cb_lima escreveu:Bender escreveu:
Olá novamente Lima,sempre bom trocar idéias contigo,li seu post anterior e respeito,e não quero convencer voce nem ninguem de nada,
mas vou colocar aqui uma questão que talvez voce e outros possam considerar uma maionese,mas vamos lá:
Normalmente nós acabamos formando uma opinião sobre determinados temas como este do Rafale para operar no A12,bem pragmática e técnica,como a sua,que está correta porque não?
e vamos seguindo adiante respaldando unicamente nossa visão desta maneira.
MAS... estamos no Brasil meu caro,
e aqui no Brasil existem maneiras de se alavancar processos e projetos,que não encontram similaridades em nenhum outro país no mundo.
Por incrível que pareça e muitos aqui acredito que não enxerguem desta maneira que eu enxergo,os Rafales virem antes da existência do novo Nae,são fundamentais para que ele venha a existir.
A falta de compatibilidade e possibilidade de operá-los Full no A12,são fundamentais para que o futuro Nae venha a existir.
Sempre no Brasil,é preciso que se crie "problemas" para podermos desencadear com "argumentos" e de forma "rápida" as soluções.
Bom argumento está sendo o pré-sal para MB,não é meu amigo?
Pois as coisas são muito bem pensadas e articuladas sempre imaginando que tipo de respaldo político tem que ser "gerado" e "provocado" para se aprovar e tocar um projeto da envergadura do novo Nae e da nova base Nordeste,infelizmente eu nao tenho uma visão puramente técnica,pois o ambiente em que eu transito a vontade é o político.
Quem tiver olhos para ler estas minhas linhas entenderá o que quero transmitir.
Abraços companheiro!
Como sempre Bender...
Deixa eu colocar uma outra variável nessa história sua.
Veja bem meu amigo... anos e anos e anos e anos e anos atrás a MB graciosamente comprou um montão de aviõezinhos para colocar no seu recém incorporado Porta-aviões e a revelia fez uma compra de equipamento digamos "problemática".
Resultado... 40 anos sem aviação naval de asas fixas.
Obviamente todos tem o direito de dizer. Mas CB... você é maluco, fica tentando trazer essas histórias do tempo de vovô garoto para tentar talvez criar mais uma camada de argumentos...
Sim, mas a lição que noto aqui é que a MB levou Sub, está levando um pacotão de coisas e no fim... ainda sairá com caças antes mesmo de ter um PA?
Sei lá... eu na minha modesta opnião esperar alguns anos e aprender a operar em PA direito deveria ser a prioridade e quando começar a construir o novo PA... aí tudo bem... vai lá e compra os Rafales da vida... porque mesmo do ínicio da construção até a incorporação estamos falando de bons 5 anos em média.
Ou seja... devagar porque as vezes existem questões delicadas "nas entrelinhas" que não devem e podem servir de munição para ninguém querer criar desavenças.
Eu sei.. é passado... mas como você disse... é Brasil da mesma forma... então...
[]s
CB_Lima
Amigo Lima, acho que você ainda não entendeu o "fio da meada" proposto pelo Bender, ele está correto.
Neste país não bastam explicações, é preciso antecipar e justificar o que está para acontecer.
Tecnicamente houve técnico(s) da MB avaliando a operacionalidade do Rafale no SP, mas lamentavelmente faltou sabedoria ao(s) sujeito(s) (nada pejorativo), faltou habilidade e perspicácia, "foi engolido" pela sabedoria superior. Canso de dizer, não adianta ter apenas o conhecimento (informação
et all), faz-se necessário, ainda mais nestes momentos, o uso e abuso da sabedoria (lamentavelmente nem todos têm, muito menos eu, mas consigo ao menos considerar a sua existência e aplicabilidade, no máximo).
Toque e arremetida, catapultagem e pouso são importantíssimos para qualquer marinha que tenha um NAe, principalmente para as marinhas como a nossa. Não adianta desejar um PA plenamente operacional da noite para o dia, não adianta se "contentar" com as limitações impostas pelo SP, é preciso criar condições críveis para ter-se tudo que é necessário e permitido a um país como o nosso.
A coisa mais importante não é o caça em si, mas o fato de que o mesmo será operado pela FAB e MB, isto faz toda a diferença. Veja bem, basta a MB anunciar que comprará o mesmo caça da FAB para "ficar claro" para todo mundo que virá um novo NAe, já a recíproca não é verdadeira (esqueceram de avisar tal coisa para o "técnico"...
). Sendo mais simplista: basta dizer que vai se comprar um dado avião para ficar claro que será necessário uma "pista" específica para o mesmo decolar e pousar.
Entenda: o recado mais importante vindo do fato de que a MB irá comprar o mesmo caça a ser comprado pela FAB é que muito em breve virá um novo NAe; basta, só isto já me diz tudo. Não adianta anunciar a intenção de um novo PA, é preciso mostrar (dissuasão?) que tal coisa não é fruto de imaginação, mas ação concreta. Compare com os recentes pronunciamentos (e "explicações
a posteri) sobre o sub nuclear argentino. Há alguma credibilidade no que foi anunciado? Claro que não... Há mais contradições do que fatos em si; esta é a diferença entre fazer e dizer que fará.
Não sou técnico, não entendo nada de caças, menos ainda daqueles que operam em NAe, mas
afirmo (sem medo de errar): para as necessidades atuais o Rafale "opera" (muito entre-aspas) no SP.
Forte abraço!!!