Imprensa vendida
Moderador: Conselho de Moderação
Re: Imprensa vendida
Gente,
Todo mundo sabe o que é democracia para o PIG(Partido da Imprensa Golpista), e liberdade para eles fazerem o que quiserem, mentirem, defenderem seus ladrões, os EUA, e atacar os que são ideologicamente contrários a eles. A democracia para eles é poder caluniar, difamar e injuriar as pessoas, sem que nada seja cobrado deles.
Vivem da desgraça alheia, tentando vender suas edições cada vez mais encalhadas.
Toda a eleição é a mesma coisa, só que agora estão se tornando irrelevantes.
[]´s
Todo mundo sabe o que é democracia para o PIG(Partido da Imprensa Golpista), e liberdade para eles fazerem o que quiserem, mentirem, defenderem seus ladrões, os EUA, e atacar os que são ideologicamente contrários a eles. A democracia para eles é poder caluniar, difamar e injuriar as pessoas, sem que nada seja cobrado deles.
Vivem da desgraça alheia, tentando vender suas edições cada vez mais encalhadas.
Toda a eleição é a mesma coisa, só que agora estão se tornando irrelevantes.
[]´s
Re: Imprensa vendida
O Jornal Nacional é uma fraude
Amigo navegante Antonio, paraense, liga de Belém para demonstrar profunda irritação com a visão haitiana do Brasil, pelo jornal nacional. Diz o Antonio.
Para ir a Jacundá, no Pará, o jornal nacional teve que fazer escala em Marabá, não é isso ?
Por que ele não deu um pulinho a Marabá ?
A reportagem sobre Jacundá faz parte dessa nova espécie de jornalismo aero-rocambolesco, para denegrir a imagem do Brasil – do jeito que o Ali Kamel gosta.
Marabá talvez seja o maior pólo de crescimento da economia brasileira hoje.
Marabá é uma China de crescimento econômico.
A Vale constrói ali uma usina de laminados, a Alpa, que, sozinha, cria 18 mil empregos.
A Alpa será uma das principais beneficiárias da usina de Belo Monte.
(Belo Monte, que a urubóloga Miriam Leitão criticou tanto, será a terceira maior hidrelétrica do mundo – um horror !)
Por causa da Alpa e da energia de Belo Monte, 40 indústrias se instalarão em Marabá.
Em Marabá passa uma das maiores pontes ferroviárias sobre rio do mundo, para levar o minério de ferro que sai de Carajás a caminho do Maranhão.
Veja que horror !
A população de Marabá deve crescer 150% até 2014.
Até lá serão criados 70 mil novos empregos e a associação comercial calcula que serão investidos US$ 33 bilhões.
No momento em Marabá se constrói um shopping-center de 30 mil metros quadrados de área de loja , com lojas âncoras do padrão de Riachuelo, Marisa e C&A.
O responsável pelo empreendimento é o grupo Leolá, que tem mais de 60 lojas na região de Marabá.
O jornal nacional, amigo navegante, é uma fraude.
Esse sorteio das cidades brasileiras pelo jornal nacional lembra muito o Globope.
Veja como o jornal nacional descreve o Brasil (e o Pará):
Violência é um dos principais problemas de Jacundá, PA
Terceiro destino do JN no Ar é a quinta cidade mais violenta do Pará, e 96% da população não tem acesso ao sistema de esgoto.
O sorteio de quarta-feira, aqui no Jornal Nacional, determinou que a equipe do JN no Ar cruzasse o Brasil, do Sul para o Norte, em direção à cidade de Jacundá, no Pará.
Nesta quinta, antes de mostrar a reportagem do Ernesto Paglia, a gente vai apresentar algumas informações importantes sobre o estado.
Pará: 7,5 milhões de habitantes. É o estado mais populoso do norte, e o que produz mais riquezas. Apesar disso, tem o menor rendimento médio mensal da região.
Os paraenses convivem com a segunda maior taxa de homicídios do país. Por outro lado, são os que têm a maior expectativa de vida do Norte.
“A diversidade nossa é imensa: suco de cupuaçu, nosso tacacá, nossa maniçoba, nosso pato no tucupi”.
Mais da metade dos moradores não recebe água encanada, e 96% não têm esgoto. O analfabetismo atinge 9,3 % da população, um pouco abaixo da média nacional, que é de 9,8%.
O Pará tem 4,7 milhões de eleitores. Para chegar ao destino, o jato que leva a equipe do repórter Ernesto Paglia pousou em Marabá, no Aeroporto João Corrêa da Rocha.
O repórter Ernesto Paglia falou, ao vivo, do aeroporto e contou o que eles encontraram em Jacundá.
Vocês sabem que Jacundá é uma destas comunidades relativamente jovens do Norte do país. Parece que as pessoas foram se implantando na cidade, de forma pioneira; e o Estado, as instituições e a lei só vão chegando aos poucos, e nem sempre são bem assimilados, bem adaptados pela população local, esses pioneiros que estão lá.
ão só 15 km asfaltados de Marabá até Jacundá, mas mesmo esta é uma viagem bastante sacrificada.
estrada de Jacundá é estreita, marcada por remendos e freadas de caminhão.
A política é tensa. E aparece logo na chegada. Somos rodeados por partidários do candidato que teve mais votos em 2008, mas não assumiu a prefeitura, por causa de problemas com a Justiça Eleitoral.
Estamos em um processo democrático que Jacundá não está tendo”.
“Tenho 16 anos e posso andar de moto. Aqui é assim, não tem lei não”.
Nas ruas, não vimos viaturas. Só uma blitz da Polícia Rodoviária, fora da cidade.
Mesmo na rodovia, a fiscalização não resolve. Motoqueiros irregulares esperam no acostamento até o bloqueio ir embora. E nem pensam em legalizar a própria situação. “Eu estou sem carteira, porque o governo não dá chance pra gente. É culpa do governo, porque eu tenho que desembolsar R$ 1,5 mil, e eu ganho um salário mínimo. Ainda tenho que ir em Marabá tirar carteira, porque em Jacundá não tira”.
Ilegalidade mais grave aparece no desabafo da moradora: “Tem violência, assassinatos, bandidagem”. Jacundá é a quinta cidade mais violenta do Pará, estado com o maior número de conflitos no campo do país, e o maior número de homicídios no Norte.
Em uma reunião anual, que estava acontecendo nesta quinta-feira em Jacundá, encontramos gente preocupada com outros problemas da cidade: a prostituição infantil e o abuso sexual de menores.
Ano passado, 52 casos de violência sexual foram registrados em Jacundá. Uma agricultora procurou o Conselho Tutelar semana passada para denunciar um vizinho abusou da filha dela, deficiente mental, de quatorze anos: “Ele aproveitou que ela tem esse problema, e se aproveitou dela”.
As madeireiras são importantes na economia de Jacundá. Uma das maiores é de um ex-prefeito. Parte da madeira, diz o dono, é nativa, retirada sob supervisão da Secretaria do Meio Ambiente do Pará. A outra vem do replantio de áreas que já foram exploradas no passado.
“Nós estamos partindo para o reflorestamento, porque agora nós temos condições para reflorestar”, disse o dono da madeireira, Adão Ribeiro
Cuidar do futuro ainda é exceção por aqui. As pequenas carvoarias, que concentram muitos casos de trabalho escravo, mostram o lado mais atrasado deste pedaço do Pará.
“Todos que estão aqui, com certeza não queriam estar aqui. Mas fazer o que?”.
Paulo Henrique Amorim
Amigo navegante Antonio, paraense, liga de Belém para demonstrar profunda irritação com a visão haitiana do Brasil, pelo jornal nacional. Diz o Antonio.
Para ir a Jacundá, no Pará, o jornal nacional teve que fazer escala em Marabá, não é isso ?
Por que ele não deu um pulinho a Marabá ?
A reportagem sobre Jacundá faz parte dessa nova espécie de jornalismo aero-rocambolesco, para denegrir a imagem do Brasil – do jeito que o Ali Kamel gosta.
Marabá talvez seja o maior pólo de crescimento da economia brasileira hoje.
Marabá é uma China de crescimento econômico.
A Vale constrói ali uma usina de laminados, a Alpa, que, sozinha, cria 18 mil empregos.
A Alpa será uma das principais beneficiárias da usina de Belo Monte.
(Belo Monte, que a urubóloga Miriam Leitão criticou tanto, será a terceira maior hidrelétrica do mundo – um horror !)
Por causa da Alpa e da energia de Belo Monte, 40 indústrias se instalarão em Marabá.
Em Marabá passa uma das maiores pontes ferroviárias sobre rio do mundo, para levar o minério de ferro que sai de Carajás a caminho do Maranhão.
Veja que horror !
A população de Marabá deve crescer 150% até 2014.
Até lá serão criados 70 mil novos empregos e a associação comercial calcula que serão investidos US$ 33 bilhões.
No momento em Marabá se constrói um shopping-center de 30 mil metros quadrados de área de loja , com lojas âncoras do padrão de Riachuelo, Marisa e C&A.
O responsável pelo empreendimento é o grupo Leolá, que tem mais de 60 lojas na região de Marabá.
O jornal nacional, amigo navegante, é uma fraude.
Esse sorteio das cidades brasileiras pelo jornal nacional lembra muito o Globope.
Veja como o jornal nacional descreve o Brasil (e o Pará):
Violência é um dos principais problemas de Jacundá, PA
Terceiro destino do JN no Ar é a quinta cidade mais violenta do Pará, e 96% da população não tem acesso ao sistema de esgoto.
O sorteio de quarta-feira, aqui no Jornal Nacional, determinou que a equipe do JN no Ar cruzasse o Brasil, do Sul para o Norte, em direção à cidade de Jacundá, no Pará.
Nesta quinta, antes de mostrar a reportagem do Ernesto Paglia, a gente vai apresentar algumas informações importantes sobre o estado.
Pará: 7,5 milhões de habitantes. É o estado mais populoso do norte, e o que produz mais riquezas. Apesar disso, tem o menor rendimento médio mensal da região.
Os paraenses convivem com a segunda maior taxa de homicídios do país. Por outro lado, são os que têm a maior expectativa de vida do Norte.
“A diversidade nossa é imensa: suco de cupuaçu, nosso tacacá, nossa maniçoba, nosso pato no tucupi”.
Mais da metade dos moradores não recebe água encanada, e 96% não têm esgoto. O analfabetismo atinge 9,3 % da população, um pouco abaixo da média nacional, que é de 9,8%.
O Pará tem 4,7 milhões de eleitores. Para chegar ao destino, o jato que leva a equipe do repórter Ernesto Paglia pousou em Marabá, no Aeroporto João Corrêa da Rocha.
O repórter Ernesto Paglia falou, ao vivo, do aeroporto e contou o que eles encontraram em Jacundá.
Vocês sabem que Jacundá é uma destas comunidades relativamente jovens do Norte do país. Parece que as pessoas foram se implantando na cidade, de forma pioneira; e o Estado, as instituições e a lei só vão chegando aos poucos, e nem sempre são bem assimilados, bem adaptados pela população local, esses pioneiros que estão lá.
ão só 15 km asfaltados de Marabá até Jacundá, mas mesmo esta é uma viagem bastante sacrificada.
estrada de Jacundá é estreita, marcada por remendos e freadas de caminhão.
A política é tensa. E aparece logo na chegada. Somos rodeados por partidários do candidato que teve mais votos em 2008, mas não assumiu a prefeitura, por causa de problemas com a Justiça Eleitoral.
Estamos em um processo democrático que Jacundá não está tendo”.
“Tenho 16 anos e posso andar de moto. Aqui é assim, não tem lei não”.
Nas ruas, não vimos viaturas. Só uma blitz da Polícia Rodoviária, fora da cidade.
Mesmo na rodovia, a fiscalização não resolve. Motoqueiros irregulares esperam no acostamento até o bloqueio ir embora. E nem pensam em legalizar a própria situação. “Eu estou sem carteira, porque o governo não dá chance pra gente. É culpa do governo, porque eu tenho que desembolsar R$ 1,5 mil, e eu ganho um salário mínimo. Ainda tenho que ir em Marabá tirar carteira, porque em Jacundá não tira”.
Ilegalidade mais grave aparece no desabafo da moradora: “Tem violência, assassinatos, bandidagem”. Jacundá é a quinta cidade mais violenta do Pará, estado com o maior número de conflitos no campo do país, e o maior número de homicídios no Norte.
Em uma reunião anual, que estava acontecendo nesta quinta-feira em Jacundá, encontramos gente preocupada com outros problemas da cidade: a prostituição infantil e o abuso sexual de menores.
Ano passado, 52 casos de violência sexual foram registrados em Jacundá. Uma agricultora procurou o Conselho Tutelar semana passada para denunciar um vizinho abusou da filha dela, deficiente mental, de quatorze anos: “Ele aproveitou que ela tem esse problema, e se aproveitou dela”.
As madeireiras são importantes na economia de Jacundá. Uma das maiores é de um ex-prefeito. Parte da madeira, diz o dono, é nativa, retirada sob supervisão da Secretaria do Meio Ambiente do Pará. A outra vem do replantio de áreas que já foram exploradas no passado.
“Nós estamos partindo para o reflorestamento, porque agora nós temos condições para reflorestar”, disse o dono da madeireira, Adão Ribeiro
Cuidar do futuro ainda é exceção por aqui. As pequenas carvoarias, que concentram muitos casos de trabalho escravo, mostram o lado mais atrasado deste pedaço do Pará.
“Todos que estão aqui, com certeza não queriam estar aqui. Mas fazer o que?”.
Paulo Henrique Amorim
Re: Imprensa vendida
Pó pará, Serra!
A via do desespero pode custar caro a Serra. Além das ações judiciais, começam a circular informações dando conta de algumas “coincidências” entre a data em que teria ocorrido a violação do sigilo fiscal de sua filha e o período da guerra surda que travou com o ex-governador de Minas, Aécio Neves.
Marco Aurélio Weissheimer
O corregedor-geral eleitoral, ministro Aldir Passarinho Junior arquivou nesta quinta-feira a representação da coligação O Brasil Pode Mais, do candidato José Serra (PSDB), que pedia a cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República. Na representação, a coligação de Serra acusa Dilma e outras seis pessoas (o candidato ao Senado por Minas Gerais, Fernando Pimentel, os jornalistas Amaury Junior e Luiz Lanzetta, o secretário da Receita Federal Otacílio Cartaxo, e o corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D’Ávila) de “usar a Receita Federal para quebrar o sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato Serra, com a intenção de prejudicá-lo em benefício da campanha da candidata Dilma”.
Como se sabe, Serra não apresentou nenhuma prova para sustentar essa grave acusação. Ou, nas palavras do ministro Aldir Passarinho Junior, não apresentou “concreta demonstração” de que a candidata Dilma Rousseff teria se beneficiado dos atos. Além disso, o ministro não reconheceu a existência de “lesividade na conduta capaz de desequilibrar a disputa eleitoral”. Os fatos narrados, destacou ainda o ministro, podem “configurar falta disciplinar e infração penal comum que devem ser apuradas em sede própria, que não é a seara eleitoral”.
Mas Serra já havia atingido seu objetivo: criar um factóide que, graças aos braços midiáticos de sua campanha, ganharam as manchetes dos grandes jornais e uma edição do Jornal Nacional de quarta-feira que, pelo seu evidente caráter manipulatório, lembrou aquela feita no famoso debate entre Lula e Collor. Em queda livre nas pesquisas, sem programa, sem discurso e mudando de linha a cada semana, o candidato José Serra partiu para o vale-tudo. Queria que o episódio ganhasse manchetes para ele usar no horário eleitoral. Conseguiu isso. Esse é, no momento, o programa que o candidato tucano tem a oferecer ao Brasil.
A estratégia desesperada pode ter o efeito totalmente inverso ao esperado. Maria Inês Nassif escreveu hoje no Valor:
“É tênue a separação entre uma acusação – a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo – e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante.”
Pior ainda: além do aumento da já crescente rejeição ao candidato tucano, o episódio pode expor a montagem de uma farsa (e de um crime) com cúmplices espalhados em várias redações brasileiras. A farsa: a campanha de Dilma teria quebrado o sigilo fiscal da filha de Serra. O crime: as acusações desprovidas de prova e fundamento dirigidas contra a pessoa da candidata. O PT anunciou hoje que decidiu entrar com duas ações judiciais contra Serra e uma contra o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
A primeira medida é uma representação no TSE, com base no artigo 323 do código que regula as eleições. O crime previsto é imputar fato sabidamente não praticado pelo adversário para atingir objetivos nas eleições. Neste caso, segundo José Eduardo Cardozo, secretário geral do PT, Serra e o PSDB sabem que o PT e a campanha de Dilma Rousseff não tiveram qualquer participação na quebra de sigilo de pessoas ligadas aos tucanos, mas assim mesmo fazem acusações. Além desta, o partido decidiu entrar com outra ação judicial contra José Serra por calúnia, difamação e injúria. A última medida é a representação na Procuradoria Geral da República contra Sérgio Guerra, por crime contra a honra devido às repetidas declarações de Guerra, acusando o PT e Dilma de serem os responsáveis por quebras de sigilo fiscal.
A estratégia pode custar caro a Serra. Além das ações, começaram a circular informações nesta quinta-feira, dando conta das incríveis “coincidências” entre a data em que teria ocorrido a violação do sigilo da filha de Serra e a da guerra que o ex-governador de São Paulo travou com o ex-governador de Minas, Aécio Neves. Essa guerra tem uma trama novelesca, envolvendo confusões policiais em festas, acusações de agressões, chantagens e investigações especiais realizadas pelos dois lados em disputa. Pois ambas as coisas, a quebra do sigilo com uso de procuração falsa e o ápice da guerra Serra-Aécio ocorreram no mesmo mês, setembro de 2009.
Conforme foi amplamente noticiado, o jornal Estado de Minas estaria, neste período, preparando uma “investigação especial” sobre Serra. O jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou no Estado de Minas, anunciou o lançamento de um livro sobre os bastidores do processo de privatizações. Esse trabalho atingiria Serra e aliados. Em novembro de 2009, o blog de Juca Kfouri publicou uma nota afirmando que Aécio teria agredido a namorada em uma festa. A virulência desta guerra pode ser atestada em um inacreditável artigo de Mauro Chaves (jornalista, advogado, escritor, administrador de empresas e pintor, conforme ele mesmo se apresenta), publicado no jornal O Estado de São Paulo em 28 de fevereiro de 2009. O recado do artigo, que critica as aspirações políticas de Aécio Neves, está resumido no título “Pó Pará, governador?” A expressão aparece na última linha de modo inteiramente abrupto, como quem não quer nada:
O problema tucano, na sucessão presidencial, é que na política cabocla as ambições pessoais têm razões que a razão da fidelidade política desconhece. Agora, quando a isso se junta o sebastianismo - a volta do rei que nunca foi -, haja pressa em restaurar o trono de São João Del Rey... Só que Aécio devia refletir sobre o que disse seu grande conterrâneo João Guimarães Rosa: "Deus é paciência. O diabo é o contrário." E hoje talvez ele advertisse: Pó pará, governador?
Curiosamente, o jornal O Estado de Minas, ligado a Aécio, deu pouquíssima repercussão ao caso da filha de Serra. O mesmo ocorreu com o Correio Brasiliense. Ambos os jornais pertencem ao mesmo grupo, os Diários Associados. Ao contrário da imensa maioria dos jornalões brasileiros, não julgaram o tema relevante. Coisas da nossa brava imprensa, não é mesmo?
Nada disso importa a Serra, o homem que Pode Mais. O ex-governador de São Paulo é conhecido por isso: acredita que pode qualquer coisa. Pode? O povo brasileiro dará a resposta. E, pegando carona na expressão do articulista do Estadão, ele poderá dizer:
Pó pará, Serra!
Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)
A via do desespero pode custar caro a Serra. Além das ações judiciais, começam a circular informações dando conta de algumas “coincidências” entre a data em que teria ocorrido a violação do sigilo fiscal de sua filha e o período da guerra surda que travou com o ex-governador de Minas, Aécio Neves.
Marco Aurélio Weissheimer
O corregedor-geral eleitoral, ministro Aldir Passarinho Junior arquivou nesta quinta-feira a representação da coligação O Brasil Pode Mais, do candidato José Serra (PSDB), que pedia a cassação do registro da candidatura de Dilma Rousseff (PT) à presidência da República. Na representação, a coligação de Serra acusa Dilma e outras seis pessoas (o candidato ao Senado por Minas Gerais, Fernando Pimentel, os jornalistas Amaury Junior e Luiz Lanzetta, o secretário da Receita Federal Otacílio Cartaxo, e o corregedor-geral da Receita Federal, Antonio Carlos Costa D’Ávila) de “usar a Receita Federal para quebrar o sigilo fiscal de pessoas ligadas ao candidato Serra, com a intenção de prejudicá-lo em benefício da campanha da candidata Dilma”.
Como se sabe, Serra não apresentou nenhuma prova para sustentar essa grave acusação. Ou, nas palavras do ministro Aldir Passarinho Junior, não apresentou “concreta demonstração” de que a candidata Dilma Rousseff teria se beneficiado dos atos. Além disso, o ministro não reconheceu a existência de “lesividade na conduta capaz de desequilibrar a disputa eleitoral”. Os fatos narrados, destacou ainda o ministro, podem “configurar falta disciplinar e infração penal comum que devem ser apuradas em sede própria, que não é a seara eleitoral”.
Mas Serra já havia atingido seu objetivo: criar um factóide que, graças aos braços midiáticos de sua campanha, ganharam as manchetes dos grandes jornais e uma edição do Jornal Nacional de quarta-feira que, pelo seu evidente caráter manipulatório, lembrou aquela feita no famoso debate entre Lula e Collor. Em queda livre nas pesquisas, sem programa, sem discurso e mudando de linha a cada semana, o candidato José Serra partiu para o vale-tudo. Queria que o episódio ganhasse manchetes para ele usar no horário eleitoral. Conseguiu isso. Esse é, no momento, o programa que o candidato tucano tem a oferecer ao Brasil.
A estratégia desesperada pode ter o efeito totalmente inverso ao esperado. Maria Inês Nassif escreveu hoje no Valor:
“É tênue a separação entre uma acusação – a de que Dilma é a responsável pela quebra de sigilo – e a infâmia, no ouvido do eleitor. Quando a onda está contra o candidato que faz a acusação, um erro é fatal. Essa sintonia não parece que está sendo conseguida. O aumento da rejeição do candidato tucano, desde o início da propaganda eleitoral, é alarmante.”
Pior ainda: além do aumento da já crescente rejeição ao candidato tucano, o episódio pode expor a montagem de uma farsa (e de um crime) com cúmplices espalhados em várias redações brasileiras. A farsa: a campanha de Dilma teria quebrado o sigilo fiscal da filha de Serra. O crime: as acusações desprovidas de prova e fundamento dirigidas contra a pessoa da candidata. O PT anunciou hoje que decidiu entrar com duas ações judiciais contra Serra e uma contra o presidente do PSDB, Sérgio Guerra.
A primeira medida é uma representação no TSE, com base no artigo 323 do código que regula as eleições. O crime previsto é imputar fato sabidamente não praticado pelo adversário para atingir objetivos nas eleições. Neste caso, segundo José Eduardo Cardozo, secretário geral do PT, Serra e o PSDB sabem que o PT e a campanha de Dilma Rousseff não tiveram qualquer participação na quebra de sigilo de pessoas ligadas aos tucanos, mas assim mesmo fazem acusações. Além desta, o partido decidiu entrar com outra ação judicial contra José Serra por calúnia, difamação e injúria. A última medida é a representação na Procuradoria Geral da República contra Sérgio Guerra, por crime contra a honra devido às repetidas declarações de Guerra, acusando o PT e Dilma de serem os responsáveis por quebras de sigilo fiscal.
A estratégia pode custar caro a Serra. Além das ações, começaram a circular informações nesta quinta-feira, dando conta das incríveis “coincidências” entre a data em que teria ocorrido a violação do sigilo da filha de Serra e a da guerra que o ex-governador de São Paulo travou com o ex-governador de Minas, Aécio Neves. Essa guerra tem uma trama novelesca, envolvendo confusões policiais em festas, acusações de agressões, chantagens e investigações especiais realizadas pelos dois lados em disputa. Pois ambas as coisas, a quebra do sigilo com uso de procuração falsa e o ápice da guerra Serra-Aécio ocorreram no mesmo mês, setembro de 2009.
Conforme foi amplamente noticiado, o jornal Estado de Minas estaria, neste período, preparando uma “investigação especial” sobre Serra. O jornalista Amaury Ribeiro Jr., que trabalhou no Estado de Minas, anunciou o lançamento de um livro sobre os bastidores do processo de privatizações. Esse trabalho atingiria Serra e aliados. Em novembro de 2009, o blog de Juca Kfouri publicou uma nota afirmando que Aécio teria agredido a namorada em uma festa. A virulência desta guerra pode ser atestada em um inacreditável artigo de Mauro Chaves (jornalista, advogado, escritor, administrador de empresas e pintor, conforme ele mesmo se apresenta), publicado no jornal O Estado de São Paulo em 28 de fevereiro de 2009. O recado do artigo, que critica as aspirações políticas de Aécio Neves, está resumido no título “Pó Pará, governador?” A expressão aparece na última linha de modo inteiramente abrupto, como quem não quer nada:
O problema tucano, na sucessão presidencial, é que na política cabocla as ambições pessoais têm razões que a razão da fidelidade política desconhece. Agora, quando a isso se junta o sebastianismo - a volta do rei que nunca foi -, haja pressa em restaurar o trono de São João Del Rey... Só que Aécio devia refletir sobre o que disse seu grande conterrâneo João Guimarães Rosa: "Deus é paciência. O diabo é o contrário." E hoje talvez ele advertisse: Pó pará, governador?
Curiosamente, o jornal O Estado de Minas, ligado a Aécio, deu pouquíssima repercussão ao caso da filha de Serra. O mesmo ocorreu com o Correio Brasiliense. Ambos os jornais pertencem ao mesmo grupo, os Diários Associados. Ao contrário da imensa maioria dos jornalões brasileiros, não julgaram o tema relevante. Coisas da nossa brava imprensa, não é mesmo?
Nada disso importa a Serra, o homem que Pode Mais. O ex-governador de São Paulo é conhecido por isso: acredita que pode qualquer coisa. Pode? O povo brasileiro dará a resposta. E, pegando carona na expressão do articulista do Estadão, ele poderá dizer:
Pó pará, Serra!
Marco Aurélio Weissheimer é editor-chefe da Carta Maior (correio eletrônico: gamarra@hotmail.com)
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Re: Imprensa vendida
As informações a seguir COMPROVAM o título desse tópico. Vergonhoso...
* 27/maio/2010 (também publicado em 26/maio)
Contrato: 15/00548/10/04
– Empresa: Editora Brasil 21 Ltda.
– Objeto: Aquisição de 5.200 Assinaturas da “Revista Isto É” – 52 Edições – destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 1.203.280,00
– Data de Assinatura: 18/05/2010.
* 28/maio/2010
Contrato: 15/00545/10/04
– Empresa: S/A. O ESTADO DE SÃO PAULO
– Objeto: Aquisição de 5.200 assinatura do Jornal “o Estado de São Paulo” destinado as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 2.568.800,00
– Data de Assinatura: 18/05/2010.
* 29/maio/2010
Contrato: 15/00547/10/04
– Empresa: Editora Abril S/A
– Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas da Revista “VEJA” destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São de Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 1.202.968,00
– Data de Assinatura: 20/05/2010.
* 8/junho/2010
Contrato: 15/00550/10/04
– Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo” para as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 2.581.280,00
– Data de Assinatura: 18-05-2010.
* 11/junho/2010
Contrato: 15/00546/10/04
– Empresa: Editora Globo S/A.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas da Revista “Época” – 43 Edições, destinados as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 305 dias
– Valor R$ 1.202.968,00
– Data de Assinatura: 20/05/2010.
Em: http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... com-grana/
Desculpem postar essas informações em dois tópicos, mas o conteúdo merece.
Um fraternal abraço,
* 27/maio/2010 (também publicado em 26/maio)
Contrato: 15/00548/10/04
– Empresa: Editora Brasil 21 Ltda.
– Objeto: Aquisição de 5.200 Assinaturas da “Revista Isto É” – 52 Edições – destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 1.203.280,00
– Data de Assinatura: 18/05/2010.
* 28/maio/2010
Contrato: 15/00545/10/04
– Empresa: S/A. O ESTADO DE SÃO PAULO
– Objeto: Aquisição de 5.200 assinatura do Jornal “o Estado de São Paulo” destinado as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 2.568.800,00
– Data de Assinatura: 18/05/2010.
* 29/maio/2010
Contrato: 15/00547/10/04
– Empresa: Editora Abril S/A
– Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas da Revista “VEJA” destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São de Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 1.202.968,00
– Data de Assinatura: 20/05/2010.
* 8/junho/2010
Contrato: 15/00550/10/04
– Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo” para as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 2.581.280,00
– Data de Assinatura: 18-05-2010.
* 11/junho/2010
Contrato: 15/00546/10/04
– Empresa: Editora Globo S/A.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas da Revista “Época” – 43 Edições, destinados as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 305 dias
– Valor R$ 1.202.968,00
– Data de Assinatura: 20/05/2010.
Em: http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... com-grana/
Desculpem postar essas informações em dois tópicos, mas o conteúdo merece.
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
Re: Imprensa vendida
gente hoje da para compreender o porque do empenho da imprenssa na proteção da oposição, tão mamando na teta do governo ha anos, a internet deve alcançar um maior espaço no paiz para o bem e conhecimento dos brasileiros, e voces que tem maior conhecimento dos fatos devem sempre postar, isto esta tirando as trevas e escuridão do povo, eu mesmo não sabia que estes elementos santos do psdb e dem faziam parte dos guerrilheiros, estas imprensas vendidas não tem vergonha
- Luiz Bastos
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Re: Imprensa vendida
Saiu outras hoje a respeito do Serra ter dado uma mãozinha ao PIG e livrar nossa mídia Honestíssima de pagar impostos desde 1988. Isso é que é falta de vergonha na cara deste FDP falso, corrupto e sem vergonha. As vezes eu me surpreendo pensando em com me portaria se um FDP destes aparecesse na minha frente. No minimo um bolachão naquela cara eu queria ter o prazer de dar, mesmo que fosse em cana depois. Ia preso mas ia satisfeito do dever cumprido.
- Viktor Reznov
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Re: Imprensa vendida
Pro seu conhecimento, Época, IstoÉ e VEJA já publicaram matérias favoráveis ao governo atual. E a VEJA nunca fez questão de esconder que é firmemente anti-petista e anti-esquerda, a constituição garante a liberdade de opinião e imprensa, e garantindo também a liberdade de opinião por parte da imprensa. Portanto sua crítica não tem validade muito menos justificativa, pois não vejo criticar aqui revistas como Carta Capital e outras ligadas aos partidos da coligação do governo ou que demonstração alinhada ideologia política.Flávio Rocha Vieira escreveu:As informações a seguir COMPROVAM o título desse tópico. Vergonhoso...
* 27/maio/2010 (também publicado em 26/maio)
Contrato: 15/00548/10/04
– Empresa: Editora Brasil 21 Ltda.
– Objeto: Aquisição de 5.200 Assinaturas da “Revista Isto É” – 52 Edições – destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 1.203.280,00
– Data de Assinatura: 18/05/2010.
* 28/maio/2010
Contrato: 15/00545/10/04
– Empresa: S/A. O ESTADO DE SÃO PAULO
– Objeto: Aquisição de 5.200 assinatura do Jornal “o Estado de São Paulo” destinado as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São Paulo – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 2.568.800,00
– Data de Assinatura: 18/05/2010.
* 29/maio/2010
Contrato: 15/00547/10/04
– Empresa: Editora Abril S/A
– Objeto: Aquisição de 5.200 assinaturas da Revista “VEJA” destinada as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado São de Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 1.202.968,00
– Data de Assinatura: 20/05/2010.
* 8/junho/2010
Contrato: 15/00550/10/04
– Empresa: Empresa Folha da Manhã S.A.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas anuais do jornal “Folha de São Paulo” para as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 365 dias
– Valor: R$ 2.581.280,00
– Data de Assinatura: 18-05-2010.
* 11/junho/2010
Contrato: 15/00546/10/04
– Empresa: Editora Globo S/A.
– Objeto: Aquisição pela FDE de 5.200 assinaturas da Revista “Época” – 43 Edições, destinados as escolas da Rede Estadual de Ensino do Estado de São Paulo – CEI e COGSP – Projeto Sala de Leitura
– Prazo: 305 dias
– Valor R$ 1.202.968,00
– Data de Assinatura: 20/05/2010.
Em: http://www.conversaafiada.com.br/pig/20 ... com-grana/
Desculpem postar essas informações em dois tópicos, mas o conteúdo merece.
Um fraternal abraço,
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
Re: Imprensa vendida
Melhor ser vendida pra iniciativa privada do que ser vendida pro governo, como a Carta Capital.
A iniciativa privada pode patrocinar os interesses deles em revista. Agora, o governo comprar uma revista com anúncios de estatais e propagandas institucionais não só é vergonhoso, como é crime! O empresário usa o dinheiro DELE pra patrocinar revistas. O (des)governo do PT usa o dinheiro do povo em causa própria, criando uma imprensa estatal!
A iniciativa privada pode patrocinar os interesses deles em revista. Agora, o governo comprar uma revista com anúncios de estatais e propagandas institucionais não só é vergonhoso, como é crime! O empresário usa o dinheiro DELE pra patrocinar revistas. O (des)governo do PT usa o dinheiro do povo em causa própria, criando uma imprensa estatal!
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Re: Imprensa vendida
Não é crítica, é transcrição do Diário Oficial do Estado de São Paulo.
Se você não gostou cara, paciência...
Um fraternal abraço,
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.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
Re: Imprensa vendida
AMX escreveu:Melhor ser vendida pra iniciativa privada do que ser vendida pro governo, como a Carta Capital.
A iniciativa privada pode patrocinar os interesses deles em revista. Agora, o governo comprar uma revista com anúncios de estatais e propagandas institucionais não só é vergonhoso, como é crime! O empresário usa o dinheiro DELE pra patrocinar revistas. O (des)governo do PT usa o dinheiro do povo em causa própria, criando uma imprensa estatal!
Não é melhor ser vendida a ninguém, a mídia deveria informar, e não fazer política, no entanto, a compra de revistas de forma institucional pode ser encarada como uma ilegalidade, apoio indireto, e disfarçado. O que estamos falando é a compra de assinaturas por parte do Governo do SP, nada tem haver com empresário usando o dinheiro dele. Quanto a sua última assertiva não sei do que se trata, acho que nem você, empresa estatal?!
[]´s
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Re: Imprensa vendida
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Pequenos negócios da Fundação Roberto Marinho na SEE-SP
Já mostramos alguns inexplicáveis contratos governamentais de São Paulo, sobretudo da Secretaria de Educação, praticados sob o manto da inexigibilidade de licitação, como aqueles com Editora Abril, Folha de SP, Estadão, El País etc., porque alegam não haver similares no mercado.
Agora vamos mostrar um novo e estupendo modelo de negócios que, não se sabe o motivo, resolveu fazer o caminho inverso: licitar. A SEE-SP (e muita gente mais no Brasil) faz licitação, cria editais, exige altíssimas especificações técnicas, mas só compra das mesmas empresas os produtos que só são produzidos por uma única empresa. Não sacou nada? Ora pois, lá vamos nós.
É justo o caso das negociações feitas com a Fundação Roberto Marinho, da Rede Globo, para compras do Novo Telecurso, aquele programa que passa no auge das madrugadas, perfeito para os que não tiveram chance de estudar nem em idade nem em escola ideais e, então, partem para esse tipo de suplência.
Funciona assim o troço: a prestimosa Fundação Roberto Marinho (doravante FRM) licenciou por razões que a razão desconhece três e apenas três editoras para vender em todo país os materiais didáticos do Telecurso. São 17 livros – aluno e professor – e 52 fitas para a 5ª e 8ª série do ensino fundamental; e 19 livros e 60 fitas para o ensino médio (como ninguém envolvido atualizou os sites, sugiro que o esperto leitor substitua a palavra fitas por DVD's, que são os produtos atuais).
Você já deve ter ouvido falar da Editora Posigraf (da Positivo), IBEP Gráfica LTDA (a favorita da Educação de SP), mas não ouviu nada ou quase nada sobre a Editora Gol LTDA (do "Grupo Gol"). As três empresas concorrem no Brasil todo, sempre. Estão juntas na maioria dos certames licitatórios, salvo em raras ocasiões em que singelas papelarias, livrarias depósitos e que tais também dão o ar da graça, como em casos recentes no Distrito Federal (recorra ao cache sem medo) e Pernambuco (ver tudo). As três empresas são campeãs de vendas em São Paulo (e Brasil) com outros produtos, serviços e modus operandi. Os Governos Federal, Estadual e Municipal são instados a comprar os produtos do Novo Telecurso da FRM desse e tão somente desse trio editorial.
Enquanto as três concorrem unidas nos pregões, ao mesmo tempo cada uma delas é responsável pelo abastecimento e vendas em determinadas regiões do Brasil, de qualquer material produzido pela FRM (Novo Telecurso, Telecurso Tec (em parceria com o Paula Souza de SP): Telecurso Profissionalizante, Tecendo o Saber, Aprendiz Legal e Kit Sexualidade, Prazer em Conhecer). No site do Novo Telecurso está tudo explicado:
* Norte e Centro-oeste: Editora IBEP (CNPJ 09.266.421/0001-33 – de São Paulo);
* Nordeste: Editora Posigraf (CNPJ 79.719.613/0001-33 – de Curitiba);
* Sul e Sudeste: Editora Gol (CNPJ 03.782.338/0001-30 – aparentemente com sede no Rio de Janeiro).
Portanto, se algum Estado quiser adquirir as apostilas e DVDs do Novo Telecurso, terá que fazer como fez a FDE em São Paulo, há exato um ano. Siga os passos:
* DO - 25/julho/2009 - Lançamento dos Editais para os ensinos Fundamental e Médio, pregão presencial menor preço:
... FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para a aquisição de publicações e dvd’s - “Novo Telecurso”...;
* DO - 11/agosto/2009 - Resultados dos certames:
Despacho da Diretora de Projetos Especiais de 10-08-2009 - Homologando
- O procedimento licitatório, relativo à aquisição de Publicações e DVD’s - “Novo Telecurso” – Ensino Fundamental, à empresa Editora Gol Ltda., 1ª classificada no Pregão Presencial nº 15/0514/09/05.
- O procedimento licitatório, relativo à aquisição de Publicações e DVD’s - “Novo Telecurso” - Ensino Médio, à empresa IBEP Gráfica Ltda., 1ª classificada no Pregão Presencial nº 15/0533/09/05.
* DO - 26/agosto/2009 - Pagamento 1:
- Contrato: 15/0514/09/05
- Empresa: Editora Gol Ltda.
- Objeto: Aquisição de publicações e dvd's - “Novo Telecurso”
- Prazo: 30 dias
- Valor: R$ 4.000.000,00
- Data de Assinatura: 25/08/2009.
* DO - 29/agosto/2009 - Pagamento 2:
- Contrato: 15/0533/09/05
- Empresa: Ibep Gráfica Ltda.
- Objeto: Aquisição de publicações e dvd's - “Novo Telecurso”.
- Prazo: 30 dias
- Valor: R$ 8.999.994,71
- Data de Assinatura: 27/08/2009.
Licitar ou não licitar, eis a questão
Acontece que nem sempre as compras com as editoras citadas são executadas após um pregão. Há casos em que lançam mão da tal inexigibilidade, principalmente, ao que aparece nas buscas, no caso de muitos municípios paulistas e do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Por exemplo, no dia 18/maio/2010, o DO publicou que o CEET Paula Souza resolveu gastar R$ 400.750,00 na obscura aquisição de livros e kits de DVD's à Editora Gol.
Em 17/agosto/2010, a cidade de Cotia (SP) fez contratação de empresa para aquisição de sistema educacional - Telecurso para atender a toda rede Municipal de Ensino (EJA - Educação para Jovens e Adultos), no valor de R$ 192.536,80. A empresa no caso foi a mesma Editora Gol. A cidade de Jaguariúna, em 21/outubro/2009, também pagou à Gol sem licitar R$ 8.977,50 por 270 livros (material do aluno) a serem utilizados nas salas de Telecurso (em 4/junho/2009 houve a compra de R$ 44.514,00 em livros e DVD's), e assim por diante - no DO-SP podem ser encontradas miríades de exemplos.
Em lugar incerto e não sabido
Não dá para saber se tais aquisições foram (ou são) feitas obedecendo esta ou aquela regra da Lei das Licitações porque o DO não nos informa. O fato é que a Editora Gol leva, pelo menos em SP, a maioria absoluta das contratações inexigíveis de licitação. Talvez porque ela seja a responsável pelos materiais da FRM na região Sul e Sudeste? Vai saber; o DO é muito confuso mesmo, não esclarece a vida.
Especializada na publicação de CD's de Bíblias Sagradas na voz de Cid Moreira, piadas do Casseta & Planeta, vidas santificadas (com Hebe Camargo e Chico Anísio) e com mais de 250 gravados em seu acervo, ou ainda por desenvolver e disponibilizar aplicativos para iPhones na AppStore da Apple, Jornal O Globo e Revista Quatro Rodas, a Gol iPhone também criou aplicativos para o Jornal New York Post, nota-se que em nenhum dos sites do tal Grupo Gol, muito menos no da Editora Gol, encontra-se um mísero endereço da empresa. Os telefones de SP citados no site do Telecurso não atenderam em nossas árduas tentativas nesta semana. Recorrendo ao padroeiro Google, vê-se que há um resultado no bairro dos Jardins (Rua Padre João Manuel 450, conj. 71); o telefone é o mesmo que só chama. Se confiarmos nos dados fornecidos ao Ministério da Fazenda, o CNPJ da Gol indica que a coisa fica no município de Santana do Parnaíba (imagem ao lado). No RegistroBr o site do Grupo Gol acaba remetido ao nome de Goal Discos LTDA (ver 1 ; 2 e 3), todos sob o mesmo responsável e endereço físico. Nas negociações em geral (vide em BH, por exemplo), o único nome (representante credenciado) que aparece pela Editora Gol é o do seu Diretor Comercial, Sr. Nataniel Paulo Kochenborger, que, aliás, rende outros momentos edificantes nas buscas, experimente aí.
Outros negócios da FRM com São Paulo
Para te poupar de um monumental histórico das relações entre a Secretaria de Educação de SP e a Fundação Roberto Marinho/editoras - que facilmente encontra-se em DO desde priscas eras, com famosa editora aqui citada - vamos a um brevíssimo resumo com fatos mais atuais.
* 30/dezembro/2005
CEET Paula Souza - Superintendência
- Proc. 3238/05 - Contrato 245/05
- Contratante: Ceeteps
- Contratada: Fundação Roberto Marinho
- Objeto: Prestação de serviços de desenvolvimento de Programa de Formação Técnica e Qualificação Profissional
- Valor: R$ 17.882.398,00
- Prazo de execução: 18 meses
- Elemento Econômico: 33903999
- Prazo de vigência: 60 meses - Unidade: Administração Central
- Data da assinatura: 16/12/2005.
* 4/abril/2008
Declarando dispensável a licitação do processo 15/0356/08/04 referente a contratação do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (...) e Fundação Roberto Marinho (...), ambos da Lei Federal 8.666/93 e suas atualizações, para oferecer Cursos de formação técnica e qualificação profissional a alunos do Ensino Médio, com a implementação de ações destinadas à implantação do Projeto de Diversificação Curricular, envolvendo Gestão do sistema de Coordenadoria pedagógica e elaboração e implementação do projeto a serem executados pelo "Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza"- Ceeteps, órgão que integra a administração pública e pela "Fundação Roberto Marinho", entidade sem fins lucrativos. Ato ratificado pelo Presidente da FDE nos termos do Art. 26 da referida Lei.
* 10/abril/2008
Contrato: 15/0356/08/04
- Empresa: Fundação Roberto Marinho e Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
- Objeto: Prestação de serviços técnicos especializados, dentro do “Projeto TELECURSO TEC, para implementar o curso técnico de Gestão de Pequenas Empresas, na modalidade semipresencial, atingindo até 50.000 (cinqüenta mil) alunos da rede pública de Ensino Médio do Estado de São Paulo - Prazo: 730 dias
- Valor: R$ 18.021.962,00
- Data de Assinatura: 04/04/2008
* 11/julho/2008
Despacho da Diretora de Projetos Especiais de 10-07-2008 - Homologando
O procedimento licitatório, relativo à contratação de empresa para a aquisição de publicações de DVD’s para implementar o Curso Técnico de Gestão de Pequenas Empresas dentro do Projeto Telecurso Tec., à empresa IBEP Instituto Brasileiro De Edições Pedagógicas Ltda., 1ª classificada no Pregão Presencial nº 15/0710/08/05.
* 18/julho/2008
Contrato: 15/0710/08/05
- Empresa: IBEP – Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
- Objeto: Aquisição de Publicações e DVDs para implementar o Curso Técnico de Gestão de Pequenas Empresas dentro do Projeto Telecurso Tec.
- Prazo: 75 dias
- Valor: R$ 2.479.997,00
- Data de Assinatura: 16/07/2008.
* 10/dezembro/2008
Contrato: 15/0356/08/04
– Empresa: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e Fundação Roberto Marinho.
– Objeto: Termo de Aditamento n.º1
- Valor: R$2.399.634,00
– Data de assinatura: 18/11/2008.
* 30/abril/2010
Contrato: 15/0356/08/04
- Empresa: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e Fundação Roberto Marinho.
– Objeto: Termo de Aditamento 2,
– Prazo: 06 meses
– Data de assinatura: 01-04-2010.
*OBS.: o valor não foi esclarecido em DO
No dia 15/abril/2008 sai publicado no Diário Oficial o Pedido de Informação Nº 146 do Deputado Estadual do PT Roberto Felício, feito no dia anterior, em plenário. No documento ele pergunta sobre alguns temas do contrato 15/0356/08/04 que foram tratados aqui. Desnecessário dizer que não se encontrou continuidade, se as respostas foram enviadas não se sabe.
O Tribunal de Contas de SP, por seu lado, obviamente julgou tudo isso e mais um pouco completamente natural e correto.
Momento questionário básico
* Qual o motivo de fazer licitações se os produtos da Fundação Roberto Marinho, tais como o Novo Telecurso, são objetos exclusivos da FRM? Não caberia a formosa inexibilidade?
* Quem estabelece as especificações técnicas para os editais de pregão para as compras à FRM: o contratante ou o contratado? (Vide as preciosidades nos editais da FDE em links acima).
* Quais os critérios de escolha da FRM para licenciar as editoras citadas? Como proceder para que a minha ou a sua editora entrem também no rol das licenciadas?
* Em quais casos compra-se direto das editoras?
* Os preços praticados nas compras sem licitação são os mesmos das licitadas, que são menores? Ou seja: pagamos pelas apostilas algo entre R$20,00 a R$27,00 ou os R$35,00 (às vezes mais) que podemos ver nas livrarias?
* Qual é a da Editora Gol, já que perto da Posigraf e Ibep ela parece "não existir"? Onde fica o seu "parque gráfico", por exemplo? E o resto?
Em: http://namarianews.blogspot.com/
Tá bom ou quer mais... (e a pergunta é a sério...tem mais... )
Um fraternal abraço,
Pequenos negócios da Fundação Roberto Marinho na SEE-SP
Já mostramos alguns inexplicáveis contratos governamentais de São Paulo, sobretudo da Secretaria de Educação, praticados sob o manto da inexigibilidade de licitação, como aqueles com Editora Abril, Folha de SP, Estadão, El País etc., porque alegam não haver similares no mercado.
Agora vamos mostrar um novo e estupendo modelo de negócios que, não se sabe o motivo, resolveu fazer o caminho inverso: licitar. A SEE-SP (e muita gente mais no Brasil) faz licitação, cria editais, exige altíssimas especificações técnicas, mas só compra das mesmas empresas os produtos que só são produzidos por uma única empresa. Não sacou nada? Ora pois, lá vamos nós.
É justo o caso das negociações feitas com a Fundação Roberto Marinho, da Rede Globo, para compras do Novo Telecurso, aquele programa que passa no auge das madrugadas, perfeito para os que não tiveram chance de estudar nem em idade nem em escola ideais e, então, partem para esse tipo de suplência.
Funciona assim o troço: a prestimosa Fundação Roberto Marinho (doravante FRM) licenciou por razões que a razão desconhece três e apenas três editoras para vender em todo país os materiais didáticos do Telecurso. São 17 livros – aluno e professor – e 52 fitas para a 5ª e 8ª série do ensino fundamental; e 19 livros e 60 fitas para o ensino médio (como ninguém envolvido atualizou os sites, sugiro que o esperto leitor substitua a palavra fitas por DVD's, que são os produtos atuais).
Você já deve ter ouvido falar da Editora Posigraf (da Positivo), IBEP Gráfica LTDA (a favorita da Educação de SP), mas não ouviu nada ou quase nada sobre a Editora Gol LTDA (do "Grupo Gol"). As três empresas concorrem no Brasil todo, sempre. Estão juntas na maioria dos certames licitatórios, salvo em raras ocasiões em que singelas papelarias, livrarias depósitos e que tais também dão o ar da graça, como em casos recentes no Distrito Federal (recorra ao cache sem medo) e Pernambuco (ver tudo). As três empresas são campeãs de vendas em São Paulo (e Brasil) com outros produtos, serviços e modus operandi. Os Governos Federal, Estadual e Municipal são instados a comprar os produtos do Novo Telecurso da FRM desse e tão somente desse trio editorial.
Enquanto as três concorrem unidas nos pregões, ao mesmo tempo cada uma delas é responsável pelo abastecimento e vendas em determinadas regiões do Brasil, de qualquer material produzido pela FRM (Novo Telecurso, Telecurso Tec (em parceria com o Paula Souza de SP): Telecurso Profissionalizante, Tecendo o Saber, Aprendiz Legal e Kit Sexualidade, Prazer em Conhecer). No site do Novo Telecurso está tudo explicado:
* Norte e Centro-oeste: Editora IBEP (CNPJ 09.266.421/0001-33 – de São Paulo);
* Nordeste: Editora Posigraf (CNPJ 79.719.613/0001-33 – de Curitiba);
* Sul e Sudeste: Editora Gol (CNPJ 03.782.338/0001-30 – aparentemente com sede no Rio de Janeiro).
Portanto, se algum Estado quiser adquirir as apostilas e DVDs do Novo Telecurso, terá que fazer como fez a FDE em São Paulo, há exato um ano. Siga os passos:
* DO - 25/julho/2009 - Lançamento dos Editais para os ensinos Fundamental e Médio, pregão presencial menor preço:
... FDE comunica às empresas interessadas que se acha aberta licitação para a aquisição de publicações e dvd’s - “Novo Telecurso”...;
* DO - 11/agosto/2009 - Resultados dos certames:
Despacho da Diretora de Projetos Especiais de 10-08-2009 - Homologando
- O procedimento licitatório, relativo à aquisição de Publicações e DVD’s - “Novo Telecurso” – Ensino Fundamental, à empresa Editora Gol Ltda., 1ª classificada no Pregão Presencial nº 15/0514/09/05.
- O procedimento licitatório, relativo à aquisição de Publicações e DVD’s - “Novo Telecurso” - Ensino Médio, à empresa IBEP Gráfica Ltda., 1ª classificada no Pregão Presencial nº 15/0533/09/05.
* DO - 26/agosto/2009 - Pagamento 1:
- Contrato: 15/0514/09/05
- Empresa: Editora Gol Ltda.
- Objeto: Aquisição de publicações e dvd's - “Novo Telecurso”
- Prazo: 30 dias
- Valor: R$ 4.000.000,00
- Data de Assinatura: 25/08/2009.
* DO - 29/agosto/2009 - Pagamento 2:
- Contrato: 15/0533/09/05
- Empresa: Ibep Gráfica Ltda.
- Objeto: Aquisição de publicações e dvd's - “Novo Telecurso”.
- Prazo: 30 dias
- Valor: R$ 8.999.994,71
- Data de Assinatura: 27/08/2009.
Licitar ou não licitar, eis a questão
Acontece que nem sempre as compras com as editoras citadas são executadas após um pregão. Há casos em que lançam mão da tal inexigibilidade, principalmente, ao que aparece nas buscas, no caso de muitos municípios paulistas e do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza. Por exemplo, no dia 18/maio/2010, o DO publicou que o CEET Paula Souza resolveu gastar R$ 400.750,00 na obscura aquisição de livros e kits de DVD's à Editora Gol.
Em 17/agosto/2010, a cidade de Cotia (SP) fez contratação de empresa para aquisição de sistema educacional - Telecurso para atender a toda rede Municipal de Ensino (EJA - Educação para Jovens e Adultos), no valor de R$ 192.536,80. A empresa no caso foi a mesma Editora Gol. A cidade de Jaguariúna, em 21/outubro/2009, também pagou à Gol sem licitar R$ 8.977,50 por 270 livros (material do aluno) a serem utilizados nas salas de Telecurso (em 4/junho/2009 houve a compra de R$ 44.514,00 em livros e DVD's), e assim por diante - no DO-SP podem ser encontradas miríades de exemplos.
Em lugar incerto e não sabido
Não dá para saber se tais aquisições foram (ou são) feitas obedecendo esta ou aquela regra da Lei das Licitações porque o DO não nos informa. O fato é que a Editora Gol leva, pelo menos em SP, a maioria absoluta das contratações inexigíveis de licitação. Talvez porque ela seja a responsável pelos materiais da FRM na região Sul e Sudeste? Vai saber; o DO é muito confuso mesmo, não esclarece a vida.
Especializada na publicação de CD's de Bíblias Sagradas na voz de Cid Moreira, piadas do Casseta & Planeta, vidas santificadas (com Hebe Camargo e Chico Anísio) e com mais de 250 gravados em seu acervo, ou ainda por desenvolver e disponibilizar aplicativos para iPhones na AppStore da Apple, Jornal O Globo e Revista Quatro Rodas, a Gol iPhone também criou aplicativos para o Jornal New York Post, nota-se que em nenhum dos sites do tal Grupo Gol, muito menos no da Editora Gol, encontra-se um mísero endereço da empresa. Os telefones de SP citados no site do Telecurso não atenderam em nossas árduas tentativas nesta semana. Recorrendo ao padroeiro Google, vê-se que há um resultado no bairro dos Jardins (Rua Padre João Manuel 450, conj. 71); o telefone é o mesmo que só chama. Se confiarmos nos dados fornecidos ao Ministério da Fazenda, o CNPJ da Gol indica que a coisa fica no município de Santana do Parnaíba (imagem ao lado). No RegistroBr o site do Grupo Gol acaba remetido ao nome de Goal Discos LTDA (ver 1 ; 2 e 3), todos sob o mesmo responsável e endereço físico. Nas negociações em geral (vide em BH, por exemplo), o único nome (representante credenciado) que aparece pela Editora Gol é o do seu Diretor Comercial, Sr. Nataniel Paulo Kochenborger, que, aliás, rende outros momentos edificantes nas buscas, experimente aí.
Outros negócios da FRM com São Paulo
Para te poupar de um monumental histórico das relações entre a Secretaria de Educação de SP e a Fundação Roberto Marinho/editoras - que facilmente encontra-se em DO desde priscas eras, com famosa editora aqui citada - vamos a um brevíssimo resumo com fatos mais atuais.
* 30/dezembro/2005
CEET Paula Souza - Superintendência
- Proc. 3238/05 - Contrato 245/05
- Contratante: Ceeteps
- Contratada: Fundação Roberto Marinho
- Objeto: Prestação de serviços de desenvolvimento de Programa de Formação Técnica e Qualificação Profissional
- Valor: R$ 17.882.398,00
- Prazo de execução: 18 meses
- Elemento Econômico: 33903999
- Prazo de vigência: 60 meses - Unidade: Administração Central
- Data da assinatura: 16/12/2005.
* 4/abril/2008
Declarando dispensável a licitação do processo 15/0356/08/04 referente a contratação do Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza (...) e Fundação Roberto Marinho (...), ambos da Lei Federal 8.666/93 e suas atualizações, para oferecer Cursos de formação técnica e qualificação profissional a alunos do Ensino Médio, com a implementação de ações destinadas à implantação do Projeto de Diversificação Curricular, envolvendo Gestão do sistema de Coordenadoria pedagógica e elaboração e implementação do projeto a serem executados pelo "Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza"- Ceeteps, órgão que integra a administração pública e pela "Fundação Roberto Marinho", entidade sem fins lucrativos. Ato ratificado pelo Presidente da FDE nos termos do Art. 26 da referida Lei.
* 10/abril/2008
Contrato: 15/0356/08/04
- Empresa: Fundação Roberto Marinho e Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza
- Objeto: Prestação de serviços técnicos especializados, dentro do “Projeto TELECURSO TEC, para implementar o curso técnico de Gestão de Pequenas Empresas, na modalidade semipresencial, atingindo até 50.000 (cinqüenta mil) alunos da rede pública de Ensino Médio do Estado de São Paulo - Prazo: 730 dias
- Valor: R$ 18.021.962,00
- Data de Assinatura: 04/04/2008
* 11/julho/2008
Despacho da Diretora de Projetos Especiais de 10-07-2008 - Homologando
O procedimento licitatório, relativo à contratação de empresa para a aquisição de publicações de DVD’s para implementar o Curso Técnico de Gestão de Pequenas Empresas dentro do Projeto Telecurso Tec., à empresa IBEP Instituto Brasileiro De Edições Pedagógicas Ltda., 1ª classificada no Pregão Presencial nº 15/0710/08/05.
* 18/julho/2008
Contrato: 15/0710/08/05
- Empresa: IBEP – Instituto Brasileiro de Edições Pedagógicas
- Objeto: Aquisição de Publicações e DVDs para implementar o Curso Técnico de Gestão de Pequenas Empresas dentro do Projeto Telecurso Tec.
- Prazo: 75 dias
- Valor: R$ 2.479.997,00
- Data de Assinatura: 16/07/2008.
* 10/dezembro/2008
Contrato: 15/0356/08/04
– Empresa: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e Fundação Roberto Marinho.
– Objeto: Termo de Aditamento n.º1
- Valor: R$2.399.634,00
– Data de assinatura: 18/11/2008.
* 30/abril/2010
Contrato: 15/0356/08/04
- Empresa: Centro Estadual de Educação Tecnológica Paula Souza e Fundação Roberto Marinho.
– Objeto: Termo de Aditamento 2,
– Prazo: 06 meses
– Data de assinatura: 01-04-2010.
*OBS.: o valor não foi esclarecido em DO
No dia 15/abril/2008 sai publicado no Diário Oficial o Pedido de Informação Nº 146 do Deputado Estadual do PT Roberto Felício, feito no dia anterior, em plenário. No documento ele pergunta sobre alguns temas do contrato 15/0356/08/04 que foram tratados aqui. Desnecessário dizer que não se encontrou continuidade, se as respostas foram enviadas não se sabe.
O Tribunal de Contas de SP, por seu lado, obviamente julgou tudo isso e mais um pouco completamente natural e correto.
Momento questionário básico
* Qual o motivo de fazer licitações se os produtos da Fundação Roberto Marinho, tais como o Novo Telecurso, são objetos exclusivos da FRM? Não caberia a formosa inexibilidade?
* Quem estabelece as especificações técnicas para os editais de pregão para as compras à FRM: o contratante ou o contratado? (Vide as preciosidades nos editais da FDE em links acima).
* Quais os critérios de escolha da FRM para licenciar as editoras citadas? Como proceder para que a minha ou a sua editora entrem também no rol das licenciadas?
* Em quais casos compra-se direto das editoras?
* Os preços praticados nas compras sem licitação são os mesmos das licitadas, que são menores? Ou seja: pagamos pelas apostilas algo entre R$20,00 a R$27,00 ou os R$35,00 (às vezes mais) que podemos ver nas livrarias?
* Qual é a da Editora Gol, já que perto da Posigraf e Ibep ela parece "não existir"? Onde fica o seu "parque gráfico", por exemplo? E o resto?
Em: http://namarianews.blogspot.com/
Tá bom ou quer mais... (e a pergunta é a sério...tem mais... )
Um fraternal abraço,
.'.
"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
Maria Judith Brito, Presidente da ANJ (Associação Nacional de Jornais).
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Re: Imprensa vendida
Manchetes dos jornais do PIG X Manchetes dos jornais "normais"
Como fabricar um escândalo. Uma aula de jornalismo "isento"
Vazamento de informações sigilosas - Uma prova de que atividades criminosas, sem qualquer vinculação política e eleitoral (embora sejam graves e devam ser profundamente investigadas e punidas) já aconteciam e eram de conhecimento público, inclusive do próprio José Serra, que fala sobre o problema com naturalidade e sem 1% do furor com que fala agora, e que o PIG vergonhosamente usa para tentar influenciar eleitores e interferir no processo eleitoral brasileiro.
O PIG
O GLOBO
Serra reage e e diz que Lula serve à estratégia "caixa preta" do PT - 09/09/2010
FOLHA DE SÃO PAULO
Investigada consultou dados do genro de Serra - 09/09/2010
OS NORMAIS
O DIA
Escândalo com religioso no Rio - Padre preso ao tentar viajar com fortuna na mala e nas roupas - 09/09/2010
ESTADO DE MINAS
Casos de Dengue aumentam 291% este ano em BH - 09/09/2010
CORREIO BRAZILIENSE
Ministro relator rejeita recurso de Roriz ao STF - 09/09/2010
JORNAL DO BRASIL ON LINE
Mais velhos perdem o medo da internet - 09/09/2010
Comparem a isenção.
Atualizarei este post diariamente.
Um fraternal abraço,
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"... E, obviamente, esses meios de comunicação estão fazendo de fato a posição oposicionista deste país, já que a oposição está profundamente fragilizada. ... "
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Re: Imprensa vendida
o seu voto ja sera uma grande bolacha, e mais ele vai ficar muitas noites sem dormir direito pensando na derrota oar a DilmaLuiz Bastos escreveu:Saiu outras hoje a respeito do Serra ter dado uma mãozinha ao PIG e livrar nossa mídia Honestíssima de pagar impostos desde 1988. Isso é que é falta de vergonha na cara deste FDP falso, corrupto e sem vergonha. As vezes eu me surpreendo pensando em com me portaria se um FDP destes aparecesse na minha frente. No minimo um bolachão naquela cara eu queria ter o prazer de dar, mesmo que fosse em cana depois. Ia preso mas ia satisfeito do dever cumprido.
- Luiz Bastos
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Re: Imprensa vendida
´´E o ultimo cartucho de pólvora amigo. Se o demagogo perder a eleição (e vai perder) a hegemonia da mídia vai pro espaço. A candidata do governo está só anotando no caderninho dela o apoio recebido pela mídia Pig falada, escrita e principalmente televisada. Espero estar vivo para ver o Casal 45 e o Traírão Wack serem condecorados em Brasília ao lado do Nascimento do SBT, Míriam Pig, Merval e Sardenberg da Globo News e depois vê-los descendo a rampa do planalto, passando pelo corredor polonês de Dragões da independência baixando a porrada neles
Cara . Eu ia enfartar de tanto rir Eu amo essa imprensa imparcial e livre
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