Bom, o prefeito de São Bernardo do Campo pagou suas contas de campanha. Quanto ao centro de pesquisa, cabe no lote que tenho no Condomínio Verde, com uma casa que não tive dinheiro para concluir... É um mero factóide, uma sede para as atividades que a SAAB pretende vender ao Brasil, inclusive no campo de segurança pública, como sistemas de vigilância.
Quanto à FAB, desconheceu a END até o último instante. Ou foi ignorância ou tentou impor métodos de avaliação que não condiziam com a realidade política (no sentido amplo e melhor da palavra) atual. Pensou, talvez, que o ministro Jobim não iria ler o que estava no documento.
Vamos ser sérios.
Pepê
Zavva escreveu:Pepe,
Como a END não estabelece parametros objetivos para os pesos das avaliações, e nem deve, a interpretação desta passa a ser subjetiva.
Será que os mesmos pesos para o F-X2 valem para as fragatas da MB, por exemplo ?
Provavelmente não.
Valem. Elas serão integralmente construídas aqui, com transferência de tecnologia e tudo o que está previsto no F-X2.
Zavva escreveu:Mesmo que a ToT tenha um maior peso no caso das fragatas, isso pode ser ajustado conforme os interesses do processo de seleção.
O MD deveria ter orientado a FAB no inicio do processo da shortlist, mas não o fez, preferindo deixar nas mãos da FAB. Depois que o resultado saiu e não agradou, resolveram mudar.
O que não agradou foi a FAB tentar desconhecer todo o processo de feitura da END, do qual participou, tentando impor parâmetros que ficaram desatualizados. A Aeronáutica achava que estava isenta de cumprir o que acordou. O MinDef apenas lembrou-a de seus compromissos.
Zavva escreveu:Não me parece justo ficar fazendo estas insinuações a respeito da FAB, pois não cabe a FAB fazer escolhas politicas, a não ser que seja consultada para isso.
Não foi política, mas técnica. O Gripen NG perdeu a avaliação operacional e ficou atrás do Rafale e do F/A-18E/F em praticamente todos os ítens, com a exceção de ToT (com diferença pequena sobre a Dassault, diga-se de passagem); custo operacional (dado fajuto, pois a SAAB NÃO SOUBE DETALHAR O CUSTO OPERACIONAL DO MOTOR, o que causou a interferência do Alto Comando) e custo de aquisição, que era apenas US$ 5 milhões mais barato que o avião da Boeing. Quando valorizaram ToT e offset (e o trabalho foi refeito pela própria FAB a partir de recomendações do MinDef) o caça francês passou à frente. Cristalino, claro e óbvio.
Zavva escreveu:Me parece que a formação da shortlist foi visivelmente influenciada pela ToT.
O que você acha ?
A final, sim. A original, modificada pelo Alto Comando da FAB, não.
Abraços
Pepê