os interesses de nosso país. Como diz uma música gauchesca; "NÃO PODEMOS ENTREGAR PROS HOME". Ou como disse Sepé Tiarajú: ESTA TERRA TEM DONO. Um abraço
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
RobertoRS
Não se trata de bondade, mas de interesses geopolíticos.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Acho que o senhor quer falar é da nossa soberania em relação à Hegemonia Yankee que a afeta.... possível que com o cair do Império trará outras Hegemonias, e não somente "uma" hegemonia como agora, e isso pode assustar muitos por ai, principalmente quem esta perdendo o poder hegemonico contemporâneo...Crotalus escreveu:Túlio, que bom que pensas assim. Claro, nenhuma hegemonia é legítima. Napoleão tentou, hitler tentou (e contribuimos com heróis para derrotá-lo). Desta forma, corajosamente, em nome do civismo brasileiro, não devemos aceitar a conivência dos ingênuos a ignorância dos incautas nem a traição dos inocentes úteis que de graça prestam serviços aos norteamericanos. O que fala mais alto são os interesses de nosso país. Como diz uma música gauchesca; "NÃO PODEMOS ENTREGAR PROS HOME". Ou como disse Sepé Tiarajú: ESTA TERRA TEM DONO. Um abraço
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
É uma questão de bondade porque nenhuma potência perdeu a chance de utilizar seu poder preponderante em benefício próprio.Crotalus escreveu:RobertoRS
Não se trata de bondade, mas de interesses geopolíticos.
O único modo de não ser submetido à isso é tornarmos nós mesmos uma Super Potência...
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
http://www.nytimes.com/2010/12/04/scien ... ss&emc=rssBuffett Helps Create Nuclear Fuel Bank
By WILLIAM J. BROAD
Published: December 3, 2010
Mandel Ngan/Agence France-Presse — Getty Images
Warren Buffett
Spurred by a pledge of $50 million from Warren E. Buffett, the billionaire investor and philanthropist, the board of the International Atomic Energy Agency voted Friday to set up a global nuclear fuel bank that aspiring nations can turn to for reactor fuel instead of making it themselves.
The goal is to reduce the risks of weapons proliferation by providing an alternative to the production of nuclear fuel, which countries can use to power either bombs or reactors. The built-in ambiguity explains the world’s jitters over plants in Iran and North Korea for purifying uranium.
The new bank is seen as creating a global mechanism to aid the lighting of cities and to hinder the means of destroying them.
“I’ve never been $50 million lighter and felt better,” Mr. Buffett said in an interview on Friday. He called the fuel bank an investment in a safer world.
“The spread of weapons of incredible destructive capability is the No. 1 problem facing mankind,” he said. The bank, Mr. Buffett added, promised to get at least “part of the genie back in the bottle.”
Since the nuclear age began, the globalization of atomic production has been much discussed, but never attempted. The vote on the bank — taken in Vienna by the 35 countries that make up the board of the atomic energy agency, an arm of the United Nations — comes as dozens of developing countries have expressed interest in nuclear power.
“This is a breakthrough in global cooperation,” said Sam Nunn, the former Democratic senator from Georgia and co-chairman of the Nuclear Threat Initiative, a group in Washington that backed the bank’s creation and solicited the $50 million donation from Mr. Buffett to help get it started.
Mr. Nunn said the bank would “enable peaceful uses of nuclear energy while reducing the risks of proliferation and catastrophic terrorism.”
When enriched to low levels, uranium can fuel reactors. But the highly enriched variety is one of the two main fuels of atomic bombs. Nonproliferation experts like to see uranium turned into fuel rods for nuclear reactors as soon as possible, because it is difficult to remanufacture the rods into weapons.
Mr. Buffett made his $50 million offer in late 2006. His pledge was contingent on the atomic agency’s establishing the fuel bank and one or more countries’ contributing $100 million — or the equivalent in reactor fuel.
The financial goal was met in March 2009 when Kuwait donated $10 million. The other backers are the United States, the European Union, Norway and the United Arab Emirates. The contributions now total $157 million.
Nuclear experts say the money will buy up to 80 tons of fuel — enough for refueling one reactor. The location of the bank has yet to be determined, as well as the exact means of its replenishment and expansion.
In recent years, the idea of atomic fuel banks has been much discussed, and Russia just set up one, which the atomic agency is going to help administer. But the Russian one is not a true global institution, and experts see the agency’s own bank as offering more reassurance to skittish nations.
While a commercial market exists for the sale of reactor fuel, some potential buyers may see the supplies as potentially subject to political disputes and manipulation and thus may become interested in producing their own. The global bank, nuclear experts say, has the potential to diminish that rationale.
“It may encourage smaller countries to not engage in enrichment because they’ll see the bank as a form of security,” said Thomas B. Cochran, a senior scientist in the nuclear program of the Natural Resources Defense Council, a private group in Washington. “But it’s not going to solve Iran or other big issues of nuclear proliferation.”
Analysts said the nuclear industry liked the idea because it signaled global approval for nuclear power.
Security experts like fuel banks because they promise to aid global development while avoiding proliferation risks. And the fuel banks are seen as having built-in theft protection because member nations can watch one another to prevent diversions of material for nuclear arms.
_______________________
A version of this article appeared in print on December 4, 2010, on page A4 of the New York edition.
- Marino
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Aí está o gol, o objetivo, a meta dos países detentores de tecnologia nuclear.
Para que vocês vão perder tempo e dinheiro desenvolvendo tecnologia nuclear, processos de enriquecimento de urânio, se nós criamos um banco de material e fornecemos o que vocês quiserem para operar seus reatores, que nós também gentilmente venderemos?
Assinem o protocolo adicional ao TNP que nós garantimos tudo, afinal nós somos nações confiáveis, ao contrário de vocês.
Para que vocês vão perder tempo e dinheiro desenvolvendo tecnologia nuclear, processos de enriquecimento de urânio, se nós criamos um banco de material e fornecemos o que vocês quiserem para operar seus reatores, que nós também gentilmente venderemos?
Assinem o protocolo adicional ao TNP que nós garantimos tudo, afinal nós somos nações confiáveis, ao contrário de vocês.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Off topic on:Crotalus escreveu:Túlio, que bom que pensas assim. Claro, nenhuma hegemonia é legítima. Napoleão tentou, hitler tentou (e contribuimos com heróis para derrotá-lo). Desta forma, corajosamente, em nome do civismo brasileiro, não devemos aceitar a conivência dos ingênuos a ignorância dos incautas nem a traição dos inocentes úteis que de graça prestam serviços aos norteamericanos. O que fala mais alto são os interesses de nosso país. Como diz uma música gauchesca; "NÃO PODEMOS ENTREGAR PROS HOME". Ou como disse Sepé Tiarajú: ESTA TERRA TEM DONO. Um abraço
Prezado Crotalus e colegas foristas de origem gaúcha, dois exemplos de músicas do Gaúcho da Fronteira, que criticam o entreguismo/modismo/deslumbramento em relação às coisas de fora!
___________________________
Não Podemos Se Entregá Pros Home
(F.Alves/F.Scherer)
"O gaúcho desde piá vai aprendendo
A ser valente não ter medo ter coragem
Em manotaços dos tempos e em bochinchos
Retempera e moldura a sua imagem
(Não podemos se entregar pros home
Mas de jeito nenhum amigo e companheiro
Não tá morto quem luta e quem peleia
Pois lutar é a marca do campeiro)
Com lança cavalo e no peitaço
Foi implantada a fronteira deste chão
Toscas cruzes solitárias nas coxilhas
A relembrar a valentia de tanto irmão
E apesar dos bons cavalos e dos arreios
De façanhas garruchas carreiradas
E a lo largo o tempo foi passando
Plantando novo rumo em suas pousadas
E eram cercas porteiras aramados
Veio o trator com seu ronco matraqueiro
E no tranco sem fim da evolução
Transformou a paisagem dos potreiros
E ao contemplar o agora dos seus campos
O lugar onde seu porte ainda fulgura
O velho taura da de rédeas no seu eu
E esporeia o futuro com bravura"
____________________________
Rock Bagual
Gaúcho da Fronteira
Composição: Vaine Darde / Gaúcho da Fronteira
"Esta mocinha cocota
Já pisou nas minhas bota
Nestes bailes de fronteira
Com seu vestido de prenda
Cheia de flores e renda
Era louca de faceira
Mas agora desgarrada
Já não anda engarupada
Sobre as anca do meu flete
Pois se perdeu por aí
Dentro duma calça Lee
Sempre mascando chiclete
Ô guria te endireita
Tu já ta uma moça feita
Pra bancar americana
Por causa do tal de rock
Tu vives em Nova York
Sem sair de Uruguaiana
Ela é cheia de fluflu
Pois não dança com xiru
Nem índio de calça larga
Vai vivendo colorido
Correndo fone de ouvido
E o radinho na ilharga
Passa por mim e acha graça
Quando me vê de bombacha
Faceiro que nem um tal
Diz que não curte com cuéra
E que só se liga nas fera
Deste tal rock bagual
Ô guria te endireita...
Anda arriscada em inglês
Suas tranças já desfez
Pra ficar mais importada
Quer passar por estrangeira
Mas é cria da fronteira
Lá das bandas de Charqueada
Me disse que quer um boy
Que se chama John ou Roy
E que tenha moto quente
Pois pretender dar o fora
À 180 por hora
Pra curtir lá nos state
Ô guria te endireita...
Vai no Passo de Los Libres
Toma alguma cuba livre
E fica cheia de recalque
Volta à noite de carona
E na ponte se emociona
Vendo a luz do Central Park
Só toma Coke, com xis
E repete que é feliz
Mas vive muito confusa
Mais pra lá do que pra cá
Tem direito de sonhar
Com esta vida Made in Usa
Ô guria te endireita..."
_____________________________
Off topic off.
Gde abraço a todos!
- suntsé
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Um dia eu terei a honra de conhecer o Rio Grande do SUL, Não só pelas mulheres bonitas (que são as mais belas do Brasil). Mas também por que tenho boa impressão a respeito do civismo desse povo.
Eu sou paulista, mais tenho que admitir que a classe empresarial de são paulo se deslumbram facil com tudo que vem de fora, a falta de nacionalismo nesse estado me deixa decepcionado e amargurado.
Eu sou paulista, mais tenho que admitir que a classe empresarial de são paulo se deslumbram facil com tudo que vem de fora, a falta de nacionalismo nesse estado me deixa decepcionado e amargurado.
- Francoorp
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Sarkozy fecha acordos que situam a França como grande sócio nuclear da Índia
Julia R. Arévalo.
EFE - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, fechou nesta segunda-feira em Nova Délhi acordos que colocam a França como um dos sócios preferenciais da Índia em matéria nuclear, a grande aposta energética do gigante asiático para sustentar seu crescimento econômico.
Cinco dos sete acordos assinados nesta segunda-feira pelas delegações reunidas na capital indiana são de cooperação nuclear, que as partes confiam será um setor que contribuirá para duplicar as trocas econômicas, até colocá-las em 12 bilhões de euros no fim de 2012.
A francesa Areva e a Corporação de Energia Nuclear da Índia assinaram dois dos acordos, que definem as bases para a construção de dois reatores de tecnologia francesa na futura planta de Jaitapur, em Maharashtra (oeste).
Os outros três são relativos a aspectos como a segurança, pesquisa e o manejo de resíduos nucleares, explicou o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, em sua entrevista coletiva com o presidente francês.
Embora não foi divulgada uma data da construção, pois ficam “aspectos técnicos, incluídos os preços, sujeitos a negociações”, Singh destacou que os dois reatores vão gerar 10.000 megawatts de eletricidade frente aos 4.000 megawatts de energia nuclear que a Índia produz atualmente.
O Governo indiano apostou pela energia “limpa” nuclear para superar o crônico déficit energético do país e manter seu crescimento econômico, que no primeiro semestre deste ano fiscal foi de 8,9%.
Sarkozy apreciou a “escolha indiana de confiar na tecnologia nuclear francesa” e ressaltou que os acordos desta segunda-feira são “muito favoráveis” para a indústria de seu país.
Os acordos entre Areva e a Corporação são o primeiro resultado material do pacto de cooperação nuclear que a França e a Índia assinaram em setembro de 2008, após a “dispensa” outorgada ao gigante asiático pelo Grupo de Fornecedores Nucleares (NSG), facilitada por um pacto semelhante com os EUA.
A Índia, que possui arma atômica e não assinou os tratados de não-proliferação (TNP) e Proibição de Testes Nucleares (CTBT), saiu assim de décadas de exclusão do mercado atômico internacional, em troca de um acordo de salvaguardas com a AIEA pelo que permitirá inspeções em suas plantas civis.
Na entrevista coletiva, Sarkozy garantiu que a França “fez a escolha estratégica de acreditar na Índia” e demandou para ela seu “lugar legítimo” como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, assim como um posto em fóruns nucleares como o NSG.
No comunicado conjunto emitido após a reunião Singh-Sarkozy, ambos avaliaram o “diálogo significativo” entre os estados nucleares, “em particular aqueles que possuem os arsenais maiores, para construir confiança” e promover a paz mundial.
Além dos acordos nucleares, as partes assinaram nesta segunda-feira um tratado de co-produção cinematográfica e outro de cooperação em matéria de ciência e mudança climática.
“Reafirmaram o comum interesse em fortalecer sua relação” em matéria de defesa, que é um “pilar importante de sua relação estratégica”, segundo a declaração, que aludiu às discussões em andamento para um acordo de modernização dos aviões Mirage 2000 em posse da Índia.
Singh expressou a “determinação” dos dois países de colocar seu volume de trocas comerciais nos 12 bilhões de euros em 2012, frente aos 5,360 bilhões de 2009 em que se viram ressentidos pela crise.
As partes confiam em que o objetivo será viável graças aos acordos nucleares atuais, o reatamento de contratos para a indústria de aviação indiana e a possível assinatura de um acordo de livre-comércio entre a Índia e a UE, que segue negociando.
A ministra de Economia francesa, Christine Lagarde, em seu discurso nesta segunda-feira em um fórum de empresários em Délhi, cifrou em 10 bilhões de euros os compromissos de investimento de empresas francesas na Índia entre 2008 e 2012. Ao tempo que demandou a abertura de setores até agora vedados ao investimento estrangeiro como o comércio no varejo e o de seguros, segundo a agência “Ians”.
Sarkozy chegou à Índia no sábado, fez uma breve visita as instalações espaciais em Bangalore e passou o fim de semana visitando com sua esposa, Carla Bruni, o Taj Mahal e os arredores.
Acompanhado por sete ministros e uma delegação empresarial, nesta segunda reúne-se com a presidente do partido governante, Sonia Gandhi, e a chefe do Estado, Pratibha Patil, e na terça irá Mumbai para homenagear as vítimas do atentado de 2008 e fazer um discurso diante de um conclave de negócios.
Fonte: UOL via Plano Brasil!!
Julia R. Arévalo.
EFE - O presidente francês, Nicolas Sarkozy, fechou nesta segunda-feira em Nova Délhi acordos que colocam a França como um dos sócios preferenciais da Índia em matéria nuclear, a grande aposta energética do gigante asiático para sustentar seu crescimento econômico.
Cinco dos sete acordos assinados nesta segunda-feira pelas delegações reunidas na capital indiana são de cooperação nuclear, que as partes confiam será um setor que contribuirá para duplicar as trocas econômicas, até colocá-las em 12 bilhões de euros no fim de 2012.
A francesa Areva e a Corporação de Energia Nuclear da Índia assinaram dois dos acordos, que definem as bases para a construção de dois reatores de tecnologia francesa na futura planta de Jaitapur, em Maharashtra (oeste).
Os outros três são relativos a aspectos como a segurança, pesquisa e o manejo de resíduos nucleares, explicou o primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, em sua entrevista coletiva com o presidente francês.
Embora não foi divulgada uma data da construção, pois ficam “aspectos técnicos, incluídos os preços, sujeitos a negociações”, Singh destacou que os dois reatores vão gerar 10.000 megawatts de eletricidade frente aos 4.000 megawatts de energia nuclear que a Índia produz atualmente.
O Governo indiano apostou pela energia “limpa” nuclear para superar o crônico déficit energético do país e manter seu crescimento econômico, que no primeiro semestre deste ano fiscal foi de 8,9%.
Sarkozy apreciou a “escolha indiana de confiar na tecnologia nuclear francesa” e ressaltou que os acordos desta segunda-feira são “muito favoráveis” para a indústria de seu país.
Os acordos entre Areva e a Corporação são o primeiro resultado material do pacto de cooperação nuclear que a França e a Índia assinaram em setembro de 2008, após a “dispensa” outorgada ao gigante asiático pelo Grupo de Fornecedores Nucleares (NSG), facilitada por um pacto semelhante com os EUA.
A Índia, que possui arma atômica e não assinou os tratados de não-proliferação (TNP) e Proibição de Testes Nucleares (CTBT), saiu assim de décadas de exclusão do mercado atômico internacional, em troca de um acordo de salvaguardas com a AIEA pelo que permitirá inspeções em suas plantas civis.
Na entrevista coletiva, Sarkozy garantiu que a França “fez a escolha estratégica de acreditar na Índia” e demandou para ela seu “lugar legítimo” como membro permanente do Conselho de Segurança da ONU, assim como um posto em fóruns nucleares como o NSG.
No comunicado conjunto emitido após a reunião Singh-Sarkozy, ambos avaliaram o “diálogo significativo” entre os estados nucleares, “em particular aqueles que possuem os arsenais maiores, para construir confiança” e promover a paz mundial.
Além dos acordos nucleares, as partes assinaram nesta segunda-feira um tratado de co-produção cinematográfica e outro de cooperação em matéria de ciência e mudança climática.
“Reafirmaram o comum interesse em fortalecer sua relação” em matéria de defesa, que é um “pilar importante de sua relação estratégica”, segundo a declaração, que aludiu às discussões em andamento para um acordo de modernização dos aviões Mirage 2000 em posse da Índia.
Singh expressou a “determinação” dos dois países de colocar seu volume de trocas comerciais nos 12 bilhões de euros em 2012, frente aos 5,360 bilhões de 2009 em que se viram ressentidos pela crise.
As partes confiam em que o objetivo será viável graças aos acordos nucleares atuais, o reatamento de contratos para a indústria de aviação indiana e a possível assinatura de um acordo de livre-comércio entre a Índia e a UE, que segue negociando.
A ministra de Economia francesa, Christine Lagarde, em seu discurso nesta segunda-feira em um fórum de empresários em Délhi, cifrou em 10 bilhões de euros os compromissos de investimento de empresas francesas na Índia entre 2008 e 2012. Ao tempo que demandou a abertura de setores até agora vedados ao investimento estrangeiro como o comércio no varejo e o de seguros, segundo a agência “Ians”.
Sarkozy chegou à Índia no sábado, fez uma breve visita as instalações espaciais em Bangalore e passou o fim de semana visitando com sua esposa, Carla Bruni, o Taj Mahal e os arredores.
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