Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
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- Ilya Ehrenburg
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Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
Ilya Ehrenburg
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- Ilya Ehrenburg
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Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Compreendo a falta de comentários... O vídeo é demolidor, para certas crenças.
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
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Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Já vi mil vezes, e nunca me canso.
Para mim demonstra a grandeza de Deus e sua infinita sabedoria.
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- prp
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Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
E isso tudo ai tem um único propósito. A VIDA NA PEQUENA TERRA.
Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Arrepiei!!!
E ainda querem que acreditemos que estamos aqui sós. Tá! Sei...
E ainda querem que acreditemos que estamos aqui sós. Tá! Sei...
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."
Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Legal, esse animação é similar esta aqui:
- Frederico Vitor
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Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Chocante o vídeo. Isso prova o quanto somos insignificantes com nossas mesquinharias.
Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
São baseados nesta animação pioneira aqui:
Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Na minha opinião, no universo nós somos um resultado de combinações de condições que favoreceram e permitiram a nossa existência. Me recuso a acreditar que em um universo com bilhões de galáxias só UM planeta em UMA galáxia tenha vida com seres racionais.
[<o>]
- Ilya Ehrenburg
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Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Existem mais estrelas do que grãos de areia na praia de Copacabana, em nossa galáxia e... Existem mais galáxias no universo do que estrelas na Via Láctea.
Que coisa não?
Das estrelas... Eu sou de um tempo onde Antares e Betelgeuse eram extremos de tamanhos. Lembro ainda, quando se dizia que nada maior que Mu Cephei era possível.
VY Canis Majoris aí está.
O interessante é que estes gigantes estão no fim da vida. São estrelas no fim do seu ciclo na seqüência principal. Sua luminosidade avermelhada denuncia baixa temperatura superficial (para uma estrela, é claro) e se possui brilho distinguível, se dá pela enormidade de sua superfície. Já as estrelas energéticas, com temperatura super-quente como Sírius A, Rigel ou a Pistol Star, são maravilhosas, brilhantes ao extremo, mas... De curta vida. Em dez milhões de anos, a "Pistol Star" terá se tornado uma Super-Nova, o mesmo se dará com Rigel.
Se colocada no lugar de Alpha Centauri, Sírius A brilharia de forma mais intensa que a lua cheia, Rigel no lugar desta, inviabilizaria a vida na terra. Pistol Star então...
Estas estrelas super-massivas são importantes, pois nelas há o processo em que se desencadeia o nascimento dos metais densos. A estrela queima hidrogênio, hélio e depois, tentará consumir elementos mais densos, o que não proporcionará a energia necessária para sustar a contração gravitacional, então, quando super-massiva, explodirá como super-nova, lançando no vácuo, elementos então não existentes.
Que coisa não?
Das estrelas... Eu sou de um tempo onde Antares e Betelgeuse eram extremos de tamanhos. Lembro ainda, quando se dizia que nada maior que Mu Cephei era possível.
VY Canis Majoris aí está.
O interessante é que estes gigantes estão no fim da vida. São estrelas no fim do seu ciclo na seqüência principal. Sua luminosidade avermelhada denuncia baixa temperatura superficial (para uma estrela, é claro) e se possui brilho distinguível, se dá pela enormidade de sua superfície. Já as estrelas energéticas, com temperatura super-quente como Sírius A, Rigel ou a Pistol Star, são maravilhosas, brilhantes ao extremo, mas... De curta vida. Em dez milhões de anos, a "Pistol Star" terá se tornado uma Super-Nova, o mesmo se dará com Rigel.
Se colocada no lugar de Alpha Centauri, Sírius A brilharia de forma mais intensa que a lua cheia, Rigel no lugar desta, inviabilizaria a vida na terra. Pistol Star então...
Estas estrelas super-massivas são importantes, pois nelas há o processo em que se desencadeia o nascimento dos metais densos. A estrela queima hidrogênio, hélio e depois, tentará consumir elementos mais densos, o que não proporcionará a energia necessária para sustar a contração gravitacional, então, quando super-massiva, explodirá como super-nova, lançando no vácuo, elementos então não existentes.
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
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Ilya Ehrenburg
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Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Atualmente falam muito dos exoplanetas.
Já foram descobertos 418.
http://www.planetary.org/exoplanets/list.php
Já foram descobertos 418.
http://www.planetary.org/exoplanets/list.php
Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Vídeo amador registra outro impacto contra o planeta Júpiter
Um objeto de grandes dimensões atingiu na noite de quinta-feira a face visível do planeta Júpiter, produzindo um forte clarão que pode ser registrado por astrônomos amadores que observavam o planeta. Ainda não existem informações sobre a natureza do objeto impactante, mas acredita-se que seu tamanho possa ser superior a 1 quilômetro de diâmetro.
O impacto contra a atmosfera joviana se deu às 23h31 pelo horário de Brasília e produziu um intenso flash de curta duração com aproximadamente 1000 quilômetros de diâmetro. Segundo o astrônomo amador Anthony Wesley, da Austrália, devido ao horário desfavorável ainda não foi possível verificar traços remanescentes deixado pelo impacto.
Nas Filipinas, o astrônomo amador Christopher Go não escondeu a emoção ao conseguir registrar o choque através de imagens. "Ainda não acredito que consegui registrar, em tempo real, um impacto. É inacreditável!"
Escudo
Devido à forte atração gravitacional, Júpiter é alvo constante do choque de asteroides e cometas e é considerado um verdadeiro escudo protetor da Terra, já que atrai para si objetos errantes que poderiam impactar nosso planeta. No entanto, objetos de grande porte não são comuns de atingirem Júpiter, ou não são registrados com frequência.
Impactos
Em 19 de julho de 2009, um cometa não identificado impactou contra a alta atmosfera de Júpiter, produzindo no gigante gasoso uma enorme cicatriz de mais de 4 mil quilômetros de diâmetro. Na ocasião, as primeiras observações do choque também foram feitas por Wesley.
O mais famoso choque jupteriano ocorreu no dia 20 de julho de 1994, quando uma série de 21 fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 atingiram em cheio a atmosfera de Júpiter. A força de alguns impactos também foi avassaladora, deixando gigantescas marcas que duraram vários meses.
No topo, imagem de Júpiter registrada pelo astrônomo amador Anthony Wesley mostra o momento exato do impacto. A Terra aparece como referência de tamanho. Na sequência, vídeo feito nas Filipinas pelo astrônomo amador Christopher Go, mostrando o instante do choque. Créditos: Anthony Wesley/Christopher Go/Youtube/Apolochannel.
Um objeto de grandes dimensões atingiu na noite de quinta-feira a face visível do planeta Júpiter, produzindo um forte clarão que pode ser registrado por astrônomos amadores que observavam o planeta. Ainda não existem informações sobre a natureza do objeto impactante, mas acredita-se que seu tamanho possa ser superior a 1 quilômetro de diâmetro.
O impacto contra a atmosfera joviana se deu às 23h31 pelo horário de Brasília e produziu um intenso flash de curta duração com aproximadamente 1000 quilômetros de diâmetro. Segundo o astrônomo amador Anthony Wesley, da Austrália, devido ao horário desfavorável ainda não foi possível verificar traços remanescentes deixado pelo impacto.
Nas Filipinas, o astrônomo amador Christopher Go não escondeu a emoção ao conseguir registrar o choque através de imagens. "Ainda não acredito que consegui registrar, em tempo real, um impacto. É inacreditável!"
Escudo
Devido à forte atração gravitacional, Júpiter é alvo constante do choque de asteroides e cometas e é considerado um verdadeiro escudo protetor da Terra, já que atrai para si objetos errantes que poderiam impactar nosso planeta. No entanto, objetos de grande porte não são comuns de atingirem Júpiter, ou não são registrados com frequência.
Impactos
Em 19 de julho de 2009, um cometa não identificado impactou contra a alta atmosfera de Júpiter, produzindo no gigante gasoso uma enorme cicatriz de mais de 4 mil quilômetros de diâmetro. Na ocasião, as primeiras observações do choque também foram feitas por Wesley.
O mais famoso choque jupteriano ocorreu no dia 20 de julho de 1994, quando uma série de 21 fragmentos do cometa Shoemaker-Levy 9 atingiram em cheio a atmosfera de Júpiter. A força de alguns impactos também foi avassaladora, deixando gigantescas marcas que duraram vários meses.
No topo, imagem de Júpiter registrada pelo astrônomo amador Anthony Wesley mostra o momento exato do impacto. A Terra aparece como referência de tamanho. Na sequência, vídeo feito nas Filipinas pelo astrônomo amador Christopher Go, mostrando o instante do choque. Créditos: Anthony Wesley/Christopher Go/Youtube/Apolochannel.
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Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Descoberta a maior estrela do Universo
Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/07/2010
Maiores estrelas do Universo
Combinando medições feitas por instrumentos do Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul), astrônomos descobriram as estrelas de maior massa conhecidas até hoje, inclusive aquela que agora merece o título de "maior estrela do Universo".
Chamada pelos cientistas, na falta de hiperlativos, de "estrela hipergigante", ela tem mais de 300 vezes a massa do Sol - isto é duas vezes mais do que os astrônomos acreditavam até hoje ser o tamanho máximo de uma estrela, que se calculava ser de 150 massas solares.
A existência dessas estrelas monstruosas - milhões de vezes mais luminosas do que o Sol, e que perdem massa através de poderosos ventos estelares - reabre a questão, mas também poderá ajudar a responder a pergunta "Qual é o tamanho máximo que uma estrela pode ter?" Por enquanto, elas podem ser tão grandes quanto a maior que pudemos encontrar.
A R136a1 não é apenas a estrela de maior massa já encontrada, mas é também a que apresenta a maior luminosidade, sendo cerca de 10 milhões de vezes mais brilhante do que o Sol.
"Devido à raridade de tais objetos, penso que será bastante improvável que este novo recorde seja batido rapidamente," diz Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, que chefiou a equipe que fez a descoberta.
Fábricas cósmicas
Os astrônomos utilizaram imagens do VLT e do Telescópio Espacial Hubble para estudar detalhadamente dois enxames estelares jovens, NGC 3603 e RMC 136a.
O NGC 3603 é uma fábrica cósmica, onde novas estrelas formam-se em um ritmo frenético a partir das extensas nuvens de gás e poeira da nebulosa, situada a cerca de 22.000 anos-luz de distância.
O RMC 136a (mais conhecido por R136) é outro enxame estelar composto por estrelas jovens, quentes e de grande massa, que se situa no interior da Nebulosa da Tarântula, numa das nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância.
Durante a pesquisa, a equipe encontrou várias estrelas com temperaturas superficiais de mais de 40.000 graus Celsius, ou seja, mais de sete vezes mais quentes do que o nosso Sol, algumas dezenas de vezes maiores e vários milhões de vezes mais brilhantes.
Maior estrela do Universo
Comparações com modelos estelares levaram à conclusão de que várias destas estrelas nasceram com massas superiores a 150 massas solares.
A estrela R136a1, encontrada no enxame R136, é a estrela de maior massa conhecida até agora, com uma massa atual de cerca de 265 massas solares e com uma massa de 320 vezes a massa do Sol na época do seu nascimento.
No NGC 3603, os astrônomos puderam também medir diretamente a massa de duas estrelas que pertencem a um sistema de estrela dupla, de modo a validar os modelos utilizados. As estrelas A1, B e C neste enxame têm massas estimadas, no momento do seu nascimento, acima ou próximas de 150 massas solares.
A estrela A1 do NGC 3603 é uma estrela dupla, com um período orbital de 3,77 dias. As duas estrelas do sistema têm, respectivamente, 120 e 92 vezes a massa do Sol, o que significa que se formaram com as massas respectivas de 148 e 106 massas solares.
Estrelas superpesadas
Se a R136a1 substituísse o Sol no nosso Sistema Solar - mantidas as distâncias relativas - ela seria mais brilhante do que o Sol na mesma proporção que o Sol é mais brilhante que a Lua Cheia.
"A sua elevada massa reduziria o tamanho do ano na Terra de cerca de três semanas, e a Terra seria banhada por uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, o que tornaria impossível a existência de vida no nosso planeta," diz Raphael Hirschi, da Universidade de Keele, também pertencente à equipe.
Estas estrelas superpesadas são extremamente raras, formando-se apenas no interior dos enxames estelares mais densos. Distinguir estrelas individuais - o que foi agora conseguido pela primeira vez - requer uma resolução extraordinária, só alcançada pelos modernos instrumentos infravermelhos do VLT.
A equipe também estimou a massa máxima possível das estrelas pertencentes a estes enxames e o número relativo de estrelas de maior massa.
"As estrelas menores têm um limite inferior para a massa de aproximadamente oitenta vezes a massa de Júpiter, limite abaixo do qual se tornam 'estrelas falidas' ou anãs-castanhas," diz Olivier Schnurr, do Astrophysikalisches Institut Potsdam. "Os nossos novos resultados apoiam a ideia anterior de que também existe um limite superior para a massa das estrelas, embora os resultados subam este limite por um fator de dois, para cerca de 300 massas solares."
Ventos das estrelas
Estrelas de grande massa produzem ventos muito poderosos, por meio dos quais elas vão aos poucos perdendo massa.
"Contrariamente aos humanos, estas estrelas nascem muito pesadas e vão perdendo peso à medida que envelhecem," diz Paul Crowther. "Com um pouco mais de um milhão de anos, a maior delas, a R136a1, encontra-se já na 'meia-idade' e passou por um intenso regime de perda de peso, tendo já perdido um quinto da sua massa inicial nesse período, o que corresponde a mais de cinquenta massas solares."
No interior do R136, apenas quatro estrelas pesavam mais do que 150 massas solares no momento do seu nascimento. No entanto, sozinhas, elas são responsáveis por praticamente metade do vento estelar e da radiação liberada por todo o enxame.
A R136a1 libera energia para o meio ao seu redor cinquenta vezes maior do que o enxame da Nebulosa de Órion, a região de formação de estrelas de grande massa mais próxima da Terra.
Supernovas instáveis
Compreender a formação de estrelas de grande massa é, por si só, algo muito complexo, devido às suas vidas muito curtas e seus ventos poderosos.
Se não fosse o suficiente, a identificação de casos tão extremos como a R136a1 complica ainda mais o já elevado desafio posto às teorias. "Ou estas estrelas se formaram já muito grandes ou então estrelas menores fundiram-se para as produzirem," explica Crowther.
Estrelas com massas entre 8 e 150 massas solares explodem no final das suas curtas vidas sob a forma de supernovas, das quais restam objetos exóticos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros.
Tendo agora estabelecido a existência de estrelas com massas compreendidas entre 150 e 300 massas solares, os astrônomos levantam a hipótese da existência de objetos excepcionalmente brilhantes, "supernovas instáveis", que explodiriam completamente, sem deixar restos de espécie alguma, e que liberariam até cerca de dez massas solares de ferro para o meio interestelar.
Fonte: Inovação Tecnológica.
Redação do Site Inovação Tecnológica - 21/07/2010
Maiores estrelas do Universo
Combinando medições feitas por instrumentos do Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul), astrônomos descobriram as estrelas de maior massa conhecidas até hoje, inclusive aquela que agora merece o título de "maior estrela do Universo".
Chamada pelos cientistas, na falta de hiperlativos, de "estrela hipergigante", ela tem mais de 300 vezes a massa do Sol - isto é duas vezes mais do que os astrônomos acreditavam até hoje ser o tamanho máximo de uma estrela, que se calculava ser de 150 massas solares.
A existência dessas estrelas monstruosas - milhões de vezes mais luminosas do que o Sol, e que perdem massa através de poderosos ventos estelares - reabre a questão, mas também poderá ajudar a responder a pergunta "Qual é o tamanho máximo que uma estrela pode ter?" Por enquanto, elas podem ser tão grandes quanto a maior que pudemos encontrar.
A R136a1 não é apenas a estrela de maior massa já encontrada, mas é também a que apresenta a maior luminosidade, sendo cerca de 10 milhões de vezes mais brilhante do que o Sol.
"Devido à raridade de tais objetos, penso que será bastante improvável que este novo recorde seja batido rapidamente," diz Paul Crowther, da Universidade de Sheffield, na Inglaterra, que chefiou a equipe que fez a descoberta.
Fábricas cósmicas
Os astrônomos utilizaram imagens do VLT e do Telescópio Espacial Hubble para estudar detalhadamente dois enxames estelares jovens, NGC 3603 e RMC 136a.
O NGC 3603 é uma fábrica cósmica, onde novas estrelas formam-se em um ritmo frenético a partir das extensas nuvens de gás e poeira da nebulosa, situada a cerca de 22.000 anos-luz de distância.
O RMC 136a (mais conhecido por R136) é outro enxame estelar composto por estrelas jovens, quentes e de grande massa, que se situa no interior da Nebulosa da Tarântula, numa das nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a cerca de 165.000 anos-luz de distância.
Durante a pesquisa, a equipe encontrou várias estrelas com temperaturas superficiais de mais de 40.000 graus Celsius, ou seja, mais de sete vezes mais quentes do que o nosso Sol, algumas dezenas de vezes maiores e vários milhões de vezes mais brilhantes.
Maior estrela do Universo
Comparações com modelos estelares levaram à conclusão de que várias destas estrelas nasceram com massas superiores a 150 massas solares.
A estrela R136a1, encontrada no enxame R136, é a estrela de maior massa conhecida até agora, com uma massa atual de cerca de 265 massas solares e com uma massa de 320 vezes a massa do Sol na época do seu nascimento.
No NGC 3603, os astrônomos puderam também medir diretamente a massa de duas estrelas que pertencem a um sistema de estrela dupla, de modo a validar os modelos utilizados. As estrelas A1, B e C neste enxame têm massas estimadas, no momento do seu nascimento, acima ou próximas de 150 massas solares.
A estrela A1 do NGC 3603 é uma estrela dupla, com um período orbital de 3,77 dias. As duas estrelas do sistema têm, respectivamente, 120 e 92 vezes a massa do Sol, o que significa que se formaram com as massas respectivas de 148 e 106 massas solares.
Estrelas superpesadas
Se a R136a1 substituísse o Sol no nosso Sistema Solar - mantidas as distâncias relativas - ela seria mais brilhante do que o Sol na mesma proporção que o Sol é mais brilhante que a Lua Cheia.
"A sua elevada massa reduziria o tamanho do ano na Terra de cerca de três semanas, e a Terra seria banhada por uma radiação ultravioleta incrivelmente intensa, o que tornaria impossível a existência de vida no nosso planeta," diz Raphael Hirschi, da Universidade de Keele, também pertencente à equipe.
Estas estrelas superpesadas são extremamente raras, formando-se apenas no interior dos enxames estelares mais densos. Distinguir estrelas individuais - o que foi agora conseguido pela primeira vez - requer uma resolução extraordinária, só alcançada pelos modernos instrumentos infravermelhos do VLT.
A equipe também estimou a massa máxima possível das estrelas pertencentes a estes enxames e o número relativo de estrelas de maior massa.
"As estrelas menores têm um limite inferior para a massa de aproximadamente oitenta vezes a massa de Júpiter, limite abaixo do qual se tornam 'estrelas falidas' ou anãs-castanhas," diz Olivier Schnurr, do Astrophysikalisches Institut Potsdam. "Os nossos novos resultados apoiam a ideia anterior de que também existe um limite superior para a massa das estrelas, embora os resultados subam este limite por um fator de dois, para cerca de 300 massas solares."
Ventos das estrelas
Estrelas de grande massa produzem ventos muito poderosos, por meio dos quais elas vão aos poucos perdendo massa.
"Contrariamente aos humanos, estas estrelas nascem muito pesadas e vão perdendo peso à medida que envelhecem," diz Paul Crowther. "Com um pouco mais de um milhão de anos, a maior delas, a R136a1, encontra-se já na 'meia-idade' e passou por um intenso regime de perda de peso, tendo já perdido um quinto da sua massa inicial nesse período, o que corresponde a mais de cinquenta massas solares."
No interior do R136, apenas quatro estrelas pesavam mais do que 150 massas solares no momento do seu nascimento. No entanto, sozinhas, elas são responsáveis por praticamente metade do vento estelar e da radiação liberada por todo o enxame.
A R136a1 libera energia para o meio ao seu redor cinquenta vezes maior do que o enxame da Nebulosa de Órion, a região de formação de estrelas de grande massa mais próxima da Terra.
Supernovas instáveis
Compreender a formação de estrelas de grande massa é, por si só, algo muito complexo, devido às suas vidas muito curtas e seus ventos poderosos.
Se não fosse o suficiente, a identificação de casos tão extremos como a R136a1 complica ainda mais o já elevado desafio posto às teorias. "Ou estas estrelas se formaram já muito grandes ou então estrelas menores fundiram-se para as produzirem," explica Crowther.
Estrelas com massas entre 8 e 150 massas solares explodem no final das suas curtas vidas sob a forma de supernovas, das quais restam objetos exóticos, como estrelas de nêutrons ou buracos negros.
Tendo agora estabelecido a existência de estrelas com massas compreendidas entre 150 e 300 massas solares, os astrônomos levantam a hipótese da existência de objetos excepcionalmente brilhantes, "supernovas instáveis", que explodiriam completamente, sem deixar restos de espécie alguma, e que liberariam até cerca de dez massas solares de ferro para o meio interestelar.
Fonte: Inovação Tecnológica.
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Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Alguém viu alguma estimativa do diâmetro de RMC 136a? As notícias só falam da massa da estrela. Eu queria saber se ela bate VY Canis Majoris em tamanho.
Re: Para aqueles que acreditam serem "o centro do universo"...
Isso tudo ai acima não é nada comparado a isso aqui GRB 090423 em termos de comparação com o GRB 090423 nós podemos dizer que numca existimos...
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...