GEOPOLÍTICA

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kurgan
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Re: GEOPOLÍTICA

#2566 Mensagem por kurgan » Qui Ago 05, 2010 6:41 pm

05/08/2010 - 18h34
Disputa Brasil-EUA ameaça o comércio

Por Brian Winter e Natuza Nery

WASHINGTON/BRASÍLIA (Reuters) - As relações entre Estados Unidos e Brasil começaram a mergulhar ladeira abaixo em março, em Brasília, e a disputa agora ameaça as relações comerciais entre as duas maiores economias das Américas.

Cinco meses atrás, a secretária norte-americana de Estado, Hillary Clinton, tentava convencer o presidente Luiz Inácio Lula da Silva a abandonar ou adiar seus polêmicos esforços para negociar um acordo nuclear com o Irã. Ela queria, em vez disso, que o Brasil apoiasse novas sanções da ONU a Teerã.

Lula recusou. E então soltou uma bomba diplomática ao dizer a Hillary sobre o seu temor de que o Irã se tornasse um novo Iraque --ou seja, que os Estados Unidos estivessem se encaminhando para uma guerra, segundo fontes familiarizadas com a discussão.

Hillary se abespinhou, respondendo que Lula não estava levando em conta o fato de que o presidente dos EUA agora é Barack Obama, e não mais George W. Bush, disseram essas fontes, pedindo anonimato devido ao caráter delicado do assunto.

A reunião terminou mal. Dois meses depois, Lula estava em Teerã, ao lado do presidente Mahmoud Ahmadinejad, alardeando o acordo para o intercâmbio de combustível nuclear do Irã --o qual foi ignorado pelos Estados Unidos e pela maioria das outras grandes potências nucleares, que aprovaram as novas sanções.

Hoje, as consequências daquele episódio continuam sendo piores do que ambos os lados admitem publicamente.

De modo reservado, autoridades brasileiras se queixam de que seus esforços de boa fé para mediar um acordo de paz foram ignorados, desrespeitando o status do Brasil como potência emergente. Em Washington, os membros do governo se ressentem da interferência de um país, considerado um aliado regional, num assunto que os EUA consideram ser a maior ameaça de longo prazo para a segurança global.

O resultado --e isso é que mais preocupa os investidores-- é que agora há um risco real de uma cisão de longo prazo entre Brasil e EUA, o que poderia ter um efeito negativo sobre o comércio e os negócios bilaterais.

"Eu me preocupo com isso," disse o deputado democrata Eliot Engel, presidente da subcomissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA que trata de América Latina. "Acho que a política de Lula é a de tentar separar os países. Ele quer que os EUA sejam menos influentes."

"Eu me preocupo com isso", disse o deputado democrata Eliot Engel, presidente da subcomissão de Relações Exteriores da Câmara dos EUA que trata de América Latina. "Acho que a política de Lula é a de tentar separar os países. Ele quer que os EUA sejam menos influentes."

Os nervos já estavam à flor da pele entre os dois países por causa de outras disputas, inclusive uma guerra comercial que por pouco foi evitada no primeiro semestre, envolvendo os subsídios ao algodão dos EUA; divergências a respeito do golpe de Estado de 2009 em Honduras; e o frustrante resultado da conferência climática de dezembro em Copenhague.

Os atritos são especialmente frustrantes porque ambos os lados anteviam melhorias sob o governo de Obama, que fez questão de bajular Lula no ano passado, ao se referir a ele como "o cara" e "o político mais popular da Terra".

Hoje em dia, uma fonte de alto escalão em Brasília assim descreveu o resfriamento nas relações bilaterais: "Elas estão na geladeira".

DANOS COMERCIAIS

Os diplomatas dos dois países ainda têm contatos regulares e corteses, e o fluxo de investimentos, em ambos os sentidos, alcança valores inéditos. Mas há sinais de que os laços comerciais começam a se ressentir:

- O Congresso dos EUA agora tem menos propensão a reduzir tarifas de importação do etanol, disseram fontes democratas e republicanas à Reuters. O Brasil é o segundo maior produtor mundial de etanol, atrás justamente dos EUA.

Lobistas do setor norte-americano de etanol, que usa o milho como matéria-prima, têm aproveitado a questão do Irã como justificativa para manter as tarifas. Um desses lobistas, o general da reserva Wesley Clark, disse em junho numa conferência setorial que seria um erro comprar energia de qualquer país --especificamente o Brasil-- que não "olhe no olho" dos Estados Unidos em assuntos de segurança nacional.

"Isto teria sido uma questão difícil sob quaisquer circunstâncias", disse uma fonte. "Depois do Irã, ficou quase impossível" suspender a tarifa, acrescentou a fonte.

- As negociações do Acordo-Marco de Comércio e Investimento (AMCI), entre EUA e Brasil, pararam. O AMCI basicamente fornece o "mapa" para negociações de livre-comércio mais aprofundadas entre os países, e a questão há tempos é uma prioridade para os diplomatas de Washington e Brasília.

Uma fonte que acompanha atentamente as negociações comerciais EUA-Brasil disse que o atraso é "a primeira baixa real" por causa da disputa em torno do Irã.

Nkenge Harmon, porta-voz do Escritório do Representante Comercial dos EUA, confirmou que as negociações ACMI sofreram atrasos, e não citou novos prazos para a conclusão. Sobre a influência do "fator Irã" nisso, Harmon respondeu num email: "Não tenho resposta a isso."

- Os fatos recentes podem também contribuir com a remoção total ou parcial dos produtos brasileiros de um programa que oferece tarifas preferenciais a produtos de países mais pobres. O Sistema Geral de Preferências (GSP, na sigla em inglês) abrange cerca de 3 bilhões de dólares das exportações anuais do Brasil para os EUA, ou quase 15 por cento do total. O programa precisa ser renovado neste ano pelo Congresso norte-americano.

O status do Brasil no GSP costuma ser usado como ferramenta política. Charles Grassley, líder republicano na Comitê de Finanças do Senado, ameaçou modificar a lista em 2006 caso o Brasil não colaborasse nas negociações da Rodada de Doha. Desde então, Grassley tem dito que os países em desenvolvimento mais ricos, como o Brasil, não precisam mais estar associados ao

GSP.

Arturo Valenzuela, principal diplomata do governo Obama para a América Latina, negou que o incidente no Irã esteja tendo repercussões comerciais. "Nosso desapontamento com o trato dessa questão em particular (...) não nos impedirá de trabalharmos juntos em numerosas e significativas questões de interesse mútuo que compartilhamos", disse Valenzuela, secretário-assistente para assuntos do Hemisfério Ocidental, em declaração por email à Reuters.

Não obstante, Steven Bipes, diretor-executivo da Seção dos EUA do Conselho Empresarial Brasil-EUA, se disse "frustrado" com recentes obstáculos surgidos no comércio bilateral.

"O Congresso precisa perceber que isto não é só o que o Brasil deseja --essas questões ajudam os empregos norte-americanos também", afirmou.

INFLUÊNCIA CHINESA

Por parte do Brasil, não há sinais ostensivos de retaliações no momento, e sim indicações de uma tendência de longo prazo de afastamento em relação aos EUA.

As empresas dos EUA já vêm perdendo participação no mercado brasileiro nos últimos anos. Em 2009, a China superou os Estados Unidos como maior parceiro comercial do Brasil, com um comércio bilateral de 36 bilhões de dólares --o triplo do que era cinco anos antes. Enquanto isso, o comércio do Brasil com os EUA despencou quase um terço em 2009, e volta a aparecer atrás do comércio com a China neste ano. (Veja gráfico clicando em http://link.reuters.com/gab43n)

A má vontade em relação a Washington se reflete em parte do Congresso, onde a superpotência sempre foi vista com considerável suspeita, especialmente entre parlamentares do

PT.

"O aspecto preocupante desta situação é que o clima venenoso foi além dos (Poderes) Executivos em ambos os países", disse Paulo Sotero, diretor do Instituto Brasil na entidade Wilson Center, em Washington.

O distanciamento ocorre num momento crítico para empresas dos EUA. Como a economia brasileira deve se expandir cerca de 7 por cento neste ano, maior ritmo em mais de uma década, seu crescente mercado consumidor se torna enormemente importante para empresas dos EUA, como a General Motors, que enfrenta queda nas vendas na matriz.

Mark Smith, presidente da empresa de bioenergia Claren Power e ex-diretor-gerente da Câmara de Comércio dos EUA, disse que as preocupações sobre a redução da influência norte-americana no Brasil são exageradas. Ele lembrou que a China compra do Brasil principalmente matérias-primas, enquanto os EUA adquirem bens de maior valor agregado.

"Quanta influência você pode realmente conseguir comprando minério de ferro?", questionou Smith. "Na minha última checagem, ainda estávamos importando aviões e serviços. É aí que está o futuro, e é aí que o poder está no Brasil também."

O deputado Engel disse que a eleição presidencial de outubro no Brasil pode ser uma oportunidade de melhoria nas relações. "Seria uma ótima época para tentarmos ser inteligentes e abordá-los."

O problema dessa estratégia é que, se a eleita for Dilma Rousseff (PT), ela deve manter na cúpula do Itamaraty muitos dos quadros envolvidos na iniciativa de Lula com o Irã.

Além disso, chegando ao final do seu segundo mandato, não há sinais de que o popularíssimo Lula tenha mudado de opinião. Num comício de Dilma no fim de semana, o presidente criticou o papel dos EUA no processo de paz do Oriente Médio, dizendo que Washington deveria permitir a participação de mais envolvidos --inclusive do grupo palestino Hamas, que conta com a simpatia do Irã.

Lula disse à multidão que os norte-americanos "muitas vezes não sabem" resolver as dificuldades. "Eles criam problemas".

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... ercio.jhtm




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Re: GEOPOLÍTICA

#2567 Mensagem por Sterrius » Qui Ago 05, 2010 9:07 pm

Se os EUA pedem obediencia e alinhamento sem questionamento e sem perguntas pra ter negocios sinceramente eu digo que arrangemos outros!

Pelo visto la ainda nao entenderam que nao queremos ser apenas +1 parceiro... na verdade acho que nunca vão entender!




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Re: GEOPOLÍTICA

#2568 Mensagem por Francoorp » Qui Ago 05, 2010 10:46 pm

Sterrius escreveu:Se os EUA pedem obediencia e alinhamento sem questionamento e sem perguntas pra ter negocios sinceramente eu digo que arrangemos outros!

Pelo visto la ainda nao entenderam que nao queremos ser apenas +1 parceiro... na verdade acho que nunca vão entender!

Apoiado, eles querem é mais um servo!!!




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Re: GEOPOLÍTICA

#2569 Mensagem por PRick » Qui Ago 05, 2010 10:50 pm

Francoorp escreveu:
Sterrius escreveu:Se os EUA pedem obediencia e alinhamento sem questionamento e sem perguntas pra ter negocios sinceramente eu digo que arrangemos outros!

Pelo visto la ainda nao entenderam que nao queremos ser apenas +1 parceiro... na verdade acho que nunca vão entender!

Apoiado, eles querem é mais um servo!!!

E a PIG continua inigualável, essa matéria é uma mistura de rabo preso, complexo de vira-latas, lamento por não sermo mais servos, etc.. E no final está a deixa da matéria Foia de Sun Paul, que coisa vergonhosa, escreverem e publicarem uma reporcagem desse nível, dá nojo dessa gentalha! :twisted: :twisted:

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Re: GEOPOLÍTICA

#2570 Mensagem por FOXTROT » Sex Ago 06, 2010 10:56 am

terra.com.br

EUA e Vietnã negociam parceria nuclear
05 de agosto de 2010

Os Estados Unidos e o Vietnã estão negociando um acordo de energia nuclear civil que permitirá o compartilhamento de combustível e tecnologia atômica de Washington com Hanói, disse o Departamento de Estado norte-americano nesta quinta-feira.
O porta-voz P.J. Crowley afirmou que o acordo se baseia em tratados similares já firmados pelos Estados Unidos com a Índia, em 2005, e com os Emirados Árabes Unidos, em 2009.

Os Estados Unidos esperam que seus parceiros sigam o exemplo dos Emirados, que abriram mão de enriquecer combustível nuclear, preferindo recorrer ao mercado internacional.

Crowley admitiu que "nem todos os países vão tomar a decisão" igual à dos Emirados Árabes, e salientou que o Vietnã, como país signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), tem o direito a enriquecer urânio para fins energéticos.

"É uma decisão para eles tomarem, não é uma decisão para os Estados Unidos tomarem", disse Crowley.

O enriquecimento de combustível nuclear pode gerar material para uso em usinas, mas também para armas. Os Estados Unidos e outros países atualmente pressionam o Irã a abandonar o processo de enriquecimento de urânio.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: GEOPOLÍTICA

#2571 Mensagem por Penguin » Sex Ago 06, 2010 6:51 pm

29/07/2010 08h54 - Atualizado em 30/07/2010 08h23
Guerras entre Estados são cada vez mais raras no mundo, diz estudo
Desde 1945, maioria dos conflitos armados ocorre dentro dos países.
Série do G1 analisa guerras e confrontos atuais.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/ ... studo.html




Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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Re: GEOPOLÍTICA

#2572 Mensagem por Francoorp » Sex Ago 06, 2010 9:47 pm

Santiago escreveu:29/07/2010 08h54 - Atualizado em 30/07/2010 08h23
Guerras entre Estados são cada vez mais raras no mundo, diz estudo
Desde 1945, maioria dos conflitos armados ocorre dentro dos países.
Série do G1 analisa guerras e confrontos atuais.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/ ... studo.html

Como sempre a globo chega atrasada nas noticias... é que primeiro tem que passar pela censura da comissão PIG pra saber se pode ou não ser publicada. :wink:

viewtopic.php?f=11&t=12352&start=2520




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Re: GEOPOLÍTICA

#2573 Mensagem por suntsé » Sáb Ago 07, 2010 7:00 pm





PRick

Re: GEOPOLÍTICA

#2574 Mensagem por PRick » Dom Ago 08, 2010 3:06 am

Santiago escreveu:05/08/2010 - 02h57
O Grande Jogo no Afeganistão

Thomas L. Friedman



O tesouro de informações do WikiLeaks relativo ao fracassado esforço de guerra dos Estados Unidos no Afeganistão tem provocado muitas reações, mas na minha opinião ele contém uma mensagem clara. Na verdade, a mensagem é nada mais do que uma antiga dica que os seus pais podem lhe ter dado antes que você entrasse na universidade: “Se você está em um jogo de pôquer e não sabe quem é o o mau jogador, então o mau jogador provavelmente é você”.

.............
Tradução: UOL

O problema do mundo são os EUA, um estado imperialista, agressivo, desestabilizador, não fazem nenhum bem em menhum lugar, dado que suas intervenções só visam o aumento de sua riqueza e poder. O Grande Satã fica na Casa Branca.

Depois os culpados são a Al Qaeda, o Iraque, o Afeganistão, o Paquistão, a Arábia Saudita, o Libano, o Egito, a Turquia, o Irã, enfim, todos são culpados de não conseguirem de ficar livres do Grande Satã que tudo corrompe em nome da liberdade, a liberdade para pilharem o mundo!

E é lógico a filial de Miami, os capachos de plantão, porque afinal as mãos imundas do Grande Satã também estão aqui, na Colombia, América Central, México, enfim, eles são o Grande Mau do mundo! Esse é o problema chama-se Estados Unidos da América, sem eles o mundo ficaria muito melhor.

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Re: GEOPOLÍTICA

#2575 Mensagem por Penguin » Dom Ago 08, 2010 9:49 am

PRick escreveu:
Santiago escreveu:05/08/2010 - 02h57
O Grande Jogo no Afeganistão

Thomas L. Friedman



O tesouro de informações do WikiLeaks relativo ao fracassado esforço de guerra dos Estados Unidos no Afeganistão tem provocado muitas reações, mas na minha opinião ele contém uma mensagem clara. Na verdade, a mensagem é nada mais do que uma antiga dica que os seus pais podem lhe ter dado antes que você entrasse na universidade: “Se você está em um jogo de pôquer e não sabe quem é o o mau jogador, então o mau jogador provavelmente é você”.

.............
Tradução: UOL

O problema do mundo são os EUA, um estado imperialista, agressivo, desestabilizador, não fazem nenhum bem em menhum lugar, dado que suas intervenções só visam o aumento de sua riqueza e poder. O Grande Satã fica na Casa Branca.

Depois os culpados são a Al Qaeda, o Iraque, o Afeganistão, o Paquistão, a Arábia Saudita, o Libano, o Egito, a Turquia, o Irã, enfim, todos são culpados de não conseguirem de ficar livres do Grande Satã que tudo corrompe em nome da liberdade, a liberdade para pilharem o mundo!

E é lógico a filial de Miami, os capachos de plantão, porque afinal as mãos imundas do Grande Satã também estão aqui, na Colombia, América Central, México, enfim, eles são o Grande Mau do mundo! Esse é o problema chama-se Estados Unidos da América, sem eles o mundo ficaria muito melhor.

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O mundo sob a hegemonia européia (Impérios ibericos, Império francês, Império britânico, etc) foi muito diferente?
Como seria uma pax alemã, se ela tivesse vencido a 2GM?
Como seria uma pax chinesa se ela se tornar a potência hegemônica no futuro?
Ou mesmo uma pax islâmica fundamentalista?




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Re: GEOPOLÍTICA

#2576 Mensagem por Penguin » Dom Ago 08, 2010 9:51 am

Francoorp escreveu:
Santiago escreveu:29/07/2010 08h54 - Atualizado em 30/07/2010 08h23
Guerras entre Estados são cada vez mais raras no mundo, diz estudo
Desde 1945, maioria dos conflitos armados ocorre dentro dos países.
Série do G1 analisa guerras e confrontos atuais.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2010/ ... studo.html

Como sempre a globo chega atrasada nas noticias... é que primeiro tem que passar pela censura da comissão PIG pra saber se pode ou não ser publicada. :wink:

viewtopic.php?f=11&t=12352&start=2520
A mesma fonte que vc citou em 30/07/2010 ( viewtopic.php?f=11&t=12352&start=2520 ), o G1, da Globo. :wink:




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Re: GEOPOLÍTICA

#2577 Mensagem por Penguin » Dom Ago 08, 2010 9:52 am

São Paulo, domingo, 08 de agosto de 2010

RUBENS RICUPERO

Reviravolta histórica
No passado, o intercâmbio não se limitava a comércio: os valores e as aspirações também vinham de fora

NO ANO PASSADO, a China se tornou pela primeira vez o maior mercado do Brasil, superando os EUA, que ocupavam essa posição há quase 150 anos. O mercado chinês foi também o primeiro destino das vendas do Mercosul e do Chile, o segundo para a Argentina e o Peru.
Isso não se deve somente aos efeitos da crise financeira sobre a demanda dos EUA. A tendência é clara em toda a primeira década do século. Durante esses dez anos, o comércio China-América Latina foi o de maior crescimento em cotejo com outras regiões nas exportações e nas importações, aumentando ao dobro da taxa média mundial.
É melancólico como o intercâmbio brasileiro-americano perdeu importância relativa nos últimos cem anos. Em 1905/06, o Brasil era o sexto maior parceiro bilateral dos EUA, após o Reino Unido, a Alemanha, a França, o Canadá e Cuba (açúcar). Chegamos a ser os terceiros fornecedores dos ianques nos tempos em que nem se sonhava com Japão, China, Coreia e outros asiáticos.
Já em 1870 os americanos nos compravam quatro vezes mais do que nos vendiam. O saldo acumulado pelo Brasil com os EUA cresceu de 1867 a 1905 a ponto de atingir cifras astronômicas se corrigidas com os valores de hoje. Em 1912, ano da morte do barão do Rio Branco, os EUA absorviam 36% das vendas brasileiras, ao passo que o segundo, o Reino Unido, recebia só 15%.
Embora não se possa falar em causa e efeito, o fato é que o apogeu da aproximação política Brasil-EUA, a fase da chamada "aliança não-escrita", coincidiu com o ápice das relações econômico-comerciais. Desde aquela época, a porcentagem das vendas aos EUA em comparação com o resto do mundo foi caindo, primeiro para oscilar entre 20% e 24%, mais recentemente para algo em torno de 17/18%, desconsiderando 2009, quando desabou a 10%.
Os EUA têm sido, ao lado da América Latina, os únicos grandes mercados para exportações brasileiras de alta tecnologia, sendo os maiores compradores da Embraer, por exemplo. As transnacionais americanas no Brasil direcionaram em geral maior parcela da produção local ao mercado da matriz do que transnacionais de outras origens.
Em contraste, o mercado chinês só compra commodities do Brasil e outros latinos, reservando aos vizinhos asiáticos o papel de supridores de insumos industriais de alto valor agregado. Criou-se situação duplamente preocupante devido à dependência excessiva do mercado chinês e ao caráter assimétrico da troca de commodities por manufaturas cada vez mais sofisticadas.
No passado, os principais parceiros comerciais ou financeiros do Brasil eram os EUA, o Reino Unido, os europeus, países da mesma tradição histórico-cultural. O intercâmbio não se limitava a mercadorias: valores e aspirações em democracia e direitos humanos vinham das revoluções francesa e americana, do parlamentarismo inglês.
Nunca tivemos a experiência de comércio exterior dissociado de fortes vínculos culturais e políticos. O desafio de definir uma política para a China passa por integração comercial menos assimétrica e pelo enriquecimento em conteúdo de uma relação que não deve ser reduzida à dimensão mercantil.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2578 Mensagem por PRick » Dom Ago 08, 2010 9:53 am

Santiago escreveu:
PRick escreveu:
O problema do mundo são os EUA, um estado imperialista, agressivo, desestabilizador, não fazem nenhum bem em menhum lugar, dado que suas intervenções só visam o aumento de sua riqueza e poder. O Grande Satã fica na Casa Branca.

Depois os culpados são a Al Qaeda, o Iraque, o Afeganistão, o Paquistão, a Arábia Saudita, o Libano, o Egito, a Turquia, o Irã, enfim, todos são culpados de não conseguirem de ficar livres do Grande Satã que tudo corrompe em nome da liberdade, a liberdade para pilharem o mundo!

E é lógico a filial de Miami, os capachos de plantão, porque afinal as mãos imundas do Grande Satã também estão aqui, na Colombia, América Central, México, enfim, eles são o Grande Mau do mundo! Esse é o problema chama-se Estados Unidos da América, sem eles o mundo ficaria muito melhor.

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O mundo sob a hegemonia européia (Impérios ibericos, Império francês, Império britânico, etc) foi muito diferente?
Como seria uma pax alemã, se ela tivesse vencido a 2GM?
Como seria uma pax chinesa se ela se tornar a potência hegemônica no futuro?
Ou mesmo uma pax islâmica fundamentalista?
Quem defendeu aqui a hegemonia européia? Não quero hegemonia de ninguém, ainda mais de uma única nação. Quero que todos eles percam os dentes para não poderem dar mais dentadas em ninguém! :twisted: :twisted:

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Re: GEOPOLÍTICA

#2579 Mensagem por suntsé » Dom Ago 08, 2010 10:02 am

PRick escreveu:
Quem defendeu aqui a hegemonia européia? Não quero hegemonia de ninguém, ainda mais de uma única nação. Quero que todos eles percam os dentes para não poderem dar mais dentadas em ninguém! :twisted: :twisted:

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É não custa sonhar :-)




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Re: GEOPOLÍTICA

#2580 Mensagem por Luiz Bastos » Dom Ago 08, 2010 10:17 am

Este sr Ricupero deve estar sentindo saudades do cavanhaque do "Tio Sam" no seu cangote. Só pode!

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