Traduzi este artigo, publicado no site do Ministério da Defesa da França.
É uma entrevista com o Comandante do Destacamento francês na CRUZEX.
Abraços,Rafales no Brasil para o ar exercício Cruzex V
Atualizado em: 19/11/2010 - Autor: Calve Aude
Oito aviões e 150 militares franceses participam do Exercício Aéreo Cruzex V no Brasil.
Entrevista com o General de Brigada Aérea Dominique de Longvilliers, Chefe de Estado-Maior do CDAOA, responsável pelo destacamento francês.
Na estrutura do Exercício Cruzex V (Cruzeiro do Sul), que se desenvolve até 19 de novembro em Natal (estado do Nordeste do Brasil), o General Longvilliers (Chefe do Estado Maior do Comando de Defesa Aérea e das Operações Aéreas - CDAOA) é, do mesmo modo que seus colegas americano, brasileiro, chileno e uruguaio, conselheiro perante o Tenente Brigadeiro Gilberto Antônio Burnier (Comandante Geral de Operações Aéreas e Diretor do Exercício). Nesta ocasião, é também o chefe de um destacamento de mais de 150 militares franceses, bem como de quatro Mirages 2000-5 e quatro Rafales.
Neste ano, os aviões franceses atraíram especial atenção: os Rafale cruzaram o Equador pela primeira vez...
Para os franceses, quais são os principais objetivos do Exercício Cruzex?
Este exercício é uma oportunidade para compartilhar experiências operacionais (Afeganistão, Golfo e África) com os países participantes da América do Sul. Ele também permite realizar missões em um novo ambiente: a área do Exercício é muito grande (até 500 km de extensão no Brasil, contra 200 km na França). As aeronaves têm características dinâmicas muito diferentes, o que causa dificuldade na operação; além do uso do inglês, que não é dominado por todos (os participantes falam quatro línguas diferentes).
Como foi a escolha dos aviões?
Atualmente, a Força Aérea Francesa é composta principalmente de Mirage 2000 e Rafale. O Mirage F1 está muito envolvido no Afeganistão, realizando missões de reconhecimento e ataque ao solo: ele não teria lugar aqui. Para atender ao exercício, o Mirage 2000-5 foi escolhido para assegurar a Defesa Aérea.
Da mesma forma para o Rafale, um moderno avião multimissão, capaz de realizar, ao mesmo tempo, missões ar-ar e ar-solo. Ele dispõe também de uma arquitetura de sistemas que combina, em uma única imagem, todos os sensores da aeronave (radar, sistema de guerra eletrônica, optrônica, conexão de rede data link entre as esquadrilhas e aviões AEW, pod Laser de nova geração e pod de reconhecimento). Em seguida ao Mirage 2000, é o avião mais importante em termos de números (70 entregues à Marinha e Força Aérea). Sua experiência em operações no exterior dá toda legitimidade para participar em exercícios internacionais.
E sobre o mercado de FX 2 no Brasil?
Os brasileiros necessitam de uma nova aeronave de combate. A França propôs o Rafale; os suecos, o Gripen NG; e os americanos, o F-18. As considerações de ordem política brasileiras parecem favorecer o Rafale, por causa de interessantes benefícios econômicos futuros (transferência de tecnologia), mesmo que inicialmente o Gripen NG pareça ser mais barato.
Na realidade, outros fatores devem ser levados em conta. O Rafale, que acaba de entrar em serviço, já é operacional. Sua vida será mais de 30 anos, durante a qual a sua configuração irá evoluir (novas capacidades, gestão de obsolescência). Cada cliente poderá desfrutar e dispor de meios de apoio e peças de reposição com menor risco. Esse não será o caso com o F-18, que está no final de sua vida. Quanto ao Gripen NG é um avião em projeto: não existe ainda. É, portanto, impossível verificar o desempenho anunciado.
A decisão brasileira de comprar ou não o Rafale é totalmente independente do Exercício, durante o qual só importam o profissionalismo do destacamento francês e sua conduta exemplar.
http://www.defense.gouv.fr/actualites/a ... n-cruzex-v
Justin