GEOPOLÍTICA

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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Carlos Lima
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Re: GEOPOLÍTICA

#2446 Mensagem por Carlos Lima » Seg Jul 12, 2010 3:17 pm

Esse é o problema de quando as FAs não fazem parte da "Agenda" do país.

Só quando a coisa esquenta que o $$$ aparece.

Por isso que não só as FAs mas a política de Defesa e a industria de Defesa tem que ter representatividade e importância no calendário de investimentos e ações do país, senão ficam a ver navios e o plano sucata e sucateamento entram em ação...

O que não falta são exemplos ao nosso redor e nós mesmos ainda passamos por isso de certo modo.

Lembrar que o END é algo desse governo, e o que se espera é que sobreviva a uma mudança de Governo, pois é nessas horas que o verdadeiro teste vem... senão fica só sendo uma boa idéia má executada.

Aguardemos...

[]s
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marcelo l.
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Re: GEOPOLÍTICA

#2447 Mensagem por marcelo l. » Seg Jul 12, 2010 7:47 pm

http://news.yahoo.com/s/ap/20100712/ap_ ... m_rhetoric

trad: google

WASHINGTON - O movimento recente da administração de Obama para soltar referências retóricas para o radicalismo islâmico está atraindo fogo em um novo relatório alerta a decisão ignora a religião do papel podem desempenhar na motivação terroristas.

Vários especialistas em contraterrorismo proeminentes estão desafiando a administração mudança na sua recentemente revelada Estratégia de Segurança Nacional, dizendo que a ameaça terrorista deve ser definido no fim de combatê-la.

A questão da forma de enquadrar o conflito contra a Al-Qaida e outros terroristas coloca um problema complicado. Os E.U. está tentando fazer as pazes com as comunidades muçulmanas, enquanto endurecer os ataques contra grupos militantes.

No relatório, programado para ser lançado esta semana, especialistas em contraterrorismo do Instituto Washington para Política do Oriente Próximo argumentam que os E.U. poderia articular claramente a ameaça dos extremistas islâmicos radicais ", sem denegrir a religião islâmica, de qualquer maneira."

Presidente Barack Obama defendeu que o assunto as palavras, e funcionários do governo disseram que o uso de descrições inflamatória que liga o islamismo à ameaça terrorista pode alienar os muçulmanos moderados nos os E.U.

No relatório, que foi obtido pela Associated Press, os analistas advertem que a diplomacia E.U. deve aguçar a distinção entre a fé muçulmana e violento extremismo islâmico, identificar radicais dentro das comunidades islâmica e fortalecer as vozes que pode contesta-los.

Propaganda islâmica militante teria sido um fator em uma série de recentes ataques terroristas e frustraram as tentativas no âmbito do major E.U. Nidal Hasan, suspeito do Forte, Hood no Texas, fuzilamentos em massa ano passado, acredita-se que foram inspirados pela Internet comentários de violentos extremistas islâmicos, como Faisal Shahzad, que se confessou culpado de terrorismo e porte de armas em 01 de maio de carro-bomba tentou York Times New Square.

O relatório reconhece que a administração Obama tem reforçado os seus esforços para trabalhar com a comunidade muçulmana em os E.U. e no exterior e também expandiu as operações de contraterrorismo e tentou minar e dividir al-Qaeda e seus afiliados grupos.

Como revelou a sua nova Estratégia de Segurança Nacional em maio passado, funcionários da administração disse que a mudança de ênfase foi crítico na subcotação esforços da Al-Qaeda para retratar os seus ataques contra os E.U. e do oeste como uma guerra santa justificada.

líderes Terror "jogar para a falsa percepção de que eles são os líderes religiosos defendendo uma causa sagrada, quando na verdade nada mais são do que assassinos, incluindo o assassinato de milhares e milhares de muçulmanos", disse o topo gestão de contraterrorismo deputado John Brennan, durante um 24 de maio discurso explicando a mudança. Ele acrescentou que "descreve o nosso inimigo em termos religiosos daria credibilidade à mentira - propagada pela Al-Qaeda e seus afiliados para justificar o terrorismo - que os Estados Unidos é de alguma forma na guerra contra o Islã".

Mas a abordagem de duas frentes do governo de acelerar as operações de contraterrorismo, enquanto tamping de sua retórica, argumentam os críticos, deve também incluir uma counteratteck ideológica com as políticas e programas que permitem que as vozes moderadas extremistas islâmicos e as narrativas do concurso.

"Não é uma ideologia que está dirigindo a Al-Qaeda e seus afiliados", disse Matt Levitt, um dos autores do estudo sobre a luta contra o extremismo violento.

A administração, disse Levitt, tem a discussão em separado do Islã como uma religião a partir da ideologia islâmica radical que está produzindo e abastecendo insurgências global. O estudo será lançado na próxima semana, mas os autores, Levitt, ex- FBI e oficiais do Tesouro, e co-autor J. Scott Carpenter, foram para visualizá-lo segunda-feira.

Juan Zarate, um ex-funcionário de contraterrorismo no topo da administração Bush, acrescentou que o governo E.U. tem sido sempre desconfortável lidar com batalhas ideológicas. Zarate, que também participou do relatório, disse que há um número de grupos não-governamentais já falando contra pregações violentas.

O relatório segue a divulgação pública de uma troca no início deste ano entre o senador Joe Lieberman (I-Conn.) e Brennan sobre o esforço de escalar de volta o retrato do governo Bush do extremismo islâmico como uma das causas do terrorismo.

Lieberman levantou a questão em uma carta para a White House, dizendo que "a incapacidade de identificar nosso inimigo para o que é - o extremismo islâmico violento - é ofensivo e contradiz milhares de anos de militar e aceitou a doutrina de inteligência para" conhecer o inimigo. " "

Em resposta a Lieberman, Brennan disse que o governo não emitiu nenhuma directiva específica de restrição do uso de palavras ou frases específicas. Mas ele disse que é importante definir com precisão o inimigo e avaliar a ameaça.

"Na minha opinião, usando" extremista islâmico "e outras variações da frase que não nos aproximar desse objectivo", Brennan disse em uma carta a Lieberman. "Pelo contrário, a frase em pedaços de um conjunto diversificado de organizações, com diferentes motivações, objectivos, capacidades e justificativas para suas ações, em um único grupo de uma forma que pode realmente ser contraproducente".




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Re: GEOPOLÍTICA

#2448 Mensagem por marcelo l. » Ter Jul 13, 2010 2:23 pm

http://www.nuevamayoria.com/index.php?o ... &Itemid=51

La actual gira que se encuentra realizando el presidente Lula por África -probablemente la última por la región ya que su mandato finaliza en diciembre- constituye un indicador más de la relevancia que adquiere el África para la diplomacia presidencial brasileña.

En los siete años y medio que lleva en el poder, Lula ha realizado 6 giras por África, visitando más de 20 de los 53 países africanos -muchos más que sus socios del BRIC-. En lo que va del 2010, a nivel bilateral, el presidente brasileño ha mantenido 35 encuentros con otros mandatarios, 8 de ellos -es decir, el 23%- ha sido con líderes africanos. Similar cantidad de encuentros ha mantenido con sus pares europeos y centroamericanos (7), y 6 con los de América del Sur y Medio Oriente.

Han visitado Brasil este año los presidentes de Sudáfrica, Jacob Zuma, en el marco IV Cumbre del IBAS (India, Brasil y Sudáfrica); y de Angola, José Eduardo dos Santos, manteniendo ambos encuentros bilaterales con Lula. Este ha mantenido durante la semana reuniones con los líderes de Cabo Verde, Guinea Ecuatorial, Kenia, Tanzania -las visitas a estos tres últimos países son las primeras de un jefe de estado brasileño-, Zambia y Sudáfrica. Como queda de manifiesto en esta gira presidencial y en las palabras del vocero presidencial, Marcelo Baumbach, Brasil desea ser socio de los países africanos en proyectos de desarrollo y crear oportunidades de cooperación, inversiones y financiación de proyectos en áreas como agricultura, infraestructura y energías renovables. En Cabo Verde, por ejemplo, el presidente Lula anunció que impulsará la búsqueda submarina de hidrocarburos en el litoral africano por parte de Petrobras -esta empresa brasileña, así como Vale u Odebrecht ya cuentan con una fuerte presencia en países de habla portuguesa como Angola o Mozambique-.

En el plano multilateral, hace exactamente un año atrás, Lula viajaba a la XVIII Cumbre Unión Africana (UA) en Libia, siendo la primera vez que un jefe de Estado de Brasil asistía a una cumbre de la UA -integrada por todos los países del continente a excepción de Marruecos-. El fin de semana pasado participó, en Cabo Verde, en la primera cumbre entre Brasil y la Comunidad Económica de los Estados del África Occidental (CEDEAO) -integrada por 15 naciones-, la segunda que el grupo regional celebra con otro país, tras la que realizó el año pasado con España. En ambas cumbres, nuevamente, las energías renovables y la construcción de infraestructuras surgen como los principales campos en los que el continente africano puede aprovechar de la cooperación brasileña. En este sentido, en Cabo Verde se planteó la creación de un Centro Africano-Brasileño de Biofuel -como medio de capacitación en la materia y mecanismo financiero conjunto para incentivar las inversiones y el comercio mutuos- mientras que en plano cultural, el presidente Lula anunció creará una Universidad Africano-Brasileña en el estado nororiental brasileño de Ceara.

Más allá de la activa diplomacia presidencial del actual gobierno brasileño, que sin duda le ha dado un gran protagonismo a las relaciones con el continente africano, el interés de Brasil por el África no se reduce a la actual gestión. Tradicionalmente dos países latinoamericanos han tenido una mayor presencia en dicho continente: Cuba -a partir de su apoyo a los movimientos de Liberación africanos durante la Guerra Fría y la lucha contra el apartheid - y Brasil.

Brasil cuenta con una historia colonial común con África. De hecho, dicho continente ocupa un papel central en la formación de la sociedad y de la economía de Brasil, que integra la segunda mayor población negra en el mundo -después de Nigeria-, cuando el 45% de los brasileños declara tener ascendencia africana.

A partir de la década del sesenta el país sudamericano ha ido paulatinamente construyendo una política africana, con altos y bajos -principalmente a mediados de los 80 y los años 90-, que se enmarcaron en su estrategia global de inserción en el mundo. En términos generales, la política del Brasil hacia el continente africano ha sido incrementalista, caracterizada por la sumatoria de acciones político-diplomáticas y comerciales que fueron generando una importante densidad de relaciones a ambos lados del Atlántico.

Tanto las estrategias la Presidencia de la República como de Itamaraty, mantuvieron cierta continuidad en el marco de la política africana. Estos fueron los principales agentes que contribuyeron a la formulación e implementación de las acciones externas de Brasil hacia los estados africanos, aunque también ha habido participación, claro está, de empresarios, parlamentarios y académicos.

Brasil tiene actualmente 34 embajadas en diferentes países africanos -la mayor presencia en comparación con el resto de países del mundo, siendo 16 ellas abiertas durante la gestión de Lula da Silva-. De América Latina le sigue Cuba, con 24 y Venezuela, con 18. Desde el año 2005, cuando el gobierno venezolano creó la Oficina de Relaciones Exteriores para África, se pasó de tener 8 a 18 embajadas en dicha región. Solo hay 8 embajadas de Argentina en territorio africano.

Brasil cuenta con una política africana desde hace cinco décadas, con una amplia agenda político-diplomática, cultural y comercial. Pero tampoco debe olvidarse el rol estratégico que ocupa el África para un Brasil que es potencia regional con proyección global, que persigue la reforma del FMI, el fortalecimiento de las economías emergentes y un asiento permanente en el Consejo de Seguridad de las Naciones Unidas. Por ello, más allá de quien triunfe en las elecciones presidenciales de octubre, la política africana seguirá siendo relevante para Brasil, aunque queda por verse si tendrá el mismo dinamismo que le ha dado la diplomacia presidencial de Lula.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2449 Mensagem por Marino » Qua Jul 14, 2010 9:56 am

CLÁUDIO HUMBERTO
US$ 8 bilhões ao Paraguai
Desde a posse, em 2003, o presidente Lula ordenou a transferência de dinheiro e pagamento de
obras e programas no total superior a US$ 3 bilhões para o Paraguai, a titulo de ajuda, além de mais de
US$ 5 bilhões em dividendos de Itaipu Binacional, embora aquele país não tenha investido um só
centavo na empresa. A revelação é de um dos maiores especialistas no assunto, o senador Edison
Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia de Lula até há alguns semanas. O Paraguai compra
energia de Itaipu a US$ 21 o megawatt, enquanto o Brasil paga valores internacionais, US$ 47, mais que
o dobro. Para tocar a obra de Itaipu, em 1974 cada país acertou entrar com US$ 50 milhões. Até hoje o
Paraguai não pagou um centavo, não contribui nem mesmo com a água, que é 82% brasileira. Apesar de
tudo, o governo paraguaio ainda fala mal do Brasil e exige aumentar sua mesada de US$ 120 para US$
360 milhões anuais.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2450 Mensagem por Marino » Qua Jul 14, 2010 10:56 am

Plano Brasil
SE O VAZAMENTO FOSSE NA BACIA DE CAMPOS
14/07/2010

Imagem

Sugestão:

Paulo Ricardo da Rocha Paiva

Coronel de Infantaria e Estado-Maior

A tão invocada comunidade internacional pelos membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, quando o assunto é Coréia do Norte ou Irã, parece, ainda não foi instada a demonstrar apreensão, temor, indignação enfim ante a barbeiragem perpetrada pela British Petroleum no Golfo do México. É estranho, desde 20 de abril último, a petrolífera britânica vem sendo cobrada pelo governo americano para debelar vazamento de óleo no mar, já considerado o maior desastre ambiental dos EUA, de graves prejuízos para o sistema ecológico no Atlântico Norte, e ninguém protesta!

E se o desastre tivesse sido causado pela PETROBRAS na Bacia de Campos? Que prato feito para Obama e Cameron, que já fazem singrar atrevidas as suas esquadras nos mares do sul. Sim, por que quem garante que nossa estatal estaria capacitada para, no mais curto prazo, fazer cessar o espargimento de petróleo que ainda persiste? Imaginem como ficaria Lula, muito mais para pavão midiático do que para líder gestor de crises. Hillary, então, iria tripudiar sobre o chefe de uma nação desarmada que, justiça seja feita, ainda que atiçado pela carta de Barak, teria, segundo ela,“tornado o mundo mais perigoso pelo acordo costurado com o Irã”.

De tudo isto, uma grande realidade permanece a clamar: a expressão “comunidade internacional“, já faz tempo, é usada para escamotear a defesa de interesses dos todo poderosos, existindo um verdadeiro estamento, uma sólida argamassa espiritual entre os povos de língua inglesa, que os une acima do bem e do mal, e um indiscutível pacto de aço para garantia perene de suas sobrevidas. Em assim sendo, para que alfinetar a opinião pública mundial com um problema entre compadres tão bem afinados em todos os eventos de repercussão no cenário mundial? A tal “comunidade”, desde que não os atrapalhe, afinal de contas, só serve mesmo como massa de manobra para a conquista dos butins de regalo para o fechado clube dos vitalícios do CS/ONU.

Governantes, políticos, diplomatas, sociedade brasileira, aí está um questionamento de peso para nossa inteligência. Se o vazamento fosse no litoral do Brasil, iríamos debelá-lo a tempo “pelo bem da humanidade”, sem intromissões externas? Sim porque senão vamos ter que engolir muitos, mas muitos sapos mesmo!

Publicado no “Jornal do Comércio/PA” em 8 de julho de 2010




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Re: GEOPOLÍTICA

#2451 Mensagem por Carlos Mathias » Qua Jul 14, 2010 11:18 am

Sobre a nota do Cláudio Humberto, eu gostaria de ouvir a voz do outro lado.
Tenho minhas reservas com esse cara, ex-Collorido.




Hader

Re: GEOPOLÍTICA

#2452 Mensagem por Hader » Qua Jul 14, 2010 2:13 pm

Algumas informações relevantes:

A BP não é mais British Petroleum. É apenas BP.

A empresa tem como maiores acionistas (controladores) grupos americanos. Sua sede ainda é em London por questões simbólicas.

A maior força econômica dentro da política norte-americana depois da indústria bélica é a do petróleo (energia).

O restante do texto é bom. Tá na hora do pessoal entender que a luta por um espaço ao sol é para quem tem dentes grandes e sabe usá-los. Quem perderá espaço com a nossa subida? Quem acredita que os incomodados ficarão parados é um imbecil.
Muito interessante a parte sobre o CS. Alí está o âmago de uma ótima discussão. Muitos criticam a posição brasileira, mas poucos a compreendem...

O Marino sempre com excelentes contribuições ao debate! Parabéns.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2453 Mensagem por prp » Qua Jul 14, 2010 3:02 pm

Cara,
O meu tio, um senhor que mora na roça muito humilde, cuja inteligência é espetacular, falou praticamente a mesma coisa do texto do marino, porém sem os detalhes como CS ou BP, mas com uma simplicidade impar. A frase dele foi esta "o vazamento de oleo nos EUA é para demonstrar que o Brasil não tem condições de atuar em um desastre destes, daqui a pouco, como já falam que não temos condiçoes de cuidar da amazonia, vão falar que não temos condições de cuidar do PreSal".
Obs. Apesar das aspas não é a reprodução literal das palavras dele, é o que eu me lembro já que a conversa ficou na minha memoria.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2454 Mensagem por Marino » Qui Jul 15, 2010 10:21 am

Europa reduz exploração de petróleo; Brasil acelera
Depois dos Estados Unidos, ontem foi a vez de a Europa recomendar a suspensão temporária de
novos projetos de exploração de petróleo e gás em águas profundas por causa do vazamento da BP no
Golfo do México. O acidente, ocorrido em 20 de abril, já é o maior desastre ambiental da história da
Indústria do petróleo. Na contramão, o Brasil acelera seus projetos e hoje o presidente Lula inaugura
oficialmente a produção na camada pré-sal do Campo de Baleia Franca, no Sul do Espírito Santo.
Ontem, o comissário de Energia da União Europeia, Guenther Oettinger, propôs a suspensão temporária
de novos projetos de exploração no Mar do Norte, no Mar Negro e no Mediterrâneo.
Produção de petróleo no pré-sal começa. Europa e EUA reconsideram
Danielle Nogueira e Ramona Ordoñez
Um dia antes de o Brasil iniciar oficialmente a produção de petróleo na camada pré-sal do
Campo de Baleia Franca, a 85 quilômetros da cidade de Anchieta, no sul do Espírito Santo, o comissário
de Energia da União Europeia, Guenther Oettinger, propôs ontem uma suspensão temporária de novos
projetos de exploração de petróleo e gás em águas profundas no Mar do Norte, no Mar Negro e no
Mediterrâneo. A recomendação segue a proibição determinada nos Estados Unidos, em resposta ao
vazamento iniciado em 20 de abril no poço do Golfo do México, operado pela BP. A Noruega, maior
produtor europeu e que não integra o bloco, também proibiu a exploração em águas profundas do Mar do
Norte.
- A indústria deve testar três vezes suas práticas, programas de treinamento e tecnologias. As
empresas precisarão convencer os órgãos reguladores de que fizeram as verificações necessárias e
reforçaram a segurança - disse Oettinger após encontro com representantes de 22 companhias
petrolíferas em Bruxelas.
A suspensão proposta pelo comissário da UE ocorreria enquanto os órgãos reguladores
americanos e da UE examinam o que causou o acidente da BP. A decisão, porém, cabe a cada um dos
27 Estados do bloco.
Já o comissário de Meio Ambiente da UE, Janez Potocnik, reconheceu que uma análise das
regras ambientais do bloco revelou falhas.
- Parece que temos duas opções: ou aplicamos instrumentos específicos (para a perfuração
offshore) ou ampliamos o escopo de nossas ferramentas já existentes - disse.
Na contramão da suspensão de novos projetos em águas profundas, o Brasil inicia oficialmente
hoje a produção no pré-sal em reservas no Espírito Santo descobertas em dezembro de 2008. Segundo
a Petrobras, o poço produzirá 13 mil barris de petróleo leve por dia e a previsão é que atinja a
capacidade máxima, de 20 mil barris/dia, ainda este ano. O projeto adotará tecnologias pioneiras para
operar nas condições geológicas do pré-sal.
Analistas divergem sobre suspensão
As opiniões sobre a paralisação temporária da exploração em águas profundas são divergentes.
Há cerca de 15 dias, problemas operacionais durante a perfuração do segundo poço no pré-sal, na Bacia
de Santos, levaram a seu fechamento.
Edmar de Almeida, do Grupo de Energia do Instituto de Economia da UFRJ, reconhece que
houve falhas graves da BP, mas afirma que o Brasil deve manter seu programa no pré-sal.
- Risco sempre tem. Mas uma moratória é uma resposta política à pressão popular. Além disso, a
produção nas bacias brasileiras não está caindo como na Europa. Estamos apenas no início da festa.
Portanto, o Brasil não tem que entrar nessa onda. O que deve ser feito é investir em tecnologia para
mitigar riscos - afirma.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, garantiu que as normas de
segurança adotadas no Brasil estão entre as melhores do mundo e, portanto, não vê motivos para a
suspensão de futuros projetos em águas profundas no país.
- A nossa legislação de segurança operacional é considerada uma das mais modernas do
mundo. Soubemos dessa notícia pela imprensa (suspensão em outros países) e por enquanto não temos
a intenção de adotar medida semelhante - afirmou Lima, completando que o acidente da BP, após a
conclusão das investigações, também será levado em conta para aperfeiçoamento da legislação.
O professor do Instituto de Economia da UFRJ Hélder Queiroz criticou a falta de mais
informações sobre as regras de segurança por parte da ANP e do Ministério de Minas e Energia.
- A ANP precisa mostrar à sociedade o que temos, e se vai ser preciso mudar algo ou não. E se
for, quais medidas serão necessárias para reforçar - disse Queiroz.
Já a procuradora federal Telma Malheiros, responsável pela criação do escritório de
licenciamento das atividades de petróleo e nuclear do Ibama - atual Coordenação de Petróleo e Gás do
instituto -, defende que o Brasil altere seu modelo de gestão das bacias petrolíferas, de modo a
incorporar a avaliação ambiental dessas bacias.
- O Brasil não deveria autorizar novos projetos de exploração em águas profundas enquanto não
tiver uma avaliação estratégica ambiental de suas bacias. Só assim teremos um mapeamento com áreas
onde a atividade petrolífera não pode ser conduzida pelo elevado risco que um vazamento poderia
provocar. E essa exigência deve ser imposta pelo governo.
Radicalmente contrário à exploração do pré-sal, o diretor de campanhas do Greenpeace, Sergio
Leitão, frisa que o Brasil vai na contramão dos esforços mundiais para reduzir as emissões de CO2. Para
ele, os bilhões que serão investidos no pré-sal deveriam ser aplicados em pesquisas para desenvolver
energias alternativas.
Bruno Dalvi, com agências internacionais




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Re: GEOPOLÍTICA

#2455 Mensagem por Marino » Qui Jul 15, 2010 10:30 am

A parceria da UE com o Brasil
Cúpula aproxima a Europa da única economia emergente com a qual o bloco ainda não tinha um
diálogo estruturado
*José Manuel Durão Barroso - O Estado de S.Paulo
ESPECIAL PARA O "ESTADO"
Na quarta cúpula com a União Europeia, o Brasil está em situação privilegiada. Sua economia foi
uma das primeiras a sair da crise mundial e cresce de modo sustentado. A pobreza diminui e a classe
média cresce. Hoje, o País está em franca expansão. Para um europeu, como eu, com forte ligação
afetiva com o Brasil, isso é motivo de satisfação.
Em 2004, no início de minhas funções como presidente da Comissão Europeia, o Brasil era a
única das grandes economias emergentes com quem a UE não tinha uma diálogo estruturado. Decidi
que o estabelecimento de uma parceria estratégica com o Brasil seria uma das prioridades do meu
mandato. O objetivo foi concretizado em julho de 2007. Desde então, temos reforçado as relações
bilaterais.
Na cúpula, UE e Brasil discutem grandes temas globais, como a reforma do sistema financeiro, o
aprofundamento do comércio e a luta contra as mudanças climáticas. A ideia é reforçar a colaboração
com o Mercosul, assim como a cooperação bilateral com o avanço do Plano de Ação de Parceria
Estratégica. O diálogo institucionalizado e a profundidade de nossas relações são a melhor forma de
marcar o meio século de relações entre o Brasil e a Comunidade Europeia.
A parceria estratégica demonstra nosso interesse na relação com o Brasil. No mundo multipolar
do século 21, as responsabilidades devem ser partilhadas . Está na hora de o Brasil ocupar seu lugar nas
organizações mundiais. A arquitetura institucional global deve refletir as novas realidades geopolíticas
sob pena de não estar adequada ao novo século.
Crise. As responsabilidades do Brasil não resultam apenas de seu crescimento econômico. São
também fruto da consolidação de sua democracia e de seu papel como líder regional. Hoje, o Brasil é um
motor de vários processos de cooperação regional e uma referência política global, estando entre as
maiores democracias do mundo. Infelizmente, há ainda muitos países cujos cidadãos não têm liberdade,
que olham para o Brasil e para a Europa como símbolos de esperança.
Sei que há apreensão quanto à conjuntura econômica da UE. Existem problemas, é certo, mas a
situação não é mais difícil aqui do que em outras partes do mundo. A UE sairá mais forte da crise.
A UE tem o maior PIB do mundo, é a maior potência comercial mundial, lidera no plano
tecnológico e da inovação. O euro é a segunda moeda global e temos um mercado em expansão.
O grande alargamento do bloco, entre 2004 e 2007, aumentou a UE de 15 para 27 países. O
bloco hoje é um espaço de 500 milhões de pessoas com uma renda média de US$ 30 mil per capita.
Na Europa, as crises sempre serviram para aprofundar o projeto europeu. Por trás de uma
Europa em crise, há sempre uma Europa em renovação. A Europa está reformando seu modelo de
economia social de mercado para responder à competitividade global.
A minha confiança na Europa e o otimismo que vejo no Brasil levam-me a falar da nossa relação
bilateral como uma parceria de futuro. Uma parceria para ajudar a construir um mundo mais livre, justo e
próspero, onde todas as vozes têm o direito de se fazer ouvir. Não só as dos governos, mas também as
dos cidadãos.
*É PRESIDENTE DA COMISSÃO EUROPEIA




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Re: GEOPOLÍTICA

#2456 Mensagem por kurgan » Qui Jul 15, 2010 5:46 pm

15/07/2010 - 16h36
Brasil já é um dos maiores doadores internacionais, diz "Economist"

Em busca do status de potência global, o Brasil vem se posicionando na comunidade internacional em diferentes áreas. Além da recente participação no acordo nuclear com a Turquia e o Irã e a batalha pelo assento permanente no Conselho de Segurança da ONU, o país já se tornou um dos maiores doadores internacionais para áreas de risco ou financiamento de projetos, diz a revista britânica "The Economist".

A reportagem indica que o orçamento oficial da Agência Brasileira de Cooperação (ABC) é de R$ 52 milhões, mas um levantamento feito pelo Instituto de Desenvolvimento Internacional do Reino Unido e o Centro de Pesquisa em Desenvolvimento Internacional do Canadá mostra que no total uma série de agências do governo brasileiro gastam ao menos 15 vezes mais do que isso em seus próprios programas de assistência.

Imagem

A revista britânica apontou que Brasília contribui com cerca de R$ 35 a R$ 44 milhões por ano com o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), mas de acordo com o chefe do programa da ONU no país o valor real seria de R$ 177 milhões.

Outras iniciativas brasileiras incluem: R$ 531 milhões ao Programa Mundial de Alimentos da ONU, R$ 619 milhões à reconstrução do Haiti; pequenas ações em Gaza, e cerca de R$ 5,8 bilhões em empréstimos comerciais que empresas brasileiras privadas concederam a países pobres desde 2008 por meio do BNDES.

Somando-se todas as frentes, o montante de ajuda internacional que o Brasil fornece a outros países chega a cerca de R$ 7 bilhões por ano -- menos do que a China, mas similar ao que tradicionais "generosos" doadores como o Canadá e a Suécia concedem a outras nações. E ao contrário dos ocidentais, o montante brasileiro triplicou desde 2008.

POTÊNCIA "SOFT-POWER"

A reportagem indica que sem fazer "muito alarde", Brasília vem atuando em diversas partes do mundo em desenvolvimento.

Após seis meses do terremoto no Haiti, um dos esforços internacionais mais bem sucedidos é brasileiro. O programa "Lèt Agogo" (Muito leite, em crioulo) é uma cooperativa que encoraja as mães a levarem os filhos para a escola em troca de refeições, uma ação baseada no Bolsa Família e financiando pelo governo brasileiro, diz a revista.

No Mali uma série de campos de algodão são cultivados com sucesso graças a uma fazenda experimental implementada pela Embrapa.

Em Angola, a empreiteira brasileira Odebrecht é um dos gigantes do setor e é responsável pela construção de grande parte do sistema de abastecimento de água no país, indica a "Economist".

A revista britânica diz que apesar de o Brasil não considerar as ações como "ajuda internacional", os benefícios trazidos pela participação do país nestes programas de desenvolvimento -- além da atuação direta de empresas privadas e agências governamentais brasileiras em diversas nações -- são indiscutíveis.

"A abundância da assistência na África ajuda o Brasil a competir com a China e a Índia em termos de influência como potência [do tipo 'soft-power'] no mundo em desenvolvimento. Também faz com que o país obtenha apoio para sua busca solitária por um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU", indica a "Economist".

Para o secretário-geral do Itamaraty, Samuel Pinheiro Guimarães Neto, os gastos se justificam com uma projeção do status de potência feita pelo governo. Já que poderes em ascensão como o Brasil um dia terão muito mais controle do cenário internacional, a redução da pobreza em países em desenvolvimento agora representará menos problemas no futuro.

POTÊNCIAS OCIDENTAIS

O mundo ocidental se preocupa mais com os esforços chineses do que os brasileiros, afirma a revista, mas mesmo assim a crescente presença de financiamento do Brasil em países em desenvolvimento vem despertando a atenção das potências mais ricas.

Há também especificidades sobre a maneira brasileira de "ajudar outros países", diz a reportagem. Ao contrário das principais agências de desenvolvimento internacional como as dos EUA, Reino Unido, Canadá e União Europeia, o Brasil não impõe metas ou condições rígidas que devem ser atingidas pelos receptores dos recursos.

Para Marco Farani, chefe da ABC, os esforços brasileiros contam com a experiência que produziu o recente sucesso econômico no país. Brasília conta com programas de excelência como o tratamento de HIV/Aids para os mais pobres e esquemas sociais como o Bolsa Família e Bolsa Escola.

No entanto, a "Economist" argumenta que o país ainda recebe ajuda internacional de potências ocidentais e programas mundiais de desenvolvimento, o que faz com que a distinção tradicional entre doadores e receptores perca sentido no cenário atual.

DIPLOMACIA DA GENEROSIDADE

A "diplomacia da generosidade" é bem-vinda pelas potências ocidentais, mas com ressalvas. As ambições de liderança brasileiras soam um alarme, mas a probabilidade de o país sul-americano se tornar um mercado mais influente do que a Rússia ou a China interessa ao Ocidente.

A "Economist" diz ainda que apesar dos sucessos, o modelo que o país adota como doador internacional ainda está em criação. A revista cita o o chefe da ABC, Marco Farani, dizendo que o Brasil precisa de mais oficiais no setor, mais independência e uma ênfase maior nos objetivos da política de assistência a outros países, ao invés de projetos isolados.

"Até conseguir fazer estas tarefas, o programa de ajuda internacional do Brasil provavelmente deve permanecer sendo um modelo global 'em aguardo' -- um símbolo, talvez, da situação do país como um todo", diz a revista britânica.

http://www1.folha.uol.com.br/mundo/7674 ... mist.shtml




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DELTA22
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Re: GEOPOLÍTICA

#2457 Mensagem por DELTA22 » Qui Jul 15, 2010 6:13 pm

Marino escreveu:Europa reduz exploração de petróleo; Brasil acelera
Depois dos Estados Unidos, ontem foi a vez de a Europa recomendar a suspensão temporária de
novos projetos de exploração de petróleo e gás em águas profundas por causa do vazamento da BP no
Golfo do México. O acidente, ocorrido em 20 de abril, já é o maior desastre ambiental da história da
Indústria do petróleo. Na contramão, o Brasil acelera seus projetos e hoje o presidente Lula inaugura
oficialmente a produção na camada pré-sal do Campo de Baleia Franca, no Sul do Espírito Santo.
Ontem, o comissário de Energia da União Europeia, Guenther Oettinger, propôs a suspensão temporária
de novos projetos de exploração no Mar do Norte, no Mar Negro e no Mediterrâneo.
Produção de petróleo no pré-sal começa. Europa e EUA reconsideram
Danielle Nogueira e Ramona Ordoñez
Um dia antes de o Brasil iniciar oficialmente a produção de petróleo na camada pré-sal do
Campo de Baleia Franca, a 85 quilômetros da cidade de Anchieta, no sul do Espírito Santo, o comissário
de Energia da União Europeia, Guenther Oettinger, propôs ontem uma suspensão temporária de novos
projetos de exploração de petróleo e gás em águas profundas no Mar do Norte, no Mar Negro e no
Mediterrâneo. A recomendação segue a proibição determinada nos Estados Unidos, em resposta ao
vazamento iniciado em 20 de abril no poço do Golfo do México, operado pela BP. A Noruega, maior
produtor europeu e que não integra o bloco, também proibiu a exploração em águas profundas do Mar do
Norte.
- A indústria deve testar três vezes suas práticas, programas de treinamento e tecnologias. As
empresas precisarão convencer os órgãos reguladores de que fizeram as verificações necessárias e
reforçaram a segurança - disse Oettinger após encontro com representantes de 22 companhias
petrolíferas em Bruxelas.
A suspensão proposta pelo comissário da UE ocorreria enquanto os órgãos reguladores
americanos e da UE examinam o que causou o acidente da BP. A decisão, porém, cabe a cada um dos
27 Estados do bloco.
Já o comissário de Meio Ambiente da UE, Janez Potocnik, reconheceu que uma análise das
regras ambientais do bloco revelou falhas.
- Parece que temos duas opções: ou aplicamos instrumentos específicos (para a perfuração
offshore) ou ampliamos o escopo de nossas ferramentas já existentes - disse.
Na contramão da suspensão de novos projetos em águas profundas, o Brasil inicia oficialmente
hoje a produção no pré-sal em reservas no Espírito Santo descobertas em dezembro de 2008. Segundo
a Petrobras, o poço produzirá 13 mil barris de petróleo leve por dia e a previsão é que atinja a
capacidade máxima, de 20 mil barris/dia, ainda este ano. O projeto adotará tecnologias pioneiras para
operar nas condições geológicas do pré-sal.
Analistas divergem sobre suspensão
As opiniões sobre a paralisação temporária da exploração em águas profundas são divergentes.
Há cerca de 15 dias, problemas operacionais durante a perfuração do segundo poço no pré-sal, na Bacia
de Santos, levaram a seu fechamento.
Edmar de Almeida, do Grupo de Energia do Instituto de Economia da UFRJ, reconhece que
houve falhas graves da BP, mas afirma que o Brasil deve manter seu programa no pré-sal.
- Risco sempre tem. Mas uma moratória é uma resposta política à pressão popular. Além disso, a
produção nas bacias brasileiras não está caindo como na Europa. Estamos apenas no início da festa.
Portanto, o Brasil não tem que entrar nessa onda. O que deve ser feito é investir em tecnologia para
mitigar riscos - afirma.
O diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Haroldo Lima, garantiu que as normas de
segurança adotadas no Brasil estão entre as melhores do mundo e, portanto, não vê motivos para a
suspensão de futuros projetos em águas profundas no país.
- A nossa legislação de segurança operacional é considerada uma das mais modernas do
mundo. Soubemos dessa notícia pela imprensa (suspensão em outros países) e por enquanto não temos
a intenção de adotar medida semelhante - afirmou Lima, completando que o acidente da BP, após a
conclusão das investigações, também será levado em conta para aperfeiçoamento da legislação.
O professor do Instituto de Economia da UFRJ Hélder Queiroz criticou a falta de mais
informações sobre as regras de segurança por parte da ANP e do Ministério de Minas e Energia.
- A ANP precisa mostrar à sociedade o que temos, e se vai ser preciso mudar algo ou não. E se
for, quais medidas serão necessárias para reforçar - disse Queiroz.
Já a procuradora federal Telma Malheiros, responsável pela criação do escritório de
licenciamento das atividades de petróleo e nuclear do Ibama - atual Coordenação de Petróleo e Gás do
instituto -, defende que o Brasil altere seu modelo de gestão das bacias petrolíferas, de modo a
incorporar a avaliação ambiental dessas bacias.
- O Brasil não deveria autorizar novos projetos de exploração em águas profundas enquanto não
tiver uma avaliação estratégica ambiental de suas bacias. Só assim teremos um mapeamento com áreas
onde a atividade petrolífera não pode ser conduzida pelo elevado risco que um vazamento poderia
provocar. E essa exigência deve ser imposta pelo governo.
Radicalmente contrário à exploração do pré-sal, o diretor de campanhas do Greenpeace, Sergio
Leitão, frisa que o Brasil vai na contramão dos esforços mundiais para reduzir as emissões de CO2. Para
ele, os bilhões que serão investidos no pré-sal deveriam ser aplicados em pesquisas para desenvolver
energias alternativas.
Bruno Dalvi, com agências internacionais
O Presidente Lula respondeu essa matéria hoje em discurso no Espírito Santo. Trecho do discurso onde ele cita esse texto:
"Queria terminar fazendo uma crítica. Hoje eu vi um jornal que, para fazer uma crítica ao Brasil, diz que “a Europa está deixando de pesquisar ou de tirar petróleo no fundo do mar e que o Brasil continua”. Primeiro que a Europa, é preciso saber qual país da Europa tem petróleo no fundo do mar. O pouco que tem no Mar Morto está acabando, no Mar do Norte está acabando. Ou seja, na verdade, talvez esteja por detrás disso a ideia de dizer: “Ô Brasil, não tira o seu petróleo do pré-sal, não! Deixa aí para alguém um dia vir tirar”. E nós temos tecnologia, vamos, se Deus quiser, não permitir que aconteça conosco o que aconteceu nos Estados Unidos, porque aquilo, segundo o companheiro Estrela, não foi um acidente, aquilo foi um desastre. Aquilo é o seguinte: é que a empresa que estava fazendo aquilo, para fazer mais barato, ela colocou menos do que precisava colocar e quando explodiu aconteceu o que aconteceu. Não é o caso que vai acontecer com a Petrobras, que 190 milhões de brasileiros estarão ajudando a Petrobras a tirar, da forma mais carinhosa possível, o nosso tão cheiroso e admirado petróleo do pré-sal."
Quebrou a perna de muita gente. :twisted: :wink:

[]'s a todos.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2458 Mensagem por prp » Qui Jul 15, 2010 6:41 pm

TOMA TOMA TOMA, BANDÃO.




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Re: GEOPOLÍTICA

#2459 Mensagem por Tupi » Sex Jul 16, 2010 3:43 am

Marino escreveu:CLÁUDIO HUMBERTO
US$ 8 bilhões ao Paraguai
Desde a posse, em 2003, o presidente Lula ordenou a transferência de dinheiro e pagamento de
obras e programas no total superior a US$ 3 bilhões para o Paraguai, a titulo de ajuda, além de mais de
US$ 5 bilhões em dividendos de Itaipu Binacional, embora aquele país não tenha investido um só
centavo na empresa. A revelação é de um dos maiores especialistas no assunto, o senador Edison
Lobão (PMDB-MA), ex-ministro de Minas e Energia de Lula até há alguns semanas. O Paraguai compra
energia de Itaipu a US$ 21 o megawatt, enquanto o Brasil paga valores internacionais, US$ 47, mais que
o dobro. Para tocar a obra de Itaipu, em 1974 cada país acertou entrar com US$ 50 milhões. Até hoje o
Paraguai não pagou um centavo, não contribui nem mesmo com a água, que é 82% brasileira. Apesar de
tudo, o governo paraguaio ainda fala mal do Brasil e exige aumentar sua mesada de US$ 120 para US$
360 milhões anuais.
Não tenho certeza quanto aos numeros em si. Mas os fatos são coerentes e sintomáticos.





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: GEOPOLÍTICA

#2460 Mensagem por marcelo l. » Sex Jul 16, 2010 9:36 am

Dos números esquecidos sobre Itaipu:

Os últimos três anos se pagou aproximadamente 1 bi e 600 milhões de dólares em Royaties pelo uso da água. Divide-se pela metade segundo o contrato original e teremos 800 para o tesouro paraguaio.

A nossa metade dividida em segundo a Lei dos Royalties, a distribuição da compensação financeira é feita da seguinte forma: 45% aos Estados, 45% aos municípios e 10% para órgãos federais. Cabe ressaltar que da parcela reservada aos Estados e municípios, 85% do valor repassado é pago aos entes federais diretamente afetados pelo reservatório da usina.

Vários dos erros do projeto de Itaipu e seus impactos negativos no Brasil foram cobertos com a legislação de Royaties e outras compensações.

A questão do dividendos é uma questão que nem merece ser muito discutida, a questão que veio a tona nos últimos anos que existia dividendos retidos por isso a notinha do Cláudio Humberto já que se pensa que Itaipu deverá ter menos desperdícios e ser uma companhia mais ágil.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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