Cuba, cubanos e o Embargo americano

[Brasileiro]

Cuba ainda vai virar um Tigre Sulamericano. É uma ótima plataforma para montar produtos a serem vendidos na América do Norte e Europa. Esperem e verão.

Eu tbm já pensei nisso, para o desespero da comunada.

Os comuna lá da China já desencanaram já faz tempo



abraços]

[Guerra]

Cuba ainda vai virar um Tigre Sulamericano. É uma ótima plataforma para montar produtos a serem vendidos na América do Norte e Europa. Esperem e verão.

Tipo o Haiti?

[Bourne]

Não. Vietnam ou Singapura

[Guerra]

Não. Vietnam ou Singapura

Olha, só se a ilha de Cuba for rebocada para asia. Por enquanto, a politica americana para a américa central vai fazer de cuba um Haiti.

[LeandroGCard]

Não. Vietnam ou Singapura

Olha, só se a ilha de Cuba for rebocada para asia. Por enquanto, a politica americana para a américa central vai fazer de cuba um Haiti.

Não duvido nada que os americanos façam isso mesmo, estrangulem Cuba até que eles estejam piores que o Haiti. Afinal, seria uma das poucas vitórias incontestáveis que eles poderiam mostrar em política internacional.

Mas seria também uma extrema burrice, as empresas americanas poderiam lucrar muito mais usando Cuba (enquanto ela ainda tem boa educação, saúde e estabilidade) como plataforma de produção do que o México ou os países asiáticos.


Leandro G. Card

[Túlio]

Ou volta a ser p*teiro e cassino da máfia...

[Bourne]

Ou volta a ser p*teiro e cassino da máfia...

Ou também

[Bourne]

Não duvido nada que os americanos façam isso mesmo, estrangulem Cuba até que eles estejam piores que o Haiti. Afinal, seria uma das poucas vitórias incontestáveis que eles poderiam mostrar em política internacional.

Mas seria também uma extrema burrice, as empresas americanas poderiam lucrar muito mais usando Cuba (enquanto ela ainda tem boa educação, saúde e estabilidade) como plataforma de produção do que o México ou os países asiáticos.


Leandro G. Card

As empresas asiáticas e outras pensam a mesma coisa.

[LeandroGCard]

Não duvido nada que os americanos façam isso mesmo, estrangulem Cuba até que eles estejam piores que o Haiti. Afinal, seria uma das poucas vitórias incontestáveis que eles poderiam mostrar em política internacional.

Mas seria também uma extrema burrice, as empresas americanas poderiam lucrar muito mais usando Cuba (enquanto ela ainda tem boa educação, saúde e estabilidade) como plataforma de produção do que o México ou os países asiáticos.


Leandro G. Card

As empresas asiáticas e outras pensam a mesma coisa.

As empresas asiáticas por enquanto parecem confortáveis em montar suas fábricas na China, pelo menos enquanto os chineses não criam concorrentes à altura. E quando isso acontecer talvez seja tarde demais para mudar para Cuba, mais fácil os chineses comprarem as empresas dos demais países asiáticos (excelente maneira de se livrar de um excesso de dólares indesejados não?).

Mas as empresas americanas já estão enfrentando sérios problemas no norte do México, que vão da dificuldade em conseguir mão de obra qualificada à violência do narcotráfico. Dificilmente estes problemas apareceriam em Cuba se houvesse uma coordenação entre os EUA e um governo ainda forte dos irmãos Castro. Mas se o governo Castro se esfacelar é bem possível que Cuba se torne um problema maior que o México.


Leandro G. Card

[Guerra]

As empresas asiáticas e outras pensam a mesma coisa.

E porque não o Haiti?

[PQD]

Cuba enxuga máquina e se abre ao setor privado

Estado demite meio milhão, mas promete licenças a autônomos

HAVANA



A busca por uma alternativa econômica capaz de salvar sua economia socialista do colapso levou o governo de Cuba a anunciar o corte de pelo menos 500 mil funcionários públicos — cerca de 10% dos trabalhadores estatais do país — nos próximos seis meses.

Considerada a medida mais radical adotada na ilha desde a Revolução Cubana, em 1959, o projeto pretende aumentar para 460 mil o número de permissões para que os cubanos trabalhem por conta própria e abram pequenas empresas, numa tentativa de aumentar a produtividade.

O presidente cubano, Raúl Castro, já anunciara há cerca de um mês que haveria cortes de até 1 milhão de trabalhadores na máquina estatal no prazo de cinco anos, afirmando que gostaria de reduzir o papel do Estado para lidar com a crise econômica. O plano prevê incentivos a cooperativas privadas, ao usufruto e ao arrendamento, mas como o Estado é o maior empregador de Cuba, a decisão de eliminar 20% da força total de trabalho num curto espaço de tempo preocupa trabalhadores — inseguros quanto ao futuro sob um regime cujo setor privado ainda é praticamente inexistente — e analistas.

A Central dos Trabalhadores de Cuba (CTC) reiterou, em comunicado divulgado ontem, que “o excesso de vagas é de mais de 1 milhão nos setores orçamentário e empresarial”. O governo de Havana, no entanto, assegurou que nenhum recém-desempregado ficará desamparado — e planeja uma realocação a setores com escassez de mão de obra no país, como agricultura, construção civil, educação e polícia.

“Nosso Estado não pode nem deve continuar a manter empresas com quadro de funcionários inflados, que criam empecilhos para a economia e deformam a conduta dos trabalhadores”, afirma a CTC.

Todos os órgãos estatais deverão, até abril de 2011, apresentar um plano de ajuste. Entre os ministérios mais afetados pelas dispensas imediatas estão os do Açúcar, Saúde Pública e Turismo.

Os funcionários que não aceitarem seus novos postos de trabalho — de acordo com comissões estudadas para avaliar cada caso — serão demitidos e terão direito a receber um salário mensal a cada dez anos trabalhados. Além de conceder 460 mil licenças para que os cubanos abram seus próprios negócios e contratem funcionários, o plano do governo prevê ainda autorizar cerca de cem tipos de ofícios profissionais particulares. E quem abrir o próprio negócio poderá ainda vender seus produtos ou serviços ao governo.

Para os ideólogos do regime, a medida pode representar, a médio prazo, a ameaçada criação da desigualdade — na contramão dos mais básicos princípios socialistas. O salário médio de um funcionário público cubano é de US$ 17 (cerca de R$ 30) e, bem sucedida, a entrada em massa de milhares de trabalhadores no novo setor privado pode evidenciar que os trabalhadores demitidos poderão ganhar mais que aqueles que permaneceram no antigo emprego. Apesar da onda de boataria e incerteza que se abateu sobre a ilha, muitos cubanos estão otimistas.

— Muitas coisas são deficientes, como os serviços que, claro, poderão ser melhorados pelo setor privado. Sou completamente a favor de o governo distribuir licenças para que as pessoas trabalhem por si. Vai melhorar a vida de muita gente — disse a cubana Moraima Santos, de 65 anos, funcionária do Escritório de História de Havana.



Táxis arrendados multiplicam produtividade

As mudanças em curso confundem pesquisadores.

Enquanto muitos levantam questões sobre o futuro do regime socialista, outros preferem se ater às questões práticas como, por exemplo, com que crédito os demitidos poderão abrir seus próprios negócios. Há ainda quem levante aspectos antropológicos.

— Estão confiando demais numa força de trabalho que não está acostumada a agir sozinha — adverte o especialista em Cuba Arch Ritter, da Universidade de Ottawa, no Canadá.

Apesar de o regime se negar a admitir oficialmente qualquer passo visando a reformas políticas, a retórica parece diferente quando se trata da economia. O ministro cubano dos Transportes, César Arocha, afirmou à revista “Trabajadores” que os táxis que trabalharam no último ano no sistema de arrendamento “multiplicaram 55 vezes sua produtividade” — demonstrando, a seu ver, o sucesso das experiências recentes, como o aluguel de táxis e de prédios públicos para salões de cabeleireiros e barbearias.

[LeandroGCard]

As empresas asiáticas e outras pensam a mesma coisa.

E porque não o Haiti?

A população de Cuba tem um alto nível de educação, um sistema de saúde geral que é exemplo mundial, a segurança é relativamente boa, o país consegue produzir o mínimo para se alimentar e vestir de forma minimamente decente e existe um governo que consegue em princípio canalizar os recursos (que não são muitos) para as áreas de maior interesse, seja da economia ou do que ele quiser. Se estes recursos forem canalizados para a formação de mão de obra técnica e obras de infra-estrutura básica (energia, transportes e comunicações), qualquer empresa que montar uma fábrica em Cuba e puder comencializar livremente com o resto do mundo (o que hoje os EUA não permitem) terá uma boa possibilidade de atingir altos níveis de produtividade. Se o governo dos irmãos Castro criar um ambiente de negócios favorável (sem impostos, condições trabalhistas, ou burocracia excessivas) o crescimento econômico da ilha pode ser explosivo.

Já o Haiti não tem nada, a população é quase toda analfabeta, sequer existem escolas e professores suficientes para tentar remediar isto, a saúde é um caos, a infra-estrutura uma catástrofe (enquanto a de Cuba é desatualizada mas existe), o governo mal consegue se manter e simplesmente não há recurso nenhum para canalizar para coisa alguma. Se uma ou outra empresa começar a funcionar no Haiti e gerar renda para seus funcionários, o mais provável é que o resto da população tente assaltar os poucos que terão alguma condição de vida. Acho que ainda se passarão algumas gerações até que o Haiti consiga pelo menos se sustentar sozinho, e antes disso ele não será um bom local para investimentos lucrativos, só para caridade mesmo.


Leandro G. Card

[Guerra]

Vc não entendeu minha pergunta. Não seria melhor investir na reconstrução do Haiti e transforma-lo nesse paraiso caribenho que aguarda Cuba no futuro, do que ficar esperando Cuba abrir suas portas?

[Bolovo]

Vc não entendeu minha pergunta. Não seria melhor investir na reconstrução do Haiti e transforma-lo nesse paraiso caribenho que aguarda Cuba no futuro, do que ficar esperando Cuba abrir suas portas?

Não. Cuba já tudo meio pronto. Haiti não tem nada, principalmente depois do terremoto, é só gasto. Pra isso existe Honduras, Costa Rica e etc.

[Túlio]

Não sei VOSMEÇÊS mas eu é que não enterraria milhões num cassino bem no meio de uma zona sujeita a terremotos e furacões e sob ocupação estrangeira ainda por cima...