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Mensagem
por WalterGaudério » Sáb Out 16, 2010 11:53 am
Considerei extremamente relevante e divido com vcs agora.
É um extrato de uma reportagem pré-EURONAVAL executada pela revista T&D. Vou postar apenas o que é pertinente ao tópico.
SBr e SNB
Em Lorient, onde está localizada a recém inaugurada escola de desenhos de submarinos para a MB, foi possível se fazer perguntas ao capitão-de-mar-e-guerra Francisco Antonio de Oliveira Junior, diretor do Escritório Técnico de Desenvolvimento de Submarinos na França, e Luiz Antonio Abdala de Moura, gerente do projeto de engenharia dos submarinos e chefe da equipe brasileira em Lorient. Na escola, especialmente criada para os brasileiros, cerca de 40 engenheiros estão sendo treinados, num programa que terá duração de 18 meses.
No futuro, segundo T&D apurou, a DCNS enviará ao Brasil uma equipe de 15 engenheiros, que passarão a trabalhar no Centro Tecnológico da Marinha, em São Paulo.
Segundo o comandante Oliveira Junior, o SBr terá um sistema de combate específico, desenvolvido de acordo com as necessidades brasileiras. Este sistema não será o SUBTICS, mas sim derivado dele. "Afirmar que o submarino terá o SUBTICS é o mesmo que dizer que o submarino brasileiro é o Scorpène", exemplificou o oficial da MB. Um especialista brasileiro em sistemas de gerenciamento de combate de submarinos, com mais de dez anos de experiência, está em Toulon para participar de todo o processo de desenvolvimento.
Já o submarino nuclear brasileiro (SNB) foi tema de praticamente todas as perguntas de jornalistas estrangeiros, interessados em saber qual será o envolvimento francês no projeto, e também qual seria a sua aplicação no Brasil. Os representantes da MB afirmaram que a França participará apenas da parte não nuclear do SNB, e que este será utilizado para a proteção da costa brasileira. A expectativa é que o reator miniaturizado do SNB já esteja disponível em 2014. Os submarinos estadunidenses da Classe Los Angeles são considerados como um benchmark para o projeto do SNB, que deverá ter um deslocamento entre 6 e 7 mil toneladas, conforme informaram.
Em relação ao projeto do SBr, o comandante Oliveira Junior informou que, até o momento, mais de 200 empresas nacionais foram contatadas pela DCNS para trabalhar em nacionalização e transferência de tecnologia. Ressaltou também que nos contratos assinados com o estaleiro francês, foram incluídas cláusulas prevendo a obrigação da DCNS em substituir equipamentos e sistemas obsoletos nas primeiras unidades do SBr, de modo que toda a frota, quando operacional, acompanhe as evoluções tecnológicas ocorridas entre a entrega da primeira unidade e a da última, de modo a estar no estado-da-arte, em linha com que houver de mais moderno à época.Mísseis da MBDA
A missile house europeia MBDA exibiu a nova versão do SIMBAD-RC, um sistema de defesa antiaérea naval remotamente controlado, apto a enfrentar um variado leque de ameaças, como aeronaves e mísseis antinavio. A plataforma remota é capaz de lançar dois mísseis Mistral 2, controlados por um console operado por apenas uma pessoa, e que também pode ser integrado ao sistema de gerenciamento de combate do navio.
O Mistral está em operação na Marine Nationale e também em outras 14 forças navais, inclusive a brasileira. Desenvolvido dentro do conceito fire and forget (dispare e esqueça), seu alcance é de cerca de seis quilômetros e massa abaixo de 19 kg. As torretas do SIMBAD-RC têm menos de 350 kg, são giroestabilizadas e adaptadas ao design de novos navios, de características stealth e conceito de embarcações rápidas.
Até o final do ano, um protótipo do sistema estará disponível, com testes sendo iniciados em 2011 num navio de um cliente não divulgado. De acordo com a MBDA, a empresa já respondeu a dez pedidos de propostas de fornecimento.
Outro produto que a MBDA destacou foi o míssil SM-39, versão do tradicional Exocet, lançada por submarinos mesmo mergulhados. Este produto, aliás, tem sido promovido junto à Marinha do Brasil, para operação pelos futuros SBr.
Conhecendo a FREMM
Em Lorient, a DCNS apresentou a primeira unidade da Classe de fragatas franco-italiana FREMM, a Aquitaine, ora em construção (ver T&D nº 121). Com deslocamento de 6.000 toneladas, 108 tripulantes (comparado aos cerca de 250 em navios da mesma categoria atualmente), tem a mais reduzida assinatura acústica em seu tipo, baixos custos de ciclo operacional e um sistema de combate preparado para guerras centradas em rede (NCW). Segundo informações do gerente da DGA responsável pelo projeto, quando em operação, a FREMM deverá ter uma disponibilidade mínima de 3.500 horas em mar, com autonomia de até 45 dias.
Representantes da DCNS destacaram que a FREMM francesa não está finalizada, isto é, continuam a ser incluídas novas capacidades. No momento, está sendo estudada a integração de diferentes sistemas de combate, um hangar para dois helicópteros, entre outras inovações.
A Aquitaine deve ser lançada ao mar no início do próximo verão europeu (inverno no hemisfério sul), e a expectativa é que os testes sejam realizados entre 2011 e 2012. A previsão é que seja entregue à Marine Nationale antes de novembro de 2012. Já a segunda unidade, a Normandie, deve ser lançada no verão europeu de 2012.
Também em Lorient, foi salientada toda a gama de navios de superfície da DCNS, como a família de navios-patrulha oceânicos (OPV) Gowind. O mercado de OPVs é considerado difícil em razão da forte competição, mas o estaleiro europeu acredita ter um produto bastante inovador, com vários diferenciais. Um deles, por exemplo, é a integração com a operação de VANTs e veículos de superfície não tripulados (USV).
Apostando nisso, em maio de 2010, a companhia optou por construir com seus próprios recursos uma Gowind, que será operada pela Marine Nationale. T&D teve a oportunidade de visitar a unidade em construção, que deve ser entregue no final de 2011. O OPV francês terá 90 metros de comprimento, velocidade máxima de 21 nós e alcance de 8.000 milhas náuticas, e será dedicado a ações de natureza policial.
Foi também destacada a Classe de navios de projeção e assalto anfíbio Mistral, com duas unidades em uso na França, e outra recentemente encomendada. Além da versão em produção, com 21 mil toneladas de deslocamento e 199 metros de comprimento, a DCNS revelou outra, de menor porte, de 14 mil toneladas e 169 metros de comprimento, com cinco helipontos, ao invés de seis no modelo de maior porte. Conforme a empresa, várias Marinhas estão requerendo esse tipo de navio. Especula-se, também, que a MB seria uma das interessadas.
Outro produto foi o Brave, um navio de apoio multipropósito com cerca de 30 mil toneladas de deslocamento, 95 metros de comprimento e 28 metros de boca. O modelo, concebido de acordo com os requerimentos da Marinha Francesa e que pode também ser customizado para apoio logístico, é dotado de hangar e capacidade para receber helicópteros de até 15 toneladas.
Como já é tradição em grandes eventos relacionados à alta tecnologia, as empresas de ponta costumam apresentar conceitos futurísticos de novos sistemas. Para a Euronaval 2010, a DCNS destacará o conceito do ADVANSEA, um navio totalmente elétrico e centrado em rede, com 120 metros de comprimento e 4.500 toneladas de deslocamento, proposto para substituir as fragatas da Classe Lafayette. O sistema de armas, que leva em conta o crescimento de ameaças assimétricas e outras, como ataques cibernéticos e guerra de veículos não tripulados, é uma arma elétrica laser.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...