ARTILHARIA DA F TERRESTRE

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

Moderadores: J.Ricardo, Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
b.verde
Avançado
Avançado
Mensagens: 525
Registrado em: Sáb Jan 17, 2004 4:24 pm

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1261 Mensagem por b.verde » Sex Nov 19, 2010 5:13 pm

Brasileiro escreveu: O grande problema são os mais de 300 M101.


Estes obuseiros serão substituídos gradativamente pelos L-118 ou equivalente. :wink:


Continência.



"Jesus, o Cristo está voltando."




jauro
Sênior
Sênior
Mensagens: 5309
Registrado em: Ter Ago 01, 2006 12:36 pm
Localização: Barra Velha, SC.
Agradeceram: 610 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1262 Mensagem por jauro » Sex Nov 19, 2010 5:21 pm

Os artilheiros estão num impasse frente a END:
A END não compra fora e o Brasil não fabrica obuses.
Pode ver: a cavalaria tem o Leo1A5 (Comprado antes da END), não tem mais os LEO1A1, vai comprar mais L1A5 ou L2? Não, quem tem esperança de comprar alguma coisa lá fora que perca.
A infantaria não tem mais M113, vai comprar mais? Não, só revi e modernizar.
A infantaria e a cavalaria podem ter um substituto para os EE9 e EE11? Sim , então vai ai a novelinha de 20anos e 2044 carros.
A nossa "Ultima Ratio Regis" foi pega no contra-pé da END.
Mas o ChEM da Defesa é Artilheiro aí né!...Quem sabe?




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Avatar do usuário
Brasileiro
Sênior
Sênior
Mensagens: 9365
Registrado em: Sáb Mai 03, 2003 8:19 pm
Agradeceram: 525 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1263 Mensagem por Brasileiro » Sex Nov 19, 2010 6:55 pm

b.verde escreveu:Brasileiro escreveu: O grande problema são os mais de 300 M101.

Estes obuseiros serão substituídos gradativamente pelos L-118 ou equivalente. :wink:

Continência.

"Jesus, o Cristo está voltando."
Mas fabricar mais de 300 obuseiros 105 mm justificaria uma linha de produção nacional, ou não? Pra mim, com amplas chances de exportação.
Avibrás, Imbel e Ares estão na parada...
Sem contar que, em decorrência do programa VBTP-MR, poderemos abrigar uma fábrica de canhões Oto Melara. Então...


abraços]




----------------
amor fati
Avatar do usuário
Moccelin
Sênior
Sênior
Mensagens: 4849
Registrado em: Qua Abr 11, 2007 11:53 am
Localização: Três Corações - MG
Agradeceram: 2 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1264 Mensagem por Moccelin » Sex Nov 19, 2010 7:11 pm

Sem contar que poderíamos oferecer um escambo com a Argentina! Eles passam o know-how (e os projetos) de armas de tubo e a gente VENDE o Astros II pra eles, e se quiserem até fabricamos o Obuseiro que eles projetaram, que dizem que é bom (mas lí isso em fóruns argentinos, então é bom desconfiar hehehehehe)!

Apesar que depois do que ocorreu com o Gaúcho eles devem estar com o pé atrás com a gente e nós com ele.




The cake is a lie...
b.verde
Avançado
Avançado
Mensagens: 525
Registrado em: Sáb Jan 17, 2004 4:24 pm

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1265 Mensagem por b.verde » Sáb Nov 20, 2010 12:36 am

Brasileiro escreveu: Mas fabricar mais de 300 obuseiros 105 mm justificaria uma linha de produção nacional, ou não? Pra mim, com amplas chances de exportação.
Avibrás, Imbel e Ares estão na parada...
Sem contar que, em decorrência do programa VBTP-MR, poderemos abrigar uma fábrica de canhões Oto Melara. Então...


Eu torço para que assim seja, mas a princípio fala-se e importação mesmo.
Obs: não fiu informado sobre quantidades a serem adquiridas. :wink:


Continência.


"Jesus, o Cristo está voltabdo."




Avatar do usuário
Glauber Prestes
Moderador
Moderador
Mensagens: 8398
Registrado em: Sex Abr 06, 2007 11:30 am
Agradeceram: 253 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1266 Mensagem por Glauber Prestes » Sáb Nov 20, 2010 2:21 am

Não tem problema importar, desde que, depois de terminada todo o processo de aquisição, sejamos capazes de manter e substituir qualquer parte do obús por aqui.
Pelo menos é essa a visão que eu tenho de um país sem prateleiras.




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 37503
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3219 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1267 Mensagem por FCarvalho » Sáb Nov 20, 2010 3:15 pm

Tenho cá comigo que os L-118/M777 só terão vida prória nas bgdas de selva/leve/pqdt. Então no futuro, conte-se:

8 bgdas Slv = 8 GacSvl a 18 peças 105mm = 144 peças
+ 06 pelas 155mm = 48 peças
Total = 192 peças

1 bgdas Pqdt = 1 Gac a 12 peças 105mm = 18 peças
+ 06 pelas 155mm = 06 peças
Total = 24 peças

3 bgdas Inf Leve = 3 GacSvl a 18 peças 105mm = 54 peças
+ 06 pelas 155mm = 18 peças
Total = 72 peças

Total: L-118 Light Gun ou LG 1 Mk III = 216 peças
M-777 = 72 peças

As bgdas de Inf Mec muito provalvelmente contarão com uma verão AP de Art do VBTP-MR na versão 8x8, no calibre 105 ou 155 ou viatura não blda 6x6, Tectran ou similar equipada com óbus 155mm. Seria de certa maneira contraditório se contar com art AR em uma unidade totalmente mecanizada.

A realidade acima descrita é a mesma para as bgdas de Cav Mec e Bld. A questão aqui é: qual o veículo base? Para qual óbus de 155mm? Quais os projetos existentes no mercado que poderiam ser adaptados a um proposto veiculo bldo SL nacional? O veiculo da NFBR - ArtAP seria adequado as Bgdas Cav Mec? Ou uma viatura 6X6 não bldo em versão Art AP seria melhor?

São questões que a END e o MD deixaram a desejar para a nossa artilharia resolver. Se é que esta equação é passível de resolução com a atual politica de defesa.

abs




Carpe Diem
jauro
Sênior
Sênior
Mensagens: 5309
Registrado em: Ter Ago 01, 2006 12:36 pm
Localização: Barra Velha, SC.
Agradeceram: 610 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1268 Mensagem por jauro » Sáb Nov 20, 2010 4:44 pm

Não entendi essa mistura de 03 Bia 105 com 01 Bia 155 num mesmo Grupo. Isso é inédito.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 37503
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3219 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1269 Mensagem por FCarvalho » Seg Nov 22, 2010 12:56 pm

jauro escreveu:Não entendi essa mistura de 03 Bia 105 com 01 Bia 155 num mesmo Grupo. Isso é inédito.
Assim como, Jauro, também é inédito nas OM's de inf. do EB o fato de serem totalmente mecanizadas.
Esta organização aí em cima, salvo engano meu, de quatro bias por grupo, é partir de leituras que fiz de trabalhos(artigos cientificos) de oficiais artilheiros - ECEME/ESAO disponiveis na internet.
A visão deles está representada parcialmente no que escrevi, e que não deixa de ser também questões sobre as quais hoje o EME está debruçado.
A mistura diz respeito a uma opinião pessoal minha, nada sobre o que li. Acredito que a mesma possa dispor as om's citadas de maior e melhor apoio de fogo de acordo com seus respectivos cenário e emprego. Mas não acredito que o EB possa adotar esse modelo. Na verdade, a discussão real é sobre a manutenção ou não do calibre 105mm nestas bgdas, ou a sua troca pelo 155mm, como ora se vê empregado nos paises da OTAN. Eles estão se fazendo essa pergunta e se esse modelo seria factível ao EB. Claro, se alguém por aí no EME simpatizar com a minha opinião, ficaria muito honrado e satisfeito de ter colaborado.
Mas sinceramente, sem devaneios, óbivo que já pensaram nisso. Mas a dúvida acima parece persistir.
No mais, o que falei quanto a artilharia das bgdas Cav Bldas e Mec é isso aí mesmo. Não se comporta mais no modelo que o EB se pretende assumir de suas om's de Cav uma artilharia AR. Agora como resolver a equação é que são elas...


abs.




Carpe Diem
jauro
Sênior
Sênior
Mensagens: 5309
Registrado em: Ter Ago 01, 2006 12:36 pm
Localização: Barra Velha, SC.
Agradeceram: 610 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1270 Mensagem por jauro » Seg Nov 22, 2010 5:46 pm

Quanto à Inf ser Mec essa idéia é inédita desde 1984.
A ArtCmp se desdobra em três escalões: Art de Brigada, Art Divisionária e Art de Exército de Cmp. Colocando isso em calibres, hoje, é assim: 105; 155; 105, 155 e LMF e o Menor escalão de emprego é o Grupo (para atender um princípio da Art que é o Volume ou massa de fogos), por isso dentro do Grupo o calibre é sempre o mesmo, só se misturando nos escalões acima de Grupos. Claro que isso poderá evoluir, mas a mudança será inédita.
Hoje o que se faz são composições de Grupos, como: Agrupamento de Artilharia e Agrupamento Grupo. Há mistura de calibres, mas serão Grupos de calibres diferentes.
Quanto aos calibres, reboques e AP darei minha opinião mais à frente.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 37503
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3219 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1271 Mensagem por FCarvalho » Seg Nov 22, 2010 6:22 pm

jauro escreveu:Quanto à Inf ser Mec essa idéia é inédita desde 1984.
Bom, podes me dar uma colher de chá. Em 84 eu só "lia" sobre guerra e doutrina o que se passava na tv. :wink:

A ArtCmp se desdobra em três escalões: Art de Brigada, Art Divisionária e Art de Exército de Cmp. Colocando isso em calibres, hoje, é assim: 105; 155; 105, 155 e LMF e o Menor escalão de emprego é o Grupo (para atender um princípio da Art que é o Volume ou massa de fogos), por isso dentro do Grupo o calibre é sempre o mesmo, só se misturando nos escalões acima de Grupos. Claro que isso poderá evoluir, mas a mudança será inédita.

Espero sinceramente o EME também pense assim. Pois sabes melhor do que eu que doutrina no EB para evoluir, só a conta gotas.

Hoje o que se faz são composições de Grupos, como: Agrupamento de Artilharia e Agrupamento Grupo. Há mistura de calibres, mas serão Grupos de calibres diferentes.

Minha dúvida é quanto a art divisionária. Se o EB prevê que sua organização base de combate será a Bgda, como é que ficam os escalões Div e Art Ex Cmp?

Quanto aos calibres, reboques e AP darei minha opinião mais à frente.

abs.




Carpe Diem
Avatar do usuário
Clermont
Sênior
Sênior
Mensagens: 8842
Registrado em: Sáb Abr 26, 2003 11:16 pm
Agradeceram: 644 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1272 Mensagem por Clermont » Seg Nov 22, 2010 6:28 pm

jauro escreveu: por isso dentro do Grupo o calibre é sempre o mesmo, só se misturando nos escalões acima de Grupos. Claro que isso poderá evoluir, mas a mudança será inédita.
Mas, o Corpo de Fuzileiros Navais mantém, em seu batalhão de artilharia, uma bateria 155, junto com as outras três baterias 105 (além de uma espécie de "meia-bateria" de morteiros de alma lisa 120 mm, anexados à bateria 155.)

Para uma brigada de infantaria motorizada, até algum tempo atrás, um tal "mix", poderia ter sido interessante. Mas, como elas, provavelmente, estão em vias de serem convertidas em brigadas mecanizadas, talvez nem adiante muito pensar nisto. Por outro lado, parece um exagero colocar uma bateria 155 numa formação "ligeira" (infantaria leve, pára-quedista ou de selva).




Avatar do usuário
FCarvalho
Sênior
Sênior
Mensagens: 37503
Registrado em: Sex Mai 02, 2003 6:55 pm
Localização: Manaus
Agradeceram: 3219 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1273 Mensagem por FCarvalho » Seg Nov 22, 2010 7:37 pm

Clermont escreveu:
jauro escreveu: por isso dentro do Grupo o calibre é sempre o mesmo, só se misturando nos escalões acima de Grupos. Claro que isso poderá evoluir, mas a mudança será inédita.
Mas, o Corpo de Fuzileiros Navais mantém, em seu batalhão de artilharia, uma bateria 155, junto com as outras três baterias 105 (além de uma espécie de "meia-bateria" de morteiros de alma lisa 120 mm, anexados à bateria 155.)

Para uma brigada de infantaria motorizada, até algum tempo atrás, um tal "mix", poderia ter sido interessante. Mas, como elas, provavelmente, estão em vias de serem convertidas em brigadas mecanizadas, talvez nem adiante muito pensar nisto. Por outro lado, parece um exagero colocar uma bateria 155 numa formação "ligeira" (infantaria leve, pára-quedista ou de selva).



Clermont, a idéia do M777 é jsutaente essa. Agora se ela se validou ou não, precisamos perguntar as om's que o utilizam como o USMC.




Carpe Diem
Avatar do usuário
Moccelin
Sênior
Sênior
Mensagens: 4849
Registrado em: Qua Abr 11, 2007 11:53 am
Localização: Três Corações - MG
Agradeceram: 2 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1274 Mensagem por Moccelin » Seg Nov 22, 2010 11:13 pm

Não tem Bia (se não me engano de selva) com obuseiro 105mm e morteiro 120mm???




The cake is a lie...
jauro
Sênior
Sênior
Mensagens: 5309
Registrado em: Ter Ago 01, 2006 12:36 pm
Localização: Barra Velha, SC.
Agradeceram: 610 vezes

Re: ARTILHARIA DA F TERRESTRE

#1275 Mensagem por jauro » Seg Nov 22, 2010 11:46 pm

abs.[/quote]
Bom, podes me dar uma colher de chá. Em 84 eu só "lia" sobre guerra e doutrina o que se passava na tv. :wink:



Pois é, mas nessa época o EB já tinha suas BdaInf Mtz e as Cav Mec consolidadas.
Espero sinceramente o EME também pense assim. Pois sabes melhor do que eu que doutrina no EB para evoluir, só a conta gotas.
A doutrina se desenvolve segundo o emprego do seu exército em situações reais. Se alguém pensa que o EB, a FAe, a Armada ou os FN alteram suas doutrinas com frequência está equivocado. Estes últimos fazem o seu aperfeiçoamento na EsAO, juntamente com pessoal do EB. O mesmo vale para outros países.
Minha dúvida é quanto a art divisionária. Se o EB prevê que sua organização base de combate será a Bgda, como é que ficam os escalões Div e Art Ex Cmp?
Ficam como eram.
O escalão Brigada é adotado como base do EB desde 1972 quando se extinguiu a base regimental.
Cada Divisão (DE) tem uma base divisionária(Art, Eng, Com, Log) e enquadra de 02 a 05 Brigadas.
O ExCmp tem uma base de Ex e pode adotar várias Divisões, várias Brigadas independentes, ArtExCmp e EngExCmp.
O emprego de Brigadas como escalão que aje independente e tem autonomia no combate já é preconizado desde o tempo citado anteriormente. Na selva sim os entendimentos são mais recentes. Mesmo assim, a 1ª e a 23ª BdaInfSl são do início dos anos 80.




"A disciplina militar prestante não se aprende senhor, sonhando e na fantasia, mas labutando e pelejando." (CAMÕES)
Jauro.
Responder