tanques e blindados
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Re: tanques e blindados
Na verdade qualquer pavimento permite isso, um CC sobre largata por mais pesado que seja não exerce uma grande pressão sobre o pavimento.
Porém, sim, é verdade que o CBUQ sofre mais com o atrito e o impacto das partes metálicas que os de concreto portland, mas as largatas modernas já possuem almofadas de borracha que mantem a tração no pavimento rígido e mimimizam os danos aos pavimentos com concreto basáltico.
Como exemplo: um M1 Abrams, com seus mais de 70 tonelas, exerce sobre o solo uma pressão menor que um carro de passeio normal, isso porque todo o peso do carro de passeio está distribuido em apenas 4 pontos, já no M1 o peso está distribuido por toda a área das largatas em contato com o solo.
O que, ao meu ver é claro, põe por terra essa teoria é que em rodovias o que vai ocorrer mesmo é utilização de pranchas rodoviárias para o transporte, atravessar grandes distâncias rodando só se estiver em combate mesmo e ao longo de muitas semanas, com diversas manutenções no período, caso contrário a indisponibilidade dos veículos seria assustadora.
Abraço
Porém, sim, é verdade que o CBUQ sofre mais com o atrito e o impacto das partes metálicas que os de concreto portland, mas as largatas modernas já possuem almofadas de borracha que mantem a tração no pavimento rígido e mimimizam os danos aos pavimentos com concreto basáltico.
Como exemplo: um M1 Abrams, com seus mais de 70 tonelas, exerce sobre o solo uma pressão menor que um carro de passeio normal, isso porque todo o peso do carro de passeio está distribuido em apenas 4 pontos, já no M1 o peso está distribuido por toda a área das largatas em contato com o solo.
O que, ao meu ver é claro, põe por terra essa teoria é que em rodovias o que vai ocorrer mesmo é utilização de pranchas rodoviárias para o transporte, atravessar grandes distâncias rodando só se estiver em combate mesmo e ao longo de muitas semanas, com diversas manutenções no período, caso contrário a indisponibilidade dos veículos seria assustadora.
Abraço
Re: tanques e blindados
É uma perigosa inversão de lógica. O estado e portanto o poder legítimamente constituído se adaptando à uma empresa privada, e não o inverso.LeandroGCard escreveu:Verdade, até certo ponto.RobertoRS escreveu:Erro da empresa ao se contrapôr ao que a Nação se propôs. O Osório estava FORA das especificações que o EB definiu para seu futuro MBT.
O Osório estava ACIMA das especificações do EB, que teriam levado a um CC mais simples como o Tamoio. Mas isto era perfeitamente de acordo com a idéia de se oferecer o Osório também no mercado internacional, que permitiria uma escala de produção bem maior e pedia algo muito mais avançado e poderoso do que o EB queria.
Novamente, caberia ao governo ou ao próprio EB ter alterado as suas especificações para incluir as capacidades do Osório. Como não seria o caso de ter um veículo inferior e sim superior ao desejado isto não implicaria em perda de eficiência no cumprimento das missões, apenas talvez em custos maiores. Isto faz parte do custo para uma nação ter autonomia na área bélica.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Cabe no entanto uma IMPORTANTE reparação: sequer o Tamoyo foi adiante e nossa indústria de blindados foi à lona.
Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: tanques e blindados
Olá PRP,prp escreveu:Eu achava que era de concreto armado. não é não?
Normalmente não é armado, utiliza-se apenas barras de transferências com um lado engraxado entre as placas.
Abraço
- prp
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Re: tanques e blindados
Loki,Loki escreveu:Olá PRP,prp escreveu:Eu achava que era de concreto armado. não é não?
Normalmente não é armado, utiliza-se apenas barras de transferências com um lado engraxado entre as placas.
Abraço
Desculpe a minha leiguisse, mas entendi bulufas que falou.
Pra mim armado é aqueles concretos onde vai um monte de vergalhões de aço no meio, tipo uma laje de casa, é isso?
Se não acho estranho porque em Bogotá eles estão trocando o asfalto por concreto e dá para notar, no final de cada segmento, um monte de vergalhões espetados na pista de rolamento, tipo uma laje mesmo.
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Re: tanques e blindados
Complementado:
No Brasil fazemos basicamente 4 tipos de pavimentos de concreto
Em placas de concreto portland simples (o mais comum, carne de vaca mesmo)
Em placas de concreto estruturalmente armado (segundinho na fita, principalmente nas paradas dos corredores de' ônibus das grandes capitais)
E os de concreto estruturalmente armado com armadura contínua (sem juntas de dilatação e contração, utilizado em rodovias de alto tráfego de cargas pesadas, salvo engano, a imigrantes pista sul e alguns trechos da duplicação da BR 101 entre Recife e João Pessoa são em armadura contínua)
As de placas de concreto protendido, só em casos especiais onde o pavimento se fosse executado de forma convencional teria uma espessura desproporcional, acima dos 40, 50 cm. (a grosso modo, claro).
Qualquer coisa me mande uma MP para não disvirtuarmos mais o tópico.
Abraço
No Brasil fazemos basicamente 4 tipos de pavimentos de concreto
Em placas de concreto portland simples (o mais comum, carne de vaca mesmo)
Em placas de concreto estruturalmente armado (segundinho na fita, principalmente nas paradas dos corredores de' ônibus das grandes capitais)
E os de concreto estruturalmente armado com armadura contínua (sem juntas de dilatação e contração, utilizado em rodovias de alto tráfego de cargas pesadas, salvo engano, a imigrantes pista sul e alguns trechos da duplicação da BR 101 entre Recife e João Pessoa são em armadura contínua)
As de placas de concreto protendido, só em casos especiais onde o pavimento se fosse executado de forma convencional teria uma espessura desproporcional, acima dos 40, 50 cm. (a grosso modo, claro).
Qualquer coisa me mande uma MP para não disvirtuarmos mais o tópico.
Abraço
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Re: tanques e blindados
Veja PRP, as boas práticas da engenharia mandam que as placas sejam feitas como num tabuleiro de damas, pulando sempre a execução das placas seguintes, porém entre as placas a ligação é feita por barras de transferência, pequenas barras lisas, não são rugosas como o aço para contrução civil convencional e com 40, 50 cm cada. Elas ficam expostas enquanto não é feita a placa seguinte e em um dos seus lados ela é engraxada (que pode ser com graxa mesmo ou um tubo plásticou etc) para impedir sua aderência a uma das placas.
É isso que vc viu?
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Re: tanques e blindados
sapao escreveu:Tulio, estava esquecendo dos Iveco para substituir um blindado nacional...
É DO BRASIIIIIIL!
Que eu saiba é da ITÁLIAAAAAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!
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P. Sullivan (Margin Call, 2011)
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Re: tanques e blindados
Exatamente, Tulio.Túlio escreveu:sapao escreveu:
O resumo da historia é que 20 anos depois estamos comprando Leopard usado da Alemanha.
Interessante isso. À época lembro que a desculpa 'oficial' foi que pontes, estradas e ferrovias não suportariam MBTs de mais de 30t no Brasil. O Osório pesava mais ou menos o mesmo que o Leo1A5 e não vi trilho nem ponte nem estrada sendo reforçada aqui nos Pampas, onde estão a maioria deles...
Excepcional comentário!!!
Inclusive temos o M60A3 que pesa vasio 48,7 ton e em ordem de combate 52,6 ton.
Ou seja, a ENGESA tinha toda razão ao projetar o Osório com 42 toneladas!
Bacchi
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Re: tanques e blindados
Projetado no Brasil sob os requisitos, controle e participação de técnicos do nosso exército!Túlio escreveu:sapao escreveu:Tulio, estava esquecendo dos Iveco para substituir um blindado nacional...
É DO BRASIIIIIIL!
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Re: tanques e blindados
Não entendi teu comentário.Carlos Mathias escreveu:Que isso cara, a ENGESA ainda tá apodrecendo o teu fígado?Eu não tenho o menor interesse em conhecer a doutrina das tropas aero terrestres russas.
Eu só queria saber o que quer dizer DVD.
Bacchi
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Re: tanques e blindados
Não é inversão de lógica, é a lógica do mercado de defesa em qualquer lugar do planeta.RobertoRS escreveu:É uma perigosa inversão de lógica. O estado e portanto o poder legítimamente constituído se adaptando à uma empresa privada, e não o inverso.LeandroGCard escreveu:Verdade, até certo ponto.
O Osório estava ACIMA das especificações do EB, que teriam levado a um CC mais simples como o Tamoio. Mas isto era perfeitamente de acordo com a idéia de se oferecer o Osório também no mercado internacional, que permitiria uma escala de produção bem maior e pedia algo muito mais avançado e poderoso do que o EB queria.
Novamente, caberia ao governo ou ao próprio EB ter alterado as suas especificações para incluir as capacidades do Osório. Como não seria o caso de ter um veículo inferior e sim superior ao desejado isto não implicaria em perda de eficiência no cumprimento das missões, apenas talvez em custos maiores. Isto faz parte do custo para uma nação ter autonomia na área bélica.
Um grande abraço,
Leandro G. Card
Quando os interesses da nação estão em jogo, a lógica de mercado que rege a busca do lucro nas empresas privadas é colocada em segundo plano. Seja na URSS, na Alemanha nazista, na França ou nos EUA. O mundo é assim, se o “mercado” não gosta, problema do mercado. Todos os países do mundo seguem esta lógica, porque aqui deveria ser diferente?
Mais um ponto indicando que esta questão das especificações não queria dizer nada. O Tamoio as atendia perfeitamente, e daí? O importante não era nenhuma especificação, mas o interesse em eliminar a indústria bélica do país, que estava incomodando os interesses de outros países. Faz parte da “lógica do mercado de defesa” .Cabe no entanto uma IMPORTANTE reparação: sequer o Tamoyo foi adiante e nossa indústria de blindados foi à lona.
A defesa da nação se sobrepõem à defesa do livre mercado. Se não aprendermos isto jamais teremos uma indústria de defesa significativa. Um país não monta um complexo industrial-militar para ganhar dinheiro, e sim para garantir sua defesa. E geralmente os caras que ganham dinheiro com isso (e é claro que eles existem) mais atrapalham do que ajudam.
Leandro G. Card
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Re: tanques e blindados
Caro Bacchi
Fantástica a sua modéstia, mas acredito que você merece o título de Papa dos blindados. Concordo plenamente que a Engesa deveria ter continuado somente pensando em viaturas sobre rodas, mesmo porque, a Panhard, sua concorrente assim o fez e está aí viva e forte e vendendo os seus produtos.
Obrigado pela resposta. Esclareço que a ídéia do Cascavel sobre largatas é pessoal e pensada mais em termos de aperfeiçoar uma outra linha de produto, do que pensando em atender requisitos do Exército Brasileiro. Aliás, havia uma série de blindados sobre largatas da Bernardine, o X1A1 e X1A2, que eram carros de combate leve com canhões de 90 mm, no mesmo conceito. Pena que muito problemáticos. Aliás no campo das largatas nos só tivemos problemas.
Os desenvolvimentos da Bernardini, como a família X1, o M41 repotenciado e até mesmo o Tamoio, são verdadeiras caixas de pandora, de pepinos. Sem falar da megalomania do Osório da Engesa. Incrivel, parece maldição. Tudo ia tão bem até que pisamos na Jaca.
Bacchi, a Engesa não projetou um sucessor para o Cascavel. E qual foi o problema com o Sucuri.
Fantástica a sua modéstia, mas acredito que você merece o título de Papa dos blindados. Concordo plenamente que a Engesa deveria ter continuado somente pensando em viaturas sobre rodas, mesmo porque, a Panhard, sua concorrente assim o fez e está aí viva e forte e vendendo os seus produtos.
Obrigado pela resposta. Esclareço que a ídéia do Cascavel sobre largatas é pessoal e pensada mais em termos de aperfeiçoar uma outra linha de produto, do que pensando em atender requisitos do Exército Brasileiro. Aliás, havia uma série de blindados sobre largatas da Bernardine, o X1A1 e X1A2, que eram carros de combate leve com canhões de 90 mm, no mesmo conceito. Pena que muito problemáticos. Aliás no campo das largatas nos só tivemos problemas.
Os desenvolvimentos da Bernardini, como a família X1, o M41 repotenciado e até mesmo o Tamoio, são verdadeiras caixas de pandora, de pepinos. Sem falar da megalomania do Osório da Engesa. Incrivel, parece maldição. Tudo ia tão bem até que pisamos na Jaca.
Bacchi, a Engesa não projetou um sucessor para o Cascavel. E qual foi o problema com o Sucuri.
Dos cosas te pido señor, la victoria y el regreso, pero si una sola haz de darme, que sea la victoria.
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Re: tanques e blindados
Um detalhe, JL: não falamos APENAS da Panhard, lembro de uma concorrência para os EUA da qual participaram um blindado da Engesa (não lembro se era o Urutu com torre do Cascavel - Uruvel - ou o VBTP simples) e um certo Piranha, que venceu a concorrência e à época já era montado também no Chile, que o havia adotado. Sim, o mesmo Piranha que o CFN comprou inicialmente para usar no Haiti e que apareceu até nas favelas do Rio no recente confronto, claro que em versão bastante aperfeiçoada, é contemporâneo dos Cascavel/Urutu. Pena que a história dele se diferenciou da dos nossos, sendo o ponto de inflexão exatamente o Osório, ou a gana do sr. Whitaker de expandir à máxima velocidade e ao maior tamanho possível sua empresa no mínimo de tempo.
A meu ver a filosofia que norteou a decisão em prol do desenvolvimento do Osório tem um ponto em comum com a usada pela EMBRAER: pegar peças e partes do mundo todo com base no custo-benefício e montar um MBT de excelente desempenho e mais leve e barato que os concorrentes. A comunalidade com a empresa de SJC acaba aí: ao invés de cada fornecedor ser também um parceiro de risco no projeto - comprometendo-se, portanto, com seu sucesso sob pena de sofrer junto as consequências do fracasso - eram apenas isso: fornecedores. O segundo erro crítico, A MEU VER, foi a falha em primeiro prospectar sólidos nichos de mercado para depois desenvolver o produto certo para ser bem sucedido neles. E o PRIMEIRO e OBRIGATÓRIO nicho a ser preenchido por um produto militar é necessariamente as FFAA locais, estabelecendo sólidas garantias de que o novo MBT seria adquirido pelo EB e talvez CFN. É interessante observar isso, o KC390 não passou de conversa até o governo se comprometer com ele, sua aquisição e mesmo promoção junto a outros Países. Já o Osório foi em frente A DESPEITO das citadas FFAA, o que o levou a seu triste e inglório fim: ser ainda hoje uma peça de museu cujas capacidades excedem de muito às dos nossos principais MBTs operacionais. Triste...
A meu ver a filosofia que norteou a decisão em prol do desenvolvimento do Osório tem um ponto em comum com a usada pela EMBRAER: pegar peças e partes do mundo todo com base no custo-benefício e montar um MBT de excelente desempenho e mais leve e barato que os concorrentes. A comunalidade com a empresa de SJC acaba aí: ao invés de cada fornecedor ser também um parceiro de risco no projeto - comprometendo-se, portanto, com seu sucesso sob pena de sofrer junto as consequências do fracasso - eram apenas isso: fornecedores. O segundo erro crítico, A MEU VER, foi a falha em primeiro prospectar sólidos nichos de mercado para depois desenvolver o produto certo para ser bem sucedido neles. E o PRIMEIRO e OBRIGATÓRIO nicho a ser preenchido por um produto militar é necessariamente as FFAA locais, estabelecendo sólidas garantias de que o novo MBT seria adquirido pelo EB e talvez CFN. É interessante observar isso, o KC390 não passou de conversa até o governo se comprometer com ele, sua aquisição e mesmo promoção junto a outros Países. Já o Osório foi em frente A DESPEITO das citadas FFAA, o que o levou a seu triste e inglório fim: ser ainda hoje uma peça de museu cujas capacidades excedem de muito às dos nossos principais MBTs operacionais. Triste...
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Re: tanques e blindados
Sem falar de nossas leis arcaicas de direito empresarial da época. Se a engesa falice hoje ela ainda teria um grande futuro pela frente nas mão do Eike Batista da vida.
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Re: tanques e blindados
Esses dois carros de combate o Osório e o Tamoio são um dos capítulos mais tristes da história da indústria bélica nacional. Não gosto nem de comentar.
Mas o problema é que o Osório era uma colcha de retalhos de vários fornecedores estrangeiros, com problemas sérios de blindagem e o Tamoio I era um carro tosco, mais 100 % nacional. Se o Brasil fosse diferente o Exército tinha coordenado o projeto, unido as forças da Engesa com a Bernardini e produzido um meio termo mais equilibrado para substituir o M41 em um lote inicial de pelo menos 250 unidades. Depois pensaríamos em uma versão de exportação. Assim deu no que deu.
Mas o problema é que o Osório era uma colcha de retalhos de vários fornecedores estrangeiros, com problemas sérios de blindagem e o Tamoio I era um carro tosco, mais 100 % nacional. Se o Brasil fosse diferente o Exército tinha coordenado o projeto, unido as forças da Engesa com a Bernardini e produzido um meio termo mais equilibrado para substituir o M41 em um lote inicial de pelo menos 250 unidades. Depois pensaríamos em uma versão de exportação. Assim deu no que deu.
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