Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Prezados Senhores,
A Guiné Equatorial ocupa uma área total de 28.050 km2 divididos em três territórios descontínuos, um continental e os restantes insulares. A norte, no Golfo da Guiné, a ilha de Bioko é o território mais importante e abriga a capital do país, Malabo. O vizinho mais próximo é os Camarões, a nordeste, seguindo-se a Nigéria, a noroeste e São Tomé e Príncipe, a sudoeste. O segundo território é a parte continental do país, Rio Muni, encravado entre os Camarões, a norte, o Gabão a leste e sul e o Golfo da Guiné a oeste. Partes deste território estão mais próximas de São Tomé e Príncipe do que de Bioko. Finalmente, a sudoeste, a pequena ilha de Ano Bom completa o país, tendo como vizinhos mais próximos São Tomé e Príncipe, a nordeste, e o Gabão a leste.
Recentemente o presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, decretou que o português seria uma das línguas oficiais do país, ao lado do espanhol e do francês, condição prévia para poder entrar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A população e estimada em 550.000 pessoas e possui uma das maiores rendas per capita do continente (US$ 2.700,00) resultado de um PIB de US$ 1,3 bilhões. As principais atividades econômicas são a produção agropecuária de café, cacau, mandioca, baunilha, pimenta, corantes, suínos, ovinos e caprinos. A indústria e incipiente e tem com atividade básica o corte e aparelhamento de madeira. O maior destaque na economia do país e a produção de petróleo e gás natural.
Desde o fim do século XX, com a exportação de petróleo, a renda per capita tem aumentado espetacularmente, ainda que a riqueza se concentre nas mãos de uma minoria, em sua maior parte propriedade do clã no governo ou de companhias internacionais. A exportação do barril por habitante é similar à do Kuwait. Como resultado da concentração de renda a expectativa de vida e de 48 anos para os homens e 52 anos para a mulher, a taxa de analfabetismo e de 17% e a mortalidade infantil e de 108/1.000.
Em relação à defesa o efetivo total das três Forças Armadas e de 1.500 homens a qual se soma mais 2.000 policiais. O orçamento anual do aparato policial-militar e de cerca de US$ 130 milhões. O Exército possui VBTP de origem russa, a Força Aérea possui apenas aeronaves de transporte, patrulha e helicópteros.
A MARINHA DA GUINÉ EQUATORIAL tem um efetivo de 120 militares e possui em seu inventario 5 lanchas de patrulha que utilizam os cais dos portos de Malabo e Bata como pontos de apoio.
Levantei estas informações para poder subsidiar os amigos no sentido de serem respondidas algumas questões básicas referentes à possível incorporação de um navio do porte da corveta Barroso na Marinha da Guiné Equatorial (MGE). Estas questões estão relacionadas aos militares a serem treinados para tripular o navio (a tripulação da Barroso e superior ao efetivo atual da MGE), apoio de base naval e logística de manutenção, recursos financeiros e infra estrutura industrial para apoiar a operação do navio... etc. Pode ser que até comprem o navio e talvez ocorra o que aconteceu com a ARADU da vizinha Nigéria.Em minha opinião um navio deste porte e inadequado, no momento, para a MGE. Deveriam começar por navios, por exemplo, da classe Macaé e depois evoluir para classes de maior porte.
Sds
Lord Nauta
A Guiné Equatorial ocupa uma área total de 28.050 km2 divididos em três territórios descontínuos, um continental e os restantes insulares. A norte, no Golfo da Guiné, a ilha de Bioko é o território mais importante e abriga a capital do país, Malabo. O vizinho mais próximo é os Camarões, a nordeste, seguindo-se a Nigéria, a noroeste e São Tomé e Príncipe, a sudoeste. O segundo território é a parte continental do país, Rio Muni, encravado entre os Camarões, a norte, o Gabão a leste e sul e o Golfo da Guiné a oeste. Partes deste território estão mais próximas de São Tomé e Príncipe do que de Bioko. Finalmente, a sudoeste, a pequena ilha de Ano Bom completa o país, tendo como vizinhos mais próximos São Tomé e Príncipe, a nordeste, e o Gabão a leste.
Recentemente o presidente Teodoro Obiang Nguema Mbasogo, decretou que o português seria uma das línguas oficiais do país, ao lado do espanhol e do francês, condição prévia para poder entrar na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
A população e estimada em 550.000 pessoas e possui uma das maiores rendas per capita do continente (US$ 2.700,00) resultado de um PIB de US$ 1,3 bilhões. As principais atividades econômicas são a produção agropecuária de café, cacau, mandioca, baunilha, pimenta, corantes, suínos, ovinos e caprinos. A indústria e incipiente e tem com atividade básica o corte e aparelhamento de madeira. O maior destaque na economia do país e a produção de petróleo e gás natural.
Desde o fim do século XX, com a exportação de petróleo, a renda per capita tem aumentado espetacularmente, ainda que a riqueza se concentre nas mãos de uma minoria, em sua maior parte propriedade do clã no governo ou de companhias internacionais. A exportação do barril por habitante é similar à do Kuwait. Como resultado da concentração de renda a expectativa de vida e de 48 anos para os homens e 52 anos para a mulher, a taxa de analfabetismo e de 17% e a mortalidade infantil e de 108/1.000.
Em relação à defesa o efetivo total das três Forças Armadas e de 1.500 homens a qual se soma mais 2.000 policiais. O orçamento anual do aparato policial-militar e de cerca de US$ 130 milhões. O Exército possui VBTP de origem russa, a Força Aérea possui apenas aeronaves de transporte, patrulha e helicópteros.
A MARINHA DA GUINÉ EQUATORIAL tem um efetivo de 120 militares e possui em seu inventario 5 lanchas de patrulha que utilizam os cais dos portos de Malabo e Bata como pontos de apoio.
Levantei estas informações para poder subsidiar os amigos no sentido de serem respondidas algumas questões básicas referentes à possível incorporação de um navio do porte da corveta Barroso na Marinha da Guiné Equatorial (MGE). Estas questões estão relacionadas aos militares a serem treinados para tripular o navio (a tripulação da Barroso e superior ao efetivo atual da MGE), apoio de base naval e logística de manutenção, recursos financeiros e infra estrutura industrial para apoiar a operação do navio... etc. Pode ser que até comprem o navio e talvez ocorra o que aconteceu com a ARADU da vizinha Nigéria.Em minha opinião um navio deste porte e inadequado, no momento, para a MGE. Deveriam começar por navios, por exemplo, da classe Macaé e depois evoluir para classes de maior porte.
Sds
Lord Nauta
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Pois é Lord,
Mas por outro lado se isso não ocorre vão lá os chineses e vendem 5 navios... E não estou falando da "perda da exportação" e sim de outras perdas que são mais significativas em especial depois desse perfil que você passou do país.
[]s
CB_Lima
Mas por outro lado se isso não ocorre vão lá os chineses e vendem 5 navios... E não estou falando da "perda da exportação" e sim de outras perdas que são mais significativas em especial depois desse perfil que você passou do país.
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CB_Lima
CB_Lima = Carlos Lima
- soultrain
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
A Barroso sem as turbinas, sem a maioria dos equipamentos electrónicos e armas deve necessitar de uma tripulação bem reduzida.
Tinha lógica ser um navio um pouco polivalente, uma espécie de iate com uma peça de guerra.
No fórum defesa da Guiné, devem estar todos em polvorosa por o Brasil vender uma versão downgrade
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Tinha lógica ser um navio um pouco polivalente, uma espécie de iate com uma peça de guerra.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
NJ
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Sem querer duvidar das suas fontes....mas a ultima notícia que li sobre a Armada do Equador era que o governo tinha negado US$300 milhões para o modernização das 6 corvetes classe Esmeralda.WalterGaudério escreveu:O BOM de morar em Brasília é que vc tem aCESSO A alguns diplomatas..., e a algumas infos privilegiadas ..., procurando saber mais a respeito, me parece que o ITAMARATY adorou essa venda(?) e andaram dizendo que se ficar meio inviável financeiramente para os guineenses, construir-se-á até mesmo mais umas duas unidades para a MB PARA TORNAR O NOVO PROJETO VIÁVEL, para a GUINÉ, ANGOLA E EQUADOR...
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
soultrain escreveu:A Barroso sem as turbinas, sem a maioria dos equipamentos electrónicos e armas deve necessitar de uma tripulação bem reduzida.
Tinha lógica ser um navio um pouco polivalente, uma espécie de iate com uma peça de guerra.
No fórum defesa da Guiné, devem estar todos em polvorosa por o Brasil vender uma versão downgrade
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Prezado Amigo
A questão principal não e somente a tripulação, mesmo que reduzida, e a capacidade de manter e operar um navio do porte de uma corveta por uma Marinha que somente tem lanchas costeiras armadas com metralhadoras. Vejamos como exemplo a Marinha da Namibia que esta evoluindo de lanchas de patrulha para navios patrulha, além de estar construindo uma base naval adequada ao suporte necessario a estes meios. Sou a favor da venda desde que haja garantias comerciais. Agora se a corveta for um ''elefante branco'' e um problema exclusivo da MGE.
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Lord Nauta
- soultrain
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Bom,
Então há a oportunidade para empresas brasileiras darem esse suporte, provavelmente as infraestruturas necessárias serão uma boa parte dos custos.
Não acho que o Brasil se deva descuidar desses aspectos. Mais do que venda, são necessárias relações de parceria. Venda é só uma vez e esporádica.
O porte entre a corveta e um patrulha pouco importa, é mais importante o recheio. Se a corveta funcionar como mini navio polivalente logístico, até acho uma boa aposta, despropositada é certo.
A oportunidade de parceria está ai, com coms portugas espero
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Então há a oportunidade para empresas brasileiras darem esse suporte, provavelmente as infraestruturas necessárias serão uma boa parte dos custos.
Não acho que o Brasil se deva descuidar desses aspectos. Mais do que venda, são necessárias relações de parceria. Venda é só uma vez e esporádica.
O porte entre a corveta e um patrulha pouco importa, é mais importante o recheio. Se a corveta funcionar como mini navio polivalente logístico, até acho uma boa aposta, despropositada é certo.
A oportunidade de parceria está ai, com coms portugas espero
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- Brasileiro
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Uma corveta classe Barroso é mais do que a Marinha da Guiné Equatorial pode operar. Pra mim, o risco do negócio naufragar é altíssimo.
Um começo saudável, e ainda assim salgado para eles, seriam os nossos patrulhas 200 e 400 ton. Muito mais úteis para a realidade deles.
abraços]
Um começo saudável, e ainda assim salgado para eles, seriam os nossos patrulhas 200 e 400 ton. Muito mais úteis para a realidade deles.
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Brasileiro escreveu:Uma corveta classe Barroso é mais do que a Marinha da Guiné Equatorial pode operar. Pra mim, o risco do negócio naufragar é altíssimo.
Um começo saudável, e ainda assim salgado para eles, seriam os nossos patrulhas 200 e 400 ton. Muito mais úteis para a realidade deles.
abraços]
Prezado Amigo Brasileiro
Eu penso assim. E um salto expressivo em relação aos meios que eles posuem. O fato e que não existe uma Marinha de Guerra na Guiné e sim uma força polcial maritima, se muito. Alguns colegas comentaram que tanto faz operar um NaPa de 200 ton como uma corveta de 1.950 ton. Eu, não concordo com este pensamento. Caso fosse assim a MB teria obtido o NAe Saratoga em vez do Foch, mas tudo bem, devemos ter respeito pela opinião de cada um dos colegas.
Sds
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
A Marinha não comprou o Saratoga por causa dos custos de manutenção. Os caras estão nadando em dinheiro (petróleo) e o Brasil vai aplicar o mesmo remédio que forneceu ao outro parceiro africano e ajudar a formar sua Marinha. Não vejo nada de errado nisso. Alem do que trata-se de uma opção estratégica do Brasil manter influencia na africa. Tem sentido ?
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Luiz Bastos escreveu:A Marinha não comprou o Saratoga por causa dos custos de manutenção. Os caras estão nadando em dinheiro (petróleo) e o Brasil vai aplicar o mesmo remédio que forneceu ao outro parceiro africano e ajudar a formar sua Marinha. Não vejo nada de errado nisso. Alem do que trata-se de uma opção estratégica do Brasil manter influencia na africa. Tem sentido ?
Prezado Amigo
Vamos recordar o caso da Namibia:
1- Formação de pessoal (subalternos e oficiais) as primeiras turmas no final do sec. XX,
2- Doação de uma corveta da classe Imperial Marinheiro;
3- Construção de um Napa de 200 toneladas;
4- Construção de 2 lanchas de patrulha da classe Rio em aluminio; e
5- Construção de uma Base Naval.
O AMIGO deve ter percebido o caminho percorrido até agora em relação a Namibia e neste caminho ainda não foi fornecido um navio de 2.400 toneladas para a nação amiga. Podem tentar me convencer que os ''caras'' que operam lanchas vão em três anos (tempo de construção de uma corveta, desde que haja dinheiro) formar oficiais, marinheiros, ter infraestrutura de apoio e dinheiro para operar ''full'' o seu brinquedinho. E a reciproca em relação ao Saratoga para o Brasil e verdeira em relação a Barroso para a Guiné Equatorial.
O AMIGO não deve ter noção do que e operar um navio de guerra. Vou dar um simples exemplo de uma faina que tem que ser perfeita a alimentação dos militares a bordo quando no mar. Quanto a vender, vamos vender para todo mundo. Já escrevi que se os navios serão ''belos antonios'' e problema de cada país.
Sds
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Senhor Nauta.
Apesar de todo o carinho e respeito que nutro pelo senhor, sou obrigado a informar que não concordo muito com sua opinião, embora a respeite.
Penso que as coisas demoram muito na administração publica brasileira e em suas forças armadas idem. Já li varias vezes de um colega de fórum (Juarez) que "Ter é uma coisa fácil, agora operar é que é muito diferente". Tenho que aceitar tal opinião, mas a verdade é que os fatos contradizem tal afirmação, se não totalmente, pelo menos em parte.
A Venezuela está com os SU-30 ha 2 anos e pouco e não me parece que estão fazendo besteira com eles. Já vi testes de misseis com estes jatos e tudo transcorreu perfeitamente.
Já vi um filme deles simulando um ataque a uma fragata nossa no norte do atlântico e também se saíram muito bem. Agora, em compensação, não temos como mensurar a experiencia de um piloto venezuelano que nunca entrou em combate com a de de pilotos americanos e ingleses que passam mais tempo em guerras do que com suas famílias, e o amigo sabe que experiencia conta muito em combates aéreos.
Tivemos também nossa própria experiencia na 2a guerra quando a FAB foi criada e enviada para receber os treinamentos dos americanos. Muitos ali só tinham voado Catalina, e com treinamento de meses, inclusive interrompido por necessidade de envia-los para o front, eles fizeram muito bonito nos céus da Itália.
No caso da Marinha eu entendo que deva ser difícil tripular uma embarcação de grande porte, mas dependendo da função a exercer, creio que se aprende em poucos meses. Depende do ser humano querer aprender, e me parece que eles querem e muito.
Não entenda minhas linhas como intransigência, apenas eu posso contar que uma vez sai de ferias em Angra com um grupo do trabalho. Ficamos em um bom hotel com bons programas de lazer entre eles cavalos, barcos, helicóptero e varias quadras de esportes. Lá, nosso chefe pegou um barquinho a vela e ficou ali horas a fio velejando na nossa cara e duvidando (sacaneando) da gente. Eu nunca tinha sequer andado de barco a vela, mas decidi aceitar o desafio com mais dois colegas. A favor do vento era maravilhoso e fácil, mas para voltar foi barra pesada. Depois de 2 horas apanhando contra o vento conseguimos voltar ilesos e com a lição de casa aprendida e aptos a encarar até um Clipper. Cansados mas com a satisfação de ter vencido mais um desafio. Fui
Apesar de todo o carinho e respeito que nutro pelo senhor, sou obrigado a informar que não concordo muito com sua opinião, embora a respeite.
Penso que as coisas demoram muito na administração publica brasileira e em suas forças armadas idem. Já li varias vezes de um colega de fórum (Juarez) que "Ter é uma coisa fácil, agora operar é que é muito diferente". Tenho que aceitar tal opinião, mas a verdade é que os fatos contradizem tal afirmação, se não totalmente, pelo menos em parte.
A Venezuela está com os SU-30 ha 2 anos e pouco e não me parece que estão fazendo besteira com eles. Já vi testes de misseis com estes jatos e tudo transcorreu perfeitamente.
Já vi um filme deles simulando um ataque a uma fragata nossa no norte do atlântico e também se saíram muito bem. Agora, em compensação, não temos como mensurar a experiencia de um piloto venezuelano que nunca entrou em combate com a de de pilotos americanos e ingleses que passam mais tempo em guerras do que com suas famílias, e o amigo sabe que experiencia conta muito em combates aéreos.
Tivemos também nossa própria experiencia na 2a guerra quando a FAB foi criada e enviada para receber os treinamentos dos americanos. Muitos ali só tinham voado Catalina, e com treinamento de meses, inclusive interrompido por necessidade de envia-los para o front, eles fizeram muito bonito nos céus da Itália.
No caso da Marinha eu entendo que deva ser difícil tripular uma embarcação de grande porte, mas dependendo da função a exercer, creio que se aprende em poucos meses. Depende do ser humano querer aprender, e me parece que eles querem e muito.
Não entenda minhas linhas como intransigência, apenas eu posso contar que uma vez sai de ferias em Angra com um grupo do trabalho. Ficamos em um bom hotel com bons programas de lazer entre eles cavalos, barcos, helicóptero e varias quadras de esportes. Lá, nosso chefe pegou um barquinho a vela e ficou ali horas a fio velejando na nossa cara e duvidando (sacaneando) da gente. Eu nunca tinha sequer andado de barco a vela, mas decidi aceitar o desafio com mais dois colegas. A favor do vento era maravilhoso e fácil, mas para voltar foi barra pesada. Depois de 2 horas apanhando contra o vento conseguimos voltar ilesos e com a lição de casa aprendida e aptos a encarar até um Clipper. Cansados mas com a satisfação de ter vencido mais um desafio. Fui
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Se eles vão operar ou não a barroso o problema é deles, contanto que paguem por ela.Lord Nauta escreveu:Luiz Bastos escreveu:A Marinha não comprou o Saratoga por causa dos custos de manutenção. Os caras estão nadando em dinheiro (petróleo) e o Brasil vai aplicar o mesmo remédio que forneceu ao outro parceiro africano e ajudar a formar sua Marinha. Não vejo nada de errado nisso. Alem do que trata-se de uma opção estratégica do Brasil manter influencia na africa. Tem sentido ?
Prezado Amigo
Vamos recordar o caso da Namibia:
1- Formação de pessoal (subalternos e oficiais) as primeiras turmas no final do sec. XX,
2- Doação de uma corveta da classe Imperial Marinheiro;
3- Construção de um Napa de 200 toneladas;
4- Construção de 2 lanchas de patrulha da classe Rio em aluminio; e
5- Construção de uma Base Naval.
O AMIGO deve ter percebido o caminho percorrido até agora em relação a Namibia e neste caminho ainda não foi fornecido um navio de 2.400 toneladas para a nação amiga. Podem tentar me convencer que os ''caras'' que operam lanchas vão em três anos (tempo de construção de uma corveta, desde que haja dinheiro) formar oficiais, marinheiros, ter infraestrutura de apoio e dinheiro para operar ''full'' o seu brinquedinho. E a reciproca em relação ao Saratoga para o Brasil e verdeira em relação a Barroso para a Guiné Equatorial.
O AMIGO não deve ter noção do que e operar um navio de guerra. Vou dar um simples exemplo de uma faina que tem que ser perfeita a alimentação dos militares a bordo quando no mar. Quanto a vender, vamos vender para todo mundo. Já escrevi que se os navios serão ''belos antonios'' e problema de cada país.
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Lord Nauta
E se o brasil colocar uma base da marinha lá?
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Luiz Bastos escreveu:Senhor Nauta.
Apesar de todo o carinho e respeito que nutro pelo senhor, sou obrigado a informar que não concordo muito com sua opinião, embora a respeite.
Penso que as coisas demoram muito na administração publica brasileira e em suas forças armadas idem. Já li varias vezes de um colega de fórum (Juarez) que "Ter é uma coisa fácil, agora operar é que é muito diferente". Tenho que aceitar tal opinião, mas a verdade é que os fatos contradizem tal afirmação, se não totalmente, pelo menos em parte.
A Venezuela está com os SU-30 ha 2 anos e pouco e não me parece que estão fazendo besteira com eles. Já vi testes de misseis com estes jatos e tudo transcorreu perfeitamente.
Já vi um filme deles simulando um ataque a uma fragata nossa no norte do atlântico e também se saíram muito bem. Agora, em compensação, não temos como mensurar a experiencia de um piloto venezuelano que nunca entrou em combate com a de de pilotos americanos e ingleses que passam mais tempo em guerras do que com suas famílias, e o amigo sabe que experiencia conta muito em combates aéreos.
Tivemos também nossa própria experiencia na 2a guerra quando a FAB foi criada e enviada para receber os treinamentos dos americanos. Muitos ali só tinham voado Catalina, e com treinamento de meses, inclusive interrompido por necessidade de envia-los para o front, eles fizeram muito bonito nos céus da Itália.
No caso da Marinha eu entendo que deva ser difícil tripular uma embarcação de grande porte, mas dependendo da função a exercer, creio que se aprende em poucos meses. Depende do ser humano querer aprender, e me parece que eles querem e muito.
Não entenda minhas linhas como intransigência, apenas eu posso contar que uma vez sai de ferias em Angra com um grupo do trabalho. Ficamos em um bom hotel com bons programas de lazer entre eles cavalos, barcos, helicóptero e varias quadras de esportes. Lá, nosso chefe pegou um barquinho a vela e ficou ali horas a fio velejando na nossa cara e duvidando (sacaneando) da gente. Eu nunca tinha sequer andado de barco a vela, mas decidi aceitar o desafio com mais dois colegas. A favor do vento era maravilhoso e fácil, mas para voltar foi barra pesada. Depois de 2 horas apanhando contra o vento conseguimos voltar ilesos e com a lição de casa aprendida e aptos a encarar até um Clipper. Cansados mas com a satisfação de ter vencido mais um desafio. Fui
Prezado Amigo
Respeito de fato sua opinião mas preciso esclarecer alguns pontos do seu texto:
1- A força Aérea da Venezuela já operava a varios anos e com razoavel eficiência aviões de caça relativamente modernos até a chegada do SU 30. O que ocorreu foi a transição para uma nova aeronave. O mesmo vai acontecer no Brasil com a chegada do RAFALE.
2- A FAB foi criada a partir dos recursos humanos e materiais da Aviação Militar e da Aviação Naval. A Aviação Naval, por exemplo,foi criada em 1916 e enviou pilotos para a Inglaterra que combateram na I Guerra Mundial.Outro exemplo, a Aviação Militar realizou combates aéreos durante a Revolução Constitucionalista. Em resumo a FAB não surgiu do nada, o pessoal que recebeu tinha conhecimento profissional e varios aviões eram relativamente modernos para a epóca.
Sds
Lord Nauta
- soultrain
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Caro Lord Nauta,Lord Nauta escreveu:Brasileiro escreveu:Uma corveta classe Barroso é mais do que a Marinha da Guiné Equatorial pode operar. Pra mim, o risco do negócio naufragar é altíssimo.
Um começo saudável, e ainda assim salgado para eles, seriam os nossos patrulhas 200 e 400 ton. Muito mais úteis para a realidade deles.
abraços]
Prezado Amigo Brasileiro
Eu penso assim. E um salto expressivo em relação aos meios que eles posuem. O fato e que não existe uma Marinha de Guerra na Guiné e sim uma força polcial maritima, se muito. Alguns colegas comentaram que tanto faz operar um NaPa de 200 ton como uma corveta de 1.950 ton. Eu, não concordo com este pensamento. Caso fosse assim a MB teria obtido o NAe Saratoga em vez do Foch, mas tudo bem, devemos ter respeito pela opinião de cada um dos colegas.
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Lord Nauta
Confusão por minha culpa. Eu queria dizer que a Barroso light (vamos chamar assim), sem a maioria dos sistemas e sem turbinas, pouco mais é que um patrulha oceânico (NaPaOc) com capacidade de comando e controlo (depende dos sensores, com's e do sistema de combate que ficar), por isso fiz analogia a um pequeno navio polivalente logístico.
É evidente que é diferente de operar um pequeno patrulha de 200t.
De qualquer maneira, se houver dinheiro, parece-me que haverá mais negócio para empresas brasileiras. Provavelmente, vão ser necessários novos cais de acostagem, com capacidades de reabastecimento de mantimentos e consumíveis, novas camaratas (ou seja uma nova base naval pelo menos), formação de tripulação etc etc.
Desculpe pela confusão.
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Re: Venda de navio da classe Barroso para Guiné Equatoria
Acho que a Guiné vai pedir uma Barroso com um canhão de 76mm e usar com um heli no convés/hangar. Só o Basico.