NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Moderador: Conselho de Moderação
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Eu ainda acho que deveriamos depois de serto tempo quando tivermos que desativar os convencionais, que eles fossem substituidos por nucleares somente.
O ganho seria melhor em todos os sentidos.
O ganho seria melhor em todos os sentidos.
- Sterrius
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Eu ainda acho que deveriamos depois de serto tempo quando tivermos que desativar os convencionais, que eles fossem substituidos por nucleares somente.
O ganho seria melhor em todos os sentidos.
Se o Brasil tive-se uma historia ofensiva eu até concordaria. Mas devido ao custo menor do submarino convencional aliado a seu ruido menor e a uma doutrina defensiva uma mistura dos 2 ao meu ver continua sendo a opção mais adequada.
Apesar dos subs convencionais terem uma area limitada de atuação seus numeros superiores e ruido menor são melhores para determinados tipos de missões. Missões que os subs nucleares nao teriam que fazer se houver alguem para substitui-los. (podendo então deslocar todos os subs nucleares para missões +agressivas).
Obviamente isso so é possivel pq a diferença de preço e manutenção dos subs nucleares em relação aos convencionais é muito grande.
- Andre Correa
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
só uma pergunta, nossos submarinos nucleares vão ser capazes de disparar algum tipo de míssil? Caso venha-se a desenvolver ou comprar algum míssil de cruzeiro, será possível adaptar ou ele já está a ser construído para tal?
Audaces Fortuna Iuvat
- Marino
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Os scorpene e os ssn lançarão mísseis tipo SM-39.
Isto já foi definido desde o projeto.
Quanto a mísseis de cruzeiro, se eu fosse o responsável pela decisão...
Isto já foi definido desde o projeto.
Quanto a mísseis de cruzeiro, se eu fosse o responsável pela decisão...
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
ciclope escreveu:Eu ainda acho que deveriamos depois de serto tempo quando tivermos que desativar os convencionais, que eles fossem substituidos por nucleares somente.
O ganho seria melhor em todos os sentidos.
Lord Nauta
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Será?Lord Nauta escreveu:ciclope escreveu:Eu ainda acho que deveriamos depois de serto tempo quando tivermos que desativar os convencionais, que eles fossem substituidos por nucleares somente.
O ganho seria melhor em todos os sentidos.
Lord Nauta
Eu manteria os dois na ativa.
Abraços,
Wesley
"A medida que a complexidade aumenta, as declarações precisas perdem relevância e as declarações relevantes perdem precisão." Lofti Zadeh
- LeandroGCard
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Haveria perda em furtividade, principalmente em águas mais rasas próximas ao litoral.ciclope escreveu:Eu ainda acho que deveriamos depois de serto tempo quando tivermos que desativar os convencionais, que eles fossem substituidos por nucleares somente.
O ganho seria melhor em todos os sentidos.
Uma das principais funções dos sub's no caso brasileiro seria justamente proteger as cidades litorâneas e portos contra incursões de sub's inimigos capazes de atacar com mísseis de cruzeiro, ou que tentassem bloquear a saída de nossos portos. Neste caso nossos subs estariam operando a relativamente pouca distância de suas bases (digamos até uns 1000 Km), em águas por vezes com apenas umas poucas dezenas de metros de profundidade. Cada patrulha poderia durar de uns poucos dias até uma semana (seria o que parte dos sub's argentinos deveria ter feito na guerra das Malvinas, se estivessem disponíveis. A falta deles imobilizou a marinha argentina em seus portos após o afundamento do cruzador Belgrano).
Um sub nuclear não teria nenhuma vantagem neste tipo de operação, muito pelo contrário, seu tamanho e assinatura acústica o tornariam mais fácil de detectar.
Outro cenário similar seria a patrulha no entorno dos campos petrolíferos, em proteção às plataformas. Na verdade, na proteção de qualquer fonto fixo, seja alvo potencial ou área obrigatória de passagem do inimigo, os subs convencionais levam vantagem a maior parte do tempo, ficando em desvantagem apenas nas poucas horas que tem usar para recarregar as baterias. Mas há formas de garantir sua proteção nestes momentos, principalmente se os subs não estiverem operando sozinhos mas com unidades de superfície ou em grupo. Por isso o número de unidades é importante, e a possibilidade de manter uma frota maior com os convencionais (devido ao seu custo muito menor) faz muita diferença.
A vantagem dos subs nucleares está em poder operar em regiões distantes de nosso litoral, se necessário levando a guerra até os portos inimigos, e na sua capacidade de perseguir e interceptar frotas inimigas em mar aberto, mantendo-as sempre na defensiva. Mas não serão necessários muitos sub's para estas tarefas, pois a simples existência de um submarino que pode estar em qualquer lugar e não se sabe onde já possui a capacidade de tolher a liberdade do inimigo, ou mesmo de dissuadí-lo de iniciar a guerra.
Leandro G. Card
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Leandro, segundo relatos de um submarinista americano, tripulante de SSN, realmente os SSKs são mais furtivos, mas mesmo os SSNs não seriam detectados.
Acho que é algo como a chance de se achar um SSN é de 0,002%, e a de se achar um SSK é de 0,001%.
A vantagem do SSN é que nós atacaríamos os subs deles lá na saída do porto deles e durante toda a jornada até aqui.
Pelo menos é assim que eu vejo.
Acho que é algo como a chance de se achar um SSN é de 0,002%, e a de se achar um SSK é de 0,001%.
A vantagem do SSN é que nós atacaríamos os subs deles lá na saída do porto deles e durante toda a jornada até aqui.
Pelo menos é assim que eu vejo.
- Marino
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Usina nuclear para submarino avança em SP
MAURÍCIO GODOI
IPERÓ - Em uma estrada vicinal, a 130 quilômetros de São Paulo, seguem
em ritmo acelerado as obras da terceira usina nuclear brasileira,
programada para 2014.Essa central, que está em desenvolvimento pela
Marinha do Brasil no Centro Experimental de Aramar (CEA), Município de
Iperó (SP), faz parte do seu programa nuclear, cujo objetivo é
desenvolver o sistema de propulsão do primeiro submarino nuclear
brasileiro, previsto para 2020.
Enquanto isso, o Ministério Público Federal discute com a
Eletronuclear e com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a
paralisação das obras de Angra 3 (prevista para 2015).
A central de Iperó é uma miniusina que terá como função simular o
funcionamento, em escala real, do reator que equipará esse "vetor de
patrulhamento", conforme classifica o coordenador do Programa
Propulsão Nuclear, comandante André Luís Ferreira Marques.
A etapa da construção civil das 11 edificações que em 2014 irão compor
a central termonuclear começa a tomar forma. O prédio central, que
abrigará este reator, já está em fase avançada e, em paralelo, os
operários trabalham nas fundações dos demais edifícios que devem
suportar, segundo explicou o coordenador, do impacto de pequenas
aeronaves a tempestades mais severas, como tornados, fenômenos estes
não muito raros no interior do Estado de São Paulo.
É uma verdadeira usina que poderia ser chamada de Iperó-1, ou, como
preferiu referir-se Ferreira Marques, "Eu diria a você Brasil-Marinha-
Iperó-1".
A construção desta central nuclear se deu pela necessidade de realizar
testes intensivos no reator que equipará o futuro submarino que, de
acordo com o capitão, é uma verdadeira usina que se desloca. Inclusive
o coração dessa usina utiliza a mesma tecnologia empregada nas
centrais termonucleares de Angra, a PWR, com água pressurizada para
geração de energia.
Início
Esse projeto começou na década de 1970, em São José dos Campos (SP). A
meta de desenvolver um projeto de propulsão movido a energia nuclear
pela Marinha se deu em função da inexistência de uma indústria
nacional que detivesse a tecnologia para o seu desenvolvimento.
"Naquela época, havia necessidade de criar toda uma infraestrutura que
não existia no Brasil, por isso a Marinha teve de se envolver em
pesquisas para sua aplicação na defesa da soberania nas águas
nacionais", explicou o oficial, que é capitão-de-mar-e-guerra. Com
esse objetivo em foco, uma área de oito milhões de metros quadrados
(pertencente à Fazenda Ipanema), localizada no limite da pequena
cidade, próxima de Sorocaba, foi a escolhida para receber o centro da
Marinha. Ferreira Marques enumerou diversas vantagens que levaram à
escolha
. A Marinha já estava atrás de uma área que reunisse as condições
encontradas aqui, entre elas a que disponibilizasse uma linha de
transmissão - e neste local passa justamente a linha da usina
hidroelétrica de Itaipu, que corta o terreno do Centro.
"Precisamos de abastecimento de um grande volume de energia para as
atividades de Aramar, não somente para receber essa energia, mas para
realizar o escoamento da produção do reator", comentou ele. Além
disso, destacou a característica inóspita da área, a proximidade aos
maiores centros urbanos do País e o isolamento obtido para contornar
qualquer incidente ou emergência, seja de caráter físico ou nuclear,
que possa ocorrer.
Abastecimento
A fase mais adiantada de implantação é a de conversão do concentrado
de urânio (yellow cake) em hexafluoreto de urânio (UF6), atividade que
é realizada no Canadá no caso de atendimento das centrais nucleares de
Angra dos Reis. As ultracentífugas que realizam o enriquecimento do
urânio e os equipamentos para sua conversão em pastilhas já estão em
operação.
"Um dos desafios para a operação do submarino é o fornecimento de
combustível, pois ninguém vai vender esse produto, já que a meta é
aplicação em defesa; há uma restrição das outras nações em fazer a
venda. Encaramos o fato como uma medida natural. Por questão de
soberania, uma nação não contribui com a defesa da outra", explicou.
Aramar está a poucos meses de iniciar esse processo de conversão do
concentrado de urânio para UF6. A previsão é de a Usexa, unidade
responsável pela atividade, operar em 2011. Ferreira Marques não
indicou uma data específica de inauguração. Atualmente, a unidade, que
pode ser vista da rodovia que dá acesso ao complexo da Marinha, passa
por testes nos sistemas de segurança.
Quando entrar em operação, o CEA terá capacidade instalada de 40
toneladas de UF6 por ano e atenderá todas as necessidades da Marinha.
O excedente ainda será insuficiente para atender as usinas de Angra
dos Reis. Segundo o capitão, essa demanda será suprida pela Indústrias
Nucleares do Brasil (INB), que construirá com o auxílio da própria
Marinha, uma planta cerca de 30 vezes maior que a de Aramar.
"Atendemos prioritariamente o nosso programa nuclear e, de forma
secundária, a matriz energética nacional. Aqui é apenas o catalisador
da pesquisa que é utilizado para evitarmos erros e aplicarmos esse
conhecimento em escalas maiores com total segurança", acrescentou.
Mesmo com a proximidade das operações para as quais foi projetado,
Ferreira Marques afirma que Aramar nunca será finalizado. "Sempre
teremos um projeto novo para pesquisa e isso impede que possamos
afirmar que o CEA está terminado."
A 130 quilômetros da cidade de São Paulo, seguem em ritmo acelerado as
obras da terceira usina nuclear brasileira, programada para começar a
operar em 2014. Essa central, que está em desenvolvimento pela Marinha
no Centro Experimental de Aramar (CEA), no município paulista de
Iperó, faz parte do seu programa nuclear, cujo objetivo é desenvolver
o sistema de propulsão do primeiro submarino nuclear nacional,
previsto para 2020.
A central é uma miniusina que terá como função simular o
funcionamento, em escala real, do reator que equipará esse "vetor de
patrulhamento", conforme classifica o coordenador do Programa
Propulsão Nuclear, comandante André Luís Ferreira Marques.
A fase mais adiantada de implantação é a de conversão do concentrado
de urânio (yellow cake) em hexafluoreto de urânio (UF6), atividade que
é realizada no Canadá para atender as centrais nucleares de Angra dos
Reis. As ultracentrífugas que realizam o enriquecimento do urânio e os
equipamentos para sua conversão em pastilhas já estão em operação.
Aramar está a poucos meses de iniciar esse processo de conversão do
concentrado de urânio para UF6. A previsão é de a Usexa, unidade
responsável pela atividade, operar em 2011. Atualmente, a unidade
passa por testes nos sistemas de segurança.
Quando entrar em operação, o CEA terá capacidade instalada de 40
toneladas de UF6 por ano e atenderá a todas as necessidades da
Marinha. O excedente ainda será insuficiente para atender as usinas de
Angra dos Reis.
Segundo o capitão, essa demanda será suprida pela Indústrias Nucleares
do Brasil (INB), que com o auxílio da Marinha construirá uma planta
cerca de 30 vezes maior que a de Aramar. "Atendemos prioritariamente o
nosso programa nuclear e, de forma secundária, a matriz energética
brasileira. Aqui é apenas o catalisador da pesquisa, que é utilizado
para evitar erros e aplicar esse conhecimento em escalas maiores com
total segurança", acrescentou. Mesmo com a proximidade do início da
operação, Marques afirma que Aramar sempre terá um projeto novo.
Na sexta-feira, a Eletronuclear informou que a Usina Angra 1 teve de
ser desligada. A empresa garantiu que os equipamentos que apresentaram
problema não têm contato com a área onde está a radioatividade.
MAURÍCIO GODOI
IPERÓ - Em uma estrada vicinal, a 130 quilômetros de São Paulo, seguem
em ritmo acelerado as obras da terceira usina nuclear brasileira,
programada para 2014.Essa central, que está em desenvolvimento pela
Marinha do Brasil no Centro Experimental de Aramar (CEA), Município de
Iperó (SP), faz parte do seu programa nuclear, cujo objetivo é
desenvolver o sistema de propulsão do primeiro submarino nuclear
brasileiro, previsto para 2020.
Enquanto isso, o Ministério Público Federal discute com a
Eletronuclear e com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a
paralisação das obras de Angra 3 (prevista para 2015).
A central de Iperó é uma miniusina que terá como função simular o
funcionamento, em escala real, do reator que equipará esse "vetor de
patrulhamento", conforme classifica o coordenador do Programa
Propulsão Nuclear, comandante André Luís Ferreira Marques.
A etapa da construção civil das 11 edificações que em 2014 irão compor
a central termonuclear começa a tomar forma. O prédio central, que
abrigará este reator, já está em fase avançada e, em paralelo, os
operários trabalham nas fundações dos demais edifícios que devem
suportar, segundo explicou o coordenador, do impacto de pequenas
aeronaves a tempestades mais severas, como tornados, fenômenos estes
não muito raros no interior do Estado de São Paulo.
É uma verdadeira usina que poderia ser chamada de Iperó-1, ou, como
preferiu referir-se Ferreira Marques, "Eu diria a você Brasil-Marinha-
Iperó-1".
A construção desta central nuclear se deu pela necessidade de realizar
testes intensivos no reator que equipará o futuro submarino que, de
acordo com o capitão, é uma verdadeira usina que se desloca. Inclusive
o coração dessa usina utiliza a mesma tecnologia empregada nas
centrais termonucleares de Angra, a PWR, com água pressurizada para
geração de energia.
Início
Esse projeto começou na década de 1970, em São José dos Campos (SP). A
meta de desenvolver um projeto de propulsão movido a energia nuclear
pela Marinha se deu em função da inexistência de uma indústria
nacional que detivesse a tecnologia para o seu desenvolvimento.
"Naquela época, havia necessidade de criar toda uma infraestrutura que
não existia no Brasil, por isso a Marinha teve de se envolver em
pesquisas para sua aplicação na defesa da soberania nas águas
nacionais", explicou o oficial, que é capitão-de-mar-e-guerra. Com
esse objetivo em foco, uma área de oito milhões de metros quadrados
(pertencente à Fazenda Ipanema), localizada no limite da pequena
cidade, próxima de Sorocaba, foi a escolhida para receber o centro da
Marinha. Ferreira Marques enumerou diversas vantagens que levaram à
escolha
. A Marinha já estava atrás de uma área que reunisse as condições
encontradas aqui, entre elas a que disponibilizasse uma linha de
transmissão - e neste local passa justamente a linha da usina
hidroelétrica de Itaipu, que corta o terreno do Centro.
"Precisamos de abastecimento de um grande volume de energia para as
atividades de Aramar, não somente para receber essa energia, mas para
realizar o escoamento da produção do reator", comentou ele. Além
disso, destacou a característica inóspita da área, a proximidade aos
maiores centros urbanos do País e o isolamento obtido para contornar
qualquer incidente ou emergência, seja de caráter físico ou nuclear,
que possa ocorrer.
Abastecimento
A fase mais adiantada de implantação é a de conversão do concentrado
de urânio (yellow cake) em hexafluoreto de urânio (UF6), atividade que
é realizada no Canadá no caso de atendimento das centrais nucleares de
Angra dos Reis. As ultracentífugas que realizam o enriquecimento do
urânio e os equipamentos para sua conversão em pastilhas já estão em
operação.
"Um dos desafios para a operação do submarino é o fornecimento de
combustível, pois ninguém vai vender esse produto, já que a meta é
aplicação em defesa; há uma restrição das outras nações em fazer a
venda. Encaramos o fato como uma medida natural. Por questão de
soberania, uma nação não contribui com a defesa da outra", explicou.
Aramar está a poucos meses de iniciar esse processo de conversão do
concentrado de urânio para UF6. A previsão é de a Usexa, unidade
responsável pela atividade, operar em 2011. Ferreira Marques não
indicou uma data específica de inauguração. Atualmente, a unidade, que
pode ser vista da rodovia que dá acesso ao complexo da Marinha, passa
por testes nos sistemas de segurança.
Quando entrar em operação, o CEA terá capacidade instalada de 40
toneladas de UF6 por ano e atenderá todas as necessidades da Marinha.
O excedente ainda será insuficiente para atender as usinas de Angra
dos Reis. Segundo o capitão, essa demanda será suprida pela Indústrias
Nucleares do Brasil (INB), que construirá com o auxílio da própria
Marinha, uma planta cerca de 30 vezes maior que a de Aramar.
"Atendemos prioritariamente o nosso programa nuclear e, de forma
secundária, a matriz energética nacional. Aqui é apenas o catalisador
da pesquisa que é utilizado para evitarmos erros e aplicarmos esse
conhecimento em escalas maiores com total segurança", acrescentou.
Mesmo com a proximidade das operações para as quais foi projetado,
Ferreira Marques afirma que Aramar nunca será finalizado. "Sempre
teremos um projeto novo para pesquisa e isso impede que possamos
afirmar que o CEA está terminado."
A 130 quilômetros da cidade de São Paulo, seguem em ritmo acelerado as
obras da terceira usina nuclear brasileira, programada para começar a
operar em 2014. Essa central, que está em desenvolvimento pela Marinha
no Centro Experimental de Aramar (CEA), no município paulista de
Iperó, faz parte do seu programa nuclear, cujo objetivo é desenvolver
o sistema de propulsão do primeiro submarino nuclear nacional,
previsto para 2020.
A central é uma miniusina que terá como função simular o
funcionamento, em escala real, do reator que equipará esse "vetor de
patrulhamento", conforme classifica o coordenador do Programa
Propulsão Nuclear, comandante André Luís Ferreira Marques.
A fase mais adiantada de implantação é a de conversão do concentrado
de urânio (yellow cake) em hexafluoreto de urânio (UF6), atividade que
é realizada no Canadá para atender as centrais nucleares de Angra dos
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equipamentos para sua conversão em pastilhas já estão em operação.
Aramar está a poucos meses de iniciar esse processo de conversão do
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Marinha. O excedente ainda será insuficiente para atender as usinas de
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Segundo o capitão, essa demanda será suprida pela Indústrias Nucleares
do Brasil (INB), que com o auxílio da Marinha construirá uma planta
cerca de 30 vezes maior que a de Aramar. "Atendemos prioritariamente o
nosso programa nuclear e, de forma secundária, a matriz energética
brasileira. Aqui é apenas o catalisador da pesquisa, que é utilizado
para evitar erros e aplicar esse conhecimento em escalas maiores com
total segurança", acrescentou. Mesmo com a proximidade do início da
operação, Marques afirma que Aramar sempre terá um projeto novo.
Na sexta-feira, a Eletronuclear informou que a Usina Angra 1 teve de
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Barão do Rio Branco
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Imagine o duelo entre SSN's inimigos e nossos SSK's, os nucleares tentando bloquear nossa marinha nos portos e os SSK's tentando impedí-los. As proporções que você colocou dão duas vezes mais chance de um dos nossos SSK encontrar um dos SSN inimigos antes de ser encontrado. Custando muito menos!Carlos Mathias escreveu:Leandro, segundo relatos de um submarinista americano, tripulante de SSN, realmente os SSKs são mais furtivos, mas mesmo os SSNs não seriam detectados.
Acho que é algo como a chance de se achar um SSN é de 0,002%, e a de se achar um SSK é de 0,001%.
A MB, ao contrário da FAB e do EB, vê naturalmente como seus principais inimigos potenciais as marinhas principais, que possuem SSN's que poderiam ser enviados para nos negar o uso do nosso mar. A ameaça deles é maior que a de eventuais frotas de superfície que possam vir nos atacar em terra, e que podem em princípio ser enfrentadas por meios aéreos (e no futuro quem sabe por mísseis). E para manter SSN's inimigos longe de nossas costas, a melhor arma são exatamente os SSK's.
Para hostilizar frotas inimigas próximas ao nosso litoral eles são muito bons também, perdendo por pouco para os SSN's. Mas aí de fato a diferença já é pequena e a favor dos SSN's, só que os SSK's ainda tem uma relação custo-benefício melhor (por serem muito mais baratos).
Sim, exatamente, esta é a grande vantagem dos SSN's, não deixar o inimigo relaxar em parte alguma do globo (e não em nossas próprias águas territoriais, nestas eles seriam até um desperdício). Por isso uma frota só de SSN's não é a mais recomendável no nosso caso.A vantagem do SSN é que nós atacaríamos os subs deles lá na saída do porto deles e durante toda a jornada até aqui.
Pelo menos é assim que eu vejo.
Precisamos dos dois.
Leandro G. Card
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Leandro, esses números que coloquei são um chute meu, uma imagem, só alguma coisa prá se ter alguma noção de que a diferença não é abismal como se imagina, e que no final, ninguém vai achar ninguém.
Apesar de que nas Malvinas teve SSN escapando por pouco de SSK. Salvo pelo torpedo podre.
Apesar de que nas Malvinas teve SSN escapando por pouco de SSK. Salvo pelo torpedo podre.
- LeandroGCard
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Sei que era um chute, mas foi só para utilizar seu próprio exemplo.Carlos Mathias escreveu:Leandro, esses números que coloquei são um chute meu, uma imagem, só alguma coisa prá se ter alguma noção de que a diferença não é abismal como se imagina, e que no final, ninguém vai achar ninguém.
Na prática, se você simplesmente largar um sub de cada tipo com o oceano inteiro para navegar, realmente a chance maior é que ninguém encontre ninguém. No entanto, em caso de guerra (ou de simples crise) a coisa não seria bem assim, as áreas a proteger são bem definidas. Um SSN inimigo navegando lá no meio do Atlântico não nos importaria em nada (pelo menos enquanto não sofrermos ameaças de um ataque nuclear, mas aí já é outra história), não queremos é que ele se aproxime da cidade do Rio, ou de Santos, ou de Salvador.
Para a defesa destes pontos também seria complicado usar apenas 1 SSK, pois sub's em patrulha são lentos sejam eles convencionais ou nucleares, em velocidade o ruído emitido é facilmente detectável e ninguém patrulha a mais do que 10 nós, se chegar a tanto. O correto é montar uma "rede" com vários sub's cobrindo a área de patrulha e apoiando-se uns aos outros. Mas aí a quantidade fala mais alto que a qualidade, e novamente os SSK's levam vantagem por poderem ser construídos e mantidos em muito maior número por um dado custo.
Se você pensa em uma marinha com função prioritariamente defensiva como é o caso da nossa, fica muito difícil imaginar o uso apenas de submarinos nucleares. Os nucleares podem até ser úteis e bem-vindos pois são excelentes meios de dissuasão e dissuasão também é defesa, mas o grosso das operações defensivas reais seriam melhor efetuadas por sub's convencionais.
Pois é, imagine se a Marinha argentina soubesse manter sua frota de sub's em condições reais de combate (e aí novamnete o custo passa a ser muito importante). Mesmo sendo apenas convencionais eles poderiam ter vencido a guerra para los hermanos.Apesar de que nas Malvinas teve SSN escapando por pouco de SSK. Salvo pelo torpedo podre.
Leandro G. Card
Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Leandro, esse cara me contou que já houve vezes em que eles passaram por baixo de um PA americano, com escolta de Ticonderoga e ABs, sem serem detectados.
Emergiram ao lado do PA.
Disse que um certa vez, um tripulante de Ticonderoga esteve à bordo do SSN e viu o navio dele ser "enquadrado e afundado" diversas vezes, sem nunca ter achado o SSN.
O cara do Tico ficou traumatizado e disse que nem imaginava que era apenas um alvo flutuante.
Enfim, acho que a diferença entre SSNe SSK não tão grande assim, com o SSN podendo fazer praticamente tudo que o SSK, sendo que a recíproca não é verdadeira.
Mas realmente os SSKs são bem mais baratos e silenciosos.
Mas é aquilo, é algo como tentar acertar um cara com um fuzil de mira aberta a 1000m ou 1500m.
Emergiram ao lado do PA.
Disse que um certa vez, um tripulante de Ticonderoga esteve à bordo do SSN e viu o navio dele ser "enquadrado e afundado" diversas vezes, sem nunca ter achado o SSN.
O cara do Tico ficou traumatizado e disse que nem imaginava que era apenas um alvo flutuante.
Enfim, acho que a diferença entre SSNe SSK não tão grande assim, com o SSN podendo fazer praticamente tudo que o SSK, sendo que a recíproca não é verdadeira.
Mas realmente os SSKs são bem mais baratos e silenciosos.
Mas é aquilo, é algo como tentar acertar um cara com um fuzil de mira aberta a 1000m ou 1500m.
- LeandroGCard
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Você está insistindo em ver a luta entre o sub e uma FT de superfície, quando este seria apenas um dos cenários possíveis. Volto a dizer, imagine nossos sub's protegendo nossas águas contra sub's inimigos. Não foram os navios de superfície da RN que prenderam a marinha argentina no porto durante a guerra das Malvinas (mas os sub's argentinos puderam sair).Carlos Mathias escreveu: Enfim, acho que a diferença entre SSNe SSK não tão grande assim, com o SSN podendo fazer praticamente tudo que o SSK, sendo que a recíproca não é verdadeira.
Mas realmente os SSKs são bem mais baratos e silenciosos.
Mas é aquilo, é algo como tentar acertar um cara com um fuzil de mira aberta a 1000m ou 1500m.
Outro ponto, imagine um SSN de 6000 toneladas ou mais operando em locais com apenas 100 ou 200 metros de profundidade, e um SSK de 1500 ou menos na mesma situação. A MB não é uma marinha de imposição de poder como a USN ou mesmo a RN, é uma força de defesa. SSN's serão muito úteis, mas como a maioria das missões se darão próximas ao nosso próprio litoral os SSK's serão pelo menos tão bons quanto, e em algumas serão mesmo melhores. Não devemos abrir mão deles, e não é só por uma questão de custo.
Leandro G. Card
- varj
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Marino escreveu:Usina nuclear para submarino avança em SP
MAURÍCIO GODOI
IPERÓ - Em uma estrada vicinal, a 130 quilômetros de São Paulo, seguem
em ritmo acelerado as obras da terceira usina nuclear brasileira,
programada para 2014.Essa central, que está em desenvolvimento pela
Marinha do Brasil no Centro Experimental de Aramar (CEA), Município de
Iperó (SP), faz parte do seu programa nuclear, cujo objetivo é
desenvolver o sistema de propulsão do primeiro submarino nuclear
brasileiro, previsto para 2020.
Enquanto isso, o Ministério Público Federal discute com a
Eletronuclear e com a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) a
paralisação das obras de Angra 3 (prevista para 2015).
A central de Iperó é uma miniusina que terá como função simular o
funcionamento, em escala real, do reator que equipará esse "vetor de
patrulhamento", conforme classifica o coordenador do Programa
Propulsão Nuclear, comandante André Luís Ferreira Marques.
A etapa da construção civil das 11 edificações que em 2014 irão compor
a central termonuclear começa a tomar forma. O prédio central, que
abrigará este reator, já está em fase avançada e, em paralelo, os
operários trabalham nas fundações dos demais edifícios que devem
suportar, segundo explicou o coordenador, do impacto de pequenas
aeronaves a tempestades mais severas, como tornados, fenômenos estes
não muito raros no interior do Estado de São Paulo.
É uma verdadeira usina que poderia ser chamada de Iperó-1, ou, como
preferiu referir-se Ferreira Marques, "Eu diria a você Brasil-Marinha-
Iperó-1".
A construção desta central nuclear se deu pela necessidade de realizar
testes intensivos no reator que equipará o futuro submarino que, de
acordo com o capitão, é uma verdadeira usina que se desloca. Inclusive
o coração dessa usina utiliza a mesma tecnologia empregada nas
centrais termonucleares de Angra, a PWR, com água pressurizada para
geração de energia.
Início
Esse projeto começou na década de 1970, em São José dos Campos (SP). A
meta de desenvolver um projeto de propulsão movido a energia nuclear
pela Marinha se deu em função da inexistência de uma indústria
nacional que detivesse a tecnologia para o seu desenvolvimento.
"Naquela época, havia necessidade de criar toda uma infraestrutura que
não existia no Brasil, por isso a Marinha teve de se envolver em
pesquisas para sua aplicação na defesa da soberania nas águas
nacionais", explicou o oficial, que é capitão-de-mar-e-guerra. Com
esse objetivo em foco, uma área de oito milhões de metros quadrados
(pertencente à Fazenda Ipanema), localizada no limite da pequena
cidade, próxima de Sorocaba, foi a escolhida para receber o centro da
Marinha. Ferreira Marques enumerou diversas vantagens que levaram à
escolha
. A Marinha já estava atrás de uma área que reunisse as condições
encontradas aqui, entre elas a que disponibilizasse uma linha de
transmissão - e neste local passa justamente a linha da usina
hidroelétrica de Itaipu, que corta o terreno do Centro.
"Precisamos de abastecimento de um grande volume de energia para as
atividades de Aramar, não somente para receber essa energia, mas para
realizar o escoamento da produção do reator", comentou ele. Além
disso, destacou a característica inóspita da área, a proximidade aos
maiores centros urbanos do País e o isolamento obtido para contornar
qualquer incidente ou emergência, seja de caráter físico ou nuclear,
que possa ocorrer.
Abastecimento
A fase mais adiantada de implantação é a de conversão do concentrado
de urânio (yellow cake) em hexafluoreto de urânio (UF6), atividade que
é realizada no Canadá no caso de atendimento das centrais nucleares de
Angra dos Reis. As ultracentífugas que realizam o enriquecimento do
urânio e os equipamentos para sua conversão em pastilhas já estão em
operação.
"Um dos desafios para a operação do submarino é o fornecimento de
combustível, pois ninguém vai vender esse produto, já que a meta é
aplicação em defesa; há uma restrição das outras nações em fazer a
venda. Encaramos o fato como uma medida natural. Por questão de
soberania, uma nação não contribui com a defesa da outra", explicou.
Aramar está a poucos meses de iniciar esse processo de conversão do
concentrado de urânio para UF6. A previsão é de a Usexa, unidade
responsável pela atividade, operar em 2011. Ferreira Marques não
indicou uma data específica de inauguração. Atualmente, a unidade, que
pode ser vista da rodovia que dá acesso ao complexo da Marinha, passa
por testes nos sistemas de segurança.
Quando entrar em operação, o CEA terá capacidade instalada de 40
toneladas de UF6 por ano e atenderá todas as necessidades da Marinha.
O excedente ainda será insuficiente para atender as usinas de Angra
dos Reis. Segundo o capitão, essa demanda será suprida pela Indústrias
Nucleares do Brasil (INB), que construirá com o auxílio da própria
Marinha, uma planta cerca de 30 vezes maior que a de Aramar.
"Atendemos prioritariamente o nosso programa nuclear e, de forma
secundária, a matriz energética nacional. Aqui é apenas o catalisador
da pesquisa que é utilizado para evitarmos erros e aplicarmos esse
conhecimento em escalas maiores com total segurança", acrescentou.
Mesmo com a proximidade das operações para as quais foi projetado,
Ferreira Marques afirma que Aramar nunca será finalizado. "Sempre
teremos um projeto novo para pesquisa e isso impede que possamos
afirmar que o CEA está terminado."
A 130 quilômetros da cidade de São Paulo, seguem em ritmo acelerado as
obras da terceira usina nuclear brasileira, programada para começar a
operar em 2014. Essa central, que está em desenvolvimento pela Marinha
no Centro Experimental de Aramar (CEA), no município paulista de
Iperó, faz parte do seu programa nuclear, cujo objetivo é desenvolver
o sistema de propulsão do primeiro submarino nuclear nacional,
previsto para 2020.
A central é uma miniusina que terá como função simular o
funcionamento, em escala real, do reator que equipará esse "vetor de
patrulhamento", conforme classifica o coordenador do Programa
Propulsão Nuclear, comandante André Luís Ferreira Marques.
A fase mais adiantada de implantação é a de conversão do concentrado
de urânio (yellow cake) em hexafluoreto de urânio (UF6), atividade que
é realizada no Canadá para atender as centrais nucleares de Angra dos
Reis. As ultracentrífugas que realizam o enriquecimento do urânio e os
equipamentos para sua conversão em pastilhas já estão em operação.
Aramar está a poucos meses de iniciar esse processo de conversão do
concentrado de urânio para UF6. A previsão é de a Usexa, unidade
responsável pela atividade, operar em 2011. Atualmente, a unidade
passa por testes nos sistemas de segurança.
Quando entrar em operação, o CEA terá capacidade instalada de 40
toneladas de UF6 por ano e atenderá a todas as necessidades da
Marinha. O excedente ainda será insuficiente para atender as usinas de
Angra dos Reis.
Segundo o capitão, essa demanda será suprida pela Indústrias Nucleares
do Brasil (INB), que com o auxílio da Marinha construirá uma planta
cerca de 30 vezes maior que a de Aramar. "Atendemos prioritariamente o
nosso programa nuclear e, de forma secundária, a matriz energética
brasileira. Aqui é apenas o catalisador da pesquisa, que é utilizado
para evitar erros e aplicar esse conhecimento em escalas maiores com
total segurança", acrescentou. Mesmo com a proximidade do início da
operação, Marques afirma que Aramar sempre terá um projeto novo.
Na sexta-feira, a Eletronuclear informou que a Usina Angra 1 teve de
ser desligada. A empresa garantiu que os equipamentos que apresentaram
problema não têm contato com a área onde está a radioatividade.
Parabéns pelo texto Marino
Para mim é uma honra poder ver nosso desenvolvimento, alcançado a duras penas e com muito esforço.Ficaria feliz de um dia ver o povo Brasileiro entendendo, apoiando e vibrando com estes avanços.Que nossa imprensa para-se de fazer críticas infundadas e também honra-se este gigantesco passo tecnológico.