Mais uma irresponsabilidade do Defesanet em cobrar posição do governo brasileiro, MD e FAB.
Em busca de sensacionalismo não fala da zero credibilidade que possui tal jornal, de propriedade do reverendo Moon (dado passado por um amigo que morou nos EUA).
Não fala da presença do embaixador russo e publicação no DOU da compra dos helis, mas prefere alimentar a fofoca de intermediação paquistanesa, que mesmo que fosse verdade não teria ligação com contrabando nuclear.
Vergonha.
É este o site que quer ser citado como referência em assuntos de defesa?
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Rede de Contrabando Nuclear Volta à Ação
Membro são convocados a voltarem à ativa
Brasil mencionado como interessado nos serviços da "Rede Khan"
Comentário DefesaNet
A matéria do Washington Times levanta alguns pontos que merecem comentário e posição do Palácio do Planalto e da ABIN. São membros do governo ou individuais que falam por sí? Se a última opção é a correta quem são essas pessoas? Também o Ministério da Defesa e membros da Força Aérea Brasileira necessitam esclarecer seus recentes negócios com o Paquistão.
Os crescentes negócios com o Paquistão não são o caso principal, mas remonta de particular importância a ação da rede do comerciante de armas paquistanês Shehzad e seu vínculo com oficias da FAB.
Dessa união surgiu a triangulação da venda dos helicópteros Mi-35 ao Brasil (Brasil, Paquistão e Rússia), cujas primeiras unidades foram entregues, em 17 Abril, com o nome de AH-2 Sabre. As novas aeronaves vão ficar sediadas na Base Aérea de Porto Velho, em Rondônia, onde serão utilizadas pelo 2º Esquadrão do 8º Grupo de Aviação (2º/8ºGAV) Esquadrão Poti.
Cientistas, engenheiros e banqueiros envolvidos na rede de contrabando nuclear do cientista paquistanês A.Q. Khan estão sendo contados por vários governos na expectativa que retornem às atividades e saiam da aposentadoria.
Os fatos aumentam as preocupações entra as agências de inteligência do governo americano sobre o ressurgimento da rede de proliferação nuclear que foi desbaratada há alguns anos.
Dois agentes de inteligência americana e outros membros do governo com acesso aos informes de inteligência afirmam que as informações coletadas nos passados sete meses mostram que agentes de vários governos — incluindo Brasil, Burma, Nigéria, Coréia do Norte, Irã, Sudão e Síria — contataram ex-membros da rede de Abdul Qadeer Khan, o cientista considerado “o Pai” da Programa Nuclear Militar do Paquistão.
"Os emissários tem proposto que eles retornem à ativa," afirma uma fonte da inteligência americana.
Esse agente, entretanto, afirma que os contatos detectados nesses meses não refletem necessariamente uma posição de Estado, como é o caso do Brasil e da Nigéria no item referente à proliferação nuclear. "Essas emissários aparentam estar falando por conta própria", segundo o agente de inteligência.
Outro agente alertou que há divergências sobre quais governos tentaram aproximação com os remanescentes da Rede de Khan.
A rede de A.Q. Khan forneceu os "kits iniciais" para enriquecimento de urânio, baseados em um grande número de centrífugas, ao Irã, Líbia e Coréia do Norte desde os anos 80 até 2003/2004 quando foi desbaratada. O Sr Khan confirmou muitas das acusações em entrevistas.
No início do mês de Julho, um informe secreto foi distribuído através do Defense Intelligence Daily — um compêndio de informes de inteligência compartilhado por membros do Executivo, Militares e o Pentágono — informado das evidências, de que membros da Rede de Khan estão sendo reativados. O informe não responde à questão de forma conclusiva, porém ele confirma a existência dos esforços de recrutar membros da rede.
A rede de Kanh foi desbaratada pelo Estados Unidos, quando em Outubro de 2003, foi interceptado um cargueiro alemão (BBC China) que carregava componentes para mais de 1.000 centrífugas para a Líbia.
A captura do navio e a invasão do Iraque, são os fatores, que acredita-se, persuadiram o líder líbio Cel Khadaffi, a abandonar o programa nuclear baseado nos suprimentos de Khan.
Após isso membros do governo da Líbia passaram às agências de inteligência dos Estados Unidos e da Inglaterra vasta quantidade de documentos relacionados às empresas participantes da Rede de Khan, incluindo banqueiros, comerciantes e fabricantes de componentes especiais, que incluíam uma grande quantidade de capitais, de Dubai à Malásia e várias capitais européias. Todas as entidades foram investigadas e o Sr Khan foi colocado em prisão domiciliar, no Paquistão, embora tenha sido levantada a custódia no ano passado.
Entretanto, entre 50 a 100 pessoas associadas com a rede foram deixadas ao largo e não foram processadas. A comunidade de inteligência colocou essas pessoas em várias listas de observação e vigilância. Os mais perigosos foram colocados sobre vigilância eletrônica e humana.
Essa rede de especialistas aposentados, que trabalhava para Khan, é agora o foco de preocupação da possível reativação da rede pela análise da Comunidade de Inteligência dos Estados Unidos.
Um agente sênior de inteligência informou, que os países, que procuraram contatar ex-membros da rede, todos "demonstraram [interesse] em contratar esses indivíduos associados à rede de Khan."
A rede inclui membros de várias nacionalidades ao redor do mundo, mas a preocupação é maior em relação aos oriundos do Europa Oriental.
O assunto foi mencionado rapidamente durante uma sessão da Câmara Federal, 22 Julho, quando Deputado David Scott (Dem/Georgia), questionou a Vann Van Diepen, sub-secretário do Departamento de Estado para International Security and Nonproliferation, se o ex-membros da “Rede Khan” estavam operacionais.
O Sr. Van Diepen, tinha em declaração anterior que a “Rede Khan” estava morta, declinou de comentar e afirmou que o assunto necessitava de uma reunião secreta para ser comentado.
O porta-voz da CIA, George Little,quando solicitado pelo The Washington Times sobre os novos fatos de inteligência, "A destruição da “rede Khan foi um sucesso de ações de inteligência."
O escritório do Diretor da National Intelligence (DNI) preferiu não comentar. (Nota DefesaNet - O DNI supervisiona TODAS as organizações que realizam ações de Inteligência para o governo americano).
De acordo com um analista sênior de inteligência, muitos membros da “Rede Khan” escaparam de processos devido ao receio de que isto os levaria a entrarem nas sombras. Em outros casos, as ações de contrabando não violavam leis locais na oportunidade. Por exemplo, os Emirados Árabes Unidos e a Malásia — importantes centros de ação da “Rede Khan” — estabeleceram leis de controles de exportação nos últimos dois anos.
John R. Bolton, que foi sub-secretário do Departamento de Estado para “Arms Control and International Security”, quando os Estados Unidos iniciaram o desmantelamento da “Rede Khan”, afirmou que o governo teve difíceis escolhas para processar os suspeitos.
"Uma vez que a rede é exposta, cada membro dela, que é denunciado ou não correrá para procurar abrigo," afirmou o Sr, Bolton em uma entrevista. "Essa foi parte da decisão de desmantelar a rede e expô-la publicamente. È parte de análise da equação de custo-benefício."
David Albright, presidente do Institute for Science and International Security e autor do livro "Peddling Peril," que retrata as ações da “Rede Khan”, comenta que membros envolvidos da “Rede Khan” que escaparam aos processos sempre foram uma preocupação para a comunidade envolvida nos assuntos de Não Proliferação.
"Há sempre a preocupação que os segundos e terceiros níveis da “Rede Khan” poderiam reiniciar as suas atividades na rede. Muitas poucas pessoas foram processadas e deu o sentimento de que a “Rede Khan” nunca foi realmente desmantelada na raiz," completou Albright.
Uma das muitas questões não respondidas sobre a “Rede Khan” é a extensão da ação do governo do Paquistão em apoio a estas atividades ilícitas. Um assessor do Congresso familiar com o assunto afirmou, "Dado ao envolvimento do Paquistão na história de proliferação, há boas razões de ser cético que toda a rede esteje fora do negócio."
O presidente do Paquistão Pervez Musharraf, na época, foi um dos primeiros a denunciar a rede de proliferação da tecnologia de enriquecimento de urânio para a Líbia e a Coréia do Norte nas suas memórias publicadas em 2006, "In the Line of Fire."
Em setembro, o jornalista Simon Henderson publicou uma carta manuscrita do Sr Khan, de 2007, que ele revelava ter dirigido uma rede, em nome do governo do Paquistão, ao contrário das afirmações de membros do governo que ele trabalhava de forma independente da administração ou militares.
O governo do Paquistão nunca permitiu que investigadores americanos tivessem acesso ao Sr Khan, quando este estava em prisão domiciliar.