GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

Moderador: Conselho de Moderação

Mensagem
Autor
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2596 Mensagem por marcelo l. » Seg Ago 09, 2010 6:00 pm

Marino escreveu:Marcelo, este tema não é bem "geopolítico". :wink:
Marinho, eu pensei também o mesmo que você, mas se pensarmos que hoje as forças armadas americanas é que mantém boa parte dos interesses estratégicos deles...uma diminuição nos efetivos pode acarretar diminuição do poder americano no globo e o vácuo deixado será aproveitado por potências emergentes como China, India, Brasil, África do Sul etc.

Se pensarmos nos três déficit que o Niall Ferguson dizia existirem atualmente nos EUA:
um déficit econômico, um déficit de pessoal, e déficit de atenção.

O de pessoal se agrava em muito se diminuir as tropas., hoje mal já quase não aguentam as duas guerras e o trabalho de conter a China e a Rússia.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Carlos Mathias

Re: GEOPOLÍTICA

#2597 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Ago 09, 2010 7:26 pm

Em tese, a eleição de José Serra desanuviaria o ambiente mais rapidamente. O candidato tucano na condenou publicamente o abraço de Lula ao governo iraniano de Mahmoud Ahmadinejad.


Parece cachorro deitando na terra.
Rodou, rodou e acabou fechando o texto com propaganda política disfarçada de opinião. :x

Lula tinha experiência internacional? Não, e é respeitado por todos, menos pelos EUA que lhe aplicou uma rasteira. Uma não, várias, o Irã é uma delas.

FHC tinha todas as experiências possíveis, mas botou o Brazil de quatro com as calças arriadas e ainda ofereceu KY.
Que saudades esse povo tem dos tempos que tiravam os sapatos prá entrar nos EUA... :roll: :x




Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2598 Mensagem por Marino » Seg Ago 09, 2010 8:18 pm

marcelo l. escreveu:
Marino escreveu:Marcelo, este tema não é bem "geopolítico". :wink:
Marinho, eu pensei também o mesmo que você, mas se pensarmos que hoje as forças armadas americanas é que mantém boa parte dos interesses estratégicos deles...uma diminuição nos efetivos pode acarretar diminuição do poder americano no globo e o vácuo deixado será aproveitado por potências emergentes como China, India, Brasil, África do Sul etc.

Se pensarmos nos três déficit que o Niall Ferguson dizia existirem atualmente nos EUA:
um déficit econômico, um déficit de pessoal, e déficit de atenção.

O de pessoal se agrava em muito se diminuir as tropas., hoje mal já quase não aguentam as duas guerras e o trabalho de conter a China e a Rússia.
[009]




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Hezekiah
Intermediário
Intermediário
Mensagens: 202
Registrado em: Dom Mar 29, 2009 9:48 pm

Re: GEOPOLÍTICA

#2599 Mensagem por Hezekiah » Seg Ago 09, 2010 11:14 pm

Marino escreveu:Lula: Brasil tem obrigação de financiar obra no Paraguai

Hermano Freitas
Direto de São Paulo

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou na tarde desta segunda-feira, em São Paulo, que o País tem obrigação de financiar uma linha de transmissão entre a usina hidrelétrica de Itaipu e a capital do Paraguai, Assunção. Segundo o presidente, esta seria uma forma de convencer o povo paraguaio de que o acordo que possibilitou a construção da usina, na década de 1970, é justo.

"Como é que você vai convencer o povo (paraguaio) de que o acordo de Itaipu é justo? Conheço empresários (brasileiros) que dizem que assim que houver energia, vão montar uma fábrica no Paraguai."

Para uma plateia de empresários brasileiros e salvadorenhos, o presidente defendeu que o País invista nos países vizinhos e disse que quanto mais os sul-americanos crescerem, mais o próprio Brasil crescerá.

"Tem que haver um equilíbrio. Quanto maior é o país, maior sua responsabilidade", disse, com a presença do presidente de El Salvador Mauricio Funes, a quem teria chamado de "menino de boa qualidade", em uma reunião com Barack Obama.

Lula defendeu que a balança comercial entre o Brasil e El Salvador tenha maior vantagem para o país da América Central. Atualmente, o Brasil compra apenas US$ 5 milhões de El Salvador.
É nessas horas que penso :¨não teria sido melhor fazer a Usina em outro lugar do rio? Mesmo perdendo potência? Eternos mal agradecidos...




Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2600 Mensagem por Marino » Ter Ago 10, 2010 11:56 am

Zwela Angola Notícias
9/8/2010

Angola e Brasil querem explorar recursos minerais num corredor atlântico

A cooperação entre Angola e o Brasil na área da Defesa pode estender-se à exploração conjunta dos recursos naturais de um grande "corredor" entre as áreas de direito exclusivo, com imensas riquezas minerais, denominada de Área, disse à agência Lusa o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim.

Jobim, que falava após o encontro com o seu homólogo angolano, Cândido Van-Dúnem, e a ministra da Justiça angolana, Guilhermina Prata, no Distrito Naval no Rio de Janeiro, adiantou que o Brasil está a encabeçar uma discussão entre os países africanos do Atlântico Sul e os países sul-americanos do Atlântico (Brasil, Argentina e Uruguai) sobre a exploração dos recursos na Área.

A parte dos fundos marinhos internacionais estão sujeitos a concessões e o país concessionário que poderá explorar esses fundos vai precisar de um "apoio logístico da superfície". Segundo o ministro esse apoio logístico irá coincidir com as rotas marítimas do comércio entre Brasil e África. "Temos de ter uma posição comum desse tipo de assunto".

A chamada Área Internacional do Atlântico Sul e Equatorial é rica em manganês, ferro, níquel, cobre, cobalto, titânio, alumínio, e dispõe de uma imensa biodiversidade.

Na reunião foi também discutida possibilidade de o Brasil vir a contribuir para a construção de navios de patrulha oceânica para Angola.

Os representantes do Governo angolano permanecem até sexta-feira no Rio de Janeiro, cumprindo agenda de visita no Distrito Naval, para conhecerem as instalações da Marinha do Brasil e articular possibilidades de cooperações com as Forças Armadas.
OJE/Lusa




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
prp
Sênior
Sênior
Mensagens: 8784
Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
Localização: Montes Claros
Agradeceu: 110 vezes
Agradeceram: 404 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2601 Mensagem por prp » Ter Ago 10, 2010 7:02 pm

'Contrariado', Lula assina decreto que impõe sanções da ONU contra Irã
Brasil e Turquia votaram contra sanções no Conselho de Segurança.
Mas, segundo ministro, país 'tem tradição' de cumprir decisão internacional.

Nathalia Passarinho Do G1, em Brasília
imprimir
Presidente Lula e o vice-presidente José Alencar participam de reunião ministerial, em BrasíliaPresidente Lula e o vice-presidente José Alencar
participam de reunião ministerial, em Brasília (Foto:
Ricardo Stuckert / PR)

O ministro de Relações Exteriores, Celso Amorim, anunciou nesta terça-feira (10) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou um decreto que prevê a aplicação pelo Brasil das sanções contra o Irã aprovadas pelo Conselho de Segurança das Nações Unidas.

O Irã foi punido por causa de seu programa nuclear em uma decisão tomada pela maioria dos membros do conselho. Na ocasião, o Brasil e a Turquia foram os únicos países a votar contra as sanções.

Segundo Amorim, Lula assinou o documento “contrariado” porque o governo nunca apoiou a adoção de medidas de retaliação ao programa de enriquecimento de urânio do país comandado por Mahmoud Ahmadinejad. Com a assinatura do decreto, o Brasil passará adotar as restrições comerciais previstas ao Irã.
O presidente Lula assinou o decreto porque tem a tradição de cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança mesmo quando não concorde com elas, por ser fiel ao multilateralismo e por ser contra decisões unilaterais"
Ministro Celso Amorim, das Relações Exteriores

“O presidente Lula, como aliás havia sido dito desde o início que ocorreria, assinou o decreto internalizando a resolução 1929 do Conselho de Segurança, que é a resolução que expandiu as sanções contra o Irã”, disse o ministro.

Amorim explicou que o governo brasileiro aceitou a decisão porque “tem tradição” de cumprir decisões de organismos internacionais e defende o “multilateralismo”.

“O presidente Lula assinou o decreto porque tem a tradição de cumprir com as resoluções do Conselho de Segurança mesmo quando não concorde com elas, por ser fiel ao multilateralismo e por ser contra decisões unilaterais”, disse o ministro.
saiba mais

* Sanções da União Europeia contra Irã são inaceitáveis, diz Rússia

Apesar de justificar a internalização das sanções no Brasil, Amorim voltou a criticar a decisão da ONU de punir o país islâmico. Para o ministro, as punições estimulam o radicalismo ao invés de contribuírem para resolver o impasse. “Obviamente não cremos que o isolamento contribua para a solução pacífica da questão. O isolamento em geral contribui para mais radicalismo. O isolamento geralmente atinge os mais pobres, os mais vulneráveis”, disse.

Amorim afirmou também que a adoção de sanções não deve trazer grande modificação às relações comercial e diplomática do Brasil com o Irã. “Não atinge o agronegócio porque alimentos não estão incluídos. Não creio que haja nada que diretamente nos atinja no que nós estamos fazendo hoje”, disse. “Alguns bancos e algumas empresas que foram suspeitas de terem envolvimento com atividades nucleares há uma recomendação de que não haja negócio com elas”, explicou o ministro.
==============================

Apliacaram umas sanções meia boca que os principais Russia/China estão cagando e andando pra elas só para desmoralizar o Brasil. Esse povo é um bando de comediante.




Enlil
Sênior
Sênior
Mensagens: 8577
Registrado em: Seg Ago 18, 2008 1:23 am
Agradeceu: 7 vezes
Agradeceram: 28 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2602 Mensagem por Enlil » Ter Ago 10, 2010 11:33 pm

Do Cairo a Alexandria – O fim de Mubarak está próximo. Quem vem depois?
10/08/2010

Por Gustavo Chacra

Quando um líder de um regime ditatorial inimigo adoece, como Fidel Castro em Cuba ou Kim Jong-il, na Coréia do Norte, os Estados Unidos e seus aliados torcem pela queda do regime. Quando o comandante é de um país aliado, como o Egito de Hosni Mubarak, a Casa Branca fica apreensiva, temendo mudanças que coloquem seus interesses em risco.
O líder egípcio completou 82 anos, está doente, passou por tratamento na Alemanha e não tem um vice-presidente. Mais grave, não indicou quem ele gostaria de ver no seu lugar no Cairo.
Apesar das críticas por reprimir a oposição, censurar a imprensa e fraudar eleições, Mubarak sempre honrou seus compromissos com os americanos e os israelenses. Por menos democrático que seja, o presidente do Egito tem sido um aliado leal de Washington e Jerusalém. A dúvida nos EUA é sobre como será o futuro presidente do Egito.
Analistas comparam a sua sucessão com a do líder sírio Hafez al Assad, que morreu há dez anos. No seu lugar, entrou seu filho Bashar al Assad. Caso o mesmo fenômeno aconteça no Egito, o escolhido para o lugar do atual presidente será o seu filho, Gamal Mubarak, que conta com o apoio da emergente elite econômica do Cairo e de Alexandria. Como Bashar al Assad, ele também fala inglês fluentemente, morou no Ocidente e é visto como modernizador. Sua plataforma seria parecida com a da China, que se tornou moda em regimes fechados – abrir a economia, mas manter o país distante da democracia.
“Porém Gamal não é do Exército e existe uma certa relutância dos militares em ver um civil no comando do regime”, disse ao Estado Hani Sabra, analista de Egito da consultoria de risco político Eurasia. Bashar não enfrentou este problema. Apesar de ser oftalmologista, o líder sírio passou por anos de treinamento militar.
O Egito também se difere da Síria por sua história. A sucessão de Hafez para Bashar foi a primeira em Damasco sem envolver golpe. O Egito passou por outras duas sucessões dentro do sistema no atual regime, depois das mortes de Gamal Abdel Nasser e de Anwar Sadat, que antecederam Mubarak. E nenhum dos dois foi sucedido por seus filhos.
Caso o favorito Gamal seja excluído, a avaliação é de que o sucessor de Mubarak “será alguém de dentro do regime. Não deve haver instabilidade”, diz Sabra, acrescentando que dificilmente a rachada Irmandade Muçulmana, principal grupo opositor, assumirá o poder. Além disso, sem democratização, são nulas as chances de elegerem Mohammad el Baradei, ex-diretor da Agência Internacional de Energia Atômica.
Todos os outros nomes citados, além de Gamal, são ligados a Mubarak. Omar Suleiman, chefe da inteligência, sempre recebe citações de analistas e diplomatas como um nome forte. Depois de Mubarak, é certamente a figura mais poderosa do Egito. Mesmo que não seja o sucessor do atual presidente, ele certamente estará envolvido na escolha do próximo governante.
Zakaria Azmi, chefe de gabinete de Mubarak e forte no regime, também costuma ter seus nomes nas listas. A Eurasia e outras consultorias de risco político, como a Stratfor, também trabalham com a hipótese de algum militar do segundo escalão ser o escolhido. Assim, o regime teria uma cara mais nova e de dentro do Exército, diferentemente de Gamal. Começaria assim mais uma dinastia na terra dos faraós.

O jornalista Gustavo Chacra, mestre em Relações Internacionais pela Universidade Columbia, é correspondente de “O Estado de S. Paulo” em Nova York.

Fonte: Estadão

http://pbrasil.wordpress.com/2010/08/10 ... more-24625




Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2603 Mensagem por marcelo l. » Qua Ago 11, 2010 11:28 pm

http://mideast.foreignpolicy.com/posts/ ... about_iran

Arab governments have been basking in the glow of all the attention focused on them recently in relation to their concerns about Iran. It seems that hardly a day goes by without some new article touting Arab government support for a U.S. attack on Iran, the latest by Jeffrey Goldberg in his new Atlantic piece. For governments which have been literally begging the United States to end Israel's occupation of Palestinian and Syrian territory in exchange for full normalization with Israel, having your opinion being considered on something - on anything - by the policy elite in the United States should be cause for celebration. Unfortunately, the glow is turning to sunburn as all the latest hype on Arab support for a U.S. attack on Iran misses the true nature of Arab government concerns about Iran's regional dominance.

There are three points to remember concerning Arab - Iranian relations:

Arab governments seek a "balance of forces" in the region - not regional conflagration.
Arab governments and the Arab publics tend to be in slightly different places on concern about Iran and entirely in the same place in their concern about Israel's continued occupations of Arab territory.
A U.S. war with Iran which would have disastrous consequences for Israel and the United States, would only be that much more destabilizing to the current security of pro-U.S. Arab regimes.
Ever since Iran's revolution in 1979, Arab governments have been concerned about the possibility of the revolution being exported. The idea that millions of citizens of a state would engage in mass scale non-violent resistance against a U.S.-backed authoritarian government kept Arab leaders awake at night. The fear was so palpable that almost all the Arab states (along with the U.S. and many European states) supported Saddam Hussein's invasion of Iran in 1980 in the hopes of quashing the new model of governance that Ayatollah Khomeini was overseeing. One decade and one million lives later, Arab governments were reassured that Iran could not extend its influence into their countries, but quickly turned on their benefactor, Saddam Hussein, when they realized that he had become the regional behemoth as a result of their support for him during the war (as evidenced by his takeover of Kuwait). In 1991, the Arab states turned around and supported the United States as we destroyed Iraq's military and civilian infrastructure. But they drew the line at regime change - Arab states were not prepared to support the U.S. in overthrowing the Baathist government and urged the U.S. to allow Saddam to crush the popular uprising throughout the country to overthrow him on the tail of the U.S. war. Estimates indicate that as many as a quarter of a million Iraqis were killed. As a result, both Iran and Iraq were "contained."

Are Arab governments considering yet another war? Despite the repeated unconfirmed reports about anonymous Arab leaders urging Obama to follow Israel's lead, the circumstances today are very different than 1979 or 1991. There is no threat from either Iraq or Iran toward any neighboring Arab state, not real or imagined. Iran's unique blend of western parliamentary democracy and the "rule of jurisprudents" hasn't really gained any adherents outside Iran. The two other Shia majority states, Iraq and Lebanon, have effectively adopted western parliamentary forms of government without any clerical overlay. And the popularity of Iran's leaders has been eclipsed - not by any Arab leader - but by the Turkish Prime Minister Tayyip Erdogan whose ambitious and vigorous diplomacy in the region (combined with very real economic engagement) has made him a superstar - draining the air out of the Ahmadinejad bubble. The final popping of that bubble for Arab states will not come from a disastrous U.S. attack on Iran, but from resolution of the Israeli-Arab conflict. And finally, of course, no one in the region believes that Iran will invade any other country.

King Abdullah of Jordan has tried to convey this publicly and privately to American audiences on behalf of governments in the region, as noted in today's excellent piece by Steve Clemons. Here is an excerpt from King Abdullah's interview with Fareed Zakaria:

KING ABDULLAH: I still go back to saying the core issue is the Israeli-Palestinian problem, because all roads in our part of the world, all the conflicts lead to Jerusalem.

Today, Iran is putting itself as the defenders of the Palestinian cause. Several days ago, Osama bin Laden in his taped message to the United States again underlined the suffering of the Palestinians. It is the injustice felt towards the Palestinian people that allow other states actors and non-state actors to take the role of being the defenders of the Palestinians.

If we solve this problem, then I believe we start to unwind all the other pressure points inside of the Middle East.

ZAKARIA: But could you in Jordan live with an Iran with a nuclear weapon?

KING ABDULLAH: If we solve the Israeli-Palestinian problem, why would Iranians want to spend so much money on a military program? It makes no sense.

I mean, the country has social challenges. It has economic challenges. Why push the envelope in getting to a military program? For what cause? If you solve the problem, you don't need to pursue that path.

ZAKARIA: People in Washington who listen to this are going to say, "He's soft on Iran."

KING ABDULLAH: President Obama said something that was very, very critical about the future of the Middle East. He said that, for the first time -- and I think it should have happened many, many decades ago -- America wants to see a resolution to the Israeli- Palestinian conflict, because it is in the vital national security interests of the United States.

In this sense, Arab governments are allying their long-term strategic interests with those identified by President Obama (an Israeli-Arab peace and Middle East stability) and not with those of Israeli Prime Minister Benjamin Netanyahu.

The Arab government position represented by the King of Jordan is also one allied with those of the Arab public as recently illustrated by Shibley Telhami's latest poll of Arab public opinion. The poll shows that 86% of Arabs would be "prepared for peace if Israel is willing to return all 1967 territories including East Jerusalem" even though a majority doubts Israel will do so without pressure. This is a remarkable asset for U.S. peace-making if the U.S. chose to operationalize the President's Cairo speech from last year. At the same time, 77% believe "Iran has a right to its nuclear program." Perhaps more surprisingly, 57% of all those polled believe that it would be a more positive outcome for the Middle East if Iran actually developed nuclear weapons and an additional 20% believe it wouldn't make a difference to the region. This might be a consequence of believing that the U.S. will not be able to convince Israel to either end the occupation or to give up its own nuclear weapons program.

At the end of the day, the Arab public is not only not concerned about Iran's regional strength, but thinks it would be better for the region, probably in light of America's perceived weakness vis-à-vis Israel, for that regional strength to continue - unlike the assessment of their rulers. However, on the need to end Israel's occupation, there is unanimity between the rulers and the ruled.

A final note on those misconstruing the nature of Arab government concerns - at the end of the day, Arab governments want to remain in power. A strong and popular United States is the ultimate guarantor of that until there is a transition to representative forms of government. A United States that has been unable to secure Palestinian independence, that is still tied down in Afghanistan and Iraq, and that is reeling from a new war with Iran will be neither. Jeffrey Goldberg does try to set out some of the costs to the U.S. in attacking Iran, including:

sparking lethal reprisals, and even a full-blown regional war that could lead to the deaths of thousands of Israelis and Iranians, and possibly Arabs and Americans as well; of creating a crisis for Barack Obama that will dwarf Afghanistan in significance and complexity; of rupturing relations between Jerusalem and Washington, which is Israel's only meaningful ally, of inadvertently solidifying the somewhat tenuous rule of the mullahs in Tehran; of causing the price of oil to spike to cataclysmic highs, launching the world economy into a period of turbulence not experienced since the autumn of 2008, or possibly since the oil shock of 1973; of placing communities across the Jewish diaspora in mortal danger, by making them targets of Iranian-sponsored terror attacks, as they have been in the past, in a limited though already lethal way; and of accelerating Israel's conversion from a once-admired refuge for a persecuted people into a leper of nations.

Steve Clemons adds to that list noting that "China and Russia may exploit the incident and provide a back door to Iran - thus potentially breaking the back of U.S. dominance of the world's oil and natural gas regimes." Zbigniew Brzezinski has noted in the past that Russia's stranglehold over Europe would be almost complete if a U.S. attack on Iran precipitated the expected closing of the Straits of Hormuz:

[The Russians] also know in the back of their heads that if worse came to worse-and I am not saying they are deliberately promoting the worst-but if worse came to worse, which is an American-Iranian military collision, who would pay the highest price for that? First, America, whose success in ending the Cold War the Russians still bitterly resent. And we would also pay a high price in Iraq, Afghanistan, and massively so with regards to the price of oil. Second, who would suffer the most? The Chinese, who the Russians view as a long-range threat and of whom they are very envious, because the Chinese get much more of their oil from the Middle East than we do, and the skyrocketing price would hurt them even more than us. Third, who would then be totally dependent on the Russians? The West Europeans. And fourth, who would cash in like crazy? The Kremlin.

A U.S. that rushed headlong into economic decline and strategic incoherence as a result of war with Iran would end up being a direct threat to the stability of Arab regimes - perhaps one reason why al-Qaeda's leaders are believed to be in agreement with those pundits urging a U.S. war with Iran. For Wahabbi Salafist jihadi groups, a U.S. attack on Iran kills two apostate birds with one stone.

For those advocates in the United States desperately trying to create a sense of inevitability to war with Iran, there is a logic to citing Arab leaders "who are more afraid of Iran than Israel." It makes it sound as if this war is not only about maintaining Israel's "military autonomy" to operate as it will in the region, but about the security of the region as a whole. It is excellent misdirection, intentional or not. Arab leaders will need to be more vocal in the coming days and months about their own interests and those of the region, in light of the campaign for a U.S. attack on Iran - and that is probably advice that is useful for the White House as well.

Amjad Atallah directs the Middle East Task Force at the New America Foundation and is editor of the Middle East Channel.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2604 Mensagem por Marino » Sáb Ago 14, 2010 10:13 am

Sérgio Paulo Muniz Costa

Organização pode e deve mediar conflitos



A Unasul pode desempenhar papel relevante nas relações entre Colômbia e Venezuela? SIM

É positivo o jogo de cena do imbróglio colombiano-venezuelano. Por ora, optou-se por não queimar as pontes, mesmo com as motivações maquiadas pelas conveniências do poder. Porém, desse mais recente capítulo-crise da realidade sul-americana emergiu uma inevitabilidade: não há como negar o papel central do Brasil, por qualquer ângulo que se aprecie o cenário.

Mas não há também como desconsiderar que o crescimento econômico do Brasil, independentemente de sua qualidade, atrairá para o seu espaço as aspirações dos povos das nações vizinhas.

Sem um desenvolvimento regional compartilhado segundo as respectivas vocações e identidades, será impossível evitar o encontro de desequilíbrios socioeconômicos exponencialmente ampliados à escala continental.

A integração sul-americana não é uma opção, é um imperativo.

A Unasul (União de Nações Sul-Americanas) pode contribuir para a superação de conflitos na América do Sul simplesmente por atender a uma necessidade de integração confluente aos vários interesses regionais e se equilibra bem entre os extremos da imposição e da rejeição. Mas há condições para isso.

Menos um fato político do que um projeto promissor, o organismo proposto pelo Brasil tem que assumir o desafio de aprofundar o vínculo democrático neste tempo histórico em que velhos fantasmas ressurgem.

É difícil justificar e aceitar ações de quem suprime as regras de sucessão e dissenso democrático que lhes garantiram a ascensão ao poder. Não é apenas a ruptura institucional do golpe e a sua forma mais ou menos violenta que o condenam, mas particularmente o que dele resulta na supressão da democracia representativa entronizada no Estado de Direito.

Com ela, crises intermináveis se superam para reiterá-la. Fora dela, só existe o poder pela força que cinde a sociedade.

Assegurado esse consenso, por certo haverá ainda muito trabalho até que a Unasul cumpra o seu papel, a começar pela estruturação da defesa e segurança de maneira a esvaziar o componente militar de qualquer tensão local, enfrentar as ameaças comuns aos países da região e prevenir agressões externas.

O Brasil não pode se furtar a esse compromisso político, estratégico e operacional, e para tanto as suas políticas externa e de defesa têm que se confirmar como de Estado, assegurando continuidade e credibilidade à sua atuação.

A Unasul não só pode como deve mediar e solucionar o conflito entre Colômbia e Venezuela e mais os a ele subjacentes.

Urgência e oportunidade indicam que é o momento de fazer para se organizar, e não o contrário convencionalmente aceito.

Há experiências bem-sucedidas assimiladas em realidades distintas, boas tradições político-militares de missões de paz e principalmente um alinhamento estratégico no Cone Sul que pode perfeitamente inspirar outro mais amplo sul-americano.

Em certo momento de divergências no desenvolvimento dos trabalhos na Junta Interamericana de Defesa, um oficial boliviano não se furtou a externar sua conclusão sobre o relacionamento entre os colegas das nações sul-americanas, com algumas das quais o seu país tinha dificuldades não superadas: "Nossos ódios são fracos".

Se os ódios são fracos, não há por que reinventá-los. Caso faltassem à Unasul outras razões para existir, aí está uma para ela agir antes que eles surjam.

SÉRGIO PAULO MUNIZ COSTA é historiador. Foi delegado do Brasil na Junta Interamericana de Defesa, órgão de assessoria da OEA (Organização dos Estados Americanos) para assuntos de segurança hemisférica.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2605 Mensagem por Marino » Sáb Ago 14, 2010 10:14 am

Amaury de Souza

O problema são as Farc



A Unasul pode desempenhar papel relevante nas relações entre Colômbia e Venezuela? NÃO

A julgar por iniciativas recentes, pode-se responder com elevada probabilidade de acerto que a Unasul (União de Nações Sul-Americanas) dificilmente virá a desempenhar papel relevante nas relações entre a Venezuela e Colômbia.

Trata-se de problema que persegue a Unasul desde o nascimento e ao qual ela tem dado respostas desapontadoras. O "animus laedendi" entre a Venezuela e a Colômbia já estava exacerbado quando a cúpula de chefes de Estado em Brasília aprovou o Tratado Constitutivo da nova entidade em 23 de maio de 2008.

Definida como "um espaço de integração e união", a Unasul ganhou personalidade jurídica internacional tardiamente. No dia 1º de março, as Forças Armadas da Colômbia bombardearam um acampamento das Farc no Equador, matando Raúl Reyes, o ex-número dois da guerrilha colombiana e pelo menos outros dez guerrilheiros.

A primeira reação veio não da Unasul, mas dos países da Alternativa Bolivariana para as Américas (Alba). O objetivo era isolar a Colômbia e caracterizá-la como um país agressor.

Embora a Colômbia tivesse violado o território do Equador, e não o da Venezuela, o presidente Hugo Chávez ordenou o deslocamento de tropas para a fronteira e rompeu relações com o governo do presidente Álvaro Uribe, antes mesmo de o presidente do Equador, Rafael Corrrea, expulsar o embaixador da Colômbia em Quito.

Quem desarmou uma crise diplomática que poderia tomar rumos belicosos foi a velha e desacreditada Organização dos Estados Americanos (OEA), a quem o presidente Correa solicitou apoio.

Reunida em tempo habilíssimo, a OEA condenou a Colômbia pela violação da soberania territorial do Equador, mas sem lhe atribuir a condição de país agressor.

A segunda vez que a Unasul foi chamada a se pronunciar sobre as relações entre os dois países foi na cúpula de Bariloche, em 28 de agosto de 2009. O prato de resistência foi a renovação do acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos, concedendo a militares norte-americanos o acesso a bases colombianas para apoiar o combate ao narcotráfico e ao terrorismo.

Para impedir que a reunião terminasse em retumbante fracasso, prevaleceu a decisão de respeitar a soberania colombiana de permitir o uso de suas bases.

Em represália, Chávez suspendeu os laços comerciais com a Colômbia, com resultados desastrosos para comércio bilateral.

A última crise é bem mais recente. Duas semanas antes de passar a faixa presidencial ao sucessor, em 7 de agosto de 2010, o presidente Álvaro Uribe denunciou na OEA a existência de acampamentos de guerrilheiros das Farc na Venezuela, sob proteção do governo.

Ato contínuo, o presidente Chávez rompeu relações diplomáticas com a Colômbia e reforçou as tropas militares na fronteira. A Unasul ofereceu os préstimos, mas o presidente eleito, Juan Manuel Santos, agradeceu a oferta de mediação e disse preferir "o diálogo franco e direto, e o mais rápido possível" com o presidente Chávez.

A razão do desempenho medíocre da Unasul é sua relutância em reconhecer que as Farc são o epicentro do conflito entre a Colômbia e a Venezuela. As Farc estavam acampadas no Equador e há indícios seguros de que recebem abrigo na Venezuela. São um problema não apenas na região andina, mas sua influência desagregadora espraia-se pelo continente.

Tem razão Álvaro Uribe ao dizer que a colaboração de seus vizinhos da Unasul tem se resumido a uma "solidariedade retórica". Até porque não são poucos os que teimam em designar as Farc como "movimento insurgente" e, em última instância, politicamente legítimo.

AMAURY DE SOUZA é doutor em ciência política pelo Massachusetts Institute of Technology (EUA) e sócio-diretor da MCM Consultores Associados. É autor do livro "A Agenda Internacional do Brasil: A Política Externa Brasileira de FHC a Lula".




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2606 Mensagem por marcelo l. » Sáb Ago 14, 2010 2:56 pm

É uma compra para mudar o equilibrio militar.

http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 77852.html

WASHINGTON—The Obama administration plans to include attack helicopters in an expanded arms package for Saudi Arabia, swelling the size of the proposed deal to as much as $60 billion over 10 years, according to officials familiar with the matter.

The deal would be the largest overseas U.S. arms sale, the officials said, though the size could change as the package is finalized, one official said.

Negotiated largely in secret because of the sensitivities in the region, the sale is part of a strategy spearheaded by the George W. Bush administration and expanded by President Barack Obama to beef up the militaries of Arab allies as a counterweight to Iran. Saudi Arabia, home to the birthplace of Islam, claims leadership of the Sunni world, making it a rival of Iran, which is predominantly Shia.

The size and scope of the Saudi deal has stoked concerns in Israel that Washington risks undercutting Jerusalem's military edge. Officials said some weapons systems strongly opposed by the Jewish states won't be included in the package, assuaging some of the Jewish state's concerns.

Israel considers Iran its archenemy but also views Saudi Arabia as a potential future threat to the Jewish state. Israeli and Saudi embassy officials in Washington had no immediate comment on the proposed helicopter sales.

New details about the deal include plans to sell the Saudis about 70 UH-60 Black Hawk helicopters and up to 60 Longbow Apache attack helicopters together worth about $30 billion. That comes on top of a previously disclosed $30 billion tranche that includes 84 Boeing Co. F-15s and upgrades to older fighters in the Saudis fleet.

Boeing makes the Apache. The Black Hawk is manufactured by United Technologies unit Sikorsky.

The package will also include flight simulators, spare parts and long-term support for the planes and helicopters, the officials said.

The Obama administration is expected to formally notify Congress next month about the deal. Lawmakers close to Israel could hold up parts of the sale or seek assurances of their own that Israel's military edge won't be compromised.

The Pentagon declined to comment on the details of the package.

U.S. officials said weapons systems were excluded from the sale if they were deemed not conducive to regional stability, or if they were objectionable to Israel or Congress. A senior U.S. defense official said of the Israeli response to the Saudi package: "There is a heightened anxiousness about their security situation, and it is not just because of Iran."

Officials said the Saudi F-15s wouldn't be equipped with so-called standoff systems, advanced long-range weapons that can be attached to the fighter for use in offensive operations against land- and sea-based targets. Giving standoff systems to the Saudis would have crossed Israel's red line, an official in the region said.

The Apache sale would also exclude certain weapons opposed by Israel, said officials, who declined to provide further details.

The Saudi deal could increase pressure on Israel to quickly commit to buying the F-35, also known as the Joint Strike Fighter, which Lockheed Martin Corp. could start delivering as early as 2015, around the same time the Saudis would begin to get new F-15s.

A senior U.S. defense official said the Joint Strike Fighter would be "the most stealthy, sophisticated and lethal tactical fighter in the sky," adding: "Quite simply, the F-15 will be no match for the F-35."

Israel has been seeking assurances that it could customize the new fighter with Israeli technology, a request that has received a cool reception in Washington. The F-35 is already the costliest and most technically challenging weapons program the Pentagon has ever attempted.

"We've had enough experience with these things that it's possible to come up with a package that reassures the Saudis but doesn't alarm the Israelis. But if we don't succeed, the Saudis are perfectly capable of taking their business elsewhere," said John Pike, director of GlobalSecurity.org, which tracks such deals.

Saudi officials, in private, chafe over the leverage Israel has over its weapons purchases from U.S. suppliers, from its purchases of its first AWACs planes in the 1980s to the F-15 fighter jet purchases in the early 1990s.

As a way to counter Israeli pressure or vetoes over such purchases, the Saudis in recent years have sought more European- and Russian-made weaponry. That thinking was partially behind the 2007 deal to purchase dozens of Eurofighter fighter planes from BAE Systems, according to Saudi officials.

Flush with oil cash, Saudi Arabia has become a top weapons buyer. It spent $36.7 billion worldwide on arms between 2001 and 2008, according to a Congressional Research Service report.

In additional to Saudi Arabia, the Obama administration has moved aggressively to sell sophisticated arms to the United Arab Emirates and other Gulf states, as well as to provide support on a much smaller scale to the Lebanese Army.

—Julian E. Barnes in Washington and Margaret Coker in Abu Dhabi contributed to this article.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
Avatar do usuário
marcelo l.
Sênior
Sênior
Mensagens: 6097
Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
Agradeceu: 138 vezes
Agradeceram: 66 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2607 Mensagem por marcelo l. » Sáb Ago 14, 2010 4:02 pm

http://the-diplomat.com/2010/07/06/indi ... ina-fight/

For too long Delhi’s policymakers have watched idly as China’s military prowess has grown, says Nitin Gokhale. Not anymore.

Last May, just days before India’s general election results were announced, the country’s highest policy making body for security matters was convened by Prime Minister Manmohan Singh. Its mandate: Find ways of enabling India’s military to take on an increasingly powerful (and belligerent) China.

At the end of a marathon meeting, the Cabinet Committee on Security initiated a comprehensive, well-funded plan to bolster India’s land, air and naval forces to counter China’s rising military prowess. The plan is historic, coming after years of dithering by an Indian establishment seemingly paralysed by memories of the country’s humiliating defeat at the hands of the Chinese in a brief but brutal war in 1962.

Since the CCS plan was launched, there have been significant and wide-ranging signs that Indian policymakers are finally willing to realistically assess possible military responses to China’s rise. One clear example is a new division of troops aimed exclusively at the border region of the two great powers. India is now mid-way through raising two mountain divisions for the north-eastern border area with China, with the two divisions pencilled in to be ready for deployment by the middle of next year.

The goal is to plug existing gaps in India’s preparedness along the Arunachal Pradesh-China frontier, and the two divisions, consisting of about 20,000 well-armed troops, will include a squadron of India’s armoured spearhead—Soviet-built T-90 tanks and a regiment of artillery. They will be backed by enhanced command, control, communications and intelligence (C4I) capabilities aimed at covering the Tibet region.

But that’s certainly not all.

The Indian Air Force has over the past year deployed 36 Su-30MKI, its most advanced multi-role fighter aircraft, to Tezpur in the country’s north-east in response to the People’s Liberation Army Air Force’s seven airbases in Tibet and southern China.

Meanwhile, the Indian Navy is working to counter the growing clout of the PLA Navy. The current thinking at Indian naval headquarters is that China will move to aggressively increase its presence in the Indian Ocean Region (IOR) to secure its extended energy supply lines (despite its name, military planners in Beijing don’t feel India has ownership of this expanse of water).

As a consequence, the Indian Navy’s plans are based on the premise that it needs to be a fully-networked and flexible force capable of meeting any ‘out of area’ contingency. Successive Indian naval chiefs since 2004 have spoken about the need for the Navy to have ‘longer sea legs’ by 2020 and to be capable of influencing the outcome of land battles. The importance of the Navy’s role was underscored during the 1999 Kargil skirmish between India and Pakistan, when the Indian Navy played a crucial but silent role in blockading Pakistan’s sea lanes, putting Islamabad under significant pressure to end the conflict quickly.

ince then, India’s naval leadership has been working to break free of its traditional ‘continental construct’ mindset and start looking at the bigger picture, taking into account the full gamut of geo-strategic and geo-political realities. After all, 90 percent of India’s trade by volume and 77 percent by value transits through the IOR.

But trade considerations aside, countering China remains the country’s biggest (but officially largely unstated) objective, a fact Beijing no doubt saw as underscored when India held a joint exercise in the area with the US, Australian and Singaporean navies in 2007.

These joint exercises apart, the Indian Navy is working to build and acquire new, varied and potent platforms including an aircraft carrier, nuclear submarines, stealth frigates and long-range maritime reconnaissance planes. By 2014, it hopes to have 160 ships in its fleet, up from its current strength of 136.

But the most surprising revelation to many analysts was India’s public admission that it was inducting a Russian Akula-class Type 971 nuclear submarine into its forces, in addition to an indigenously designed and built submarine, earlier called the advanced technology vessel but now officially named the INS Arihant (The Destroyer).

‘Together, the two vessels would constitute the third leg of India’s sea-based strategic deterrence,’ Adm Sureesh Mehta, former chief of the Indian navy, announced at the time—the first time a high-ranking Indian military official had gone on record about the country’s plans to have a three-pronged nuclear deterrence.

The induction of the nuclear submarine has brought India closer to securing its nuclear deterrence based on a second, retaliatory strike option that is built on a triad of strategic weapons (the other two options—delivery by an aircraft and mobile, land-based launchers—were already available).

In addition, in recent months, India has also successfully test fired its long range Agni-III strategic missile, capable of hitting targets deep inside China, while the head of India’s missile building programme, VK Saraswat, announced in May that India will go one step further by testing the 5,000-kilometre range, nuclear-capable Agni IV missile in 2011.

But there’s more to an effective defence force than an offensive capability for a country the size of India. Communication and transport lines are essential, especially in far-flung regions, so 72 tactically important roads are also being built in the tough, mountainous terrain along the China border in the Eastern and the Western sectors. The roads are being built by the quasi-military Border Roads Organisation to enhance connectivity, and come on top of the reopening of three major airstrips in Ladakh (Nyoma, Fukche and Daulat Beg Oldie).

The airstrips are being upgraded to allow medium and heavy-lift transport aircraft such as the Russian-built AN-32 aircraft and soon to be inducted US-made C-130J Hercules transport planes to land. The hope behind these developments is that once the facilities are fully functional (expected to be by the end of next year), these assets will offer India the ability to insert a large number of troops in forward areas at short notice, a capacity that Indian policymakers hope will right the current poor connectivity in the forward areas along the Line of Actual Control.

Indeed, it’s this boundary that is the biggest irritant in Sino-India relations, as neither country agrees with the other’s perception about where exactly the line should be drawn. India believes that for all China’s professed desire to find a peaceful and mutually acceptable solution to the festering boundary issue, the country has not budged from its more than three-decades position, and they note that despite frequent meetings of special representatives of both the countries over the past half decade on the issue, the deadlock has yet to be broken.

Suspicion of China runs deep among Indian analysts. ‘China’s demonstrated policies of strategic encirclement of India and its use of India’s other arch-enemy Pakistan as a proxy for her designs…is proof enough that you can never trust Beijing’s intentions,’ says former Maj. Gen. Sheru Thapliyal, who commanded a frontline division responsible for handling China. ‘Until a visible change is demonstrated by China, there’s no excuse for any Indian Government to ignore or soft-pedal the imperatives of strong defensive preparations along the India-Tibet Border’.

But such preparations haven’t gone unnoticed by China. When news of last May’s plans went public, China reacted strongly, with the semi-official Global Times editorializing: ‘India’s current course can only lead to a rivalry between the two countries. India needs to consider whether or not it can afford the consequences of a potential confrontation with China…Any aggressive moves will certainly not aid the development of good relations with China. India should examine its attitude and preconceptions; it will need to adjust if it hopes to cooperate with China and achieve a mutually beneficial outcome.’

This year’s annual report by the Indian Defence Ministry stated: ‘India remains conscious and alert about the implications of China’s military modernisation. Rapid infrastructure development in the Tibet Autonomous Region and Xinjiang Province has considerably upgraded China’s military force projection capability and strategic operational flexibility…Necessary steps have been initiated for the upgrading of our infrastructure and force structuring along the northern borders.’

This kind of urgency, lacking for far too long in New Delhi, is a refreshing indication that Indian policymakers are taking the need to prepare for potential conflict with China seriously. China cannot—and should never be—taken lightly. And India should always be mindful of the fact that military preparedness and trying to improve diplomatic relations are not necessarily mutually exclusive.

Nitin Gokhale is Defence & Strategic Affairs Editor with Indian broadcaster, NDTV 24×7




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
PRick

Re: GEOPOLÍTICA

#2608 Mensagem por PRick » Sáb Ago 14, 2010 5:29 pm

marcelo l. escreveu:É uma compra para mudar o equilibrio militar.

http://online.wsj.com/article/SB1000142 ... 77852.html

WASHINGTON—The Obama administration plans to include attack helicopters in an expanded arms package for Saudi Arabia, swelling the size of the proposed deal to as much as $60 billion over 10 years, according to officials familiar with the matter.

The deal would be the largest overseas U.S. arms sale, the officials said, though the size could change as the package is finalized, one official said.

Negotiated largely in secret because of the sensitivities in the region, the sale is part of a strategy spearheaded by the George W. Bush administration and expanded by President Barack Obama to beef up the militaries of Arab allies as a counterweight to Iran. Saudi Arabia, home to the birthplace of Islam, claims leadership of the Sunni world, making it a rival of Iran, which is predominantly Shia.

The size and scope of the Saudi deal has stoked concerns in Israel that Washington risks undercutting Jerusalem's military edge. Officials said some weapons systems strongly opposed by the Jewish states won't be included in the package, assuaging some of the Jewish state's concerns.

Israel considers Iran its archenemy but also views Saudi Arabia as a potential future threat to the Jewish state. Israeli and Saudi embassy officials in Washington had no immediate comment on the proposed helicopter sales.

..............
—Julian E. Barnes in Washington and Margaret Coker in Abu Dhabi contributed to this article.

Isso é uma compra para justificar comissões e ajudar os EUA, que estão com a corda no pescoço, o problema da Arábia Saudita não é de armas, mas quem usa elas, e para qual propósito.

[]´s




Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2609 Mensagem por Marino » Sáb Ago 14, 2010 7:52 pm

No será fácil revertir esta destrucción total de las Fuerzas Armadas”

Horacio Jaunarena ha sido testigo durante tres décadas del estado de
las fuerzas armadas de nuestro país, siendo tres veces ministro de
Defensa.

Jaunarena ocupó ése cargo con Raúl Alfonsín, Fernando de la Rúa y
Eduardo Duhalde. En una entrevista con PERFIL advirtió que el sistema
de defensa está “destruido” y por eso reclama resucitarlo con “un gran
consenso político”, del que, opina, el kirchnerismo no es capaz.

Desfile. El acto por el Día de la Bandera, en Rosario. Jaunarena dice
que los militares se han vuelto “rehenes” del Gobierno.

—El presupuesto de Defensa en comparación con el PBI es el más bajo de
la historia de nuestro país ¿Qué consideraciones hace?
No sólo es uno de los más bajos de la historia, sino que además
tenemos otro problema grave con la distribución de ese gasto. Cerca de
85 por ciento del presupuesto de las Fuerzas Armadas son destinados al
pago de salarios; es decir, que solamente queda 15 por ciento para
afrontar los gastos del funcionamiento de las fuerzas y para
inversiones. De esta manera, no hay posibilidad de que tengamos un
sistema de defensa eficiente, renovado y actualizado tecnológicamente.

—¿Qué otros problemas tiene el personal de las FF.AA.?
Tenemos un sistema de ascensos arbitrario y un tanto perverso, por el
que muchas veces hay cuadros dejados de lado por el solo hecho de
tener un apellido o ser familiar de un acusado por violación de los
Derechos Humanos. Otro problema, quizá el más importante, es que el
personal en actividad cobra un alto porcentaje de sus haberes en
negro, por lo que se suelen hacer aportes por el 40 por ciento del
salario. Esto provoca una situación de desfinanciamiento de las cajas
y un problema a la hora de jubilarse. Para un militar, el retiro es en
realidad un pase libre a la pobreza.

—Es decir que no tienen escapatoria...
Los cuadros de las Fuerzas Armadas son rehenes del Poder Ejecutivo. Y
esto causa otro efecto negativo además de los mencionados: hay una
superpoblación de almirantes, coroneles y brigadieres. Durante el
gobierno de Raúl Alfonsín (siendo ministro de Defensa) teníamos unos
sesenta generales, cuarenta almirantes y la misma cantidad de
brigadieres, y había finalizado hacía poco tiempo la dictadura
militar. Nosotros lo redujimos a treinta generales y a veinte
almirantes y coroneles. Tenemos hoy la paradoja de contar con una
capacidad operativa muy reducida y una cantidad (de altos mandos) muy
superior a la de las décadas pasadas.

—El almirante Jorge Godoy ha dicho que la Armada resistiría combatir
durante sólo dos horas ¿Cuál es la situación de las otras fuerzas?
Es cierto lo que dijo la Armada. El promedio de vida de los tanques y
del resto del equipamiento del Ejército es de treinta años, lo que se
suma a la falta de munición, que imposibilita el buen entrenamiento y
nos deja sin reservas para un eventual combate. La Fuerza Aérea, por
su parte, tiene más de un 40 por ciento de su equipamiento
imposibilitado de volar, y de las (aeronaves) que lo hacen, un buen
porcentaje no podría entrar en combate, por tener sistemas de ataque
obsoletos o falta de munición. La situación es muy compleja y requiere
una decisión política de alto calibre.

— ¿El Gobierno se ha dado cuenta de que la Argentina está indefensa?
La ministra de Defensa, Nilda Garré, tuvo en el año 2006 una reunión
con los altos mandos en la que tuvo la oportunidad de leer una
exposición que decía de boca de las mismas Fuerzas Armadas que no
estaban en condiciones de cumplir los objetivos para los que existían.
El almirante Godoy ahora lo dice de nuevo ante el Congreso, pero el
Gobierno está al tanto de la situación al menos desde hace cuatro
años.

— ¿Cómo se resuelve esta situación?
La política de Defensa es una política de Estado, esto quiere decir
que tiene que haber un gran consenso de todos los partidos políticos
para que en largo plazo la situación cambie. No será fácil revertir la
situación de destrucción total en el corto plazo; es una política de
largo plazo y debe continuar cuando los gobiernos vayan cambiando.

Por Pedro Ylarri

25/07/10
DIARIO PERFIL




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Avatar do usuário
Marino
Sênior
Sênior
Mensagens: 15667
Registrado em: Dom Nov 26, 2006 4:04 pm
Agradeceu: 134 vezes
Agradeceram: 630 vezes

Re: GEOPOLÍTICA

#2610 Mensagem por Marino » Sáb Ago 14, 2010 8:17 pm

El presupuesto destinado al área de Defensa es el más bajo de la
historia

La Argentina no aguantaría una guerra de más de dos horas. Se invierte
sólo el 0,9 % de la economía. Por qué no habría reacción frente a una
agresión militar.

El gasto en Defensa con relación al PBI es uno de los más bajos del
mundo y el más reducido de la historia argentina: apenas 0,9 por
ciento de la economía, lo que se evidencia en deterioro del
equipamiento militar, sueldos bajos y en negro, deserción de pilotos
hacia la aviación privada y, en definitiva, la realidad de un país sin
capacidad de reacción frente una eventual agresión militar. Además,
faltan radares. Por su lado, el kirchnerismo señala que la situación
no es preocupante porque la Argentina no tiene hipótesis de conflicto.
El Gobierno insiste en la virtual eliminación de los liceos militares.

Reducidas, empobrecidas, desmoralizadas, sin educación, equipamiento
ni proyección, así están las Fuerzas Armadas de nuestro país, que este
año verán registrar el más bajo presupuesto en Defensa en términos de
PBI de los últimos cuarenta años: tan sólo 0,9 por ciento, de acuerdo
con las estadísticas del Banco Mundial, reconocidas por el Gobierno.

Las cifras muestran un panorama desolador: en porcentaje del producto
bruto, la Argentina solamente supera al pequeño estado de Surinam en
gasto militar en la región y el país está desprotegido. Según datos de
las fuerzas y estimaciones de especialistas, ante un eventual
conflicto bélico, el poder de fuego de la Armada es de “dos horas”;
del Ejército, “se cuenta en días” y de la Fuerza Aérea, no es posible
calcularlo, porque los viejos aviones Mirage tienen un poder
“disuasorio” y no pueden actuar por falta de radares.

Mientras América latina se arma y moderniza el equipamiento de sus
cuadros, e Inglaterra moviliza personal militar para defender las
explotaciones petroleras y pesqueras de su colonia sudamericana, las
Islas Malvinas, las FF.AA. argentinas no pueden garantizar eventuales
invasiones del espacio aéreo y marítimo, como en efecto suceden. El
Gobierno, en tanto, sostiene su Plan Argentino de Modernización del
Sistema de Defensa, del que respeta a rajatabla cuestiones importantes
como de género y discriminación, pero deja de lado otras como
inversión, educación y contratos de trabajo completamente en blanco.

Los únicos puntos a favor mencionados a PERFIL por legisladores,
analistas y especialistas son la activación después de años de la
producción nacional de armamento a través de Instituto de
Investigaciones Científicas y Técnicas para la Defensa (Citefa), y de
municiones, a través de la hoy todavía no normalizada empresa estatal
Fabricaciones Militares, en manos del Ministerio de Planificación (ver
recuadro). También se destacan las innovaciones científicas y técnicas
a través del Invap (energía nuclear y radares), y de la Comisión
Nacional de Actividades Espaciales Conae (satélites y lanzador de
cohetes); cuya función, si bien se relaciona con el sistema de
Defensa, es estrictamente civil.

Gasto
El Ministerio de Defensa asegura que el presupuesto ha venido
creciendo a pasos agigantados desde la crisis, aunque la suba se
explica por un incremento en los salarios del personal militar por
inflación. En términos de inversión respecto del PBI, la curva es
inversa, decreciente, y se encuentra en uno de los puntos más bajos de
su historia.
Según la ley de presupuesto para 2010, el Estado derivará 12.605
millones de pesos a la cartera de Defensa este año, es decir un 5,11
por ciento del total de las erogaciones de la Nación, lo que significa
apenas el 0,9 por ciento del PBI esperado para este año. Según datos
del Banco Mundial, en Sudamérica sólo Surinam se encuentra debajo de
esta cifra, con 0,8 por ciento. Arriba aparecen el resto: Brasil, por
ejemplo, gasta 1,5 por ciento y Chile, el 3,5 por ciento.

“Desde 1960, el máximo gasto en defensa en Argentina –próximo al 3 por
ciento del PBI–, se registró entre 1978 y 1982 por el riesgo de
conflicto con Chile y la Guerra de Malvinas; con el retorno de la
democracia, comenzó a reducirse gradualmente”, explicó a PERFIL
Rosendo Fraga, director del Centro de Estudios Nueva Mayoría, que
evalúa entre otras cosas el presupuesto militar de la región. Según
Fraga, Raúl Alfonsín “lo toma en aproximadamente 2,5 por ciento del
PBI y lo deja menos de 2 por ciento; Carlos Menem, a su vez, lo
disminuye al 1,5 por ciento, y Néstor Kirchner al 1 por ciento y
descendiendo algo más en el gobierno de Cristina Fernández”.

El especialista citó además un informe del mes pasado de Sipri, un
centro de estudios especializado en gastos de defensa con sede en
Estocolmo, según el cual el gasto militar de Brasil es diez veces el
de Argentina, aunque el PBI es sólo cinco veces mayor.

La situación es tan precaria que, cuando el Gobierno quiso organizar
un desfile para el Bicentenario, desde la cúpula militar advirtieron
que ellos temían que los tanques se detuvieran en medio de la 9 de
Julio. El bajo presupuesto de las Fuerzas Armadas, según legisladores
y expertos, están trayendo cada vez más problemas al sistema de
defensa, como bajo poder de fuego, equipamiento obsoleto, pérdida de
efectivos y tropas poco tecnificadas: “Hay una gran desinversión;
tenemos un atraso importantísimo en cuanto a tecnología, logística,
infraestructura y capacitación de los cuadros”, alertó a PERFIL el
diputado de la UCR de La Rioja Luis Martínez, presidente de Comisión
de Defensa Nacional de la Cámara de Diputados. Según explicó, no sólo
hay poco dinero para gastar sino que también “está mal gastado”, ya
que “más de 80 por ciento” se destina a pagar sueldos. Un presupuesto
equilibrado sería no más de 60 por ciento y el resto en inversión en
equipamiento y tecnología.

Poder de fuego
Hasta marzo pasado, Armada, Ejército, Fuerza Aérea y el Estado Mayor
Conjunto se mantuvieron en silencio sobre la situación que les tocaba
vivir en tiempos kirchneristas. Ese mes, la comisión de Defensa de
Diputados, en manos ahora de la oposición, escuchó a los altos mandos
y a la ministra Nilda Garré, quien defendió el aumento del presupuesto
y el rol de las fuerzas en un contexto en el que “no hay conflictos
inminentes” ni hipótesis de conflicto.

La reunión trajo varias sorpresas. Una de ellas, según revelaron a
PERFIL dos legisladores presentes, la dio el almirante Jorge Godoy,
jefe de la Armada, quien alertó que de los sesenta barcos de la
fuerza, sólo dieciséis están en condiciones de navegar y que sólo dos
de los aviones de combate de la Aeronáutica están activos. Además,
dijo que en un eventual ataque contra el país, el poder de fuego total
“no supera las dos horas”. Un prefecto radicado en Bahía Blanca añadió
a este diario que hay problemas en la capacidad de control de los
mares. Explicó que “la Armada está en menos de doscientos días
navegables”, por lo que las costas están virtualmente desprotegidas
más de cien jornadas por año. Según reconoció Godoy, “los barcos
tienen sesenta años y las corbetas cuarenta”.

La Fuerza Aérea también está en una situación crítica. Con aviones de
“entre treinta y cuarenta años”, la mayoría no puede volar y gran
parte del presupuesto se gasta en el cada vez más costoso
mantenimiento. “Pasa el tiempo y cuesta más mantenerlos; las fábricas
dieron de baja los modelos y no fabrican más repuestos, sólo quedan
bolseros en Estados Unidos que los compraron y están esperando que la
Argentina vaya a comprarlos a precios siderales”, explicó el diputado
Martínez.

Un comodoro de la fuerza, hoy retirado y que pidió reserva de
identidad, dijo que la Fuerza Aérea cuenta con un poder de fuego
“nulo, porque salvo maniobras de disuasión no se podría sostener un
conflicto como el de Malvinas”. Negó sin embargo que haya prácticas de
“canibalismo” entre aviones (desarmar un avión para poder reparar
otro) pero sugirió leer “los cables del 2 de junio para ver cómo está
protegido el espacio aéreo”.

Ese día, un avión DC-10 del tipo cisterna y dos naves de la Real
Fuerza Aérea Británica atravesaron el espacio aéreo de Tierra del
Fuego hasta aterrizar en la chilena Punta Arenas, debido a que no lo
pudieron hacer en las Islas Malvinas por razones climáticas. Cuando se
le pregunta del asunto, el diputado Martínez se pone serio: “Para que
se dé una idea de lo mal que estamos, el radar (militar) que más al
sur tenemos está en Resistencia, Chaco. Conocemos el episodio porque
el piloto inglés avisó, si no, ni nos enterábamos”.

Mientras los aviones de combate son los mismos que se usaban en
Malvinas, de la decena de Hércules C 130 –los únicos de transporte
pesado que tiene el país para las FF.AA. y para emergencias sociales–
no llega a funcionar a pleno un tercio de ellos. Aburridos, sin
aviones para volar y atraídos por mejores sueldos, los pilotos están
migrando hacia la aviación privada, se lamenta el ex comodoro. Como
todos en las FF.AA. argentinas, casi la mitad del sueldo del personal
activo es recibido en negro –como sumas no remunerativas–, por lo que
el horizonte de una mala jubilación va debilitando su vocación por la
patria. De las tres fuerzas, el Ejército es quien mejor se encuentra,
con unas cincuenta mil tropas activas, mejor equipamiento y más
cobertura geográfica, aunque con gran parte del arsenal con tecnología
de la Segunda Guerra Mundial. Según datos de la cartera comandada por
Garré, el Ejército es la fuerza que más dinero recibe, con cerca de 40
por ciento del total del gasto en Defensa en 2008.

Versión oficial
Si bien el Ministerio de Defensa evitó contestar los reiterados
pedidos de información de este diario, incluso por escrito, la
ministra Garré no desaprovecha ocasión para difundir los cambios en su
cartera, que –según dice– se amparan en el modelo de modernización de
las Fuerzas Armadas que deben estar más cerca de la sociedad civil y
en una “Argentina sin hipótesis de conflicto”.

Entre los logros, mencionó el nuevo Sistema de Justicia Militar
aprobado en el Congreso, la reforma en la educación militar (ver
recuadro), las políticas de género y el fomento de la unidad entre las
fuerzas. También suele destacar la recuperación de la Fábrica de
Aviones de Córdoba (Fadea), los Astilleros Tandanor y Almirante
Storni, así como la recuperación del Aspide y la puesta en marcha del
Gradicom PCX-2009, dos misiles fabricados por Citefa.

Además de Martínez, dos asesores que pertenecen en la comisión
entienden que además de la “falta de interés político” y la ausencia
de conflictos, las FF.AA. pierden impulso al competir con el
presupuesto destinado a “temas más urgentes”, como la pobreza, la
desocupación, la salud y la educación. El ex comodoro, sin embargo,
comenta que existe un “revanchismo” histórico con las Fuerzas Armadas,
aunque más de 90 por ciento del personal activo en la actualidad no
actuó durante la última dictadura militar.

Donde no hay acuerdo con el Gobierno es en la ausencia de hipótesis de
conflicto.

Martínez duda que no haya problemas con otros países: “Tenemos en
Malvinas unos ‘usurpadores hostiles’ que son los ingleses, que nos
vienen a explorar, incumplen tratados, desobedecen a Naciones Unidas,
usurpan nuestro territorio y explotan nuestro petróleo y recursos
pesqueros. ¿Eso no es una hipótesis de conflicto?”.

Rosendo Fraga aclara que lo que existe es una disminución en la
“percepción” de riesgos, aunque el “desequilibrio militar” haya
aumentado en perjuicio de nuestro país y la historia muestre que los
conflictos “suelen ser imprevistos”.
Fuente: Pedro Ylarri - Diario Perfil

25/07/10
TOTAL NEWS




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Responder