GEOPOLÍTICA

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Marino
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Re: GEOPOLÍTICA

#2701 Mensagem por Marino » Ter Set 07, 2010 8:44 am

Indústria naval pede investimento em frota brasileira

Em carta aos presidenciáveis, sindicato do setor alerta para os gastos com navios estrangeiros para carga

AGNALDO BRITO

DE SÃO PAULO



O Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore) vai apresentar aos presidenciáveis pedido de apoio para a formação de uma marinha mercante brasileira. O pedido consta de carta aos candidatos.

A marinha mercante é formada pela frota de navios usados para o transporte marítimo de carga. Hoje, no Brasil, esse setor tem predominância estrangeira e é fonte de despesas na balança de serviços do país.

Na carta a ser entregue nos próximos dias e obtida em primeira mão pela Folha, o setor alerta que o país pagou em seis anos US$ 7,7 bilhões em afretamentos de navios de bandeira estrangeira.

O valor equivale ao preço de 50 navios no país. A capacidade brasileira de transporte é mínima.

A carta tem o objetivo de obter compromissos dos candidatos com a recuperação do setor e com avanços. Apesar da retomada, os estaleiros brasileiros possuem hoje apenas 300 encomendas em carteira. "O mundo tem 8.000 navios em construção", compara o Sinaval.

O documento de 11 páginas elaborado pelo sindicato reconhece avanços, como a oferta de financiamento com recursos do FMM (Fundo de Marinha Mercante). De 2001 para 2010, os recursos liberados passaram de R$ 300 milhões para R$ 4,7 bilhões.

Ainda segundo a carta, o Sinaval afirma que a recuperação do setor permitiu a geração de empregos em larga escala no país.

Em 2000, o número de vagas no setor era de apenas 2.000. Agora, já alcançou 78 mil postos de trabalho.

Hoje, o setor é formado por 37 estaleiros espalhados por várias regiões do país. As grandes encomendas da Petrobras (de petroleiros, embarcações de apoio e sondas) podem estimular a construção de outros 18 estaleiros, aponta o Sinaval.



AÇO NAVAL

O sindicato também faz um alerta sobre a necessidade de investimentos no setor siderúrgico para o atendimento da demanda.

De acordo com o sindicato, o parque de estaleiros já em operação estima demanda de 1,8 milhão de toneladas de aço naval (chamado de chapa grossa) nos próximos cinco anos. São cerca de 370 mil toneladas por ano.

O Sinaval pede ao governo uma ingerência no setor siderúrgico capaz de estimular a instalação de outros produtores de aço estrutural de chapa grossa além do grupo Usiminas, único fornecedor.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2702 Mensagem por LeandroGCard » Ter Set 07, 2010 10:08 am

Marino escreveu:Indústria naval pede investimento em frota brasileira

Em carta aos presidenciáveis, sindicato do setor alerta para os gastos com navios estrangeiros para carga

AGNALDO BRITO

DE SÃO PAULO



O Sinaval (Sindicato Nacional da Indústria de Construção e Reparação Naval e Offshore) vai apresentar aos presidenciáveis pedido de apoio para a formação de uma marinha mercante brasileira. O pedido consta de carta aos candidatos.

A marinha mercante é formada pela frota de navios usados para o transporte marítimo de carga. Hoje, no Brasil, esse setor tem predominância estrangeira e é fonte de despesas na balança de serviços do país.

Na carta a ser entregue nos próximos dias e obtida em primeira mão pela Folha, o setor alerta que o país pagou em seis anos US$ 7,7 bilhões em afretamentos de navios de bandeira estrangeira.

O valor equivale ao preço de 50 navios no país. A capacidade brasileira de transporte é mínima.

A carta tem o objetivo de obter compromissos dos candidatos com a recuperação do setor e com avanços. Apesar da retomada, os estaleiros brasileiros possuem hoje apenas 300 encomendas em carteira. "O mundo tem 8.000 navios em construção", compara o Sinaval.

O documento de 11 páginas elaborado pelo sindicato reconhece avanços, como a oferta de financiamento com recursos do FMM (Fundo de Marinha Mercante). De 2001 para 2010, os recursos liberados passaram de R$ 300 milhões para R$ 4,7 bilhões.

Ainda segundo a carta, o Sinaval afirma que a recuperação do setor permitiu a geração de empregos em larga escala no país.

Em 2000, o número de vagas no setor era de apenas 2.000. Agora, já alcançou 78 mil postos de trabalho.

Hoje, o setor é formado por 37 estaleiros espalhados por várias regiões do país. As grandes encomendas da Petrobras (de petroleiros, embarcações de apoio e sondas) podem estimular a construção de outros 18 estaleiros, aponta o Sinaval.



AÇO NAVAL

O sindicato também faz um alerta sobre a necessidade de investimentos no setor siderúrgico para o atendimento da demanda.

De acordo com o sindicato, o parque de estaleiros já em operação estima demanda de 1,8 milhão de toneladas de aço naval (chamado de chapa grossa) nos próximos cinco anos. São cerca de 370 mil toneladas por ano.

O Sinaval pede ao governo uma ingerência no setor siderúrgico capaz de estimular a instalação de outros produtores de aço estrutural de chapa grossa além do grupo Usiminas, único fornecedor.
Pelo que sei desta história o problema está nos impostos e encargos, que tornam o uso de navios de bandeira nacional pouco competitivo com o de países como a Libéria, que cobra impostos baixos e não está nem aí para os direitos dos marinheiros. E no caso do aço o problema é com os impostos também, que tornam o aço brasileiro pouco competitivo se vendido aqui. Engraçado que para venda no exterior, quando os impostos incidentes são menores, o aço brasileiro ainda é razoavelmente competitivo.

Leandro G




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Re: GEOPOLÍTICA

#2703 Mensagem por Junker » Ter Set 07, 2010 5:20 pm

IISS: Brasil ganha peso e EUA perdem espaço na América Latina
07 de setembro de 2010 15h58


A América Latina, liderada pelo Brasil, está tendo um peso maior internacionalmente e redefinindo suas alianças, em alguns casos causando a inquietação dos Estados Unidos, potência hegemônica que perdeu influência na região, afirmou nesta terça-feira o Instituto Internacional de Estudos Estratégicos (IISS - sigla em inglês).

"Em 2010, vários países latino-americanos se viam como potências crescentes no cenário mundial e esperavam ser tratadas como tais", afirmou o instituto em seu balanço estratégico anual.

O centro de estudos londrino destaca a influência crescente de Brasil, México e inclusive da Bolívia em um âmbito crucial como a luta contra as mudanças climáticas, assim como dos blocos de poder que proliferam na região, como a União das Nações Sul-americanas (Unasul) ou a Aliança Bolivariana para as Américas (Alba).

Mas é o país presidido por Luiz Inácio Lula da Silva - que recebeu vários reconhecimentos internacionais em seu último ano no poder - o que melhor ilustra a "enérgica agenda política com interesses e aspirações mundiais" que defendem os países latino-americanos, informa o IISS.

Apesar de no momento não ter conseguido grandes avanços, ninguém poderia imaginar há apenas alguns anos que um presidente brasileiro pudesse desempenhar um papel nas tentativas de resolver o conflito no Oriente Médio ou a disputa mantida pelo Irã com os países ocidentais em relação a seu programa nuclear.

As novas ambições da região, que ocorreram ao mesmo tempo que a "perda de influência" dos Estados Unidos, permitiram aos diferentes países buscar novas alianças com potências fora da região com interesses tão diversos como China, Rússia e inclusive Irã.

No caso particular do Irã, o fortalecimento das relações com a Venezuela, mas especialmente com o Brasil, "causaram novas tensões nas relações" com os Estados Unidos, estimou o IISS.

A crise de Honduras e o acordo que permitia aos Estados Unidos operar sete bases militares na Colômbia terminaram por complicar a relação com a administração do presidente Barack Obama, na qual a região tinha depositado inicialmente grandes expectativas.

A vontade de se distanciar do que fora durante muito tempo a potência hegemônica da região ficou latente também com a exclusão dos Estados Unidos de uma nova organização regional que os países latino-americanos e do Caribe concordaram em criar no início deste ano.

No contexto atual, a IISS considera que "a meta" para Washington será "fazer esforços diplomáticos intensivos com os governos mais amigos e os parceiros dispostos na região a progredir em uma agenda comum", que inclui, dependendo dos países, temas como comércio, energia, evitando outros temas mais problemáticos como Cuba ou a luta contra o narcotráfico.

O Brasil, que em outubro realiza eleições para escolher o sucessor de Lula e que continuará sob os holofotes nos próximos anos com a Copa do Mundo e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, deverá evitar repetir os erros dos Estados Unidos no passado, se quiser manter seu atual papel, afirma o IISS.

"Em um mundo complicado e multipolar, o Brasil ascendente deverá ter cuidado para evitar os impulsos imperialistas que, como ocorreu com os Estados Unidos, criaram problemas para um poder hemisférico".

AFP




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Re: GEOPOLÍTICA

#2704 Mensagem por Viktor Reznov » Qua Set 08, 2010 12:53 am

Carlos Mathias escreveu:Cara, eu admiro o povo americano e o país que eles construíram através dos tempos.
Vejo realmente uma quantidade pontos em comum muito maior do que de desacordos e diferenças.
Temos um longo e próspero caminho à nossa frente, juntos como parceiros e amigos.

As diferenças que surgem não são suficientes para manchar essa amizade frutífera e duradoura.

Nos respeitando, um ao outro, seremos sempre amigos e parceiros.
Quem diabos é você seu impostor e oque você fez com a conta do Carlos Mathias? :shock:




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Re: GEOPOLÍTICA

#2705 Mensagem por Viktor Reznov » Qua Set 08, 2010 1:02 am

marcelo l. escreveu:Falando em mudança a CIA está treinando o serviço secreto do Sudão...

http://blog.washingtonpost.com/spy-talk ... _as_o.html

Só o começo do texto:
O regime do Leste Africano não é apenas um pária internacional por seu histórico de genocídio na região ocidental de Darfur, que oficialmente Washington coloca-o como um Estado terrorista, em parte por sua guarida passado de radicais islâmicos, incluindo Osama bin Laden na década de 1990 .

Apesar disso, a CIA vai continuar a treinar e equipar os serviços de inteligência do Sudão, em nome da luta contra o terrorismo.

Cont...

Imagem


Depois alguma ONG fala que o Brasil não ajuda os EUA a isolar o regime sudanês :lol:

Pura balela esse artigo, só cita fontes anônimas e não fornece nenhuma prova sequer. E ainda mais no governo Obama, o cara é desesperado em manter a boa imagem dele, que foi a única coisa que o trouxe à presidência, ele jamais arriscaria a popularidade dele fazendo isso. Jamais. E já jogam bosta demais na CIA pela cooperação com o Paquistão e a Arábia Saudita, nenhum político colocado no cargo de chefia da agência arriscaria o pescoço por isso.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2706 Mensagem por Junker » Qua Set 08, 2010 4:19 pm

China convida Brasil a exercícios militares conjuntos em 2011
08 de setembro de 2010 15h45


O ministro da Defesa da China, general Liang Guanglie, convidou o Exército brasileiro a realizar exercícios militares conjuntos com o de seu país a partir de 2011, e manifestou o desejo chinês de aumentar a cooperação bilateral na área militar. O general iniciou nesta quarta-feira uma visita oficial de três dias ao Brasil.

A proposta do ministro chinês, que inclui também exercícios conjuntos para as forças aéreas dos dois países, foi divulgada em comunicado conjunto após a reunião que ele teve hoje em Brasília com o ministro da Defesa brasileiro, Nelson Jobim. "A parte chinesa manifestou interesse em realizar um treino conjunto entre os dois Exércitos na China em 2011 e entre pilotos das duas Forças Aéreas", diz o comunicado. A China está interessada também em enviar paraquedistas para treinar no Brasil, e que membros das Forças Armadas chinesas recebam cursos de português no País.

Os dois ministros manifestaram o desejo de reforçar a cooperação bilateral na formação e treinamento de militares, que até agora se limitou à troca de delegações de oficiais para alguns cursos. Os dois países também se comprometeram a intensificar a troca e a cooperação nas áreas de tecnologias de Defesa, assim como "na observação da paz internacional, controle aeronáutico e segurança da aviação".

Brasil e China também se propuseram a intensificar a troca de visitas de delegações militares de alto nível para aumentar "o conhecimento e a confiança mútua" e aprofundar as ações do Comitê Conjunto China-Brasil de Intercâmbio e Cooperação entre os Ministérios de Defesa, cuja segunda reunião está prevista para o ano que vem, no Brasil.

Jobim e Liang Guanglie consideram a cooperação militar entre os dois países como essencial para enfrentar "novos desafios globais que se delineiam no horizonte". Para ambos, a aproximação militar entre Brasil e China é especialmente importante para "salvaguardar os interesses comuns de países em desenvolvimento, e a paz e a estabilidade regional e global".

Eles também afirmaram que as relações entre as Forças Armadas de Brasil e China são um componente importante que "enriquece" a associação estratégica estipulada entre os dois países e promovem um melhor desenvolvimento das relações bilaterais.

O ministro chinês, que chegou terça-feira à noite a Brasília, com uma delegação que inclui uma dezena de altos oficiais, concluirá na próxima sexta-feira uma viagem de "boa vontade" pela América Latina.


EFE - Agência EFE




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Re: GEOPOLÍTICA

#2707 Mensagem por Sterrius » Qua Set 08, 2010 4:41 pm

Sera que aceitaremos? Eu particurlamente nao vejo problema ou EUA vai tomar as dores e negar treinos em conjunto? :lol: :lol:




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Re: GEOPOLÍTICA

#2708 Mensagem por Enlil » Qua Set 08, 2010 4:51 pm

Se eles se "magoarem", para nós, a única diferença é q eles ficarão no fim da fila de nossas preferências para treinamentos conjuntos; candidatos para manobras bi ou multilaterais não nos faltarão.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2709 Mensagem por Francoorp » Qua Set 08, 2010 6:42 pm

Em Angola, Brasil mostra lado ‘agressivo’ de presença na África

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Parceiro tradicional e consistente do Brasil na África, Angola é também o país africano onde a presença brasileira se vê de forma mais clara e, no campo dos negócios, mais agressiva.

Na TV, na rádio, no mercado editorial e em vários aspectos da economia é possível reconhecer a influência das idéias e do dinheiro que chegam do outro lado do Atlântico.

Entretanto, é também em Angola - sétima economia africana e terceiro maior produtor de petróleo do continente - que o Brasil encontra as mais fortes concorrências a essa influência, principalmente da China.

Imagem
Brasil enfrenta concorrência da China no comércio com Angola.

O comércio brasileiro com Angola chegou a US$ 4,2 bilhões em 2008. Porém, a crise econômica e a queda nos preços do petróleo – praticamente único produto que o Brasil compra de Angola – derrubaram esse total para menos de US$ 1,5 bilhão no ano seguinte.

Os números do comércio, entretanto, não são a melhor maneira de medir a presença brasileira no dia-a-dia angolano.

Empregando hoje 12 mil pessoas, a construtora brasileira Odebrecht é hoje a segunda maior empregadora do país, só perdendo para a estatal petroleira angolana, a Sonangol. Em anos de pico, a empresa, que está há 26 anos em Angola, já chegou a empregar 30 mil pessoas.

"Nós permanecemos aqui durante esse tempo todo de guerra, conquistamos a confiança da instituição de governo e conquistamos a confiança da população de Angola. Nossa intervenção teve ganhos para a população, para o governo de Angola e para nós também”, resume o gerente de Relações Institucionais da Odebrecht Angola, Justino Amaro.

Investimento brasileiro

Segundo a Associação de Empresários Brasileiros em Angola (Aebran), os financiamentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para Angola somavam menos de U$ 200 milhões em 2003 – início do governo do presidente Luís Inácio Lula da Silva.

Após oito anos de ênfase na relação com a África o total chega hoje a US$ 3 bilhões, diz o presidente da Aebran, Alberto Esper.

A isso devem somar-se cerca de US$ 500 milhões em benefícios a exportações do Brasil para Angola apenas nos últimos dois anos, nos cálculos do empresário.

Imagem
Empresa brasileira tem forte presença na indústria da construção civil de Angola.

"É possível vincular um projeto em Angola no qual tudo o que é exportado para cá se beneficia do Proex (o programa brasileiro de incentivo às exportações)", diz.

Isso quer dizer que obras de empreiteiras brasileiras, como Odebrech e Queiroz Galvão, podem ser encontradas em diversas partes da cidade. Nos supermercados, é fácil encontrar produtos da Sadia, por exemplo. Além disso, há a presença constante de programas de TV brasileiros. As tevês Globo e Record hoje produzem conteúdo localmente.

Concorrência

Muitos analistas veem uma disputa por "corações e almas" angolanos entre Brasil e China. Estima-se que a China já tenha financiado projetos no valor de cerca de US$ 10 bilhões em Angola – hoje o principal fornecedor de petróleo para o país asiático.

Entretanto, Alberto Esper, da Aebran, diz não ver concorrência entre brasileiros e chineses.

"Não achamos que haja competição, porque ainda existe muito espaço para cada um se desenvolver na sua capacidade. Tudo o que o Brasil disponibilizou em termos de recursos foi utilizado. O Brasil não deixa de colocar seus investimentos, seus recursos, seus financiamentos em Angola por causa da presença chinesa ou portuguesa, existe espaço para todos."

O que faz de Angola um destino atraente para o investimento estrangeiro é o ritmo de sua reconstrução nacional, após as quase quatro décadas em que o país esteve imerso em conflitos.

Desde que alcançou a paz, em 2002, Angola vem crescendo a uma taxa média anual de 13%, sendo que, em anos de pico, a taxa ultrapassou 20%.

Porém, a dependência da economia em relação ao setor petroleiro (que responde por cerca de 80% da receitas do governo) ficou patente durante a crise econômica.

Com a queda do preço da commodity, a taxa de crescimento da economia foi de apenas 2,7% nos cálculos oficiais. Instituições como o FMI e o Banco Mundial estimam que o crescimento foi bem menor, próximo do zero ou até negativo.

Para piorar, a crise econômica global cortou as fontes de financiamento e colocou um freio na promessa do governo de construir um milhão de casas populares até 2012.

Pobreza

A desigualdade mostra sua cara em uma sociedade na qual os 10% mais ricos detêm 44% dos recursos do país e os 10% mais pobres, apenas 0,6%, segundo a ONU.

Metade da população angolana não tem acesso a água própria para consumo e 90% vivem em moradias precárias.

Imagem
Crescimento econômico de Angola ainda não beneficia menos favorecidos.

Além disso, a guerra empurrou milhões de pessoas para as cidades, e localidades como Luanda, com cerca de 6 milhões de habitantes, sofrem com a superlotação das favelas e engarrafamentos intermináveis, para os quais a pouca infraestrura se mostra inadequada.

"A base econômica deve ser alargada. Deve-se criar uma economia mais popular, entre aspas, mais social de mercado, com uma grande componente social, com uma base alargada de participação das pessoas", recomenda o economista Justino Pinto de Andrade, um dos economistas mais respeitados do país.

Para o economista, o calcanhar de Aquiles da economia angolana é o que ele chama de falta de “democracia econômica”, fruto, por sua vez, da falha na democracia política do país.

"Quando o governo pensou na 'angolanização' da economia, ou seja, em criar grupos econômicos fortes em Angola, em vez de se pensar nos angolanos como um povo, passou a pensar-se nos angolanos com uma bandeira partidária e toda a atenção foi dadas aos angolanos vinculados ao partido no poder", diz.

Em Angola, a crítica é ao MPLA, partido que domina a cena política há três décadas. Porém, a comparação, para o economista, se mantém com outros países africanos, que deixaram para trás históricos de conflito, mas ainda exibem credenciais democráticas duvidáveis.

Para Justino Pinto de Andrade, a postura brasileira – e da comunidade internacional – pode ajudar a fortalecer um sistema sem sustentabilidade política no futuro.

"O processo político está a ser desenvolvido como se estivesse dentro de uma panela de pressão. No futuro, as transformações que podiam ser democráticas, pacíficas, frutos do desenvolvimento, poderão a certa altura evoluir para transformações violentas, fruto do modo como as forças sociais e políticas estão pressionadas dentro de uma panela de pressão", diagnostica.

Fonte BBC Brasil, veja o vídeo no link deles:

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_pu.shtml




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Imagem http://francoorp.blogspot.com/
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Re: GEOPOLÍTICA

#2710 Mensagem por Marino » Qui Set 09, 2010 10:39 am

Descoberta jazida de potássio na Bacia Amazônica
Potássio do Brasil encontra mina na região que já foi explorada pela Petrobrás na década de 70;
empresa deve fazer aporte de US$ 2,5 bilhões por cinco anos
Nicola Pamplona e Fabíola Gomes - O Estado de S.Paulo
A Potássio do Brasil anunciou ontem a descoberta de uma jazida de potássio na Bacia do
Amazonas. Trata-se da primeira descoberta na região em cerca de 30 anos, após o abandono, pela
Petrobrás, dos trabalhos exploratórios nas jazidas de Fazendinha e Arari.
Segundo o diretor executivo da Potássio do Brasil, Hélio Diniz, a empresa espera ter uma
definição sobre o potencial da região até dezembro.
Em comunicado, a Potássio do Brasil informou que seu primeiro poço no Amazonas encontrou
um intervalo de 1,86 metro de espessura, com teor médio de cloreto de potássio de 32,59%. "Estamos
bastante animados com o fato deste furo de sondagem ter apresentado teores mais elevados do que
quaisquer dos 16 furos realizados anteriormente pela Petrobrás", comentou Diniz. As jazidas da estatal
têm reservas estimadas em 500 milhões de toneladas.
A Petrobrás encontrou o potássio na região na década de 70, quando buscava petróleo, mas
ainda não decidiu o que vai fazer com sua jazida. Recentemente, a empresa anunciou a contratação de
um estudo técnico para avaliar o potencial comercial das reservas. O assunto ganhou força em 2008,
diante do aumento dos preços dos fertilizantes no mercado internacional.
O Brasil consome pouco mais de 4 milhões de toneladas de potássio por ano. Cerca de 90%
desse total é importado, sobretudo do Canadá e da Rússia.
As jazidas de potássio da Amazônia ficam na região do encontro dos Rios Madeira e Amazonas,
nos municípios de Autazes e Nova Olinda do Norte. A Potássio do Brasil está perfurando dois poços na
região e, após a descoberta, decidiu contratar uma terceira sonda, que deve chegar em outubro, para
acelerar os trabalhos exploratórios.
Diniz afirmou que, após a definição da reserva, com potencial de produção, a companhia iniciará
o estudo de viabilidade técnico-econômica, que indicará como será o processo de retirada do minério, o
custo de produção e a taxa de retorno do investimento. "O estudo leva em média um ano e vai
demonstrar se o projeto é viável."
Após a confirmação do potencial produtivo, a empresa deve fazer aporte de mais US$ 2,5 bilhões
por cinco anos para montar a infraestrutura da mina, incluindo equipamentos, construção do poço e da
unidade de beneficiamento do minério, custo estimado para a produção anual de até 2 milhões de
toneladas, segundo previsão inicial da companhia. O cronograma indica que o produto só entrará no
mercado nacional a partir de 2016.
POTÁSSIO
4 milhões/ton são consumidas por ano no Brasil
90% desse total é importado




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Re: GEOPOLÍTICA

#2711 Mensagem por Marino » Qui Set 09, 2010 7:47 pm

Las altas teconolgías en América Latina PDF Imprimir E-Mail
Ago-04-10 - por Rosendo Fraga

Un trabajo de investigación del CSIS (Center for Strategic & International Studies) con sede en Washington, plantea el alcance y la significación que están teniendo los programas espaciales en América Latina.

De acuerdo al estudio, entre 1985, cuando Brasil puso en órbita su primer satélite, el BRAZILSAT 1, y fines de 2008 fueron colocados en el espacio 33 satélites por países latinoamericanos. Brasil lleva el liderazgo con 14 -dos de ellos con China-, sigue Argentina con 9 -uno de ellos con EEUU y poniendo en órbita el primero en 1990-; México colocó 7 -el primero de ellos en 1985, tres meses mas tarde que el primero brasileño-; y Chile en 1998, Colombia en 2007 y Venezuela en 2008 se sumaron con un satélite cada uno.

El estudio del CISS consigna que entre 2009 y 2010 se han puesto en órbita varios satélites más en la región y señala que, a partir de 1990, estos programas fueron pasando del control militar al civil; también destaca que este tipo de emprendimientos permite adquirir un mejor status internacional para los países y propicia que EEUU avance en más proyectos binacionales con países latinoamericanos, especialmente con Brasil, al que considera un poder creciente en el escenario internacional.

Dos de los satélites brasileños han sido proyectos conjuntos con China, al igual que dos de los argentinos lo han sido con EEUU.

En cuanto a la Argentina, en agosto se ha conocido que en tres años tendría su propio lanzador espacial. Es un proyecto de la Comisión Nacional de Actividades Espaciales (CONAE), que creó para el mismo la empresa VENG. La base del lanzador estaría en Puerto Belgrano y podría colocar satélites de entre 250 y 400 kilos por debajo de la orbita LEO, entre los 200 y los 1200 kilómetros. Solo seis países del mundo pueden poner satélites en orbita por medios propios: Japón, China, India, EEUU, Rusia -en cooperación con Ucrania- y Francia, en el marco de un acuerdo con la Unión Europea.

Al mismo tiempo, la cuestión nuclear está tomando una nueva dimensión en la región. El proyecto de Brasil de contar con tres submarinos a propulsión nuclear en servicio en la próxima década, ha puesto en evidencia su vocación de constituirse en potencia global, como su pertenencia al llamado grupo BRIC (que integra con Rusia, India y China) le permite.

El tema nuclear siempre es muy sensible y en la última semana de junio, el físico nuclear y ex Rector de la Universidad de Sao Pablo, José Goldemberg, acusó a sectores de la administración Lula, supuestamente encabezados por el Vicepresidente José Alencar, de impulsar la construcción de la bomba atómica. :evil: :evil: :evil:

Pero Argentina, al mismo tiempo, ha dado pasos en este sentido. Es así como el 31 de agosto, en la página web del Ministerio de Defensa, fueron publicadas al respecto afirmaciones de la ministra Nilda Garre, en una reunión con alumnos de la Universidad Di Tella. Respecto al tema nuclear sostuvo que Argentina está en plenas condiciones de aplicar este desarrollo para la defensa porque cumplimos rigurosamente todas las normas en contra de la proliferación nuclear. Respecto al uso de motores a propulsión nuclear que puedan ser usados en barcos y submarinos, dijo que se consultó a la autoridad regulatoria nuclear, a la Comisión Nacional de Energía Atómica y a la Cancillería, quienes estuvieron en pleno acuerdo en que se trabaje en este sentido. Agregó también que dicha Comisión ha formado un cuerpo de trabajo con el Ministerio de Defensa para comenzar a diseñar este emprendimiento.

Se trata de una decisión central para la política de Defensa, que implica el uso de la energía nuclear en el marco de ella y que ya fue anticipada meses atrás, aunque no confirmada oficialmente hasta ahora.

Ello sucede al mismo tiempo que, al conmemorarse este año el 60 aniversario de la creación de la Comisión Nacional de Energía Atómica, se ha revalorizado su importancia para la Argentina en los medios académicos y científicos, anunciándose la finalización de la puesta en marcha de la nueva central núcleo-eléctrica Atucha II, la construcción del prototipo Carem 25 y el nuevo proyecto para prolongar la vida útil de la central nuclear de Embalse.

La Argentina se encuentra a la cabeza de la tecnología nuclear en América Latina, exportando reactores no solo a Argelia, sino también a Australia, que tiene acceso a las tecnologías del mundo desarrollado. Esta capacidad, junto con el proyecto de contar con un lanzador de satélites propios, consolida la posición del país en el ámbito de las altas tecnologías.
Pero el acuerdo firmado entre Brasil y Argentina un mes atrás para la cooperación en la construcción de dos reactores nucleares para uso naval, además de confirmar que la energía nuclear utilizada en el ámbito de la defensa lo es solo con fines de propulsión, pone también en evidencia que los proyectos de ambos países para usar esta tecnología en el ámbito de la defensa no son un ámbito de competencia sino de convergencia.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2712 Mensagem por prp » Qui Set 09, 2010 8:25 pm

El físico nuclear y ex Rector de la Universidad de Sao Pablo, José Goldemberg, és uno IMBECIL.




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Boss
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Re: GEOPOLÍTICA

#2713 Mensagem por Boss » Qui Set 09, 2010 9:10 pm

No caso de guerra, mandamos um avião jogar o Goldemberg na capital do adversário. Deve ter mais eficiência que uma bomba atômica.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2714 Mensagem por Marino » Sex Set 10, 2010 10:12 am

Alguém consegue o artigo?

Global

A "Economist" postou ontem "Para que serve o Exército do Brasil?", criticando o que ouviu no país _que a força vai proteger Copa e Olimpíada. Afirma que "deveria" priorizar missões de paz, como já faz no Haiti e no Congo. "Mas essas são impopulares em casa." Por outro lado, ontem o "China Daily" destacou a visita que o ministro chinês da Defesa fez ao Brasil.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2715 Mensagem por marcelo l. » Sex Set 10, 2010 10:34 am

Esse aqui?

http://www.economist.com/blogs/americas ... s_military

SPEND any time in Brazil and you will get used to hearing the impending football World Cup (in 2014) and Olympics (in 2016) used as justification for all manner of boondoggles. Depending on who is speaking, these events will fix Brazil's infrastructure deficit, solve Rio de Janeiro's gang problems and mark the country's arrival on the world stage (we might not have a seat on the Security Council, but check out our velodrome!).

This tendency was on show at a meeting at the International Institute for Strategic Studies in London this morning, where Lieutenant General Gérson Menandro Garcia de Freitas, who is Deputy Chief of the Army General Staff, was attempting to answer a question that has defeated better minds than mine: what is Brazil's army for? One if its strategic purposes over the next few years, Mr Gerson said, was to guard the country during these two sporting events.

From whom? The army is clear that it is not a police force, so the general did not mean that it would be guarding against terrorism or backing up military police in subduing Rio's three main drug factions. Does the army think the Americans will pull out of Afghanistan, sneak into Brazil while the nation is tuned in to the World Cup final and annex the Amazon? Might Hugo Chávez, Brazil's close friend and ally, invade Roraima while the women's beach volleyball is in full swing?

Despite this alarming new threat, the army's "strategic priority" in the coming years will be the Amazon. The number of border posts where troops will be stationed will be increased, and still more soldiers will be trained in the art of jungle warfare. Again, this is bizarre. Brazil has not fought over any bits of the Amazon since the scrap with Bolivia over Acre 107 years ago. It is at peace with its seven neighbours in the Amazon, and has been for a long time.

Strangely, this is an area where some politicians on the left and the military are in perfect agreement. Roberto Mangabeira Unger, the minister who oversaw last year's National Defence Strategy, shared the military's interest in using the army for nation-building in the jungle. He also encouraged conscription as a way to break down class divides in Brazil. Such thinking is in tune with the way the military has long thought of itself—a worldview that has led to trouble in the past.

One might expect politicians on Brazil's left to be keen to focus the military's ambition more narrowly: many of them, after all, suffered at the hands of an army with a bad case of mission creep. Instead they seem to encourage it. So Dilma Rousseff, the front-runner in the presidential election—who was tortured by the military regime that ran Brazil from 1964-1985—talks about the need for a nuclear-powered submarine to defend the "blue Amazon" off Brazil's shores from foreign pirates intent on seizing the pre-sal oil fields.

Meanwhile, Brazil's army is busy carrying out real, important, peacekeeping missions in difficult places like Haiti and Congo. This should be what it is for. Only these missions are unpopular back home and seem to have a low priority even within the military.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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