soultrain escreveu:
Pragmaticamente, ao não conseguir isso e não havendo justificativa forte, estão a fazer mal o seu trabalho e não tem nada mais a fazer que por o cargo à disposição.
Eu já presenciei duas revoluções provocadas por meios novos,... Não foi só a simples introdução dos meios que revolucionou, mas tudo o que é necessário para manter meios, formação de recursos humanos, vivência operacional com outras forças mais avançadas, introdução de novos e melhoramentos de métodos de gestão. Isto vai empurrar os mais modernos numa carreira ascendente e de substituição de alguns oficiais mais acomodados que não tem pernas para acompanhar a evolução. Há por assim dizer uma renovação espontânea dos quadros da força, técnicos e de comando em poucos anos.
As Forças Armadas dificilmente se revolucionam, a não ser que assim sejam obrigadas, por diversas razões são as "unidades produtivas" com mais inercia para fazer alterações profundas na sua estrutura e é isso que o vosso poder politico está a pedir com este contigenciamento de verbas. É assim que eu entendo o que está a acontecer, há duas hipóteses, à força (que é traumático para todos os envolvidos) ou retirar verba, para que quem gere seja forçado a cortar as gorduras.
[[]]'s
sapao escreveu:Soultrain,
a realidade politica de cada pais e diferente, e do brasil e portugual não poderia ser diferente.
O pensamento que portugual tem de poder militar e totalmente diferente do nosso a começar pela historia a chegando a realidade.
Vocês celebram na bandeira um rei que derrotou 5 reis ao mesmo tempo, aqui o patrono do exercito e usado como sinonimo de "babaca" ou "chato", aquele cara que faz tudo certinho sem o "jogo de cintura";
vocês fazem parte da OTAN e a atualização belica e uma obrigação, não um capricho.
Em resumo, aqui as FFAA não são uma prioridade, isso que quis dizer. Nada de auto-mutilação ou choro, so queria mostrar o que vejo.
A revolução que voce tanto fala esta acontecendo com a introdução de varias tecnologias, agora essa sua teoria de "cortar as gorduras" serve para quem e gordo, certo? Porque senão vai perder e musculo, isso sim.
Muito se fala de cortar pessoal, diminuir aposentadoria e investir tudo em "projetos", so que ninguem fala de "prevaricação". Sabe o que isso quer dizer? Que não se pode mudar uma lei ja existente so por que se quer, isso ficou nitido na crise dos controladores.
ps: discurso da desgraça aprendemos com vocês, que tem ele como musica tradicional, o Fado.
Um dos problemas da FAB está na concepção de poder aéreo, copiada da Itália facista. Temos gorduras, concepções obsoletas e doutrinas falidas que poderiam ser eliminadas, economizando mão de obra e gerando recursos para reequipamento. Um bom exemplo, o aumento de efetivos proposto pela Marinha será absorvido, praticamente, em atividade fim. O da Aeronáutica, em atividade meio...
Precisamos de uma variedade e um número tão grande de aviões transportes leves e de passageiros? Bandeirantes, Brasília, ERJ-145, Caravan e outras trapizongas menos cotadas? O Caravan transporta 90% das cargas em termos de volume e peso... Obviamente, não! Enquanto isso, há poucas unidade de transportes realmente úteis, como C295 e C-130A, e de aviões de combate. Aeronáutica precisa controlar tantas atividades civis? Obviamente não. Dissociar a Defesa Aérea do Controle Aéreo (sem duplicar os meios) é uma necessidade urgente. O sistema pode se manter integrado, como é, uma sala fica com controladores civis pagos pelo Ministério dos Transportes e outra com especialistas em defesa aérea. Hoje é assim, só que a Aeronáutica paga todo mundo.
A Infraero é outro sinal dessa loucura. Pousei em Congonhas na quarta-feira passada. Ao ver o terminal, fiquei pensando na irresponsabilidade de quem autorizou hubs num aeroporto que deveria ser condenado (e na época era o DAC, comandado por militares). O prédio também demonstra um monumental desperdício de dinheiro público, cometido no governo FFHH. É um monumento à estupidez! E parte da grana que sustenta isso sai da Aeronáutica.
Há gorduras! Sem mudar doutrinas e modelos, a FAB estará comprometida.
Abraços
Pepê