NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
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- Marino
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Estava no Valor. O Notimp comeu mosca.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
A diferença entre os croassantes e os comedores de minhoca está clara, enquanto uns negam ToT´s, os outros fornecem o projeto!Santiago escreveu:Boa notícia, mas o diabo está nos detalhes...
Valor, 10/08
Fornecedor brasileiro ganha espaço no projeto de submarino francês
Defesa: Programa prevê montagem de cinco unidades no Brasil, com transferência de tecnologia.
Francisco Góes, do Rio
Um exemplo de parceria na área de transferência de tecnologia é o da Saturnia Sistemas de Energia, com fábrica em Sorocaba (SP). A empresa assinou acordo com o governo francês pelo qual ficou acertado que produzirá as baterias dos submarinos para a Marinha brasileira. Luiz Antonio Baptista, presidente da Saturnia, disse que apesar do acordo existe preocupação de garantir a transferência de tecnologia para a fabricação das baterias no país.
Antes de conseguir fechar o acordo sugiram dificuldades para a transferência da tecnologia das baterias para a Saturnia, disse Baptista. A francesa DCNS, que tem contratos com a Marinha do Brasil para a construção dos submarinos, teria informado que a bateria original utilizada no submarino não era produzida por ela, mas por uma empresa americana. Essa empresa não tinha interesse em vender a tecnologia.
Depois de negociações que envolveram a Marinha, chegou-se a um acordo entre a DCNS e a Saturnia pelo qual o grupo francês se propôs a transferir para a Saturnia, a partir de uma unidade na Grécia que fabrica o produto para a Marinha francesa, o projeto básico da bateria. "Em setembro, uma equipe da DCNS e da empresa grega [chamada Sunlight] vem ao Brasil para discutir os detalhes do projeto", disse Baptista.
Segundo ele, a empresa terá de investir entre US$ 1,5 milhão e US$ 2 milhões para ampliar a fábrica de Sorocaba e produzir as baterias dos novos submarinos. No passado, a Saturnia produziu as baterias para os submarinos convencionais do tipo IKL-209, desenvolvidos no Brasil a partir da importação de uma unidade da Alemanha. No acordo com a Alemanha, houve transferência de tecnologia e as baterias foram feitas no Brasil. Procurada, a DCNS disse que não iria comentar o assunto. Para o almirante Fragelli, é importante que a Saturnia obtenha a transferência de tecnologia da Sunlight.......
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- Marino
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Valor Econômico
10/8/2010
Submarinos terão partes nacionalizadas
A nacionalização está prevista em contrato, assim como a exigência de transferência de tecnologia da França para o Brasil
Francisco Góes
Indústrias brasileiras que produzem máquinas e equipamentos, motores, sistemas de propulsão elétrica e outros bens vão participar do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), acertado em 2008 entre Brasil e França, orçado em € 6,7 bilhões. A nacionalização de partes e peças das embarcações está prevista em contrato, assim como a exigência de transferência de tecnologia da França para o Brasil. Um exemplo de parceria nessa área é o da Saturnia Sistemas de Energia, que assinou acordo com o governo francês para produzir as baterias dos submarinos para a Marinha brasileira.
10/8/2010
Submarinos terão partes nacionalizadas
A nacionalização está prevista em contrato, assim como a exigência de transferência de tecnologia da França para o Brasil
Francisco Góes
Indústrias brasileiras que produzem máquinas e equipamentos, motores, sistemas de propulsão elétrica e outros bens vão participar do Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub), acertado em 2008 entre Brasil e França, orçado em € 6,7 bilhões. A nacionalização de partes e peças das embarcações está prevista em contrato, assim como a exigência de transferência de tecnologia da França para o Brasil. Um exemplo de parceria nessa área é o da Saturnia Sistemas de Energia, que assinou acordo com o governo francês para produzir as baterias dos submarinos para a Marinha brasileira.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
O que faz a diferença aqui não é quem será o proprietário do estaleiro, mas quem serão as pessoas que estarão responsáveis por fazer os submarinos. Se a ICN trouxer um monte de engenheiros e técnicos da França para trabalhar na supervisão da construção dos Scorpène-BR e no projeto do SNB, então de fato a transferência de tecnologia será no máximo parcial. Já se forem brasileiros que estiverem envolvidos com ambos os trabalhos (é claro que após formação na DCNS ou onde for necessário) então a transferência de tecnologia estaria garantida, bastando depois a MB ou uma empresa brasileira qualquer contratá-los.Santiago escreveu:Entre especialistas, há quem acredite que um das dificuldades para a transferência de tecnologia estaria no fato de que o estaleiro que vai produzir os submarinos seja controlado pela DCNS. A DCNS, controlada pelo governo da França, formou uma sociedade de propósito específico (SPE) com a Odebrecht para a construção dos submarinos. A SPE, chamada de Itaguaí Construções Navais (ICN), tem como acionistas a Odebrecht, com 59%, e a DCNS, com 41%. A Marinha do Brasil, por meio da Emgepron, tem ação especial (golden share) que lhe dá direito de veto em determinadas decisões.
Um executivo que acompanha o acordo discordou. Disse que existe forte compromisso contratual na transferência de tecnologia por parte da França e acrescentou que quando o estaleiro for concluído a ICN será extinta passando o estaleiro a ser propriedade da Marinha. Fragelli disse que o estaleiro, desde o início do projeto, pertencerá à Marinha, inclusive porque será construído com recursos do Tesouro Nacional.
Leandro G. Card
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
LeandroGCard escreveu:O que faz a diferença aqui não é quem será o proprietário do estaleiro, mas quem serão as pessoas que estarão responsáveis por fazer os submarinos. Se a ICN trouxer um monte de engenheiros e técnicos da França para trabalhar na supervisão da construção dos Scorpène-BR e no projeto do SNB, então de fato a transferência de tecnologia será no máximo parcial. Já se forem brasileiros que estiverem envolvidos com ambos os trabalhos (é claro que após formação na DCNS ou onde for necessário) então a transferência de tecnologia estaria garantida, bastando depois a MB ou uma empresa brasileira qualquer contratá-los.Santiago escreveu:Entre especialistas, há quem acredite que um das dificuldades para a transferência de tecnologia estaria no fato de que o estaleiro que vai produzir os submarinos seja controlado pela DCNS. A DCNS, controlada pelo governo da França, formou uma sociedade de propósito específico (SPE) com a Odebrecht para a construção dos submarinos. A SPE, chamada de Itaguaí Construções Navais (ICN), tem como acionistas a Odebrecht, com 59%, e a DCNS, com 41%. A Marinha do Brasil, por meio da Emgepron, tem ação especial (golden share) que lhe dá direito de veto em determinadas decisões.
Um executivo que acompanha o acordo discordou. Disse que existe forte compromisso contratual na transferência de tecnologia por parte da França e acrescentou que quando o estaleiro for concluído a ICN será extinta passando o estaleiro a ser propriedade da Marinha. Fragelli disse que o estaleiro, desde o início do projeto, pertencerá à Marinha, inclusive porque será construído com recursos do Tesouro Nacional.
Leandro G. Card
E de fato é isso que ocorrerá. Brasileiros dominarão a exucução progressivamente todas as etapas de produção do pro-sub.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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- Marino
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Termo de cessão de uso do terreno para construção de Estaleiro e Base Naval em Itaguaí (RJ) é assinado.
Alte Esq Mendonça (ao centro) assina o Termo de cessão de uso do terreno para construção de um Estaleiro e de uma Base Naval
No dia 4 de agosto, na Diretoria-Geral do Material da Marinha, foi assinado o Termo de cessão de uso do terreno para construção de um Estaleiro e de uma Base Naval em Itaguaí (RJ). O documento foi assinado pelo Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Luiz Umberto de Mendonça, e pelo Presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Luiz de Mello.
O Termo é fruto de um criterioso trabalho e de ações empreendidas pela Diretoria de Administração da Marinha no processo de aquisição do terreno. A assinatura do documento é um grande passo para a concretização do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, uma vez que permite o uso imediato do terreno para as instalações da Marinha. Sob a coordenação da Diretoria-Geral do Material da Marinha, o Programa abrange a construção de um Estaleiro, uma Base Naval, uma Unidade de Fabricação de Estrutura Metálica, quatro submarinos convencionais e um submarino com propulsão nuclear.
No evento, estavam presentes o Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, Almirante-de-Esquadra (Ref) José Alberto Accioly Fragelli; o Diretor de Administração da Marinha, Vice-Almirante (IM) Indalecio Castilho Villa Alvarez; e o Diretor de Obras Civis da Marinha, Vice-Almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão.
http://www.mar.mil.br/menu_h/noticias/10082010/04.html
Alte Esq Mendonça (ao centro) assina o Termo de cessão de uso do terreno para construção de um Estaleiro e de uma Base Naval
No dia 4 de agosto, na Diretoria-Geral do Material da Marinha, foi assinado o Termo de cessão de uso do terreno para construção de um Estaleiro e de uma Base Naval em Itaguaí (RJ). O documento foi assinado pelo Diretor-Geral do Material da Marinha, Almirante-de-Esquadra Luiz Umberto de Mendonça, e pelo Presidente da Companhia Docas do Rio de Janeiro, Jorge Luiz de Mello.
O Termo é fruto de um criterioso trabalho e de ações empreendidas pela Diretoria de Administração da Marinha no processo de aquisição do terreno. A assinatura do documento é um grande passo para a concretização do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, uma vez que permite o uso imediato do terreno para as instalações da Marinha. Sob a coordenação da Diretoria-Geral do Material da Marinha, o Programa abrange a construção de um Estaleiro, uma Base Naval, uma Unidade de Fabricação de Estrutura Metálica, quatro submarinos convencionais e um submarino com propulsão nuclear.
No evento, estavam presentes o Coordenador-Geral do Programa de Desenvolvimento de Submarino com Propulsão Nuclear, Almirante-de-Esquadra (Ref) José Alberto Accioly Fragelli; o Diretor de Administração da Marinha, Vice-Almirante (IM) Indalecio Castilho Villa Alvarez; e o Diretor de Obras Civis da Marinha, Vice-Almirante Luiz Guilherme Sá de Gusmão.
http://www.mar.mil.br/menu_h/noticias/10082010/04.html
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Eu achei que já tinham começado as obras do estaleiro e da base...
abraços]
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
A rigor já começou, afinal antes de qualquer início das obras, tem muito trabalho de engenharia, desde a definição do projeto, até estudos de solo, licenças de meio ambiente, etc..Brasileiro escreveu:Eu achei que já tinham começado as obras do estaleiro e da base...
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Brasil quer exportar urânio
Brasil é um dos poucos países que tem reserva de urânio e sabem enriquecê-lo
Marta Salomon/BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Para o País poder exportar urânio enriquecido até o fim da década e superar o atraso no plano de dominar o ciclo do combustível nuclear em escala industrial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a inclusão no Orçamento do ano que vem, o primeiro de seu sucessor, de um investimento de R$ 127 milhões, informou o ministro Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia).
O programa nuclear brasileiro foi assunto de reunião reservada de Lula com um grupo de ministros há duas semanas. A autossuficiência no ciclo do combustível nuclear, planejada inicialmente para 2013, foi descartada na reunião. A meta agora é atingir esse objetivo no ano seguinte, mas isso depende de investimentos no primeiro ano de governo do sucessor de Lula, contou o ministro.
Os R$ 127 milhões da conta apresentada por Rezende no encontro com Lula são a primeira parcela do dinheiro necessário para ampliar a escala de conversão do concentrado de urânio em gás, numa etapa intermediária do enriquecimento do urânio ainda feita totalmente no exterior, e também para aumentar a fabricação de ultracentrífugas. O custo total das novas fábricas é de R$ 348 milhões em três anos.
"O valor necessário durante o primeiro ano é pequeno, e o presidente determinou que seja colocado no Orçamento para que o programa nuclear não atrase mais", relatou Sergio Rezende ao Estado.
As necessidades de consumo de urânio enriquecido foram estabelecidas com base na expansão no número de usinas nucleares no País. Além de retomar as obras de Angra 3, cuja construção ficou interrompida desde 1986, o governo estuda a construção de pelo menos mais quatro usinas, de 1.000 MW (megawatts) cada, até 2034. As duas primeiras são projetadas para o Nordeste, provavelmente às margens do rio São Francisco.
Embora polêmico, o enriquecimento de urânio é positivo porque agrega valor ao minério. O Brasil é um poucos países que detêm grandes reservas e também sabe enriquecê-lo.
Nove usinas. Projeções levadas a Lula mostram que o País precisa enriquecer urânio para abastecer nove usinas nucleares até 2034. Mas as mesmas projeções indicam a produção de excedentes de concentrado de urânio, gás hexafluoreto e urânio enriquecido, respectivamente, a partir de 2012, 2014 e 2018.
"A exportação de excedentes é uma possibilidade", diz o ministro de Ciência e Tecnologia. Dados levados a Lula defendem o enriquecimento do urânio no País: "A tecnologia da ultracentrifugação é dominada por um pequeno número de países e não está disponível para a compra, agrega substancial valor ao urânio pois representa 35% do custo de produção do combustível para as usinas nucleares", argumenta o documento.
No mês que vem, deverá ser inaugurada no interior de São Paulo a primeira fábrica piloto de conversão de concentrado de urânio em gás hexafluoreto. A unidade construída na área da Marinha, em Aramar, tem capacidade de produção de 40 toneladas por ano. Mas a meta é multiplicar a produção para 1.500 toneladas por ano.
A nova fábrica de ultracentrífugas também ficará na área da Marinha. As ultracentrífugas serão montadas em Resende (RJ), onde já operam três cascatas de enriquecimento de urânio a 3,5%, porcentual usado no combustível nuclear. Cerca de 90% do enriquecimento do urânio consumido nas usinas de Angra dos Reis ainda é feito na Europa.
PONTOS-CHAVE
Prazo
A autossuficiência no ciclo de combustível nuclear, planejada inicialmente para 2013, deve ser atingida no ano seguinte. Mas isso depende dos investimentos do próximo governo.
Demanda
As necessidades de consumo de urânio enriquecido foram estabelecidas com base na expansão no número de usinas nucleares no País. A projeção é de nove usinas até 2034.
Fábrica piloto
No mês que vem, deverá ser inaugurada no interior de São Paulo, a primeira fábrica
piloto de conversão de concentrado de urânio em gás hexafluoreto.
Capacidade
40 toneladas por ano é a previsão da capacidade de produção da fábrica piloto que será construída na área da Marinha, em Aramar,
Dependência
As novas ultracentrífugas serão montadas em Resende, onde operam três cascatas de enriquecimento. Cerca de 90% do urânio consumido nas usinas de Angra é feito na Europa.
Brasil é um dos poucos países que tem reserva de urânio e sabem enriquecê-lo
Marta Salomon/BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Para o País poder exportar urânio enriquecido até o fim da década e superar o atraso no plano de dominar o ciclo do combustível nuclear em escala industrial, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou a inclusão no Orçamento do ano que vem, o primeiro de seu sucessor, de um investimento de R$ 127 milhões, informou o ministro Sérgio Rezende (Ciência e Tecnologia).
O programa nuclear brasileiro foi assunto de reunião reservada de Lula com um grupo de ministros há duas semanas. A autossuficiência no ciclo do combustível nuclear, planejada inicialmente para 2013, foi descartada na reunião. A meta agora é atingir esse objetivo no ano seguinte, mas isso depende de investimentos no primeiro ano de governo do sucessor de Lula, contou o ministro.
Os R$ 127 milhões da conta apresentada por Rezende no encontro com Lula são a primeira parcela do dinheiro necessário para ampliar a escala de conversão do concentrado de urânio em gás, numa etapa intermediária do enriquecimento do urânio ainda feita totalmente no exterior, e também para aumentar a fabricação de ultracentrífugas. O custo total das novas fábricas é de R$ 348 milhões em três anos.
"O valor necessário durante o primeiro ano é pequeno, e o presidente determinou que seja colocado no Orçamento para que o programa nuclear não atrase mais", relatou Sergio Rezende ao Estado.
As necessidades de consumo de urânio enriquecido foram estabelecidas com base na expansão no número de usinas nucleares no País. Além de retomar as obras de Angra 3, cuja construção ficou interrompida desde 1986, o governo estuda a construção de pelo menos mais quatro usinas, de 1.000 MW (megawatts) cada, até 2034. As duas primeiras são projetadas para o Nordeste, provavelmente às margens do rio São Francisco.
Embora polêmico, o enriquecimento de urânio é positivo porque agrega valor ao minério. O Brasil é um poucos países que detêm grandes reservas e também sabe enriquecê-lo.
Nove usinas. Projeções levadas a Lula mostram que o País precisa enriquecer urânio para abastecer nove usinas nucleares até 2034. Mas as mesmas projeções indicam a produção de excedentes de concentrado de urânio, gás hexafluoreto e urânio enriquecido, respectivamente, a partir de 2012, 2014 e 2018.
"A exportação de excedentes é uma possibilidade", diz o ministro de Ciência e Tecnologia. Dados levados a Lula defendem o enriquecimento do urânio no País: "A tecnologia da ultracentrifugação é dominada por um pequeno número de países e não está disponível para a compra, agrega substancial valor ao urânio pois representa 35% do custo de produção do combustível para as usinas nucleares", argumenta o documento.
No mês que vem, deverá ser inaugurada no interior de São Paulo a primeira fábrica piloto de conversão de concentrado de urânio em gás hexafluoreto. A unidade construída na área da Marinha, em Aramar, tem capacidade de produção de 40 toneladas por ano. Mas a meta é multiplicar a produção para 1.500 toneladas por ano.
A nova fábrica de ultracentrífugas também ficará na área da Marinha. As ultracentrífugas serão montadas em Resende (RJ), onde já operam três cascatas de enriquecimento de urânio a 3,5%, porcentual usado no combustível nuclear. Cerca de 90% do enriquecimento do urânio consumido nas usinas de Angra dos Reis ainda é feito na Europa.
PONTOS-CHAVE
Prazo
A autossuficiência no ciclo de combustível nuclear, planejada inicialmente para 2013, deve ser atingida no ano seguinte. Mas isso depende dos investimentos do próximo governo.
Demanda
As necessidades de consumo de urânio enriquecido foram estabelecidas com base na expansão no número de usinas nucleares no País. A projeção é de nove usinas até 2034.
Fábrica piloto
No mês que vem, deverá ser inaugurada no interior de São Paulo, a primeira fábrica
piloto de conversão de concentrado de urânio em gás hexafluoreto.
Capacidade
40 toneladas por ano é a previsão da capacidade de produção da fábrica piloto que será construída na área da Marinha, em Aramar,
Dependência
As novas ultracentrífugas serão montadas em Resende, onde operam três cascatas de enriquecimento. Cerca de 90% do urânio consumido nas usinas de Angra é feito na Europa.
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Lixo nuclear pode acabar em alguma área do Nordeste
Antes do início das obras de um depósito de longa duração, a usina nuclear de Angra 3 não poderá entrar em operação
Marta Salomon/BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Uma área longe dos centros urbanos, isolada, no Nordeste. Esse é o provável destino do lixo de alta atividade radioativa produzido no País, o rejeito do combustível usado nas usinas nucleares, prevê o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Atualmente, os rejeitos das usinas são guardados em piscinões instalados nas próprias usinas.
Mas a construção de um depósito de longo prazo para os rejeitos de alta radioatividade deverá começar até 2014, data prevista para a entrada em operação da usina nuclear de Angra 3, no Estado do Rio de Janeiro.
A construção desse depósito é uma das exigências da licença ambiental concedida para a retomada das obras de Angra 3. Sem o início das obras, a usina não poderá entrar em operação.
Segundo Sérgio Rezende, a localização do depósito será objeto de um leilão. O município que abrigar o futuro depósito receberá dinheiro em formato de royalties da União.
"Não vejo dificuldade, acho que haverá vários municípios disponíveis, provavelmente no Nordeste", disse o ministro.
A localização do depósito é uma das indefinições do Programa Nuclear Brasileiro. Também segue sem definição do governo a localização das duas próximas usinas nucleares, cuja entrada em operação é prevista para ocorrer até 2022. Estudos da Eletronuclear apontam 22 locais no Nordeste, inclusive às margens do Rio São Francisco.
As indefinições do programa vêm se arrastando desde dezembro de 2008, quando ocorreu a última reunião sobre o tema em comitê de ministros.
Em maio de 2009, o Ministério de Ciência e Tecnologia fechou proposta de criar a Agência Reguladora Nuclear, encarregada de fiscalizar a área, tarefa atualmente à cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). No entanto, o texto ainda não foi enviado ao Congresso Nacional.
Também circula no governo minuta de decreto presidencial que nomeia o secretário de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, coordenador do comitê de ministros responsável pelo programa nuclear.
Antes do início das obras de um depósito de longa duração, a usina nuclear de Angra 3 não poderá entrar em operação
Marta Salomon/BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Uma área longe dos centros urbanos, isolada, no Nordeste. Esse é o provável destino do lixo de alta atividade radioativa produzido no País, o rejeito do combustível usado nas usinas nucleares, prevê o ministro da Ciência e Tecnologia, Sérgio Rezende.
Atualmente, os rejeitos das usinas são guardados em piscinões instalados nas próprias usinas.
Mas a construção de um depósito de longo prazo para os rejeitos de alta radioatividade deverá começar até 2014, data prevista para a entrada em operação da usina nuclear de Angra 3, no Estado do Rio de Janeiro.
A construção desse depósito é uma das exigências da licença ambiental concedida para a retomada das obras de Angra 3. Sem o início das obras, a usina não poderá entrar em operação.
Segundo Sérgio Rezende, a localização do depósito será objeto de um leilão. O município que abrigar o futuro depósito receberá dinheiro em formato de royalties da União.
"Não vejo dificuldade, acho que haverá vários municípios disponíveis, provavelmente no Nordeste", disse o ministro.
A localização do depósito é uma das indefinições do Programa Nuclear Brasileiro. Também segue sem definição do governo a localização das duas próximas usinas nucleares, cuja entrada em operação é prevista para ocorrer até 2022. Estudos da Eletronuclear apontam 22 locais no Nordeste, inclusive às margens do Rio São Francisco.
As indefinições do programa vêm se arrastando desde dezembro de 2008, quando ocorreu a última reunião sobre o tema em comitê de ministros.
Em maio de 2009, o Ministério de Ciência e Tecnologia fechou proposta de criar a Agência Reguladora Nuclear, encarregada de fiscalizar a área, tarefa atualmente à cargo da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN). No entanto, o texto ainda não foi enviado ao Congresso Nacional.
Também circula no governo minuta de decreto presidencial que nomeia o secretário de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, coordenador do comitê de ministros responsável pelo programa nuclear.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Gosto muito do que esse cara fala em relação a estratégia e política externa.Também circula no governo minuta de decreto presidencial que nomeia o secretário de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, coordenador do comitê de ministros responsável pelo programa nuclear.
Prestem atenção, vale muito à pena.
Ah, ele jamais vai ser convidado para os "debates" da GLOBONEWS.
- Sterrius
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Concordo que a melhor area é o nordeste.
È o unico que tem areas sem muitos problemas ecologicos, solo estavel e população pequena em certas areas!
tb seria bem no interior do país,facilitando o controle da area! (Lixo radiativo não é lixão joga e esquece).
È o unico que tem areas sem muitos problemas ecologicos, solo estavel e população pequena em certas areas!
tb seria bem no interior do país,facilitando o controle da area! (Lixo radiativo não é lixão joga e esquece).
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Oeste baiano?Sterrius escreveu:Concordo que a melhor area é o nordeste.
È o unico que tem areas sem muitos problemas ecologicos, solo estavel e população pequena em certas areas!
tb seria bem no interior do país,facilitando o controle da area! (Lixo radiativo não é lixão joga e esquece).
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Mais ao sul (sudoeste) há áreas em franco desenvolvimento agrícola, mas a Bahia é enorme. E tem agora a transposição do Rio São Francisco.
- guilhermecn
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Re: NOTICIAS SUB NUCLEAR BRASILEIRO
Que nada! Vamos mandar de presente para a Bolívia ou para o Hugo Chavez!
"You have enemies? Good. That means you've stood up for something, sometime in your life."
Winston Churchill
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