O Pepê deu uma dica de como podemos em princípio minimizar estes problemas, acionando a representação diplomática deles. Até acho que o resultado será diferente em se tratando de compras bilionárias de material bélico ou da representação de um software que custa apenas algumas dezenas de milhares de dólares, mas pelo menos é um canal possível de comunicação eficiente.sapao escreveu:Leandro,
foi bem por ai mesmo. Sejamos justos que ja vi outros paises que venderam equipamentos para nos a não muito tempo atras fazerem o mesmo.
Os russos entretanto tem uma desvantagem em ralação aos americanos e europeus ocidentais que é o dominio da lingua inglesa.
Os negociadores podem ate falar portugues, mas nos cursos e na implantação tem que usar tradutor mesmo, o que as vezes dificulta; mas nada intrasnponivel.
Agora, devem existir alguns outros problemas nesta questão de contatos nossos com a Rússia. Antes de um dos sócios russos da Quantor vir ao Brasil, eu tive que fazer uma viagem à Espanha, e tentei engatar uma esticada até Moscou para conversar com eles. Só que para fazer a reserva no hotel lá eu precisava pagar adiantado, segundo o que me informou a agência de viagens e os russos confirmaram, pois esta era uma exigência feita a todos os brasileiros que íam para lá. Isto não me pareceu um procedimento comum, e provavelmente significa que alguns brasileiros andaram dando calote nos russos e nossa fama em Moscou deve ser péssima (não acredito que eles façam a mesma coisa com todos os estrangeiros).
No final, como eu ainda tinha que solicitar o visto de entrada na Rússia e não tinha certeza de que daria tempo (e assim corria o risco de perder o dinheiro) acabei desistindo e aguardando a vinda do camarada ao Brasil. Mas para mim o episódio mostrou que ainda existiam alguns atritos nas relações Brasil-Rússia, e a culpa talvez não fosse toda deles.
Leandro G. Card