Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.

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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#31 Mensagem por Túlio » Dom Set 19, 2010 10:33 pm

Igla é MANPADS, não SHORAD... 8-]




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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#32 Mensagem por prp » Dom Set 19, 2010 11:05 pm

Carlos Mathias escreveu:O Pepê tem uma história interessante sobre estes "testes" realizados na Marambaia.

Me causa um pouquinho, mas só um pouquinho mesmo de estranheza o fato do EB e o mundo "saberem" que o IGLA é uma enorme merda e ainda assim encomendar mais uma porranca deles, e pior de todos os mundos, comprar a licença de fabricação!!!! :shock:

Ou só tem idiota no EB, ou...
Só tem doido, você não viu o caso do IA2?




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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#33 Mensagem por Glauber Prestes » Seg Set 20, 2010 12:00 am

Túlio escreveu:Igla é MANPADS, não SHORAD... 8-]
Sim, o ponto é que eu usaria o igla e suas inúmeras aplicações como componente de um ShoRAD sólido, e baratim... me dá meia hora lá no ministério da defesa, que eu faço um estrago bem legal..




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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#34 Mensagem por Túlio » Seg Set 20, 2010 12:12 am

Tendi josta: usarias um MANPADS para fazer um SHORAD, é isso? :? :shock:

Tipo usar um Super Tucano para fazer um M-346??? :shock: :shock: :shock: :shock:




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Re: Armamento Russos nas FAs Brasileiras

#35 Mensagem por gribel » Seg Set 20, 2010 9:02 am

Jorge Freire escreveu:
sapao escreveu:CM,

Saiba que o MI-35 ja deu um chiado danado, mas foi digerido pelo gringo com algum sal de fruta fornecido pelas FFAA.
Artilharia AA, eles estão loucos que a gente compre para poder "operar em conjunto"... Assim como eles fazem com o S-300 Grego e o sistema semelhante Sul-Coreano.
Quando compramos, antes da II GM, algumas baterias de canhões 88 AA da Alemanha nazista; uma bateria chegou incompleta, pois a diretora de tiro foi desviada para os EUA onde foi copiada pelos gringos para uso com os seus 90 mm AA. Esta diretora nunca foi devolvida e ficamos com uma bateria inoperante.
Um detalhe A cópia não tinha todas qualidades da original.

Pelo que vimos, não deu em nada.
Os 88 do Rommel arrombaram os Shermans e os Marks na África. Era um tiro e uma baixa, literalmente. Tái pra gente pensar com história sobre TOT. Existem cópias e cópias , né....




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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#36 Mensagem por Glauber Prestes » Seg Set 20, 2010 10:40 am

Túlio escreveu:Tendi josta: usarias um MANPADS para fazer um SHORAD, é isso? :? :shock:

Tipo usar um Super Tucano para fazer um M-346??? :shock: :shock: :shock: :shock:
Márromenos.
Ao usar o Igla como manpad (montado num homem), o alcance, e o modus operandi dele ficam realmente limitados, e tornam o que eu disse, estranho. Só que usando o mesmo igla com uma alça óptica, como o Avenger e o M6 Linebacker usam o Stinger, e o Gibka usa o igla (naval), o alcance e teto de operação vai sempre para limite máximo (no ombro, o stinger, igla, mistral e outros, tem limitações de alcance muito sérias, menor que o alcance da visão humana), sendo possível integrar o míssil no âmbito do ShoRAD. Com uma visada eletrônica, o alcance do igla vai realmente aos 5 km, ao invés dos usuais 2000-2500 metros. O míssil é barato e pequeno, além de ser possível montar uma estrutura "invisível", já que, apesar de poder operar com um radar, a alça optrônica seria o principal sensor. É interessante também, porque é possível montar o sistema sobre blindados, caminhões, e até jipes. Isso pensando no Tor como um sistema de média, é perfeitamente possível, já que o EB já está usando um Super Tucano para fazer um M-346.


[]´s




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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#37 Mensagem por Pepê Rezende » Seg Set 20, 2010 11:34 am

LeandroGCard escreveu:Acho bem possível mesmo que os atritos iniciais com os russos tenham sido devido a um desconhecimento inicial de ambas as partes.

Minha empresa distribui no Brasil um software se simulação de forjamento russo (o QForm, da empresa QuantorSoft), e nas conversas iniciais ficou nítido que eles tinham uma idéia equivocada do país e de nossa capacidade. O nosso contato era engenheiro que mal sabia operar o software, e quando começamos a fazer perguntas mais profundas o camarada ficou tentando enrolar um bom tempo, até que nos passou para o pessoal mas experiente da empresa. Eu pessoalmente fiquei com as seguintes impressões:

1) O pessoal da Quantor achava que Brasil e Bolívia eram a mesma coisa, e colocaram para falar conosco um estagiário qualquer, achando que mal conseguiríamos conversar com ele em inglês. Deviam achar que nosso mercado era tão ridículamente pequeno que nem valia o esforço de olhar no mapa para conferir onde ficava o país.

2) O tal estagiário queria mostrar serviço para os chefes, e dizer que não conseguia responder as perguntas de um bando de bugres da selva não iria cair bem. Por isso demorou mais do que devia para acionar o pessoal que poderia realmente ajudar.

3) Só quando um dos sócios da Quantor veio ao Brasil (não para conversar conosco, mas para participar de um torneio de tênis senior no Rio de Janeiro) é que ele teve uma idéia do que era o Brasil, e aí decidiu dar uma esticada em São Paulo para conversar pessoalmente conosco. A partir daí é que a coisa começou a andar, conseguimos entender onde o software se encaixava no mercado e fechamos a representação.


Leandro G. Card
O pessoal da Rosoboronexport é bem mais preparado, pode ficar certo. Em todas as negociações com o Brasil, os russos não enviam alguém que fala inglês. Mandam um cara que fala português (normalmente excelente) E CONHECE OS EQUIPAMENTOS A FUNDO. A verdade é que eles ganharam o F-X1.5 e não levaram, e isso já os deixou desconfiados em relação à boa fé dos tupiniquins. Em segundo lugar, a mudança do representante da empresa no país, em função do Mi35M, também colaborou para dificultar a comunicação entre as partes. O anterior (e atual, voltou aos negócios depois do F-X2,) sabia a quem se dirigir diretamente em Moscou, o que colabora com a agilidade nas decisões e nas respostas. Esse foi um dos problemas que ocorreram. Por último, anteciparam o anúncio do RFP e algumas questões ficaram em aberto.

Não subestime a diplomacia russa. Os caras são extremamente bem preparados e conhecem a fundo o país onde servem. O Escritório Comercial sempre apoia as iniciativas com efetividade (fica a dica, reclame na Embaixada sempre que uma empresa mostrar o amadorismo da Quantor).

Essa é minha experiência de 35 anos de jornalismo (26 deles dedicado à área militar).

Abraços

Pepê




Carlos Mathias

Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#38 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Set 20, 2010 11:39 am

Por último, anteciparam o anúncio do RFP e algumas questões ficaram em aberto.
Tem gente aqui e no BM que jura que isso é mentira. :roll: :?




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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#39 Mensagem por Pepê Rezende » Seg Set 20, 2010 11:40 am

jp escreveu:Em contrapartida há uma opinião do Antônio Alvarenga (no tópico "Missilhouse"), onde ele inidica que há uma opinião generalizada de que o IGLA é o "pior MANPAD do mundo". Inclusive indicando um fiasco no teste feito pelo EB no campo de provas da Restinga de Marambáia. Valeria a pena, portanto, insistirmos no IGLA? Talvez para desenvolvermos, se possível, melhorias nele?
Eu respondi ao post. Em todos os testes feitos no Brasil o Igla atingiu o alvo depois de passar por dois flares, exatamente como afirmado na propaganda do bicho. O único disparo malsucedido ocorreu por erro do operador. O sargentão apontou para o chão e atirou. Isso foi admitido, com certo constrangimento, pela turma do EB.

Abraços

Pepê




Jorge Freire
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Re: Armamento Russos nas FAs Brasileiras

#40 Mensagem por Jorge Freire » Seg Set 20, 2010 5:18 pm

gribel escreveu:
Jorge Freire escreveu: Quando compramos, antes da II GM, algumas baterias de canhões 88 AA da Alemanha nazista; uma bateria chegou incompleta, pois a diretora de tiro foi desviada para os EUA onde foi copiada pelos gringos para uso com os seus 90 mm AA. Esta diretora nunca foi devolvida e ficamos com uma bateria inoperante.
Um detalhe A cópia não tinha todas qualidades da original.

Pelo que vimos, não deu em nada.
Os 88 do Rommel arrombaram os Shermans e os Marks na África. Era um tiro e uma baixa, literalmente. Tái pra gente pensar com história sobre TOT. Existem cópias e cópias , né....
Talvez você não tenha entendido!
1 - Não estava falando da peça 88, e sim da ação de estado dos EUA.
2 - Não estava falando do uso de uma peça anti-carro. O funcionamento da artilharia AA para uso em média e grande altitude. A visada não é feita por mira direta. O alvo está se movendo, o tiro, por mais tenso que seja, sempre descreve uma parábola.
3 - A unidade diretora de tiro foi feita para uso anti-aéreo. Recebia os dados passados pela telemetria, calculava a velocidade e o curso do alvo e previa o ponto onde ele estaria até a granada chegar às suas imediações, onde detonaria por meio de uma espoleta de tempo que era regulada na peça conforme as informações enviadas pela diretora (ou preditora) de tiro. Esta era conectada à 4 peças e enviava seus dados para dois mostradores redondos onde os apontadores tinham apenas que coincidir duas setas com luzes correspondentes. Esta diretora era um computador eletro-mecânico que considerava também os outros fatores que influenciavam no tiro, tais como pressão atmosférica e vento. Era montada em um reboque de dois eixos e tracionada por um meia-lagarta Kraus-Maffei.
Uma bateria 88 era dotada de quatro peças, uma diretora de tiro e um carro bateria que levava toda paramenta da bateria e deveria ser dotada de 6 tratores Kraus-Maffei que nunca chegaram em sua totalidade devido ao início da guerra.
Agora para atirar contra um carro de combate, não é necessário nenhuma destas parafernalias. Basta ter uma grande V0 (Velocidade Inicial) e uma mira ótica.
Quanto as cópias americanas da diretora alemã para uso no 90 mm, estas não previam o ponto futuro se o alvo mantivesse velocidade e rumo constantes tanto nivelados quanto em ascenção ou em picada, mas eram menores, mais leves e a regulagem da espoleta de tempo se fazia por duas castanhas giratórias colocadas antes da culatra da peça que se fechavam e regulavam a espoleta quando a granada era colocada no berço da culatra. No caso do 88, o soldado carregador inseria a granada em um aparelho na base do canhão onde era regulada a espoleta por comando enviado pela diretora.

O Brasil usou os dois sistemas. Na frente da AMAN existem exemplares destas peças e também do equipamento que os EUA nos forneceram durante a guerra, o 3", que precedeu o 90 mm.




Não se queixe, não se explique, não se desculpe. Aja ou saia. Faça ou vá embora.
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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#41 Mensagem por Penguin » Seg Set 20, 2010 5:26 pm

Pepê Rezende escreveu:
jp escreveu:Em contrapartida há uma opinião do Antônio Alvarenga (no tópico "Missilhouse"), onde ele inidica que há uma opinião generalizada de que o IGLA é o "pior MANPAD do mundo". Inclusive indicando um fiasco no teste feito pelo EB no campo de provas da Restinga de Marambáia. Valeria a pena, portanto, insistirmos no IGLA? Talvez para desenvolvermos, se possível, melhorias nele?
Eu respondi ao post. Em todos os testes feitos no Brasil o Igla atingiu o alvo depois de passar por dois flares, exatamente como afirmado na propaganda do bicho. O único disparo malsucedido ocorreu por erro do operador. O sargentão apontou para o chão e atirou. Isso foi admitido, com certo constrangimento, pela turma do EB.

Abraços

Pepê
O horizonte artificial do Sargentão estava danificado...




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#42 Mensagem por Pepê Rezende » Seg Set 20, 2010 5:46 pm

Santiago escreveu:O horizonte artificial do Sargentão estava danificado...
Ou disparou sem querer...

É PHoda.

Abraços

Pepê




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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#43 Mensagem por sapao » Seg Set 20, 2010 10:25 pm

Leandro,
foi bem por ai mesmo. Sejamos justos que ja vi outros paises que venderam equipamentos para nos a não muito tempo atras fazerem o mesmo.

Os russos entretanto tem uma desvantagem em ralação aos americanos e europeus ocidentais que é o dominio da lingua inglesa.
Os negociadores podem ate falar portugues, mas nos cursos e na implantação tem que usar tradutor mesmo, o que as vezes dificulta; mas nada intrasnponivel.




[justificar]“ Se não eu, quem?
Se não agora, quando?”[/justificar]
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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#44 Mensagem por crubens » Qua Set 22, 2010 10:10 am

Santiago escreveu:
Pepê Rezende escreveu: Eu respondi ao post. Em todos os testes feitos no Brasil o Igla atingiu o alvo depois de passar por dois flares, exatamente como afirmado na propaganda do bicho. O único disparo malsucedido ocorreu por erro do operador. O sargentão apontou para o chão e atirou. Isso foi admitido, com certo constrangimento, pela turma do EB.

Abraços

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O horizonte artificial do Sargentão estava danificado...
O cara atirou o míssil para o chão e não morreu !?!? :shock: o que conteceu o míssil falhou e não explodiu ou a explosão foi a uma certa distância que deu pra ele escapar ? Atirar um míssil no chão não é a mesma coisa de atirar com uma pistola ou fuzíl.




"Tudo que é necessário para que o mal triunfe, é que os homens de bem nada façam". Edmund Burke

'O que me preocupa não é o grito dos maus, é o silêncio dos bons.' Martin Luther King

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Re: Armamentos Russos nas FAs Brasileiras

#45 Mensagem por Túlio » Qua Set 22, 2010 11:52 am

Que eu saiba eles têm uma distância mínima para armar a espoleta da ogiva... :wink: 8-]




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