Sobre o KC-390

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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WalterGaudério
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Re: Sobre o KC-390

#1861 Mensagem por WalterGaudério » Sáb Nov 13, 2010 2:06 pm

guilhermecn escreveu:
WalterGaudério escreveu: Breve, breve, teremos mais uma notícia maravilhosa vinda lá dos emirados... 8-] 8-] :wink: :!: [005] [005] [005]
Conta pra nós aí Walter.

Abraços
Deixa eu ver se acerto: Eles compram Astros novos, kc-390, super tucano e participamos no desenvolvimento do novo Rafale, conjuntamente 8-][/quote]

Do super tucano eu não sei, mas do resto... eu diria que está na reta... 8-] :lol: :lol: :lol: [005] [005] :wink:




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Re: Sobre o KC-390

#1862 Mensagem por guilhermecn » Sáb Nov 13, 2010 2:57 pm

WalterGaudério escreveu:
guilhermecn escreveu:
[]s
CB_Lima
Breve, breve, teremos mais uma notícia maravilhosa vinda lá dos emirados... 8-] 8-] :wink: :!: [005] [005] [005]
Conta pra nós aí Walter.

Abraços[/quote]

Deixa eu ver se acerto: Eles compram Astros novos, kc-390, super tucano e participamos no desenvolvimento do novo Rafale, conjuntamente 8-][/quote]

Do super tucano eu não sei, mas do resto... eu diria que está na reta... 8-] :lol: :lol: :lol: [005] [005] :wink:[/quote]

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Re: Sobre o KC-390

#1863 Mensagem por Penguin » Seg Nov 15, 2010 10:51 am

IstoE Dinheiro

Entrevista com Frederico Fleury Curado - presidente da Embraer

"Só a aviação pode integrar o Brasil"

Rosenildo Gomes Ferreira

Como boa parte dos estudantes de engenharia do prestigioso Instituto de Tecnologia Aeronáutica (ITA), o carioca Frederico Fleury Curado, 49 anos, sonhava em trabalhar na Embraer.

Ingressou na companhia em 1985 e 22 anos depois assumiu o manche da empresa. No posto de presidente, um dos momentos mais dramáticos que atravessou foi assinar a demissão de quatro mil funcionários, em fevereiro de 2009. “Foi uma medida dura, mas necessária. A crise econômica acertou em cheio o mercado de aviação”, justifica. Hoje, ele se vê diante de um cenário bem diferente. A companhia voltou a fechar novos contratos de venda, está tocando um projeto na área militar, o KC-390, e se consolidou no segmento de aviação executiva. Curado defende a volta de incentivos governamentais à aviação regional. “Trata-se da única forma de integrar um país tão grande quanto o Brasil”, diz. A seguir, os principais trechos da entrevista à DINHEIRO:

DINHEIRO – Em 2009, a Embraer demitiu, de uma só vez, cerca de quatro mil funcionários. O sr. se arrepende disso?

FREDERICO FLEURY CURADO – Foi uma decisão difícil, mas cercada de legitimidade. Com a crise econômica global, havia uma perspectiva de queda na receita, que acabou se confirmando. Saímos de um faturamento de US$ 6,5 bilhões, em 2008, para US$ 5,4 bilhões, em 2009, e, em 2010, deveremos fechar com US$ 5,2 bilhões. Na época, ficou claro que não iríamos retomar aquele patamar tão cedo.

DINHEIRO – Mas a impressão que ficou é que quem pagou a conta da crise foram apenas os funcionários. É isso mesmo?

CURADO – Claro que não. O corte atingiu todas as áreas, inclusive os dividendos pagos aos acionistas. Hoje, a Embraer é uma empresa saudável.

DINHEIRO – Pode-se dizer, então, que o pior já passou?

CURADO – Sim. O mercado de aviação está estabilizado e vemos até sinais de retomada.

DINHEIRO – Recentemente, a Embraer fechou um contrato para a venda de aviões para a NetJets, de Warren Buffett. Qual é a importância desse segmento?

CURADO – Trata-se da nossa entrada na frota da maior operadora do mundo. O jato Phenom está no mercado há cinco anos e hoje já é um concorrente importante. No ano passado, 14% dos aviões executivos entregues no mundo eram da Embraer. Até 2007 corríamos atrás de feiras de aviação para expor os produtos. Hoje, não existe um evento sem a nossa participação.

DINHEIRO – E quantas aeronaves foram entregues para clientes brasileiros?

CURADO – O País respondeu por 15% de nossas vendas de jatos.

DINHEIRO – Quem adquire um jato executivo ainda é visto com algum preconceito no Brasil. Isso atrapalha as vendas do setor?

CURADO – Existe uma questão cultural forte no Brasil, vinculando a compra de bens de elevado valor a um comportamento de ostentação. Essa mentalidade atrapalha porque o jatinho também é um instrumento de desenvolvimento, pois gera emprego em vários setores da economia. Nos EUA, entende-se que a aquisição de uma aeronave faz parte de uma solução logística para empresas e pessoas.

DINHEIRO – Que cenário o sr. vislumbra para os próximos anos?

CURADO – O Brasil se encontra em uma posição privilegiada em relação aos demais países. Aqui existem perspectivas de crescimento sustentado. E isso é ótimo. Contudo, a realidade de EUA, Europa e Japão é bastante diferente. As economias desses países não se recuperaram da crise de 2008. Só acredito em uma retomada a partir de 2012.

DINHEIRO – Qual é a prioridade da empresa na área militar?

CURADO – Nossa aposta é o KC-390, que é um avião para transporte de tropas e suprimentos. Trata-se de um projeto de grande impacto e seu desenvolvimento está atrelado a aquisições futuras da Força Aérea Brasileira (FAB). Ao contrário do subsídio, que sempre mascara uma ineficiência, as compras governamentais têm a capacidade de fomentar o setor e podem dar origem a um novo produto para exportação.

DINHEIRO – No passado, o Brasil fez parceria na área militar com a Itália, para o desenvolvimento do caça subsônico AMX. Agora, a empresa está repetindo o mesmo com a Argentina e outros quatro países. O que esse projeto apresenta de novo?

CURADO – A diferença é que a Embraer é a líder industrial do projeto. As especificações da aeronave foram definidas pelo Ministério da Aeronáutica e os parceiros têm o compromisso de desenvolver sistemas e adquirir alguns exemplares. Os protocolos de intenção prevêem a venda de 54 unidades para Argentina, Chile, República Tcheca, Colômbia e Portugal.

DINHEIRO – Qual o valor do investimento?

CURADO – Nosso orçamento é de R$ 3,2 bilhões, número considerado tímido por diversas empresas do setor. Mas temos condição de trabalhar com esse montante e concluir o projeto conforme prevê o cronograma.

DINHEIRO – O KC-390 também estará sujeito a embargos, como no caso do SuperTucano, da Embraer, cuja venda para a Venezuela foi vetada pelos americanos?

CURADO – Qualquer exportação de material militar enfrenta restrições. O Brasil também possui uma lista de países para os quais não podemos fornecer. Como a aeronave possui componentes americanos, será necessária a autorização prévia em cada venda. É impossível fazer um avião sem contar com insumos produzidos nos EUA.

DINHEIRO – Os governantes dos EUA e de países europeus se envolvem diretamente na promoção das exportações. O governo brasileiro tem ajudado nessa área?

CURADO – Temos de ter claro que a força do País no jogo global ainda não é semelhante à dos EUA, Alemanha ou França. Contudo, o crescimento da visibilidade do Brasil no cenário internacional é inegável. Nunca tivemos problemas por sermos uma empresa brasileira. Além disso, é preciso registrar que o presidente Lula sempre apoiou a Embraer.

DINHEIRO – Por que, então, vemos tão poucos aviões da Embraer voando aqui?

CURADO – Não se trata de uma questão unicamente de governo. Não podemos deixar de lado o fato de que o setor de aviação no Brasil encolheu. O número de empresas caiu dramaticamente e, além disso, todos os mecanismos de incentivo à aviação regional foram retirados. Com isso, o número de cidades atendidas pela malha aérea caiu de 250 para cerca de 150. As empresas de grande porte, como TAM e Gol, priorizaram as rotas onde a demanda é maior e investiram em aeronaves de maior porte. Hoje, estamos recuperando espaço junto às novas empresas, como a Azul e a Trip, que estão apostando no tráfego regional e nos consumidores emergentes.

DINHEIRO – O sr. defende a volta dos subsídios para a aviação regional?

CURADO – Sim. Mas isso tem de ser definido como política de Estado. Não podemos perder de vista que o Brasil é um país com enorme dimensão territorial que para ser integrado depende do transporte aéreo. Não podemos deixar de lembrar que esse sistema já funcionou no Brasil e está sendo copiado pelo governo da China.

DINHEIRO – A China se tornou uma pedra no sapato da Embraer?

CURADO – Primeiro, gostaria de dizer que nossa história de dez anos naquele país foi positiva. A parceria com a Harbin funcionou bem. As vendas só não foram melhores porque o produto que fabricamos lá, o ERJ 145 para 50 passageiros, perdeu espaço não só na China como no mundo inteiro. As relações com o governo chinês sempre foram boas. O problema é que estamos com dificuldades para conseguir a aprovação da fabricação do EMB 190. Se não pudermos mudar a produção, teremos de fechar a unidade em 2012.

DINHEIRO – Como competir sem produção local e concorrendo com uma estatal?

CURADO – Essa é a nossa preocupação. Se eles agirem de acordo com as regras de comércio global, acho que podemos ser competitivos. A existência de um similar fabricado localmente, porém, pode comprometer nosso projeto. O Brasil não dá proteção ao mercado aeronáutico. A tarifa é zero e acho bom que seja assim porque a indústria é global.

DINHEIRO – Falta empenho do governo brasileiro nessa questão?

CURADO – De jeito nenhum. Em todas as esferas do governo e também na área diplomática, temos recebido apoio das autoridades. A questão é delicada porque envolve decisão de cunho estratégico do governo chinês e não temos muito o que fazer a não ser aguardar.

DINHEIRO – O que o sr. espera do governo de Dilma Rousseff?

CURADO – Acredito na continuidade dos projetos que estão dando certo. O primeiro discurso dela após o resultado das eleições foi muito bem recebido por nós e mostra que ela tem firmeza em seus propósitos em relação a pontos como estabilidade econômica.

DINHEIRO – E quais seriam os pontos que o sr. considera que precisam ser atacados na esfera federal?

CURADO – O principal deles é a carga fiscal e a complexidade tributária do País. As regulamentações mudam a cada dia e isso é complicado. Além disso, temos de atacar questões como os gargalos na infraestrutura.

DINHEIRO – O sr. acha que a presidente Dilma saiu das urnas com cacife para resolver essas demandas?

CURADO – Vejo a presidente Dilma como uma pessoa que terá uma posição de destaque na área administrativa e gerencial. Tenho uma expectativa positiva em relação a isso. Tem coisas, no entanto, que não dependem do Executivo, como a reforma tributária. Mas o empenho da presidente é vital para que medidas como essa saiam do papel. Estou otimista porque ela deixou isso claro, logo em seu primeiro pronunciamento.




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: Sobre o KC-390

#1864 Mensagem por AlbertoRJ » Seg Nov 15, 2010 11:23 am

DINHEIRO – O KC-390 também estará sujeito a embargos, como no caso do SuperTucano, da Embraer, cuja venda para a Venezuela foi vetada pelos americanos?

CURADO – Qualquer exportação de material militar enfrenta restrições. O Brasil também possui uma lista de países para os quais não podemos fornecer. Como a aeronave possui componentes americanos, será necessária a autorização prévia em cada venda. É impossível fazer um avião sem contar com insumos produzidos nos EUA.
Entendo que a idéia é fazer com que essa dependência seja cada vez menor no futuro. A estratégia é essa.

[]'s




Alberto -
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Re: Sobre o KC-390

#1865 Mensagem por thelmo rodrigues » Qua Nov 17, 2010 8:16 pm

Argentina: más cerca de un acuerdo con Embraer para el KC-390


Portal Defensa.com

Fadea , la Fábrica Argentina de Aviones, busca firmar un acuerdo para proveer de partes a Embraer para la construcción del avión de transporte KC-390, una nave que apunta a sustituir al Hércules. Esta semana una delegación de diez personas, encabezadas por el gerente general de Fadea, Marcelo Ferroni, viajó hacia la sede de Embraer en San José Dos Campos, para definir los contratos para la fabricación en Córdoba de piezas del avión de transporte KC-390.

La delegación espera en los próximos días tener finalizado el contrato y dejarlo listo para la firma. Existen cuatro tipos de cotizaciones, para distintas líneas de trabajo, y hay expectativas para que se concreten todas. Actualmente Fadea solo tiene algunos proyectos y se ve limitada a ser proveedor y taller de mantenimiento de la Fuerza Aérea, con poco trabajo y perspectivas relativas.




"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
Carlos Mathias

Re: Sobre o KC-390

#1866 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Nov 17, 2010 8:19 pm

É impossível fazer um avião sem contar com insumos produzidos nos EUA.
Não é não.
E pode-se SIM fazer um avião sem a coleira que a EMBRAER gosta de usar.
Uma coisa é não querer, outra é não poder.




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Re: Sobre o KC-390

#1867 Mensagem por Túlio » Qua Nov 17, 2010 8:21 pm

Muito bem dito!

O avatar diz o resto. :wink: 8-]




“Look at these people. Wandering around with absolutely no idea what's about to happen.”

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Re: Sobre o KC-390

#1868 Mensagem por Glauber Prestes » Qui Nov 18, 2010 11:06 am

Acontece que ainda não existem 100% de produtos não-USA para se produzir um avião que:
-Seja moderno o suficiente;
-Seja confiável o suficiente;
-Seja econômico o suficiente;
-Seja amigável ao usuário final o suficiente;
-Seja leve o suficiente;
-E seja comunicável com sistemas diferentes;

E não estou falando de russos, OU chineses, OU europeus, OUbrasileiros. Claro que existem alguns sistemas russos que são melhores que todos, alguns europeus melhores que todos, alguns brasileiros melhores que os outros, e até alguns chineses melhores que os outros, mas dá pra montar um EMB-190 com motores russos, eletrônica européia, subsistemas chineses, num airframe brasileiro sem enfrentar grandes problemas de compatibilidade?
É muito mais cômodo, barato, e rápido montar uma aeronave com sistemas totalmente intercomunicáveis (praticamente plug and play) e de manutenção difundida em todo o mundo, do que usar sistemas que são bons, mas que não são difundidos.
Isso é a opinião dos meus professores, mas eu concordo.
Tenho professores brasileiros (ex-Embraer, Airbus e outros), israelense (ex-IAI), Ucranianos (Ex-Antonov e Boeing), e peruanos. Todos falam a basicamente a mesma coisa.

[]´s




http://www.tireoide.org.br/tireoidite-de-hashimoto/
Cuidado com os sintomas.

Você é responsável pelo ambiente e a qualidade do fórum que participa. Faça sua parte.
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Re: Sobre o KC-390

#1869 Mensagem por sapao » Qui Nov 18, 2010 11:07 am

Exato, eu diria que é mais economico fazer com os insumos americanos; mas nem sempre vale a pena a economia...




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Sobre o KC-390

#1870 Mensagem por Alcantara » Qui Nov 18, 2010 11:41 am

Ora, isso já foi debatido aqui.
O principal mercado da Embraer é os Estados Unidos. O mercado é americano, logo.... 8-]




"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
brisa

Re: Sobre o KC-390

#1871 Mensagem por brisa » Qui Nov 18, 2010 11:44 am

Alcantara, o maior mercado da EMBRAER é a Europa.




PRick

Re: Sobre o KC-390

#1872 Mensagem por PRick » Qui Nov 18, 2010 12:03 pm

Essa lógica não é a aplicada pelo país que mais cresce no mundo, eles querem e fabricam tudo, assim os Chineses estão nadando de braçadas.

Se esse lógica já é ruim do ponto de vista industrial e comercial para uma nação, do ponto de vista militar é um desastre. Afinal, o ramo militar tem que ficar longe da possibilidade de embargos, assim, a independência aqui é sinônimo de sucesso e segurança de uso e fornecimento.

A lógica da Embraer serve para a empresa privada, porém, não é a lógica da nação brasileira, ela apenas evidência o quanto nosso empresariado gosta de ter o rabo preso, o quanto ele é colonizado. A elite empresarial brasileira é internacionalista, não tem noção de nação, e assim se move.

Por isso, os períodos de maior crescimento econômico e investimento são aqueles comandados por empresas estatais, nossas maiores empresas são todas estatais ou ex-estatais. Só temos hoje a Embraer porque o ESTADO, o GOVERNO bancou o risco.

Setores como comunicações, siderurgia, química, petróleo, aviação, energia foram todos criados ou estão na mão de estatais. Embraer, Embratel, Embrapa, ou então temos as BRAS, com a Petrobras, Helibras, Eletrobras, etc..

Então, ao invés de pensarmos aviões da Embraer com sistemas estrangeiros, eu quero fabricação nacional da maior parte dos sistemas usados em nossas aeronaves. Hoje já temos condições de fazer isso. Se do ponto de vista das aeronaves comerciais isso pode não ser o melhor dos negócios ou mesmo dos lucros, porem é o melhor para a nação, porque internaliza empregos de alto valor agregado no País. No campo militar é algo fundamental. Isso para o empresário brasileiro costuma ser encarado como problema.

Se tivêssemos um mídia também nacional, esse tipo de resposta, traria uma pergunta sobre o tema acima, mas como a nossa mídia consegue ser pior que nossos empresários... 8-] 8-]

[]´s




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Re: Sobre o KC-390

#1873 Mensagem por Alcantara » Qui Nov 18, 2010 12:54 pm

A lógica da Embraer serve para a empresa privada, porém, não é a lógica da nação brasileira, ela apenas evidência o quanto nosso empresariado gosta de ter o rabo preso, o quanto ele é colonizado.
Balela, PRick.

Negócios são negócios. Uma empresa privada vive dos seu negócio, vive da sua relação com o mercado. "Lógica de nação" é justamente para a nação, ou seja, para o governo.

Em lugar algum do mundo a "lógica" de desenvolvimento da nação é pensada e executada somente pela indústria privada. Isso não cabe a iniciativa privada!

A iniciativa privada é um "instrumento" para a nação chegar a um objetivo, nunca o contrário.

A Embraer vai a onde o mercado estiver. Fora isso, só se o "Estado" bancar.




"Se o Brasil quer ser, então tem que ter!"
PRick

Re: Sobre o KC-390

#1874 Mensagem por PRick » Qui Nov 18, 2010 1:18 pm

Alcantara escreveu:
A lógica da Embraer serve para a empresa privada, porém, não é a lógica da nação brasileira, ela apenas evidência o quanto nosso empresariado gosta de ter o rabo preso, o quanto ele é colonizado.
Balela, PRick.

Negócios são negócios. Uma empresa privada vive dos seu negócio, vive da sua relação com o mercado. "Lógica de nação" é justamente para a nação, ou seja, para o governo.

Em lugar algum do mundo a "lógica" de desenvolvimento da nação é pensada e executada somente pela indústria privada. Isso não cabe a iniciativa privada!

A iniciativa privada é um "instrumento" para a nação chegar a um objetivo, nunca o contrário.

A Embraer vai a onde o mercado estiver. Fora isso, só se o "Estado" bancar.
Olha, existem muitos empresários com consciência nacional, os EUA mesmo são um exemplo disso, tem muitos que pegam seus lucros e doam tudo. Outros não internacionalizam a produção, mesmo com menos lucro, procure que você irá ver exemplos em todo o mundo.

A Embraer é cria do Estado, o Estado ajuda a empresa como nunca, seria esperar demais que o Presidente da Empresa fosse algo além de um empresário usando a lógica de mercado? Que a mídia explorasse esse lado?

[]´s




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Re: Sobre o KC-390

#1875 Mensagem por Alitson » Qui Nov 18, 2010 1:33 pm

Legal, vamos F¨%¨%$ a EMBRAER para manter o ponto de vista do governo, sei... :roll:
Vamos fazer o seguinte, em vez da EMBRAER investir em pesquisas, vamos pegar os lucros e doar para os sem tetos, sem terra, pode ser????? :roll:




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G&P M4 CARBINE V5
G&P M4A1
G&P M16A3+M203
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KING ARMS M4CQB
STARK ARMS G-18C GBB
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