kirk escreveu:
Ok orestes PF ... no stress ... se o photoshop vencer ... vc bate mesmo !
Vc sabe tão bem quanto eu, digo, sabe bem melhor do que eu, que o raio de ação de uma aeronave é o resultado de uma equação complexa ... em que envolve performance de consumo, peso, quantidade de reatores, capacidade interna de combustível, potência, utilização de pós combustão ... e a lista se estende ...
Com relação a sua pergunta sobre o SH ... posso te afirmar que "certamente" ele consome muito mais que o Gripen ... entretanto o seu raio de ação vai depender dos fatores acima expostos ... e segundo informações da Boeing e demais fabricantes ficam assim os raios de ação de cada aeronave do FX-2 ...
click na imagem :
Desculpas aceitas !!!
abraço
kirk
Kirk, não bato e nem baterei em ninguém, nem mesmo farei cobrança de natureza alguma. Só que resolvi ser chato e "agressivo" (pseudo) hoje e só hoje, então ignore meus comentários; lhe peço!
Sobre as considerações
a posteriori, sim você está correto. Porém, sendo bem preciso, não existe uma fórmula, por mais complexa que seja; é na base do olhômetro mesmo (prática, prática e prática), pois a teoria não funciona neste meio, nem de forma "próxima" da realidade, muito menos do ideal.
O SH realmente consume mais do o Gripen (mesmo o NG), pois seu desenho, por si só, já revela o enorme arrasto aerodinâmico (não foi projetado apenas para ser "F", mas para ser "A"). Além disso, tem a questão do peso, que não é uma variável linear (explico: um caça com peso X e com dois motores não consome apenas o dobro do combustível de um caça com a metade do peso X tendo um único motor do primeiro caça; consome bem mais). Minha pergunta não foi para "explicar", foi para "confundir".
Em teoria, sou capaz de afirmar (e até tentar alguma simulação aqui, mesmo que formalmente --- via contas físicas e matemáticas, mas seria uma estupidez de minha parte) que o Gripen NG, existindo ou não (ainda!!!) consome menos do que o F-18 SH. Porém não acho prudente a comparação como Rafale (não estou defendo este caça; sério), mas simplesmente por haver parâmetros muito distintos; ter ou não dois motores não faria diferença neste ponto (o exemplo dado pelo Carlos Mathias talvez seja o mais adequado, nada se pode dizer sobre o consumo do bimotor F-5 e do monomotor Gripen).
Sobre os "raios de combates" afirmados pelos fabricantes, você sabe, não se deve prender ao que é dito pelos fabricantes, pois isto só ocorre nas melhores situações, estão longe de ser verdade absoluta. Por isso não gosto de debater o tal supertrunfo, pois seria possível, mas a prática demonstra o contrário.
Acho legal este tipo de debate, mas não prova (de fato) nada, apenas estimula o sentimento de "satisfação pessoal", mas na hora H, a coisa apresenta as restrições, sejam de natureza ambiental, seja de natureza da missão, seja da natureza do estado de conservação do equipamento, seja lá o que for.
A verdade é uma só, nobre amigo Kirk/Spock, o caça é só uma plataforma, mas isto está longe de ser o bastante. Se analisar friamente verá que está debatendo algo "meio estúpido", que é o modelo do caça a ser comprado pelo Brasil, mas a essência está em duas coisas sutis, porém altamente importante: armamento efetivo e de sobra e a qualidade dos recursos humanos.
Não basta comprar um caça, é preciso ter armamentos no estado da arte e este hábito não parece ser uma prática rotineira no Brasil, compra-se menos do que o necessário, mas se vangloria-se em dizer (e apenas isso) que estamos fazendo algo surreal, mas a coisa quase nunca acontece. Do que vale isso se uma guerra surgir antes do esperado?
Os recursos humanos não se limitam a boa formação acadêmica, nem mesmo ao adestramento inicial, porém é necessário que o homem-máquina se interajam cotidianamente, prática que não existe neste País, não por cultura (ou falta dela) das FFAA brasileiras, mas pelas limitações orçamentárias impostas seja lá por quem for. A relação homem-máquina, no caso dos caças (apenas), não se limita a ligação piloto-caça, mas toda a equipe por trás do processo (suporte, logística, manutenção, controle, etc.). Estas coisas não acontecem do dia pra noite, mas... O que temos nesta direção atualmente?
Não adianta querer falar em caça mais barato apenas (é um bom argumento, mas insustentável quando analisado por si só), é preciso considerar o restante. Caça barato ou de baixo custo de manutenção é preocupação daqueles que só pensam em tempos de paz. Mas paz até quando? Por exemplo, Israel está ou não em tempo de paz? Caça (ou outro equipamento qualquer) barato é para quem pensa em voar com mais "regularidade" (viu que não falei de treinamento efetivo e sim de voar com mais regularidade?
) e fazer apresentações militares "bonitas".
Por outro lado, ter caças caros, mais caros de operar, etc., sem ter condições críveis de mantê-los é uma estupidez sem igual. A pergunta é: o que o Brasil quer de fato? Veja bem, a pergunta é sutil, mas ao mesmo tempo maquiavélica, pois falo sobre o Brasil e não necessariamente sobre a FAB (poderia ser qualquer outra Força, apenas um exemplo).
Veja, a Espanha vive um bom período de paz, mas ao mesmo tempo se mantém bem armada e protegida. Ela vive um período de paz por que está bem armada e protegida ou a Espanha vive um período de paz por pura coincidência temporal?
Não apregoo e nem defendo que o Brasil se arme além do necessário (mesmo sem definir, nesta altura do campeonato, o que é o "necessário"), mas que o País esteja suficientemente protegido contra aventureiros, seja de que natureza for. Defendo a segurança da Nação, não o exagero que já vimos em países sem "condições" ousarem tentar ser mais do que eram ou são.
Qual o melhor caça para defender o território brasileiro? Não sei, mas a FAB sabe, só que falo da FAB como um todo e não dos seus vários segmentos representativos, falo da corporação como um todo. Tá, é muito vago e impreciso, mas é preciso que haja uma FAB coesa, com discursos afinados, com propostas claras, com elucidação das dúvidas da sociedade (que são muitas e crescem a cada dia), de uma FAB que seja mais brasileira do que uma organização militar (que transcende as imposições limítrofes entre civis e militares, visto ser Brasileira acima de tudo). Tá, coisa de um apaixonado, de um entusiasta, de um ingênuo, uma utopia, mas é agindo assim que as coisas se transformam, ou seja, através de visões do adiante e de ações de agora. O mesmo se aplica as demais Forças, claro.
O que teremos? Não sei, mas confio nos decisores. E afirmo, sem titubear (pois agora é sério): não farei crítica alguma a quem quer que seja sobre as escolhas feitas e que ainda serão, menos ainda aos entusiastas (como nós dois e demais amigos e colegas dos fóruns e blogs da vida), pois não teria as mínimas condições, sejam técnicas, sejam morais, para criticar algo que desconheço, ainda mais quando deposito total confiança e credibilidade àqueles que são os conhecedores do tema.
Kirk, eu e você (e todos nós aqui e de outros fóruns) torcemos para o melhor para este País, cada um a sua maneira, acertando ou errando, passando do ponto ou não, mas todos cheios de boas (das melhores) intenções. E isto pra mim já é o bastante, pois anos atrás nem isso acontecia. O fortalecimento das FFAA brasileira acontece desta forma, vendo cada vez mais as pessoas se envolvendo com o assunto defesa, cada vez mais dando o devido e merecido valor às FFAA brasileiras. Isto não existia nos últimos 30 anos, digamos que é uma revolução, das melhores!!! É o sentimento de patriotismo que cresce a cada dia; mas veja que coisa interessante, sem ligação com a apologia aos militares e nem aos civis; isto se chama "civismo" (devoção ao interesse público; patriotismo).
Pense assim, o patriotismo não está no modelo do caça (ou outro equipamento que seja), mas nas cores da Bandeira que ele carrega em suas asas!
Grande abraço!!!