Bolívia

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
Viktor Reznov
Sênior
Sênior
Mensagens: 6817
Registrado em: Sex Jan 15, 2010 2:02 pm
Agradeceram: 786 vezes

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#931 Mensagem por Viktor Reznov » Seg Nov 15, 2010 11:47 pm

Túlio escreveu:Fui um dos que falaram mal. E peguei pesado. Assumo isso. Burrice mesmo. :( 8-]
Nem estava nesse fórum na época (creio eu), mas aonde estive falei mal, não me arrependo, insisto que fomos frouxos e nada mudará minha opinião. O fato de que o Paraguai se viu no direito de exigir renegociação de sua dívida na Itaípu só prova que estava certo. Aparente ser frouxo por um instante e todos lhe atacarão, por todos os lados. O primeiro passo para ser respeitado é se respeitar e agir de forma inclemente e impiedosa com aqueles que o desrespeitam. A disuassão foi uma ferramenta poderosa que impediu a terceira-guerra mundial por 50 anos, a diplomacia brasileira já está passando da hora de aprender a usá-la.




I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61349
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceram: 6597 vezes
Contato:

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#932 Mensagem por Túlio » Ter Nov 16, 2010 12:33 pm

Mas Cross, e o que dizer do soft power que foi usado? Hoje estão aí, fritando a m* para comer torresmo, ninguém lhes dá bola, ninguém confia neles, vão sempre para baixo, cada vez mais para baixo...

E não vislumbro solução para essa gente, nem a curto nem a médio prazo... 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Hader

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#933 Mensagem por Hader » Ter Nov 16, 2010 5:06 pm

É necessário compreender uma coisa: este tipo de relação é muito mais complexa do que sonham os outsiders. Somente para dar um exemplo: na década de 70 a CIA convenceu o governo americano de que uma guerra de atrito, como foi o Vietnã para os USA, poderia levar o império soviético a um nível tal de desgaste que seria impossível para eles manter a cortina de ferro e sua corrida armamentista. Bueno, este grupo resolveu que um bom lugar para testar a teoria era o Afeganistão. Eles sabiam que havia um grupo de pitbulls no politiburo que não resistiriam à provocação e morderiam a isca com mandíbulas de aço. O resto é história. O plano deu muito mais certo do que imaginaram, mas com gravíssimos efeitos colaterais... Ao Reagan sobrou acelerar investimentos em idéias "malucas" como guerra nas estrelas e bombardeiros invisíveis para forçar a derrocada.
O óbvio pode esconder grandes armadilhas.

Abraços.




Avatar do usuário
Viktor Reznov
Sênior
Sênior
Mensagens: 6817
Registrado em: Sex Jan 15, 2010 2:02 pm
Agradeceram: 786 vezes

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#934 Mensagem por Viktor Reznov » Qui Nov 18, 2010 5:18 pm

Túlio escreveu:Mas Cross, e o que dizer do soft power que foi usado? Hoje estão aí, fritando a m* para comer torresmo, ninguém lhes dá bola, ninguém confia neles, vão sempre para baixo, cada vez mais para baixo...

E não vislumbro solução para essa gente, nem a curto nem a médio prazo... 8-]
O Soft Power que foi usado estava pra Limp Dick. Eles estão fritando a m* por conta da intransigência e más decisões deles, enquanto nós não fizemos nada pra defender nossos interesses lá. O que nos revolta é que nós não fizemos nada, simplesmente nada. O cocalero jogo merda na gente e o nosso governo abaixou a cabeça e saiu com o rabinho entre as pernas.




I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceram: 66 vezes

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#936 Mensagem por marcelo l. » Sex Dez 24, 2010 10:59 am

http://www.hidrocarburosbolivia.com/bol ... ivia-.html

El Gobierno de Evo Morales afirmó ayer que ha recibido este año solicitudes de más de 15 petroleras interesadas en explorar gas en territorio boliviano, un día después de que las empresas del sector advirtiesen que el país tiene reservas de ese energético sólo para los próximos nueve años.

"Hay muchísimo interés en explorar. Nosotros hemos recibido solicitudes de 15 a 20 empresas privadas", dijo el ministro boliviano de Hidrocarburos, Luis Fernando Vincenti, aunque no precisó las compañías interesadas.

Agregó que en octubre pasado se incorporaron 23 nuevas áreas de exploración petrolera a las 33 ya existentes, en el marco de un plan del Ejecutivo para dar "un impulso muy fuerte" a la búsqueda de gas, "no solamente para reponer sino para aumentar nuestras reservas".

La Cámara Boliviana de Hidrocarburos y Energía (CBHE), que agrupa a las petroleras que operan en el país, advirtió el miércoles que Bolivia tiene reservas de gas certificadas para nueve años más y no para 25 como se creía, por lo que en los dos próximos años deberá centrarse en nuevas exploraciones.

Las reservas de gas de Bolivia rondan los 8,3 billones de pies cúbicos, casi un tercio de los 26,7 billones que se creía tener, según un informe de certificación difundido extraoficialmente por analistas y que el Gobierno de Morales ha pedido revisar.

El informe fue hecho por la certificadora estadounidense Ryder Scott que, según el Ejecutivo, puede ser difundido en enero próximo, luego de que la empresa haga las revisiones solicitadas.

Según las petroleras, para los nuevos proyectos de exploración es necesario que el Ejecutivo flexibilice su posición en el pago de los tributos, ya que los costos de operación actuales no son los mismos que los de hace cuatro años.

La nacionalización decretada por Morales en 2006 fijó que las petroleras paguen al Estado como tributos un 82% de sus ingresos y se queden con el resto para cubrir operaciones y utilidades.

Vincenti resaltó además que más de 500.000 kilómetros cuadrados, que es la mitad del territorio boliviano, son un área potencial en "producción hidrocarburífera", mientras que las empresas consideran que no se ha explorado ni el 10% de esa zona teóricamente rica.

El funcionario también ratificó que a Bolivia no le preocupa la posibilidad de perder los mercados de Brasil y Argentina por los recientes hallazgos de gas en ambos países.

En el caso de Argentina, señaló que la explotación de gas "no convencional" es costosa y complicada y que pasarán "décadas" hasta que ese energético pueda ser competitivo con el boliviano, mientras que en el caso de Brasil, dijo, su demanda subirá por su ritmo de crecimiento.

Actualmente, en Bolivia operan la hispano-argentina Repsol YPF, la brasileña Petrobras, la francesa TotalFinaElf y British Gas, entre otras.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
delmar
Sênior
Sênior
Mensagens: 5251
Registrado em: Qui Jun 16, 2005 10:24 pm
Localização: porto alegre
Agradeceram: 504 vezes

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#937 Mensagem por delmar » Dom Dez 26, 2010 7:19 pm

Os bolivianos estão caindo na realidade. O dinheiro do tio Hugo não vem mais, assim não resta nada a fazer que cortar os subsidios. Outras coisas virão.
La Paz.- El Gobierno de Bolivia dijo el domingo que decretó un alza en los precios domésticos de los combustibles de hasta 83 por ciento, congeló las tarifas de los servicios básicos y prometió un aumento salarial superior a la inflación.

La medida no afecta a los precios del gas natural que exporta Bolivia a Argentina y Brasil, los cuales están sujetos a contratos internacionales, reseñó Reuters.

"Es una nivelación interna de combustibles a precios internacionales", dijo en conferencia de prensa el vicepresidente Alvaro García, en funciones de presidente por un viaje del mandatario Evo Morales a Venezuela.

El funcionario afirmó que Bolivia no podía prolongar más un régimen de subvenciones que alentaba el contrabando.

El diesel subió en 83% de 3,72 a 6,80 bolivianos (0,96 dólares) el litro, la gasolina de bajo octanaje, la de uso masivo, 73% de 3,74 a 6,47 bolivianos el litro, y la gasolina de alto octanaje 57% de 4,79 a 7,51 bolivianos el litro.




Todas coisas que nós ouvimos são uma opinião, não um fato. Todas coisas que nós vemos são uma perspectiva, não a verdade. by Marco Aurélio, imperador romano.
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61349
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceram: 6597 vezes
Contato:

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#938 Mensagem por Túlio » Dom Dez 26, 2010 10:14 pm

Mudei de idéia: de soft power em soft power a gente ainda vai levar um hard power no pé do ouvido para aprender a querer ser bonzinho com todo mundo. Ainda mais a Bolívia, bobear e esse país ou seja lá o que for se desintegra, adivinhem quem vai ter que pagar a conta... :roll: 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceram: 66 vezes

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#939 Mensagem por marcelo l. » Seg Dez 27, 2010 8:44 pm

http://www.hidrocarburosbolivia.com/pan ... solar.html

Santiago Carcar/El País (Madrid) - El primer importador de gas natural del mundo, EE UU, se prepara para convertirse en exportador; Argentina, dependiente del gas boliviano, dice haber duplicado sus reservas de una sola tacada; los precios del gas natural tienden a desligarse del petróleo y bajan; las plantas regasificadoras (que procesan el gas importado mediante barcos) se transforman en plantas que comprimen y licúan el gas para exportarlo; de pronto, sobran buques metaneros... en pocas ocasiones se puede observar un cambio del tal magnitud en un negocio y pocas veces se puede escuchar a un directivo de la conservadora industria del petróleo hablar de "revolución".

El primero en hacerlo fue el ejecutivo de BP, Tony Hayward. "Revolución silenciosa" fue la expresión que utilizó para describir lo que está pasando en el negocio del gas.

Todo se debe a los hallazgos de lo que se denomina "gas no convencional" (unconventional gas). No se trata de un nuevo tipo de hidrocarburo. Se denomina no convencional porque se extrae de donde antes no se podía, con tecnología que no existía y con costes que ya permiten obtener beneficios a las empresas. La denominación "no convencional" engloba al denominado shale gas (gas de esquisto), el tight gas (gas extraído de arenas compactas) y el coal bed methane (metano del manto de carbón).

Es una fiebre. En EE UU, compañías petroleras de tamaño medio comenzaron en los años ochenta a trabajar en la extracción de gas de lo que los geólogos llaman roca madre, la fuente de la que fluían el petróleo y el gas de los pozos tradicionales. Su éxito ha sido tal que las grandes empresas del sector, de Exxon a BP, pasando por ENI, Shell o Statoil han invertido 44.000 millones de euros en apenas dos años para entrar en el negocio, según los datos que maneja Gas Natural Fenosa. Lo han hecho con acuerdos y compras a compañías más modestas como Chesapeake, Exco, XTO Energy, Atlas o Duvenay, que apostaron por la explotación del nuevo gas y se hicieron con los derechos de explotación en millones de acres.

Con técnicas novedosas (perforación en horizontal, fracking o inyección de agua a presión con productos químicos), la roca madre, fracturada y estrujada, suelta su tesoro: nuevo gas allí donde se había agotado el hidrocarburo más accesible. Yacimientos agotados, muertos, rejuvenecen. Resultado: según la Agencia Internacional de la Energía (AIE), de pronto las reservas mundiales de gas natural se elevan a 32.511 billones de pies cúbicos (910.000 billones de metros cúbicos) y países como EE UU, que consume cada año 646 bcm (miles de millones de metros cúbicos) se convierten en autosuficientes, con reservas que pueden durar un siglo.

El cambio es profundo. El gas no convencional -en realidad gases, porque se denominan de forma diversa según el lugar de la extracción- puede encontrarse en amplias zonas de EE UU, Europa, Asia y Australia. En general coinciden con yacimientos de petróleo, formaciones de pizarra, minas de carbón y áreas arcillosas. En la lotería geológica, el premio, en forma de nuevo gas "no convencional" parece haberle correspondido, en Europa, a Polonia, Suecia, Alemania, Hungría, Austria y posiblemente Francia. En España, se trabaja -con perspectivas modestas, todo hay que decirlo- en la zona norte, incluida la región del Ebro y la de los Pirineos. Pero aunque el potencial es grande (la AIE estima las reservas de gas no convencional en Europa suficientes para cuatro décadas), será difícil reproducir el éxito logrado en EE UU. La razón, explica José Carlos Vicente Bravo (División Upstream de Repsol YPF), es que el éxito de la explotación de estas reservas depende de, al menos, "un triángulo del que forman parte los costes, las características geológicas de la zona y la fiscalidad". Hay que tener en cuenta, además, que exprimir la roca madre es una ardua tarea: hay que hacer muchos pozos que, aunque inicialmente -en semanas- producen mucho, luego dan un caudal escaso. Aunque bien puede durar décadas.

En EE UU, donde amplias zonas del país como el estado de Tejas están poco pobladas y además tiene cultura petrolera, la explotación de nuevos recursos de gas no convencional es más fácil que en Europa. Más aún si se tiene en cuenta que EE UU es, probablemente, el único país del mundo en que el dueño de un terreno lo es también del subsuelo y de su contenido. Compañías pioneras como Barnett o Chesapeake hicieron un trabajo de hormiga, adquiriendo derechos de explotación.

El aumento de reservas en EE UU y las perspectivas de hallazgos en otras zonas del mundo han tenido un impacto global. Inversiones en proyectos para exportar gas de países del norte de África y del golfo Pérsico se han paralizado. La relación de fuerzas entre países compradores y vendedores también puede resultar afectada. Un ejemplo reciente: Gas Natural Fenosa, que comercializa el gas argelino de la estatal Sonatrach, con la que mantiene diferencias que han llegado a los tribunales, ha llegado a un principio de acuerdo con la compañía estadounidense Cheniere para participar en la planta de gas de Sabine Pass (Tejas) y comercializar algún día desde EE UU gas a otras partes del mundo. Sonatrach podría perder peso en la relación con Gas Natural.

De la misma manera, países exportadores como Rusia podrían perder parte de su poder sobre los mercados del norte y el centro de Europa. La "revolución silenciosa" da para más. Un desarrollo del negocio, con gas abundante, barato y relativamente menos contaminante que el carbón y el petróleo podría afectar al desarrollo de las renovables. Y para que no falte ningún elemento, también hay polémica por las consecuencias medioambientales de las nuevas explotaciones.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
suntsé
Sênior
Sênior
Mensagens: 3167
Registrado em: Sáb Mar 27, 2004 9:58 pm
Agradeceram: 154 vezes

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#940 Mensagem por suntsé » Seg Dez 27, 2010 9:11 pm

Túlio escreveu:Mudei de idéia: de soft power em soft power a gente ainda vai levar um hard power no pé do ouvido para aprender a querer ser bonzinho com todo mundo. Ainda mais a Bolívia, bobear e esse país ou seja lá o que for se desintegra, adivinhem quem vai ter que pagar a conta... :roll: 8-]
Eu acho que o Brasil teve um comportamento responsável para com a Bolívia, a Bolivia é um país muito dividido e instável. Se o Brasil exercita-se toda a sua capacidade de fazer pressão poderia desestabilizar o governo Boliviano, uma crise abrupta no país vizinho e uma pressão esmagadora poderia levar a um golpe militar ou até a uma guerra Civil.

Seria um risco que não poderíamos correr, ficarimos com nossa imagem arranhada, arriscariamos capital politico. Seria muito mais prejudicial para a nossa liderança na AL. Eu acho que esta postura comedida foi necessária, uma demonstração de força esmagadora poderia assustar e criar desconfiança entre nossos vizinhos, e os EUA como super-potencia que não quer perder espaço....poderia aproveitar a situação para enfiar uma faca em nossa garganta. Ja que não é muito difícil para os nossos vizinhos buscarem se colocar sobre a proteção dos EUA.

Eu tenho certeza de que mais cedo ou mais tarde os EUA, ira usar a nossa fama de imperialista contra nós.




Avatar do usuário
FOXTROT
Sênior
Sênior
Mensagens: 7646
Registrado em: Ter Set 16, 2008 1:53 pm
Localização: Caçapava do Sul/RS.
Agradeceram: 106 vezes

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#941 Mensagem por FOXTROT » Seg Dez 27, 2010 9:19 pm

De acordo suntsé, o Brasil não pode pregar uma coisa e agir de outra forma, como os EUA costumam fazer.

Saudações




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
RobertoRS
Sênior
Sênior
Mensagens: 886
Registrado em: Sáb Nov 13, 2010 12:12 am

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#942 Mensagem por RobertoRS » Seg Dez 27, 2010 9:37 pm

suntsé escreveu:
Túlio escreveu:Mudei de idéia: de soft power em soft power a gente ainda vai levar um hard power no pé do ouvido para aprender a querer ser bonzinho com todo mundo. Ainda mais a Bolívia, bobear e esse país ou seja lá o que for se desintegra, adivinhem quem vai ter que pagar a conta... :roll: 8-]
Eu acho que o Brasil teve um comportamento responsável para com a Bolívia, a Bolivia é um país muito dividido e instável. Se o Brasil exercita-se toda a sua capacidade de fazer pressão poderia desestabilizar o governo Boliviano, uma crise abrupta no país vizinho e uma pressão esmagadora poderia levar a um golpe militar ou até a uma guerra Civil.

Seria um risco que não poderíamos correr, ficarimos com nossa imagem arranhada, arriscariamos capital politico. Seria muito mais prejudicial para a nossa liderança na AL. Eu acho que esta postura comedida foi necessária, uma demonstração de força esmagadora poderia assustar e criar desconfiança entre nossos vizinhos, e os EUA como super-potencia que não quer perder espaço....poderia aproveitar a situação para enfiar uma faca em nossa garganta. Ja que não é muito difícil para os nossos vizinhos buscarem se colocar sobre a proteção dos EUA.

Eu tenho certeza de que mais cedo ou mais tarde os EUA, ira usar a nossa fama de imperialista contra nós.
É uma opinião coerente, MAS discordo... Enquanto isso, tornamos o Brasil no Sloth da América Latina...




Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61349
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceram: 6597 vezes
Contato:

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#943 Mensagem por Túlio » Ter Dez 28, 2010 9:03 am

Eu acho que aquilo lá vai estourar cedo ou tarde e quem vai ter que segurar o rojão somos NÓS. Essa notícia aí acima de que o gás vai baratear por se tornar mais abundante só complica ainda mais a equação. O ÚNICO grande produto de exportação da Bolívia - esqueçamos a coca - se desvaloriza a olhos vistos, isso gera desemprego e mantém a permanente crise política e institucional num país já à beira da ruptura do tecido Nacional (ajudado por Evil Morales, que aprofundou e institucionalizou/instrumentalizou as divisões internas). Quem intenta investir por lá - há o petróleo e o lítio, mantenhamos isso em mente - o faz tendo em que considerar esses fatores, começa a negociar com um governo, com um País e, quando os negócios começarem a frutificar, arrisca a ter diante de si não apenas um novo governo mas uma quantidade de novos e pequenos países com seus novos governos mutuamente antagônicos. Bálcãs, em suma. E quem quer ter uma usina bem no meio de uma área em disputa, possivelmente armada? Isso não é bueno para os negócios. É prejuízo, é queda do valor das ações da companhia, é assembléia de acionistas de cara feia. E para nós? É uma multidão de refugiados que teremos de acolher e alimentar, medicar, garantir segurança e morada. É uma MINUSTABOL aqui mesmo. E os negócios feitos lá indo para o beleléu. O mais tri é que, como todos sabemos, antes de uma missão de MANUTENÇÃO DE PAZ há sempre uma de IMPOSIÇÃO DE PAZ. Essa não é do nosso estilo, não é capacete azul bonzinho, é capacete camuflado de cara feia e sentando o dedo. O próprio Haiti foi assim, primeiro os ianques estabilizaram a situação e depois entregaram para nós. E aí, vamos deixar que se repita aqui do lado? Ianques mostrando quem manda porque não se envergonham de dar porrada quando é preciso e depois sim, chamam os 'bonzinhos' para manterem o status quo? Tipo assim, o quintal é deles e nós somos os jardineiros? Para não 'arranhar' a nossa 'imagem política'? Que imagem? A de JARDINEIRO DOS IANQUES? Eu é que não faço a menor questão disso, obrigado... :roll: 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Avatar do usuário
Paisano
Sênior
Sênior
Mensagens: 16163
Registrado em: Dom Mai 25, 2003 2:34 pm
Localização: Volta Redonda, RJ - Brasil
Agradeceram: 285 vezes
Contato:

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#944 Mensagem por Paisano » Ter Dez 28, 2010 9:47 am

Cross escreveu:
Túlio escreveu:Mas Cross, e o que dizer do soft power que foi usado? Hoje estão aí, fritando a m* para comer torresmo, ninguém lhes dá bola, ninguém confia neles, vão sempre para baixo, cada vez mais para baixo...

E não vislumbro solução para essa gente, nem a curto nem a médio prazo... 8-]
O Soft Power que foi usado estava pra Limp Dick. Eles estão fritando a m* por conta da intransigência e más decisões deles, enquanto nós não fizemos nada pra defender nossos interesses lá. O que nos revolta é que nós não fizemos nada, simplesmente nada. O cocalero jogo merda na gente e o nosso governo abaixou a cabeça e saiu com o rabinho entre as pernas.
As vezes não fazer nada é fazer alguma coisa, como, por exemplo, dar corda ao Morales para que ele, sozinho, possa se enforcar.




Avatar do usuário
Túlio
Site Admin
Site Admin
Mensagens: 61349
Registrado em: Sáb Jul 02, 2005 9:23 pm
Localização: Tramandaí, RS, Brasil
Agradeceram: 6597 vezes
Contato:

Re: Guerra civíl na Bolívia e a ameaça ao fornecimento de gás

#945 Mensagem por Túlio » Ter Dez 28, 2010 10:03 am

Mas aí é que está, Aiatolá: de vitória de pirro em vitória de pirro ele conduz alegremente a Bolívia para o Beleléu! Não tem que assumir a responsabilidade por suas asneiras. Vamos exemplificar: a cada vez que o Paraguai fez bagunça por causa de Itaipu o Lula mandou fazer enormes manobras militares na fronteira e eles sossegaram ligeirito. De repente tiveram a obrigação de se dar conta de que há um vizinho muito mais poderoso com quem estão mexendo e pode acabar mal. Isso para mim vale muito mais, até na questão Social, do que quebrar a economia de um País Soberano só para mostrar quem manda. Não postulo aqui que entremos Bolívia adentro atirando, apenas, como no caso paraguaio, mostremos que podemos fazer, se quisermos...




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

P. Sullivan (Margin Call, 2011)
Responder