RÚSSIA

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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1111 Mensagem por kurgan » Sex Jul 30, 2010 8:05 pm

publicado em 30/07/2010 às 19h35:
Caças canadenses interceptam bombardeiros russos

Aeronaves se aproximavam do espaço aéreo do Canadá na zona do Ártico

Dois bombardeiros russos foram interceptados na quarta-feira passada por caças canadenses quando se aproximavam do espaço aéreo do Canadá na zona do Ártico, informou nesta sexta-feira (30) o porta-voz do ministério da Defesa em Ottawa.

- Os dois bombardeiros russos TU-95 voltaram à sua base em problemas após o incidente.

Segundo o ministério, os russos estavam a 250 milhas náuticas de Goose Bay, na província de Terra Nova, zona de interesse canadense.

Desde 2007, vários incidentes deste tipo já ocorreram no espaço aéreo do Canadá, lembrou Paxton.

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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1112 Mensagem por Brasileiro » Sex Jul 30, 2010 8:56 pm

Francoorp escreveu:Gastos de defesa da Rússia deverá aumentar em 60% até 2013

Os gastos de defesa da Rússia vão aumentar em 60 por cento, de 66.300 milhões de dólares americanos para mais de 42 bilhões em 2013 de acordo com à RIA Novosti.

O governo russo tomou a decisão durante um encontro na quinta-feira. O maior crescimento está previsto para 2013, quando o valor subirá 16,6 milhões.

Konstantin Makiyenko do Centro Russo para Análise de Estratégias e Tecnologias (CAST) disse ao jornal que o governo deverá gastar mais com a Marinha, assim como as indústrias aeronáutica e espacial.

A construção de submarinos avançados, incluindo os submarinos da classe Borei e mísseis balísticos Bulava, bem como a construção de três novas fragatas da classe Talwar, três submarinos da classe Kilo melhorada e outras embarcações para a Marinha russa devem ser a maior parte da despesa prevista, Makiyenko disse.

Deve-se considerar os gastos com a construção dos dois primeiros navios da classe Mistral, embarcações de assalto anfíbio negociados junto a França. Um acordo bilionário e sem precedentes na Rússia, que visa modernizar sua marinha e industria naval com a aquisição de 2 embarcações na França e outras duas a serem construidas sob licença na Rússia.

Além disso, a Rússia está planejando investir em 60 caças Sukhoy a partir de 2010, e a compra de 26 MiG-29K Fulcrum-D (versão naval), com o contrato estimado em cerca de 25 bilhões. Os planos também incluem a compra de 32 Su-35 Flanker.
Só não sei como farão para arranjar essa grana, sendo que a Rússia foi um dos países que mais sofreu com a crise em 2008/2009 e seu PIB não crescerá este nem o próximo ano a uma taxa muito grande.

Mas é interessante saber que planejam mais dois esquadrões de Su-35, substituição dos Su-33 por MiG-29 e adquirir, finalmente mais navios para a sua esquadra.


abraços




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1113 Mensagem por P44 » Qui Ago 05, 2010 12:08 pm

Rússia suspende exportação de cereais
15h33m

Vladimir Putin, primeiro-ministro russo, suspendeu hoje, quinta-feira, as exportações de cereais e produtos derivados, na sequência da seca prolongada que tem vindo a assolar o país.

"Considero necessário proibir temporariamente a exportação, do território da Rússia, de cereais e de produtos derivados", declarou o primeiro-ministro numa reunião do governo.

A proposta foi aprovada pelo executivo russo e entrará em vigor a partir do dia 15 de Agosto.

O estado de seca obrigou já à decretação de estado de emergência em 27 regiões russas e vai condicionar a colheita de cereais deste ano.

Segundo o Ministério da Agricultura, a colheita anual traduzir-se-á em 70 a 75 milhões de toneladas de cereais, menos 20% do que no ano passado.

Este números irão reflectir-se, segundo especialistas, no preço não só do pão, mas também no leite, carne e outros alimentos de primeira necessidade.

Esta medida já teve repercussões nos mercados internacionais, com o aumento do preço dos cereais.

A agência de informação financeira Bloomberg indicou que o trigo para entrega em Dezembro subiu hoje, na bolsa de futuros Chicago, para 8,155 dólares ou 6,19 euros por bushel (medida de capacidade equivalente a 36,348 litros), o máximo permitido pela bolsa.

De acordo com a Bloomberg, este é o nível mais alto desde Agosto de 2008.

A nível interno, o trigo aumentou na Rússia 19% na semana passada.

"Devemos evitar que os preços domésticos subam", disse o primeiro-ministro russo, Vladimir Putin, para justificar o decreto aprovado que proíbe as exportações de trigo, cevada, centeio, milho e farinha entre 15 de Agosto e 31 de Dezembro.

http://jn.sapo.pt/PaginaInicial/Mundo/I ... id=1634778




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1114 Mensagem por kurgan » Sáb Ago 07, 2010 11:58 am

07/08/2010 - 11h30
Rússia acusa Estados Unidos por controle frouxo de armas

DA REUTERS, EM MOSCOU (RÚSSIA)

A Rússia acusou os Estados Unidos neste sábado de violar suas obrigações diante do tratado de não proliferação de armas de destruição de massa.

A acusação é um sinal claro de tensão nas relações entre as duas potências. As críticas ocorreram após a Comissão de Relações Exteriores do Senado norte-americano ter adiado a votação de instrumento que ratificaria medidas do bilateral Tratado Estratégico de Redução de Armas (Start 2) até meados de setembro.

O documento estabelece a redução dos arsenais de armas nucleares dos dois países em cerca de 30%, além de um maior controle sobre seu armazenamento.

O Ministério das Relações Exteriores russo informou em um relatório de onze páginas publicado na internet que os EUA violaram inúmeros pactos relacionados ao tema, incluindo o START e um acordo convencional sobre armamento.

"Durante o período do START I, os Estados Unidos não abordaram as preocupações da Rússia sobre a implementação desse tratado", disse o ministério, citando uma ampla lista de supostas irregularidades, que inclui ainda:

-- O fracasso dos EUA em dar informações sobre testes com mísseis balísticos.

-- O fato dos EUA evitarem a supervisão internacional em concordância com a Convenção de Armas Tóxicas e Biológicas.

-- Informações secretas do laboratório nuclear do U.S. Los Alamos acabarem na mão de uma gangue de tráfico de drogas em 2006.

-- Checagens de uma agência do governo americano revelaram em 2010 que várias instituições que lidam com vírus fracassaram em garantir segurança necessária para impedir invasões.

-- Cerca de 1.500 fontes de radiação ionizante se perderam nos EUA entre 1996 e 2001.

-- Em 2004, foi revelado que a Companhia de Gás e Eletricidade do Pacífico perdeu três segmentos de lixo nuclear, utilizados na estação nuclear Hamboldt Bay.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7794 ... rmas.shtml




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1115 Mensagem por cabeça de martelo » Sáb Ago 07, 2010 12:28 pm

:shock:

UAU, a vida dá muitas voltas...vamos esperar pela resposta dos EUA. 8-]




"Lá nos confins da Península Ibérica, existe um povo que não governa nem se deixa governar ”, Caio Júlio César, líder Militar Romano".

O insulto é a arma dos fracos...

https://i.postimg.cc/QdsVdRtD/exwqs.jpg
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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1116 Mensagem por EDSON » Sáb Ago 07, 2010 1:46 pm

Nossa que emoção!! Esperemos pelos nossos heróis então.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1117 Mensagem por suntsé » Sáb Ago 07, 2010 2:12 pm

Ué depois das sanções dos EUA que os Russos e Chineses ajudaram aprovar, pensei que eles fossem os melhores amigos :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1118 Mensagem por Sterrius » Sáb Ago 07, 2010 2:48 pm

Dpois dizem que não é pra rir quando usam a carta do "estado responsavel" com armamento nuclear.

Veja o numero de falhas na noticia acima :roll:




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1119 Mensagem por FOXTROT » Sex Ago 20, 2010 11:27 am

terra.com.br

Rússia assegura permanência de base na Armênia até 2044
20 de agosto de 2010

Rússia e Armênia assinaram nesta sexta-feira um acordo para prorrogar até 2044 a permanência da base militar russa na localidade armênia de Guiumri, enquanto Moscou se comprometeu a garantir a segurança de todo o território do país do Cáucaso.
"A parte russa assumiu o compromisso de garantir conjuntamente a segurança militar da república da Armênia e, portanto, de oferecer a nossas Forças Armadas armamento moderno", assegurou o presidente armênio, Serge Sargsian, em entrevista coletiva após a assinatura do acordo.

O documento foi assinado pelos ministros da Defesa dos dois países na presença de Sargsian e do presidente russo, Dmitri Medvedev, que iniciou quinta-feira uma visita oficial à Armênia.

Segundo o acordo anterior, assinado em 1995, as tropas russas podiam permanecer em território armênio até 2020, mas as duas partes estavam interessadas em prolongar a permanência da base durante outros 24 anos.

Sargsian explicou que o acordo anterior "limitava o funcionamento da base (Guiumri) às fronteiras exteriores da antiga União Soviética" e que agora "esta restrição foi retirada do texto".

O líder russo confirmou que o protocolo "não só prorroga o prazo de permanência da base russa na Armênia, mas amplia o âmbito de sua responsabilidade geográfica e estratégica".

Além disso, foi assinado outro acordo para a provisão de armamento russo ao Exército da Armênia, que mantém desde 1988 um conflito com o Azerbaijão pelo enclave de Nagorno Karabakh.

Em Guiumri, onde estão cerca de 3.500 militares do Exército russo, há ainda três baterias de mísseis antiaéreos S-300 e caças Mig-29.

Até hoje, as fronteiras armênias com Turquia (350 quilômetros) e Irã (46 quilômetros) são vigiada por guardas russos.

A Rússia já prolongou recentemente a permanência da base da frota russa do Mar Negro no porto ucraniano de Sebastopol (península da Criméia) até 2042.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1120 Mensagem por suntsé » Sex Ago 20, 2010 11:36 am

A melhor coisa que a armenia poderia fazer é se apoiar na russia. eles não tem força suficiente para se fazer respeitar na região do médio-oriente. Antes da Russia estender a m~´ao para eles, os visinhos só fazião montar em sima da armenia.




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1121 Mensagem por FOXTROT » Sex Ago 20, 2010 12:12 pm

terra.com.br

Presidentes de Rússia e Armênia assinam acordo de defesa
20 de agosto de 2010

A Rússia confirmou nesta sexta-feira sua presença militar no Cáucaso ao prorrogar até 2044 a permanência de sua base na Armênia e se comprometeu a garantir a segurança de todo o território deste país.

"A parte russa assumiu o compromisso de garantir conjuntamente a segurança militar da República da Armênia e, portanto, de abastecer nossas Forças Armadas com armamentos modernos", assegurou o presidente armênio, Serj Sargsyan, em entrevista coletiva após a assinatura do acordo.

O documento foi assinado pelos ministros de Defesa dos dois países na presença de Sargsyan e do presidentes russo, Dmitri Medvedev, que iniciou ontem uma visita oficial a este país do Cáucaso.

Segundo o acordo anterior assinado em 1995, as tropas russas podiam permanecer em território armênio até 2020, mas ambas as partes estavam interessadas em prolongar a permanência da base de Gyumri durante outros 24 anos.

Sargsyan explicou que o acordo anterior "limitava o funcionamento da base às fronteiras exteriores da antiga União Soviética" e que agora "esta restrição foi retirada do texto".

Em seguida, o líder russo confirmou que o protocolo "não só prorroga o prazo de permanência da base russa na Armênia, mas amplia o âmbito de sua responsabilidade geográfica e estratégica".

"A missão da Rússia como o Estado mais poderoso da região consiste em manter a paz e a legalidade. A Rússia leva muito a sério suas obrigações de aliado", assinalou Medvedev, que qualificou de "estratégicas" as relações com Yerevan.

A Armênia é membro da Organização do Tratado de Segurança Coletiva (OTSC), aliança militar pós-soviética liderada por Moscou, análoga à Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para os países ocidentais. A OTSC deve agir em caso de agressão exterior contra alguns dos países que a integram.

Principal aliado do Kremlin no Cáucaso, a Armênia é vizinha do Irã, Turquia, Geórgia e Azerbaijão - com o qual mantém, desde 1988, um conflito pelo enclave de Nagorno-Karabakh.<

p> Segundo os analistas, com o acordo a Rússia reforça sua posição militar na fronteira oriental da Otan, que ainda não descartou ter a Geórgia como membro. Este país rompeu relações diplomáticas com Moscou em 2008 após a guerra na região separatista da Ossétia do Sul.

Atualmente, a fronteira da Armênia com a Turquia (350 km) e com o Irã (46 km) é vigiada por guardas fronteiriços russos.

O ministro de Defesa russo, Anatoly Serdyukov, indicou que a Rússia não paga aluguel pelo uso da base, que está na parte ocidental da Armênia, a poucos quilômetros da fronteira com a Turquia.

Gyumri abriga 3,5 mil soldados do Exército russo, três baterias de mísseis antiaéreos S-300, caças Mig-29, além de carros de combate e peças de artilharia.

A Rússia se viu obrigada em 2005 a transferir à Armênia armas e equipamentos militares após o fechamento de suas duas bases militares em território georgiano (Batumi e Ajalkalaki).

O Azerbaijão, segundo a imprensa local, poderia em breve dar sinal verde para que a Turquia instale uma base militar em seu território e responder assim à decisão da Armênia.

Recentemente, a Rússia também prorrogou a permanência da base da frota russa do Mar Negro no porto ucraniano de Sebastopol (a península da Crimeia), neste caso até 2042. Por esta base, sim, Moscou deverá pagar aluguel.

Além disso, conta com bases militares nas regiões separatistas georgianas de Abkházia e Ossétia do Sul, o que a Otan considera inaceitável.

Medvedev assegurou em várias ocasiões que regiões do espaço pós-soviético como o Cáucaso são zonas de influência especiais onde a Rússia não aceita ingerências externas.

Rússia e Armênia também assinaram hoje outro acordo para o fornecimento de armas à Armênia, cujas autoridades estão inquietas pelo aumento do orçamento militar do vizinho Azerbaijão.

Na declaração conjunta assinada após o diálogo entre ambos os líderes, Rússia e Armênia defenderam uma "solução imediata" do conflito de Nagorno-Karabakh "por meios exclusivamente pacíficos".

Medvedev se mostrou disposto a fazer a mediação entre armênios e azerbaijanos e deixou entrever a possibilidade de atrair novos mediadores, além dos países que integram o Grupo de Minsk da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) - integrado por EUA, Rússia e França -, caso as atuais negociações não tenham efeito.
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Acredito que esteja equivocada a noticia de três baterias Russas de S-300 na Armênia, informação quem tem?




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1122 Mensagem por Enlil » Sáb Ago 21, 2010 8:11 pm

Moscou inicia um retorno ao Afeganistão e reforça seu papel na Ásia Central
21/08/2010

Preocupado em reforçar o peso da Rússia na Ásia Central, o presidente Dmitri Medvedev recebeu, na quarta-feira (18), em sua residência de Sochi, à beira do Mar Negro, os presidentes do Afeganistão, Hamid Karzai, e do Paquistão, Asif Ali Zardari.

“Nós apoiamos a luta do governo afegão contra o terrorismo e estamos prontos para ajudar”, declarou Medvedev, recebendo seus convidados, entre os quais também se encontrava Emomali Rakhmonov, presidente do Tadjiquistão, ex-república soviética da Ásia Central, vizinha do Afeganistão.

Claramente, o encontro estava centrado no Afeganistão e na luta contra os talebans. O presidente paquistanês, cuja presença em Sochi ocorreu após um exaltado diálogo diplomático em julho com seu colega afegão, manifestou seu apoio a Cabul. “Nós devemos apoiar o povo afegão”, declarou. Em julho, Karzai criou uma saia justa ao acusar seu vizinho de abrigar “refúgios terroristas”. Em Sochi, os dois homens se falaram, mas nada vazou de sua conversa.

Com essa cúpula, a segunda desse tipo, Moscou quer reforçar seu papel na região. Acima de tudo, a ideia é trabalhar para a “estabilização do Afeganistão”. A Rússia está preocupada com uma contaminação da guerra afegã na zona centroasiática, e ainda mais com o tráfico de entorpecentes. O Afeganistão produz 90% da heroína consumida no mundo e o grosso dessa produção é escoada para a Ásia Central e para a Rússia, onde o índice de toxicômanos contaminados pelo vírus da Aids atingiu ápices. “É um problema comum a nós, um problema que atinge todos os Estados da região”, declarou Dmitri Medvedev a seu colega Hamid Karzai.

Na quarta-feira, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, afirmou que a Rússia estava em negociações para a venda de vinte helicópteros Mi-26 ao Afeganistão, dentro de uma licitação. Moscou também propõe armar e formar gratuitamente 200 policiais afegãos durante esse ano.

A grande novidade é que a parte russa considera restaurar 140 instalações (estradas, pontes, usinas, sistemas de irrigação) construídas na época soviética, um contrato de US$ 1 bilhão (cerca de R$ 1,76 bilhão).

Se a proposta for aceita, engenheiros russos poderão voltar para o Afeganistão pela primeira vez desde a saída do contingente soviético em 1989, após dez anos de guerra e 13.500 mortos.

Marcada por esse episódio, a Rússia está convencida de que seus erros poderiam servir de lição aos ocidentais. “Nossa experiência pode ser útil, com certeza. Na época, não havíamos considerado a dos britânicos. E a coalizão internacional, por sua vez, ignora a nossa”, lamenta o general Ruslan Aushev, 55.

Moscou, que não esqueceu sua humilhante retirada, quer cooperar, mas descarta um envio de tropas para apoiar a coalizão dirigida pelos Estados Unidos. Até aqui, o apoio russo havia se limitado a uma cooperação para o trânsito por via férrea ou por voos aéreos de suprimentos destinados às forças trabalhando no Afeganistão.

A Rússia, o Paquistão e o Tadjiquistão se comprometeram a apoiar juntos projetos de reconstrução de infraestrutura no Afeganistão. A prioridade deverá ser dada às obras do túnel rodoviário de Salang, que liga o norte ao sul do Afeganistão, bem como a projetos de petróleo e gás no norte do país, segundo o comunicado comum.

Além disso, Moscou gostaria de reforçar o papel de duas organizações militares, a Organização de Cooperação de Xangai (OCS), uma associação regional de combate contra o terrorismo, e a Organização do Tratado de Segurança Coletiva (ODKB), uma espécie de Otan dos Estados do antigo bloco soviético. Para o Kremlin, essas duas alianças, nas quais a Rússia tem um importante papel, devem estar mais envolvidas.

Motivada por considerações securitárias e geopolíticas, a Rússia também está interessada nos dividendos econômicos que ela poderia retirar dessa cooperação. Com o PIB russo tendo sofrido uma retração de 8% em 2009, novos contratos podem ser buscados no Afeganistão, cujo potencial minerador é descrito como promissor.

Em rivalidade com Moscou pela exploração dos recursos naturais da ex-região soviética da Ásia Central, a China já deu o primeiro passo. Pequim recentemente decidiu investir US$ 3 bilhões em uma mina de cobre no sul de Cabul.

Fonte: Bol

http://pbrasil.wordpress.com/2010/08/21 ... more-25389




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1123 Mensagem por P44 » Ter Set 07, 2010 11:29 am

Infografia

Russia's relations with neighbors through the centuries
http://en.rian.ru/valdai_mm/20100906/160480835.html




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1124 Mensagem por kurgan » Qua Set 15, 2010 6:39 pm

15/09/2010 - 16h41
Rússia e Noruega encerram 40 anos de disputa de fronteira

MURMANSK, Rússia (Reuters) - A Rússia e a Noruega puseram fim a 40 anos de uma disputa de fronteiras ao assinar nesta quarta-feira um tratado de limites no Ártico, o qual abrirá a porta para exploração de gás e petróleo no mar.

O presidente russo, Dmitry Medvedev, e o primeiro-ministro norueguês, Jens Stoltenberg, firmaram o acordo em Murmansk, um porto russo no mar de Barents, perto da fronteira norte da Noruega, no Círculo Polar Ártico.

O território em disputa abrangia uma área de 175 mil quilômetros quadrados -- equivalente à metade do tamanho da Alemanha --, principalmente na região do Mar de Barents onde se encontram as reservas petrolíferas do lado norueguês e russo.

"Levou 40 anos para que chegássemos a este tratado", disse Medvedev, que assinou um acordo preliminar com Stoltenberg em abril.

O presidente russo disse que o acordo abriria novas oportunidades para a pesca e a exploração de gás e petróleo. Qualquer campo de gás ou petróleo na fronteira terá de ser explorado em conjunto, de acordo com um comunicado divulgado pelo Kremlin.

Canadá, Rússia, Noruega, Estados Unidos e Dinamarca -- as únicas nações com territórios beirando o Ártico -- estão envolvidos em uma corrida para reivindicar direitos territoriais sobre reservas de gás, petróleo e metais preciosos que poderiam tornar-se mais acessíveis à medida que a camada de gelo no Ártico encolhe.

A lei internacional estabelece que os cinco países possuem uma zona econômica de 320 quilômetros ao norte de suas fronteiras, mas a Rússia reivindica uma fatia maior, com base em sua alegação de que o leito marítimo no Ártico é uma continuação de sua porção continental.

Boa parte da área do acordo com a Noruega está localizada entre o imenso campo de Shtokman, da Gazprom, no lado russo -- uma reserva com gás suficiente para suprir todo o consumo mundial por um ano --, e dois campos de gás e petróleo perto da costa da Noruega, nos quais a empresa norueguesa Statoil tem participação.

(Reportagem de Denis Dyomkin)

http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... teira.jhtm




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Re: O REGRESSO DA GRANDE RÚSSIA?

#1125 Mensagem por kurgan » Qui Set 16, 2010 9:36 pm

16/09/2010 - 19h22
Checheno Zakayev se entregará às autoridades polonesas

VARSÓVIA, 16 Set 2010 (AFP) -O líder separatista checheno Ajmed Zakayev, procurado por "terrorismo" pelo governo em Moscou, se entregará na manhã de sexta-feira à promotoria em Varsóvia, onde está para participar do Congresso checheno mundial, informou nesta quinta-feira uma fonte separatista citada pela agência PAP.

"Ajmed Zakayev não está na Polônia para se esconder. A Polônia não é inimiga de Ajmed Zakayev", declarou o "consul honorário da República da Itchkeria", Adam Borowski, citado pela agência polonesa PAP.

"Zakayev não quer se esconder ou provocar problemas para a Polônia, e se apresentará amanhã, às 08H00 (03H00 Brasília), à Promotoria, acompanhado por amigos e por um advogado", disse Borowski.

O Congresso checheno teve início na noite de hoje, na periferia de Varsóvia, e o encontro prosseguirá até sexta-feira.

Zakayev vive na Grã-Bretanha, onde tem status de refugiado político, mas é alvo de uma ordem internacional de prisão emitida por Moscou.

A Justiça polonesa informou na quarta-feira que poderia detê-lo, já que como Estado-membro da Interpol, tem a obrigação de aplicar ordens internacionais de prisão.


http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... nesas.jhtm




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