MOMENTO ATUAL DA ECONOMIA BRASILEIRA

[Grifon]

Dilma quer marcar início da gestão pela ‘austeridade’

A presidente eleita Dilma Rousseff planeja adotar no alvorecer de seu governo uma política fiscal marcada pela austeridade.

No curto prazo, cogita elevar a meta de superávit primário do governo. Para 2011, algo em torno de 3,5% do PIB.

No longo prazo, vai perseguir a redução do volume da dívida pública, hoje em 42% do PIB. Dilma deseja fechar sua gestão, em 2014, com uma dívida de 30% do PIB.

Imagina-se que a combinação dos dois objetivos produzirá as condições que permitirão ao “novo” governo reduzir a taxa básica de juros e estimular os investimentos em infraestrutura.

Para obter o que deseja, Dilma terá necessariamente de reduzir os gastos correntes do governo. Algo que passa, por exemplo, pela contenção das despesas com o funcionalismo.

No início de seu primeiro mandato, em 2003, Lula também levara o pé ao freio. Hoje, ele atribui a esse gesto o êxito de sua gestão.

Sob Dilma, evita-se pronunciar a expressão “ajuste fiscal”. Afirma-se, ao contrário, que 2011 não requer esforço semelhante ao de 2003.

Na prática, porém, vai-se caminhar em direção oposta à que foi adotada por Lula nos dois últimos anos.

Em 2009, o governo reduziu o superávit primário para 2% do PIB. Em parte por conta das medidas adotadas para atenuar os efeitos da crise financeira global.

Para 2010, prevê-se um superávit de 3,3% do PIB. Um percentual que só será obtido graças à antecipação da receita de um petróleo que ainda não existe, do pré-sal.

http://josiasdesouza.folha.blog.uol.com ... 10045644-0

[Bourne]

Estava escrito no programa dos dois candidatos. Até nisso eram iguais.

[PRick]

A taxa de crescimento do PIB continua sendo revisada para cima, agora é de 7,55%, estou falando, vamos chegar a 8% do PIB em 2010.

Copom deve manter juros em 10,75% ao ano nesta semana, prevê mercado

Se confirmada, será a segunda manutenção seguida dos juros básicos. Mercado financeiro também prevê mais inflação para 2010 e 2011
18/10/2010 | 19:27 | G1/Globo.com

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta terça e quarta-feiras (19 e 20) e deve manter a taxa básica de juros da economia brasileira estável em 10,75% ao ano, segundo previsões de economistas de instituições financeiras divulgadas nesta segunda-feira (18) pelo Banco Central por meio do relatório de mercado, também conhecido como Focus.

Se confirmada, será a segunda manutenção consecutiva dos juros. No Brasil, vigora o sistema de metas de inflação, pelo qual o BC tem de calibrar os juros para atingir as metas pré-estabelecidas. Para 2010 e 2011, a meta central de inflação é de 4,5%, com um intervalo de tolerância de dois pontos percentuais para cima ou para baixo. Deste modo, o IPCA pode ficar entre 2,5% e 6,5% sem que a meta seja formalmente descumprida.

O mercado financeiro acredita que os juros básicos permanecerão no atual patamar de 10,75% ao ano até abril de 2011, quando serão elevados, ainda de acordo com as estimativas dos analistas, para 11,25% ao ano. Em junho, avançariam para 11,75% ao ano e, em outubro do ano que vem, para 12% ao ano. Em dezembro de 2011, porém, o mercado acredita que os juros vão cair novamente para 11,75% ao ano - patamar no qual fechariam o próximo ano.

Inflação

Os economistas do mercado financeiro elevaram, na última semana, a sua estimativa para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano, que subiu de 5,15% para 5,20%. Ao mesmo tempo, a previsão dos analistas dos bancos para o IPCA de 2011 avançou de 4,98% para 4,99%. Com isso, as estimativas do mercado estão acima da meta central para os dois anos, mas dentro do intervalo de tolerância de dois pontos percentuais.

Crescimento econômico

Os economistas das instituições financeiras mantiveram, na semana passada, a sua estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2010 em 7,55%. Se confirmada, será a maior expansão desde 1985 (7,85%). Para 2011, a previsão do mercado de crescimento da economia brasileira foi mantida em 4,5%.

Taxa de câmbio

Nesta edição do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio no fim de 2010 recuou de R$ 1,75 para R$ 1,70 por dólar. Para o fechamento de 2011, a previsão dos analistas para a taxa de câmbio ficou inalterada em R$ 1,80 por dólar.

Balança comercial

A projeção dos economistas do mercado financeiro para o superávit da balança comercial (exportações menos importações) em 2010 foi mantida estável em US$ 15,85 bilhões na semana passada.

Para 2011, o BC revelou nesta segunda-feira que a previsão dos economistas para o saldo da balança comercial caiu de US$ 9,5 bilhões para US$ 9 bilhões de superávit.

No caso dos investimentos estrangeiros diretos, a expectativa do mercado para o ingresso de 2010 foi mantida em US$ 30 bilhões. Para 2011, a projeção de entrada de investimentos no Brasil subiu de US$ 37 bilhões para US$ 38 bilhões.

http://www.gazetadopovo.com.br/economia ... ve-mercado

[joaoGui]

Uma pergunta:
Por que a previsão para 2010(ano em que definitivamente saímos da crise)é de crescimento beirando os 8% e logo depois, em 2011, a previsão está em torno de 4-5%?O óbvio para um leigo, como eu, seria a criação de uma espécie de "inércia" não?Por que há este "boom" logo após uma crise e logo depois uma acomodação para baixo?

Abraços

João

[PRick]

Uma pergunta:
Por que a previsão para 2010(ano em que definitivamente saímos da crise)é de crescimento beirando os 8% e logo depois, em 2011, a previsão está em torno de 4-5%?O óbvio para um leigo, como eu, seria a criação de uma espécie de "inércia" não?Por que há este "boom" logo após uma crise e logo depois uma acomodação para baixo?

Abraços

João

Em primeiro lugar, estamos tratando de previsões, as previsões iniciais para o ano de 2010 eram de 5 a 6% do PIB, agora, estamos com 7,55% do PIB. Elas são feitas sobre expectativas econômicas, que podem ou não se concretizar. Porém, não podemos esperar o mesmo desempenho desse ano, dado que a base de comparação é 2009, um ano em que o PIB não cresceu.

[]´s

[GustavoB]

Creio que também há a atividade econômica atual, ou seja, os 8% deste ano puxam o desempenho de 2011. Ora, bem sabemos, o ano não fecha dezembro com 8% e começa no zero a partir de janeiro, há uma continuidade e um cenário a considerar. Imagino que os analistas, sempre conservadores, levam em conta os indicadores econômicos deste momento e projetam um cenário futuro com o mínimo de risco. Mas há aqui gente muito mais qualificada para explicar.

[joaoGui]

Mas o que eu não entendo é por que há esse super aquecimento da economia logo depois de uma crise.Alguém pode falar mais ou indicar artigos a respeito?

[PRick]

Mas o que eu não entendo é por que há esse super aquecimento da economia logo depois de uma crise.Alguém pode falar mais ou indicar artigos a respeito?

O principal motivo foi psicológico, quer dizer, o Brasil não tinha qualquer problema interno, a crise é do G-7, porém, a elite daqui, a mídia fizeram um terror, de tal forma que tinham montadoras dando férias coletiva em dezembro de 2009, ou seja, no primeito trimestre de 2010 a economia disparou, porque existiu um represamento artificial, aí as pessoas queriam comprar carros e outros bens, mas as empresas não tinham estoques, porque acreditaram que a crise seria duradoura no Brasil, porque vivem com suas mentes nos EUA e na Europa. Daí ocorreu a explosão da economia nos 03 primeiros meses do ano.

A crise atual não afeta os principais países emergentes, porque ela é fruto de um desiquilibrio interno do G-7, e ao contrário do passado, existiu um deslocamento do centro do sistema capitalista, quer dizer, os EUA e a Europa deixaram de ser o relógio, o motor da economia mundial, agora são China, India e Brasil que estão dando as cartas na vitalidade do capitalismo modernos, isso na prática representa que essas países deixaram de ser dependentes, periféricos em relação ao G-7.

Quer dizer os países emergentes que continuam dependentes do G-7, como o México, passaram as mesmas dificuldades do Brasil, em 1998. Porém, os BRIC´s, com exceção da Rússia, não tem mais uma relação de dependência com o G-7. Isso porque tem uma relação forte entre si, e tem grandes mercados internos em franca expansão.

Você está vivendo um momento histórico, que só ocorre a cada 100 anos!!

[]´s

[Bourne]

Mas o que eu não entendo é por que há esse super aquecimento da economia logo depois de uma crise.Alguém pode falar mais ou indicar artigos a respeito?

A crise foi externa. Afetou a demanda por produtos no exterior e fez empresas reduzirem o ritmo. Não só para aquelas que produziam para o centro da crise (EUA, principalmente), mas para outros que indiretamente tem muitos negócios com os países centrais (EUA e Europa). No fim acaba reduzindo o ritmo como um todo por que é tudo interligado, pois afeta primeiro as diretamente ligada a exportação e se propaga com menor intensidade sobre os demais setores. Por exemplo, em 2009 tinha muitos caminhoneiro que não tinham carga para transportar e empresas que exportavam parte da produção viram os contratos sumirem. Isso tem efeito na economia por que eles consomem menos e ganham menos. Ao mesmo tempo forçar uma reorientação das prioridades dentro dos negócios de cada empresas visando o mercado interno e explorar novos mercados no exterior.

Por isso o Brasil não cresceu por alguns trimestes em idos de 2008/2009. Em 2010 a adaptação fica mais evidente e volta a crescer. Pode parecer grande coisa, mas é por que a base de 2009 é baixa e existe capacidade ociosa. Em 2011 deve ser menor e mais dentro do esperado chutando gira em torno de cinco. É claro que existe milhares de variáveis e pode dar qualquer coisa, mas em condições normais de temperatura e pressão deve ser isso.

Tudo medido em produtos reais e medido em reais. Quem põe tudo em dólares vai encontrar números malucos como variação para mais ou menos de 10% para cada ano que no fundo não dizem nada.

[Pedro Gilberto]

Existe um efeito estatistico chamado carry over que, pelo crescimento de 2009 ter sido proximo de 0%,torna o número de 2010 mais exuberante.

Contudo, ao contrário do que muitos jornais escrevem, o fato do crescimento previsto de 2011 ser menor que o previsto para 2010 não significa que a economia esta desacelerando, pois a economia continua com crescimento.

[]´s

[Marcelo Reis Batista]

Ano que vem vai crescer menos porque simplesmente a base comparativa vai ser altissima.

[Wolfgang]

Se Dilma conseguir crescer 5% ao ano até 2014, a pobreza absoluta acaba, salvo engano.

[GustavoB]

Não necessariamente, mas gostaria de conhecer outras opiniões. Penso que o crescimento econômico precisa ser acompanhado de políticas sociais, de inclusão e capacitação para atingirmos tão nobre objetivo. Confesso que até me surpreendo com a facilidade com que a pobreza está sendo reduzida. Só isso já vale continuar esse governo.

[Viktor Reznov]

Se Dilma conseguir crescer 5% ao ano até 2014, a pobreza absoluta acaba, salvo engano.

Vai ser lindo viver pra ver esse dia. Me parte o coração ver pessoas na miséria.

[joao fernando]

Não necessariamente, mas gostaria de conhecer a opinião dos universitários. Penso que o crescimento econômico precisa ser acompanhado de políticas sociais, de inclusão e capacitação para atingirmos tão nobre objetivo. Confesso que até me surpreendo com a facilidade com que a pobreza está sendo reduzida. Só isso já vale continuar esse governo.

Penso por ai. Sendo eleitoreiro ou não, os programas sociais do governo tiraram o pessoal da miséria absoluta, e de quebra, ativaram a economia

Por isso, merece mais 4 anos