A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
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- Marino
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Brasil se abstém em votação de resolução da ONU condenando apedrejamentos no Irã
Fernanda GodoyAgências internacionais
NOVA YORK - A representação do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) se absteve na quinta-feira da votação de uma resolução condenando amputações, chibatadas e o apedrejamento como forma de punição no Irã. Outros 56 países também se abstiveram e 44 votaram contra, mas o documento foi aprovado com o apoio de 80 integrantes da ONU. Uma resolução similar aprovada no ano passado obteve 74 votos a favor e 48 contra.
Comandada pela embaixadora Maria Luiza Viotti, a missão diplomática argumentou que o Brasil reconhece os problemas de direitos humanos no Irã, especialmente os das mulheres e de minorias como a comunidade Baha´i, mas avalia que o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad está avançando na cooperação com a ONU.
No texto do voto, a diplomacia brasileira afirma que as situações de direitos humanos devem ser examinadas de uma maneira "verdadeiramente holística, multilateral, despolitizada e não-seletiva". A embaixadora afirma que as resoluções sobre países específicos são as únicas, dentro do trabalho do Terceiro Comitê, "são as únicas que não passam por um processo de consultas abertas e transparente".
Expressando "profunda preocupação" com os direitos humanos, o texto deste ano destaca a manutenção da "tortura e do tratamento ou punição cruel, desumano ou degradante" no Irã. A resolução também menciona a "contínua alta incidência e dramático aumento no uso da pena de morte, na ausência de salvaguardas internacionais reconhecidas, inclusive com execuções públicas".
No início da reunião para discutir a questão, o Irã tentou bloquear a votação, mas só obteve apoio de 51 países. O secretário-geral do conselho de direitos humanos do país, Mohammad Javad Larijani, disse no comitê da ONU que a resolução era "vergonhosa" e cheia de "falácias".
Críticas contra repressão a jornalistas e blogueiros
O texto aprovado também cita "sistêmicas e sérias restrições" aos direitos de livre associação e de expressão de opositores políticos, advogados, jornalistas e blogueiros. O comitê de direitos humanos das Nações Unidas também mencionou sua "preocupação particular" com a falta de investigação sobre as violações cometidas durante os protestos após a reeleição do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em junho de 2009.
A resolução destaca ainda a "perversa" violência contra as mulheres. Ao longo deste ano, a campanha em defesa da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani ganhou força em todo o mundo, levando o Irã a suspender a pena de apedrejamento por adultério importa a ela. A decisão final sobre seu caso ainda não foi anunciada.
Fernanda GodoyAgências internacionais
NOVA YORK - A representação do Brasil na Organização das Nações Unidas (ONU) se absteve na quinta-feira da votação de uma resolução condenando amputações, chibatadas e o apedrejamento como forma de punição no Irã. Outros 56 países também se abstiveram e 44 votaram contra, mas o documento foi aprovado com o apoio de 80 integrantes da ONU. Uma resolução similar aprovada no ano passado obteve 74 votos a favor e 48 contra.
Comandada pela embaixadora Maria Luiza Viotti, a missão diplomática argumentou que o Brasil reconhece os problemas de direitos humanos no Irã, especialmente os das mulheres e de minorias como a comunidade Baha´i, mas avalia que o governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad está avançando na cooperação com a ONU.
No texto do voto, a diplomacia brasileira afirma que as situações de direitos humanos devem ser examinadas de uma maneira "verdadeiramente holística, multilateral, despolitizada e não-seletiva". A embaixadora afirma que as resoluções sobre países específicos são as únicas, dentro do trabalho do Terceiro Comitê, "são as únicas que não passam por um processo de consultas abertas e transparente".
Expressando "profunda preocupação" com os direitos humanos, o texto deste ano destaca a manutenção da "tortura e do tratamento ou punição cruel, desumano ou degradante" no Irã. A resolução também menciona a "contínua alta incidência e dramático aumento no uso da pena de morte, na ausência de salvaguardas internacionais reconhecidas, inclusive com execuções públicas".
No início da reunião para discutir a questão, o Irã tentou bloquear a votação, mas só obteve apoio de 51 países. O secretário-geral do conselho de direitos humanos do país, Mohammad Javad Larijani, disse no comitê da ONU que a resolução era "vergonhosa" e cheia de "falácias".
Críticas contra repressão a jornalistas e blogueiros
O texto aprovado também cita "sistêmicas e sérias restrições" aos direitos de livre associação e de expressão de opositores políticos, advogados, jornalistas e blogueiros. O comitê de direitos humanos das Nações Unidas também mencionou sua "preocupação particular" com a falta de investigação sobre as violações cometidas durante os protestos após a reeleição do presidente iraniano, Mahmoud Ahmadinejad, em junho de 2009.
A resolução destaca ainda a "perversa" violência contra as mulheres. Ao longo deste ano, a campanha em defesa da iraniana Sakineh Mohammadi Ashtiani ganhou força em todo o mundo, levando o Irã a suspender a pena de apedrejamento por adultério importa a ela. A decisão final sobre seu caso ainda não foi anunciada.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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- Viktor Reznov
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Nada surpreendente, uns tempos atrás a nossa diplomacia apoiou um egípcio pra um órgão da unesco de educação, esse egípcio deu uma declaração dizendo que queimaria todos os Torás se pudesse (Heil Hitler??), e o Brasil apoiou o canalha mesmo assim; aí o pessoal que adora falar bem da nossa diplomacia bipolar vem falar mal dos Estados Unidos pelas relações pervertidas que seus sucessivos governos têm mantido com ditaduras como a Arábia Saudita, o Chile de Pinochet e etc...... é MUITA hipocrisia.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
É isso aí.Cross escreveu:Nada surpreendente, uns tempos atrás a nossa diplomacia apoiou um egípcio pra um órgão da unesco de educação, esse egípcio deu uma declaração dizendo que queimaria todos os Torás se pudesse (Heil Hitler??), e o Brasil apoiou o canalha mesmo assim; aí o pessoal que adora falar bem da nossa diplomacia bipolar vem falar mal dos Estados Unidos pelas relações pervertidas que seus sucessivos governos têm mantido com ditaduras como a Arábia Saudita, o Chile de Pinochet e etc...... é MUITA hipocrisia.
Deixem a vagabunda morrer. Viva o povo hirto e inconquistável do Irã!
Morte aos imperialistas!
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
Ilya Ehrenburg
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Hehehe...Ilya Ehrenburg escreveu:É isso aí.Cross escreveu:Nada surpreendente, uns tempos atrás a nossa diplomacia apoiou um egípcio pra um órgão da unesco de educação, esse egípcio deu uma declaração dizendo que queimaria todos os Torás se pudesse (Heil Hitler??), e o Brasil apoiou o canalha mesmo assim; aí o pessoal que adora falar bem da nossa diplomacia bipolar vem falar mal dos Estados Unidos pelas relações pervertidas que seus sucessivos governos têm mantido com ditaduras como a Arábia Saudita, o Chile de Pinochet e etc...... é MUITA hipocrisia.
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Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Eu queria aprender a trollar com o Ilya.
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- Marino
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
FERNANDO DE BARROS E SILVA
Abstenção pela pedra
SÃO PAULO - Argentina, Chile, Japão, EUA e a Europa, num total de 80 países, aprovaram resolução na ONU, encaminhada pelo Canadá, contra as "recorrentes violações dos direitos humanos" por parte do governo do Irã. O Brasil se absteve. Votou como Sudão, Síria, Líbia, Cuba e Venezuela, entre outros.
Na resolução, está em jogo o repúdio às execuções por apedrejamento, às execuções de menores, à tortura, às mutilações, à perseguição a mulheres, minorias e presos políticos pelo Estado iraniano.
Ao justificar a posição brasileira, a embaixadora Maria Luiza Viotti defendeu que os direitos humanos devem ser examinados "de uma maneira holística, multilateral, despolitizada e não seletiva".
Maneira "holística"? Cabe um "voto de protesto" contra esse jargão eufemístico, a serviço da empulhação diplomática? Diante da iraniana que está prestes a morrer apedrejada, a fala brasileira soa simplesmente cínica.
Mas a abstenção do Brasil também é política. Ela faz eco à posição do próprio Irã, que vê na defesa dos direitos humanos uma cortina de fumaça para os interesses da política externa norte-americana.
O Brasil se nega a criticar o Irã publicamente. Insiste que a cooperação e o diálogo são preferíveis ao isolamento de Ahmadinejad. Na prática, transige com a barbárie, negociando vergonhosamente os direitos humanos, em nome, talvez, de um antiamericanismo fora de época e de lugar, como quem quisesse acertar contas do passado por razões equivocadas.
Lula, ao oferecer asilo a Sakineh Ashtani, acredita ter feito a sua parte. Lavou as mãos. Mas o Brasil será cobrado, e com razão, se sua execução se consumar. Por que não tratar o caso Sakineh como um divisor de águas? Ou melhor: por que, sabendo que ele assumiu essa dimensão, emprestar solidariedade aos facínoras? Por que jogar o peso político do país na simpatia acovardada e covarde pelo obscurantismo? Pois é disso, afinal, que se trata.
Abstenção pela pedra
SÃO PAULO - Argentina, Chile, Japão, EUA e a Europa, num total de 80 países, aprovaram resolução na ONU, encaminhada pelo Canadá, contra as "recorrentes violações dos direitos humanos" por parte do governo do Irã. O Brasil se absteve. Votou como Sudão, Síria, Líbia, Cuba e Venezuela, entre outros.
Na resolução, está em jogo o repúdio às execuções por apedrejamento, às execuções de menores, à tortura, às mutilações, à perseguição a mulheres, minorias e presos políticos pelo Estado iraniano.
Ao justificar a posição brasileira, a embaixadora Maria Luiza Viotti defendeu que os direitos humanos devem ser examinados "de uma maneira holística, multilateral, despolitizada e não seletiva".
Maneira "holística"? Cabe um "voto de protesto" contra esse jargão eufemístico, a serviço da empulhação diplomática? Diante da iraniana que está prestes a morrer apedrejada, a fala brasileira soa simplesmente cínica.
Mas a abstenção do Brasil também é política. Ela faz eco à posição do próprio Irã, que vê na defesa dos direitos humanos uma cortina de fumaça para os interesses da política externa norte-americana.
O Brasil se nega a criticar o Irã publicamente. Insiste que a cooperação e o diálogo são preferíveis ao isolamento de Ahmadinejad. Na prática, transige com a barbárie, negociando vergonhosamente os direitos humanos, em nome, talvez, de um antiamericanismo fora de época e de lugar, como quem quisesse acertar contas do passado por razões equivocadas.
Lula, ao oferecer asilo a Sakineh Ashtani, acredita ter feito a sua parte. Lavou as mãos. Mas o Brasil será cobrado, e com razão, se sua execução se consumar. Por que não tratar o caso Sakineh como um divisor de águas? Ou melhor: por que, sabendo que ele assumiu essa dimensão, emprestar solidariedade aos facínoras? Por que jogar o peso político do país na simpatia acovardada e covarde pelo obscurantismo? Pois é disso, afinal, que se trata.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
No que diferem as lapidações iranianas e as sauditas? Ou as mutilações? Barbárie é barbárie em qualquer lugar, mas os interesses geopolíticos são diferentes. Podemos discorrer longamente sobre as típicas mutilações etíopes...mas quem se interessa por negras pobres, não é mesmo?
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- Marino
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
X2!Hader escreveu:No que diferem as lapidações iranianas e as sauditas? Ou as mutilações? Barbárie é barbárie em qualquer lugar, mas os interesses geopolíticos são diferentes. Podemos discorrer longamente sobre as típicas mutilações etíopes...mas quem se interessa por negras pobres, não é mesmo?
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Independentemente de qualquer questão política/econômica, criticar qualquer país isolado, inclusive o Irã, por condenar à morte um de seus cidadãos acusado de crime muito grave (o adultério é apenas um dos crimes de que Sakineh Ashtiani é acusada , não se pode esquecer que ela foi condenada por 2 assassinatos e por isso pegou a pena de morte) deveria deixar qualquer país sério do mundo em uma tremenda "saia justa".
A pena de morte é aplicada em vários países, inclusive nos próprios EUA, na China, e em diversas nações árabes aliadas do ocidente (Arábia Saudita, Egito, etc...). E em muitos deles a pena de morte pode ser aplicada a crimes que no ocidente não justificariam tal penalidade. Como então aprovar uma moção contra o Irã e deixar de fora todos os demais países que aplicam o mesmo tipo de pena? No caso do Brasil especificamente, temos um dos nossos cidadãos condenado à pena de morte por tráfico de drogas na Indonésia, e nem por isso se pediu que fizéssemos qualquer movimento para condenar àquele país por aplicar esta pena a este tipo de delito.
Quanto à forma da execução, o apedrejamento parece mesmo ser um ato de barbarismo, pelo sofrimento que impõem ao condenado. Ele está previsto na legislação iraniana por uma questão de tradição, mas o governo daquele país já alterou o método para enforcamento neste caso particular, reconhecendo que ele era inadequado e não deveria ser utilizado. Os EUA não tiveram esta mesma sensibilidade ao executarem Judy Buenoano na cadeira elétrica por um crime similar em 1998. E a cadeira elétrica ainda é um dos métodos legais de execução nos EUA até hoje.
O uso da pena de morte para qualquer crime, assim como outras práticas utilizadas pela justiça ou em casos de guerra como a tortura e a prisão sem acusação formal, deve sim ser combatido por qualquer povo que se considere civilizado. Mas insistir na condenação especificamente do Irã neste caso de Sakineh Ashtiani é no mínimo um exercício de hipocrisia, e não se pode criticar o governo brasileiro por não querer participar dele.
Leandro G. Card
A pena de morte é aplicada em vários países, inclusive nos próprios EUA, na China, e em diversas nações árabes aliadas do ocidente (Arábia Saudita, Egito, etc...). E em muitos deles a pena de morte pode ser aplicada a crimes que no ocidente não justificariam tal penalidade. Como então aprovar uma moção contra o Irã e deixar de fora todos os demais países que aplicam o mesmo tipo de pena? No caso do Brasil especificamente, temos um dos nossos cidadãos condenado à pena de morte por tráfico de drogas na Indonésia, e nem por isso se pediu que fizéssemos qualquer movimento para condenar àquele país por aplicar esta pena a este tipo de delito.
Quanto à forma da execução, o apedrejamento parece mesmo ser um ato de barbarismo, pelo sofrimento que impõem ao condenado. Ele está previsto na legislação iraniana por uma questão de tradição, mas o governo daquele país já alterou o método para enforcamento neste caso particular, reconhecendo que ele era inadequado e não deveria ser utilizado. Os EUA não tiveram esta mesma sensibilidade ao executarem Judy Buenoano na cadeira elétrica por um crime similar em 1998. E a cadeira elétrica ainda é um dos métodos legais de execução nos EUA até hoje.
O uso da pena de morte para qualquer crime, assim como outras práticas utilizadas pela justiça ou em casos de guerra como a tortura e a prisão sem acusação formal, deve sim ser combatido por qualquer povo que se considere civilizado. Mas insistir na condenação especificamente do Irã neste caso de Sakineh Ashtiani é no mínimo um exercício de hipocrisia, e não se pode criticar o governo brasileiro por não querer participar dele.
Leandro G. Card
- rodrigo
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Sempre muito bem acompanhado, de acordo com nossa diplomacia. Só vale a pena acompanhar o resto do mundo pra salvar o Zélaia de Honduras. O Brasil podia ser mais atuante, e criar coragem na cara e apresentar uma emenda condenando o mesmo tipo de ação em todos os países.O Brasil se absteve. Votou como Sudão, Síria, Líbia, Cuba e Venezuela, entre outros.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
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- suntsé
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Este ultimo artigo é escroto demais, isto é tudo que tenho a dizer.
Infelizmente, irá persistir a estratégia de criticar a nossa diplomacia de forma responsável e leviana. Criticar por criticar...apenas para fazer a caveira do governo diante da opinião publica.
Infelizmente, irá persistir a estratégia de criticar a nossa diplomacia de forma responsável e leviana. Criticar por criticar...apenas para fazer a caveira do governo diante da opinião publica.
- marcelo l.
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Foi lançado o livro: Azeredo da Silveira: um depoimento
http://silveiradepoimento.com.br/site/
O livro
Azeredo da Silveira reorientou a política externa do Brasil. Durante os cinco anos em que foi ministro das Relações Exteriores (1974-1979), o país assistiu a manobras ousadas nas relações com os Estados Unidos, Argentina, Portugal, Paraguai, Bolívia, África, Europa Ocidental e Oriente Médio. O Brasil também reconheceu a China comunista e participou ativamente do embate entre o Norte industrializado e o Sul em desenvolvimento.
Neste livro, Azeredo da Silveira fala pela primeira vez dos bastidores da política externa brasileira no apogeu do regime militar, caracteriza as principais crises do período e explica as decisões mais controversas.
O leitor também terá a oportunidade de aprender sobre a riqueza do pensamento de Azeredo da Silveira e seus dilemas mais recorrentes. Nestas páginas terá acesso à visão de mundo de um homem cuja passagem pelo poder deixou legados duradouros para a posição do Brasil nas relações internacionais. E saberá como e por que ele se tornou um dos pais poderosos e influentes diplomatas a ocupar a chancelaria na história do país.
A crença em que o sistema internacional, apesar de sua rigidez e assimetria, era maleável para um Brasil em franca ascensão é uma idéia recorrente e poderosa no pensamento de Azeredo da Silveira uma de suas marcas mais distintivas.
Este depoimento inédito foi gravado entre 1979 e 1982, mas permaneceu fechado para pesquisa durante anos. Agora soma-se a um rico arquivo pessoal com cópias de milhares de memorandos, telegramas e cartas oficiais disponíveis no CPDOC/FGV.
http://silveiradepoimento.com.br/site/
O livro
Azeredo da Silveira reorientou a política externa do Brasil. Durante os cinco anos em que foi ministro das Relações Exteriores (1974-1979), o país assistiu a manobras ousadas nas relações com os Estados Unidos, Argentina, Portugal, Paraguai, Bolívia, África, Europa Ocidental e Oriente Médio. O Brasil também reconheceu a China comunista e participou ativamente do embate entre o Norte industrializado e o Sul em desenvolvimento.
Neste livro, Azeredo da Silveira fala pela primeira vez dos bastidores da política externa brasileira no apogeu do regime militar, caracteriza as principais crises do período e explica as decisões mais controversas.
O leitor também terá a oportunidade de aprender sobre a riqueza do pensamento de Azeredo da Silveira e seus dilemas mais recorrentes. Nestas páginas terá acesso à visão de mundo de um homem cuja passagem pelo poder deixou legados duradouros para a posição do Brasil nas relações internacionais. E saberá como e por que ele se tornou um dos pais poderosos e influentes diplomatas a ocupar a chancelaria na história do país.
A crença em que o sistema internacional, apesar de sua rigidez e assimetria, era maleável para um Brasil em franca ascensão é uma idéia recorrente e poderosa no pensamento de Azeredo da Silveira uma de suas marcas mais distintivas.
Este depoimento inédito foi gravado entre 1979 e 1982, mas permaneceu fechado para pesquisa durante anos. Agora soma-se a um rico arquivo pessoal com cópias de milhares de memorandos, telegramas e cartas oficiais disponíveis no CPDOC/FGV.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- Ilya Ehrenburg
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Posso lhe enviar o curso "Aprenda a ser sacana com classe num Fórum em apenas 10 lições", por "Ilya Ehrenburg", pelo preço módico de: R$ 500,00.Cross escreveu:Eu queria aprender a trollar com o Ilya.
Aceito cartões de bandeiras Visa e Mastercard.
Editado pela última vez por Ilya Ehrenburg em Dom Nov 28, 2010 7:35 pm, em um total de 1 vez.
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Ilya Ehrenburg
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Re: A Instituição que foi outrora a casa do Barão do Rio Branco
Visa e Mastercard????
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."