Crise Econômica Mundial

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Bourne
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Re: Crise Econômica Mundial

#2071 Mensagem por Bourne » Sex Nov 12, 2010 9:07 pm

AlterNet??? :shock:

É a versão em inglês do blog Alerta Total.




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FoxTroop
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Re: Crise Econômica Mundial

#2072 Mensagem por FoxTroop » Sex Nov 12, 2010 9:59 pm

Se o BofA estiver à beira da falencia e por associação grande parte do sistema bancario norte-americano, terão os USA capacidade para um TARP II?

Com a China e a Alemanha (penso que o Brasil já foi sondado sobre isso) a falar abertamente de comercio em divisas proprias, entre países de modo a isolar o USD, que caminho resta ao USA senão a activação da "bomba-A" financeira?

No meio disto tudo, terão os restantes países tempo de tomar medidas eficazes para conter a inundação de papel verde que se avizinha?

Confesso que tudo isto me ultrapassa e está fora do que eu consigo compreender, mas onde nos poderá levar a guerra economica que parece invitavel?

http://futurefastforward.com/images/sto ... nicles.pdf


O sacana do Fidel tinha razão: Iria viver para ver os USA (e os outros por arrasto) a "arder"




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Re: Crise Econômica Mundial

#2073 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Nov 13, 2010 9:34 am

E lá se vai à vida os meus planos de vender o meu T2 para fazer uma moradia nos terrenos dos meus pais... :(

Tudo o que leio e oiço indica que o pior ainda está para vir, qualquer plano que tinha para o futuro ficou no reino das coisas por realizar. Sente-se no ar que o mundo está a caminhar para um sitio que nem as pessoas de topo sabem muito bem o que vai acontecer.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

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Re: Crise Econômica Mundial

#2074 Mensagem por Bourne » Sáb Nov 13, 2010 11:48 am

O mundo não vai acabar. Eu garanto. :wink:




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Re: Crise Econômica Mundial

#2075 Mensagem por tflash » Sáb Nov 13, 2010 1:58 pm

Bourne escreveu:O mundo não vai acabar. Eu garanto. :wink:
Em principio não. As entendo perfeitamente o que o Cabeça diz. Comigo passa-se a mesma coisa. O sentimento de injustiça é muito grande no meu caso. Eu trabalhei imensas horas extraordinárias, recebi cartas de recomendação, nunca faltei de forma injustificada e muitas vezes fiz muito mais do que me é pedido ou esperado para assegurar a boa imagem e o lucro das empresas onde trabalhei e vem uns políticos medíocres que ganham muito mais do que eu, criar uma conjuntura que me impede de usufruir da prosperidade que eu atingi legitimamente. Além disso ainda tenho um segundo emprego por conta própria, ou seja, não paro.

Os meus planos são parecidos com os do Cabeça e ficaram adiados da mesma maneira.

No inicio do ano que vem, ia entregar o meu xsara velho e comprar o suv da dácia. -Adiado. Ia pôr o meu T1 (o "T" significa apartamento e o 1 é o nº de quartos) à venda para comprar um T3 ou uma moradia antiga para recuperar, numa zona mais sossegada. - Cada vez está mais dificil porque o meu apartamento está desvalorizado.

Não estou com a corda na garganta mas prevejo que durante uns bons anos não vou fazer grandes aquisições. A palavra de ordem aqui em casa é poupar e pagar pequenos créditos, cartões e afins para chegarmos a 2011 só com a prestação da casa. A conjuntura económica não me dá confiança para mais.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2076 Mensagem por soultrain » Sáb Nov 13, 2010 2:39 pm

ECONOMIA
Responsável do ING defende Portugal em carta enviada ao "Financial Times"
12 Novembro 2010 | 18:24
Jornal de Negócios Online - negocios@negocios.pt
Peter Nabney enumera as razões pelas quais Portugal está em melhor situação do que a Irlanda. E diz que a percepção contrária dos mercados é que está a provocar problemas de liquidez à banca portuguesa.
Os apuros da Irlanda e de Portugal não são sequer semelhantes. É este o título de uma carta enviada ao “Financial Times” por Peter Nabney, responsável do ING Groep em Portugal.

Nesta carta, que o “FT” hoje publica, Peter Nabney lamenta o facto de o jornal britânico “ter caído na mesma armadilha que o mercado, que está a pôr a Irlanda e Portugal no mesmo saco” e exemplifica, nomeadamente, com o editorial de 9 de Novembro do “FT”, intitulado “Periphery planning”.

“Na qualidade de actual residente em Portugal, e tendo vivido anteriormente na Irlanda, não consigo identificar semelhanças, a menos – claro- que se seja um ávido leitor do ‘Financial Times’”, diz aquele responsável do banco holandês na missiva endereçada ao jornal.

“Os factos não têm nada que enganar: os apuros da Irlanda são o resultado directo da prodigalidade dos bancos irlandeses nos empréstimos ao sector imobiliário, o que levou a um cenário de bolha/estoiro da bolha. Os indicadores deficitários daí resultantes condenam, essencialmente, a Irlanda a pedir ajuda internacional, mas, para tal, também seria necessária uma milagrosa reviravolta na economia norte-americana”, salienta Peter Nabney.

E prossegue: “os apuros de Portugal residem numa assustadora perda de competitividade, mas uma vez que isto sucedeu num contexto de crescimento económico, embora moroso, as instituições do país continuam sólidas”.

“Ironicamente, a tensão em termos de liquidez sobre os bancos portugueses resulta deste tipo de percepção ‘do mesmo saco’, quando afinal a realidade é bastante diferente”, afirma.

“Obviamente que Portugal tem de proceder a reformas, mas a diferença em relação à Irlanda está no tempo e na escala. Ao passo que, no caso da Irlanda, a economia tem sido inundada pela profunda escala do défice e o tempo não está do seu lado, com Portugal a questão tem mais a ver com o recalibrar do ‘mix’ receitas/despesas e, em simultâneo, com a resolução dos problemas competitivos de mais longo prazo”, refere o responsável do ING em Portugal.

No entanto, conclui a carta enviada ao “FT”, “como tão bem o sabemos, se a Irlanda pedir ajuda, o mercado irá virar-se para a vítima que se segue em termos de vulnerabilidade, um processo que já começou”.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


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Re: Crise Econômica Mundial

#2077 Mensagem por PRick » Sáb Nov 13, 2010 3:30 pm

Artigo muito interessante que coloca o dedo na ferida.

Giovanni Arrighi se dedicou ao estudo econômico de países perífericos

Por José Luís Fiori

Arrighi também estudou amplamente o desenvolvimento histórico do capitalismo

Morreu nos Estados Unidos, na cidade de Baltimore, no dia 19 de junho de 2009, o economista italiano Giovanni Arrighi, que foi professor, nos últimos anos de sua vida, da Universidade Johns Hopkins. Arrighi nasceu em Milão, em 1937, estudou na Universidade de Bocconi e, na década de 1960, participou da geração de cientistas sociais europeus e americanos que trabalharam na África e se dedicaram ao estudo do desenvolvimento econômico em países da periferia capitalista. De volta à Itália, na década de 70, e depois nos Estados Unidos, a partir dos anos 80, Giovanni Arrighi dedicou quase três décadas de sua vida intelectual ao estudo da "crise da hegemonia americana" dos anos 70, e das transformações econômicas e políticas mundiais das décadas seguintes, que passaram pela expansão vertiginosa da China e de grande parte da Ásia, e chegaram até à crise financeira de 2008.

Aos poucos, Arrighi deslocou sua preocupação teórica do tema do crescimento econômico dos países periféricos e atrasados para o estudo mais amplo do desenvolvimento histórico do capitalismo e do "sistema mundial moderno", que se formou, expandiu e consolidou a partir da Europa, desde o século XVI.

Marx teve uma presença decisiva na formação do pensamento de Giovanni Arrighi, mas sua longa pesquisa sobre os ciclos e as crises econômicas e políticas da história capitalista partiu de outro lado, de três teses "heterodoxas" do historiador francês Fernand Braudel. Segundo Braudel, o capitalismo não é igual à economia de mercado, pelo contrário, é o "antimercado", e o segredo do seu crescimento contínuo são os "lucros extraordinários" dos "grandes predadores" que não se comportam como o empresário típico-ideal da teoria econômica convencional. Em segundo lugar, para Braudel, a força originária do capitalismo não veio da extração da mais-valia dos trabalhadores, mas da associação entre os "príncipes" e os "banqueiros" europeus, que se consolida bem antes do século XVI. E finalmente, ainda segundo Braudel, todos os grandes ciclos de expansão do capitalismo chegam à uma fase "otonal", onde as finanças substituem a atividade produtiva na liderança da produção da riqueza.

Giovanni Arrighi parte destas três ideias básicas e formula sua própria teoria, no seu admirável livro "O Longo Século Vinte", publicado em 1994. Ali, ele desenvolve, de forma mais acabada, suas próprias teses sobre o papel da competição estatal e da competição capitalista no desenvolvimento da história moderna. Uma sucessão de ciclos de acumulação econômica, liderados por uma sucessão de potências hegemônicas que mantiveram a ordem política e o funcionamento da economia mundial graças à sua capacidade crescente de projetar o seu poder nacional sobre um espaço cada vez mais global: a Holanda, no século XVII; a Grã-Bretanha, no século XIX; e os Estados Unidos, no século XX.

Segundo Arrighi, entretanto, estas sucessivas "situações hegemônicas" não suspendem os processos de competição e centralização do capital e do poder responsáveis pela repetição periódica de grandes crises e longos períodos de transição e reorganização da base produtiva, assim como de mudança da liderança mundial do sistema.

Do ponto de vista estritamente econômico, cada um destes grandes ciclos de acumulação seguiu uma alternância regular de épocas de expansão material com épocas de grande expansão financeira. Nos períodos "produtivos", o capital monetário põe em movimento uma massa crescente de produtos; no segundo período, entretanto, o capital liberta-se do seu "compromisso" com a produção e acumula-se - predominantemente - sob a forma financeira. É durante esta segunda fase, para Arrighi, que se acelera a formação das estruturas e das estratégias dos Estados e dos capitais que deverão suceder o antigo hegemon e assumir o comando do processo da acumulação econômica dali para frente, dando curso ao movimento contínuo de internacionalização das estruturas e instituições capitalistas.

Para Giovanni Arrighi, o conceito de "hegemonia mundial" se refere à capacidade de um Estado liderar, mais do que dominar, o sistema político e econômico mundial formado pelos Estados soberanos e suas economias nacionais. E as "crises de hegemonia" que se sucederam através da história são rupturas e mudanças de rumo e liderança, anunciadas pelas "expansões financeiras", mas também pela intensificação da competição estatal; pela escalada dos conflitos sociais e coloniais ou civilizatórios; e pela emergência de novas configurações de poder capazes de desafiar e superar o antigo Estado hegemônico. São crises que não acontecem de repente, nem de uma só vez. Pelo contrário, aparecem separadas no tempo, primeiro na forma de uma "crise inicial", e depois de algumas décadas na forma de uma grande "crise terminal", quando então já existiria o novo "bloco de poder e capital" capaz de reorganizar o sistema e liderar o seu novo ciclo produtivo. Entre estas duas crises, é quando a expansão material dá lugar a "momentos maravilhosos" de acumulação da riqueza financeira, como aconteceu no final do século XIX, e agora de novo, no fim do século XX.

Giovanni Arrighi conclui sua longa pesquisa histórica com a certeza de que a "crise inicial" da hegemonia americana começou na década de 1970, e que a sua "crise terminal" está em pleno curso, neste início do século XXI, quando já se anuncia um novo ciclo da acumulação capitalista liderado por um ou por vários países asiáticos.

A teoria e as previsões históricas de Giovanni Arrighi podem ser criticadas, de vários pontos de vista. Mas existe uma virtude na sua obra que transcende todas as críticas: Arrighi foi um dos raros economistas da sua geração que resistiu à tendência dominante do pensamento acadêmico do final do século XX, às pequenas narrativas e à construção de modelos formais inócuos. Do ponto de vista teórico, Giovanni Arrighi foi um "heterodoxo" que soube retomar, com criatividade, a tradição da grande teoria social dos séculos XIX e XX, de Marx, Weber, Schumpeter e Braudel, para estudar as "longas durações" econômicas e políticas do capitalismo. Sua ousadia intelectual merece reconhecimento e homenagem, num tempo de mesmice e de grande pobreza de ideias.

José Luís Fiori é professor titular do Instituto de Economia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e autor do livro "O Poder Global e a Nova Geopolítica das Nações".




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Re: Crise Econômica Mundial

#2078 Mensagem por Bourne » Sáb Nov 13, 2010 3:45 pm

tflash escreveu:Em principio não. As entendo perfeitamente o que o Cabeça diz. Comigo passa-se a mesma coisa. O sentimento de injustiça é muito grande no meu caso. Eu trabalhei imensas horas extraordinárias, recebi cartas de recomendação, nunca faltei de forma injustificada e muitas vezes fiz muito mais do que me é pedido ou esperado para assegurar a boa imagem e o lucro das empresas onde trabalhei e vem uns políticos medíocres que ganham muito mais do que eu, criar uma conjuntura que me impede de usufruir da prosperidade que eu atingi legitimamente. Além disso ainda tenho um segundo emprego por conta própria, ou seja, não paro.

Os meus planos são parecidos com os do Cabeça e ficaram adiados da mesma maneira.

No inicio do ano que vem, ia entregar o meu xsara velho e comprar o suv da dácia. -Adiado. Ia pôr o meu T1 (o "T" significa apartamento e o 1 é o nº de quartos) à venda para comprar um T3 ou uma moradia antiga para recuperar, numa zona mais sossegada. - Cada vez está mais dificil porque o meu apartamento está desvalorizado.

Não estou com a corda na garganta mas prevejo que durante uns bons anos não vou fazer grandes aquisições. A palavra de ordem aqui em casa é poupar e pagar pequenos créditos, cartões e afins para chegarmos a 2011 só com a prestação da casa. A conjuntura económica não me dá confiança para mais.
Tipo assim, em recessões/crises o que mais sente o impacto negativo são os preços de imóveis. Ao contrário, quando cresce costuma crescer o preço de mercado




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Re: Crise Econômica Mundial

#2079 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Nov 13, 2010 4:03 pm

Pois, o problema é tudo o resto. Vamos pagar mais impostos, vamos receber menos em abonos/subsidios (quando os recebemos), etc.

Os próprios bancos não estão a emprestar, esse é um dos problemas.




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

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Re: Crise Econômica Mundial

#2080 Mensagem por tflash » Sáb Nov 13, 2010 8:48 pm

Para mim esse é o maior problema. Tenho que usar mais capital próprio nas minhas próximas aquisições.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2081 Mensagem por manuel.liste » Sáb Nov 13, 2010 9:24 pm

El crédito era demasiado fácil antes de la crisis. En España se ofrecía crédito por el 100% del valor de mercado de la morádia, y eso no es normal. Normal es un 70%-80% como máximo, como ahora

Hay que ahorrar, como se hacía antes del euro. Pedir a crédito lo menos posible y comprar sólo lo que se pueda pagar. Ese es el futuro sostenible para las economías europeas




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Re: Crise Econômica Mundial

#2082 Mensagem por tflash » Dom Nov 14, 2010 5:02 am

Não concordo que o financiamento a 100% seja anormal. Se a taxa de esforço do cliente for baixa, existe muito pouco risco para o banco. O problema inicial da bolha imobiliária nos EUA foi a taxa grande de incumprimentos por aumento de juros, falha da economia e desvalorização das casas que eram as garantias dos bancos. Se a maior parte continuasse a pagar os créditos, não havia problema.

Em Portugal, há alguns anos, fazia-se o seguinte. Comprava-se uma casa e pedia-se o restante da avaliação da casa para financiar um carro. Era uma espécie de piada e citação de mau exemplo,os "Audis" parados à porta das urbanizações novas que eram financiados com o crédito à habitação.

Pelo que eu tenho visto, os "spreads", ou seja as margens de lucro do banco, passaram de 0,80% a 1% para 4% e 5%. Depois ainda há outra coisa. Mesmo que eu reúna as condições e esteja disposto a pagar, com a escassez de crédito, posso muito bem ter o crédito recusado. Isto torna-se mais grave com o estado a competir com os privados pela obtenção de crédito.




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Re: Crise Econômica Mundial

#2083 Mensagem por RobertoRS » Dom Nov 14, 2010 4:06 pm

manuel.liste escreveu:El crédito era demasiado fácil antes de la crisis. En España se ofrecía crédito por el 100% del valor de mercado de la morádia, y eso no es normal. Normal es un 70%-80% como máximo, como ahora

Hay que ahorrar, como se hacía antes del euro. Pedir a crédito lo menos posible y comprar sólo lo que se pueda pagar. Ese es el futuro sostenible para las economías europeas
Parece que finalmente alguém compreendeu o verdadeiro motivo da Crise.

Parabéns, nobre Manuel!




Se não houver campo aberto
lá em cima, quando me for
um galpão acolhedor
de santa fé bem coberto
um pingo pastando perto
só de pensar me comovo
eu juro pelo meu povo,
nem todo o céu me segura
retorno à velha planura
pra ser gaúcho de novo
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Re: Crise Econômica Mundial

#2084 Mensagem por P44 » Dom Nov 14, 2010 5:38 pm

cabeça de martelo escreveu:E lá se vai à vida os meus planos de vender o meu T2 para fazer uma moradia nos terrenos dos meus pais... :(

Tudo o que leio e oiço indica que o pior ainda está para vir, qualquer plano que tinha para o futuro ficou no reino das coisas por realizar. Sente-se no ar que o mundo está a caminhar para um sitio que nem as pessoas de topo sabem muito bem o que vai acontecer.

quando o nosso ministro dos negócios estrangeiros já diz em entrevista que Portugal corre o risco de ser corrido do Euro... :roll:

Eu então já nem faço planos, cá em casa navegamos á vista...o que vale é que sempre fomos poupadinhos e nunca nos metemos em aventuras, a única divida que temos é a da casa, mas essa será eterna...




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Re: Crise Econômica Mundial

#2085 Mensagem por tflash » Dom Nov 14, 2010 6:12 pm

Eu já estou a jogar o jogo Fallout 3 para me preparar para a vida em Portugal nos próximos anos... :mrgreen:




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