Programa de Reaparelhamento da Marinha

Assuntos em discussão: Marinha do Brasil e marinhas estrangeiras, forças de superfície e submarinas, aviação naval e tecnologia naval.

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Carlos Mathias

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2836 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Jun 21, 2010 11:03 am

E não é?
O bom desse mísseis com querosene é que você completa o tanque ou bota só 1/4, daí mostra pro fiscal:

- Aí ó, alcance de 100KM...

Leva no posto da esquina, ou compra uma porrada de lata de Imagem, QUE É QUEROSENE MESMO.

:wink: 8-]




Knight
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2837 Mensagem por Knight » Seg Jun 21, 2010 11:05 am

Carlos Mathias escreveu:Aí eu acho que já é kizila demais Padilha.
Essas coisas agora estão sendo feitas, me parece, em outro nível, em outra escala do que as compras teatrais de outrora.
Um SCALP deve custar 1 1/2 milhão de doletas :roll: , logo, deve dar prá comprar uns 500 inicialmente. 8-]
Nobre Mathias.

E a diferença no custo da plataforma?

É incerto, mas será que poderíamos conseguir algo equivalente com um custo total mais em conta?




Carlos Mathias

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2838 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Jun 21, 2010 11:06 am

Bom, não precisam ser todas as escoltas armadas com esse porretinho.
Mas acho que vamos ter algo do tipo sim.




Bender

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2839 Mensagem por Bender » Seg Jun 21, 2010 11:10 am

:mrgreen: se tem um cara que tem bons argumentos é voce Mathias :mrgreen: :mrgreen: Até o Padilha concorda :mrgreen:

Abraços!




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2840 Mensagem por Corsário01 » Seg Jun 21, 2010 11:14 am

Que Deus te ouça, mas lembro, que de nada adianta comprar o brinquedo se vc não tem como manter para usar quando precisar.

Muita coisa precisa ser feita ainda, para que as FFAA's possam atingir este nível de excelência.

Falta grana, falta interesse do poder público, falta interesse da sociedade, enfim, as vezes não basta para as FFAA's, que meia duzia de entusiastas queiram isso ou aquilo para as mesmas.

Tem muito água para passar debaixo desta ponte ainda. Eu ainda espero sinalizações mais fortes, mais ações efetivas do governo para poder voltar a ser otimista.

Continuo aguardando! 8-]




Abraços,

Padilha
Carlos Mathias

Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2841 Mensagem por Carlos Mathias » Seg Jun 21, 2010 11:29 am

Vamos aguardar que o mundo saia da crise econômica. :wink:
Seria um milagre descomunal, mesmo pro Lula :mrgreen: , que o Brasil mergulhasse em despesas colossais em Defesa em tempos de crise global, onde tem país cortando fundo nos seus orçamentos da área.
Mas já no começo deste ano crescemos 10%, e a arrecadação vai junto. :wink: 8-]

Conforme as coisas forem sendo aprovadas no Congresso (e serão) e o tempo devido for dado, enfim, vamos dar o tempo devido para as coisas se concretizarem.

Sair da idade média em termos de Defesa para o estado da arte é na verdade um trauma, um parto num país em que Defesa só existe em time de futebol.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2842 Mensagem por Lord Nauta » Seg Jun 21, 2010 10:16 pm

Prezados Amigos


Segue texto interessante sobre navio escola para a Marinha Mercante publicado no site Tecnologia & Defesa.


Opinião: um navio-escola para a Marinha Mercante

Escrito por Paulo Maia

O almirante estadunidense Alfred Thayer Mahan (1840-1914), um dos precursores do estudo da Geopolítica, reconheceu a fundamental importância do mar na realização da Política Nacional. Em seu entendimento do Poder Marítimo destacava que o mesmo não poderia ser baseado somente no Poder Naval representado pela existência de uma Marinha de Guerra, mas, também, de uma relevante Marinha Mercante, além de bases navais, estaleiros ativos e portos marítimos e fluviais eficientes. No Brasil a interpretação histórica do conceito e o seu aprofundamento, com base em fundamentos doutrinários, apontaram a definição de Poder Marítimo como sendo “... a capacidade resultante da integração dos recursos de que dispõe a nação para a utilização do mar e águas interiores, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e social, visando conquistar e manter os objetivos nacionais”.

Considerando a validade universal desta definição, o Poder Marítimo representa a parcela do Poder Nacional relacionado ao uso do mar. Sendo integrado pelo Poder Naval, Marinha Mercante, infraestrutura marítima e hidroviária, indústria naval, indústria pesqueira, organizações e meios de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, organizações, meios de explotação e exploração dos recursos do mar e os estabelecimentos destinados à formação e treinamento de pessoal para tais atividades. Assim, a Marinha do Brasil (MB) é a grande responsável pela orientação do preparo e aplicação do Poder Marítimo e do Poder Naval.

Finalmente, após vários anos de grave abandono, o Poder Marítimo nacional começa a ser restabelecido através de ações que culminaram com a criação do Ministério da Pesca, investimentos na infraestrutura portuária, na aprovação do Plano de Equipamento e Articulação da MB e na implementação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional Marítima (PROMINP), abrangendo transporte aquaviário, construção e reparos navais, portos e terminais e indústria de navipeças. Em sintonia com esse processo modernizador, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, através do seu Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (PROMEF), encomendou a estaleiros nacionais, em uma primeira etapa, o PROMEF-1; um total de 23 navios, sendo que uma segunda etapa, o PROMEF-2, com um total de 28 navios já teve a sua concorrência realizada. A essas encomendas podem ser somadas mais 39 unidades destinadas à navegação de cabotagem nos próximos sete anos.

A rápida recuperação da construção naval nacional implica na necessidade de formação de pessoal especializado para tripular os novos navios a serem incorporados. No momento a Marinha Mercante brasileira conta, através da Diretoria de Portos e Costas (DPC) do Comando da Marinha, com uma estrutura de formação de pessoal aquaviário pelo Sistema do Ensino Profissional Marítimo. O objetivo é formar, aperfeiçoar e atualizar todos os profissionais da área e os cursos são realizados nas capitanias dos portos, delegacias e agências marítimas ou fluviais e pelos centros de instrução que abrangem as Escolas de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM) Almirante Graça Aranha (CIAGA), no Rio de Janeiro (RJ) e Almirante Braz de Aguiar (CIABA) em Belém (PA) . Esses centros possuem condições para oferecer ensino de acordo com os padrões estabelecidos pela Organização Marítima Internacional (IMO).

Consciente da premente necessidade de formação de oficiais, a MB aumentou recentemente de 180 para 330 as vagas de admissão para alunos no concurso para as EFOMM. Entretanto, faltam no momento os meios para traduzir na prática o nível de aprendizado em sala de aula, para os futuros oficiais. Na MB os guarda-marinha têm a oportunidade de se exercitar nos conhecimentos teóricos adquiridos nos quatro anos de Escola Naval com a viagem de instrução a bordo do navio-escola Brasil. Até há pouco tempo, era possível o embarque dos alunos das EFOMM nos navios transporte da Classe Barroso Pereira, muito semelhantes aos navios mercantes. Com a sua retirada de serviço ocorrerá um hiato na formação do pessoal, uma vez que os atuais navios em operação (NDCC e NDD) têm características predominantemente militares. Uma solução paliativa seria o fretamento de um navio mercante para atuar como escola, embora esta solução possa não ser a melhor, uma vez que não teria acomodações adequadas, além de não dispor, por exemplo, de salas de aula e simuladores específicos.

A melhor solução, talvez inédita no mundo, seria a MB obter, com recursos do Fundo de Marinha Mercante ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um navio-escola, com alojamentos para alunos de ambos os sexos, salas de aula, circuito interno de TV, câmara de instrução com mesas de navegação, repetidoras-radar e de giro, anemômetro e odômetro, repetidoras de giro para navegação visual, simuladores de passadiço, de controle de máquinas, um convés para abrigar cargas em containeres e um pequeno porão com guindastes de movimentação. Esse navio traria um novo conceito na formação de oficiais para a Marinha Mercante, compatível com a modernidade de pensamento vigente na MB.


Sds

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2843 Mensagem por AlbertoRJ » Seg Jun 21, 2010 10:43 pm

Não seria possível uma fase de estágio dos novos oficiais em embarcações da própria Petrobrás ou de outra empresa nacional, talvez na cabotagem?

[]'s




Alberto -
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2844 Mensagem por Marino » Ter Jun 22, 2010 8:43 am

Lord Nauta escreveu:Prezados Amigos


Segue texto interessante sobre navio escola para a Marinha Mercante publicado no site Tecnologia & Defesa.


Opinião: um navio-escola para a Marinha Mercante

Escrito por Paulo Maia

O almirante estadunidense Alfred Thayer Mahan (1840-1914), um dos precursores do estudo da Geopolítica, reconheceu a fundamental importância do mar na realização da Política Nacional. Em seu entendimento do Poder Marítimo destacava que o mesmo não poderia ser baseado somente no Poder Naval representado pela existência de uma Marinha de Guerra, mas, também, de uma relevante Marinha Mercante, além de bases navais, estaleiros ativos e portos marítimos e fluviais eficientes. No Brasil a interpretação histórica do conceito e o seu aprofundamento, com base em fundamentos doutrinários, apontaram a definição de Poder Marítimo como sendo “... a capacidade resultante da integração dos recursos de que dispõe a nação para a utilização do mar e águas interiores, quer como instrumento de ação política e militar, quer como fator de desenvolvimento econômico e social, visando conquistar e manter os objetivos nacionais”.

Considerando a validade universal desta definição, o Poder Marítimo representa a parcela do Poder Nacional relacionado ao uso do mar. Sendo integrado pelo Poder Naval, Marinha Mercante, infraestrutura marítima e hidroviária, indústria naval, indústria pesqueira, organizações e meios de pesquisa e desenvolvimento tecnológico, organizações, meios de explotação e exploração dos recursos do mar e os estabelecimentos destinados à formação e treinamento de pessoal para tais atividades. Assim, a Marinha do Brasil (MB) é a grande responsável pela orientação do preparo e aplicação do Poder Marítimo e do Poder Naval.

Finalmente, após vários anos de grave abandono, o Poder Marítimo nacional começa a ser restabelecido através de ações que culminaram com a criação do Ministério da Pesca, investimentos na infraestrutura portuária, na aprovação do Plano de Equipamento e Articulação da MB e na implementação do Programa de Mobilização da Indústria Nacional Marítima (PROMINP), abrangendo transporte aquaviário, construção e reparos navais, portos e terminais e indústria de navipeças. Em sintonia com esse processo modernizador, a Transpetro, subsidiária da Petrobras, através do seu Programa de Modernização e Expansão da Frota da Transpetro (PROMEF), encomendou a estaleiros nacionais, em uma primeira etapa, o PROMEF-1; um total de 23 navios, sendo que uma segunda etapa, o PROMEF-2, com um total de 28 navios já teve a sua concorrência realizada. A essas encomendas podem ser somadas mais 39 unidades destinadas à navegação de cabotagem nos próximos sete anos.

A rápida recuperação da construção naval nacional implica na necessidade de formação de pessoal especializado para tripular os novos navios a serem incorporados. No momento a Marinha Mercante brasileira conta, através da Diretoria de Portos e Costas (DPC) do Comando da Marinha, com uma estrutura de formação de pessoal aquaviário pelo Sistema do Ensino Profissional Marítimo. O objetivo é formar, aperfeiçoar e atualizar todos os profissionais da área e os cursos são realizados nas capitanias dos portos, delegacias e agências marítimas ou fluviais e pelos centros de instrução que abrangem as Escolas de Formação de Oficiais da Marinha Mercante (EFOMM) Almirante Graça Aranha (CIAGA), no Rio de Janeiro (RJ) e Almirante Braz de Aguiar (CIABA) em Belém (PA) . Esses centros possuem condições para oferecer ensino de acordo com os padrões estabelecidos pela Organização Marítima Internacional (IMO).

Consciente da premente necessidade de formação de oficiais, a MB aumentou recentemente de 180 para 330 as vagas de admissão para alunos no concurso para as EFOMM. Entretanto, faltam no momento os meios para traduzir na prática o nível de aprendizado em sala de aula, para os futuros oficiais. Na MB os guarda-marinha têm a oportunidade de se exercitar nos conhecimentos teóricos adquiridos nos quatro anos de Escola Naval com a viagem de instrução a bordo do navio-escola Brasil. Até há pouco tempo, era possível o embarque dos alunos das EFOMM nos navios transporte da Classe Barroso Pereira, muito semelhantes aos navios mercantes. Com a sua retirada de serviço ocorrerá um hiato na formação do pessoal, uma vez que os atuais navios em operação (NDCC e NDD) têm características predominantemente militares. Uma solução paliativa seria o fretamento de um navio mercante para atuar como escola, embora esta solução possa não ser a melhor, uma vez que não teria acomodações adequadas, além de não dispor, por exemplo, de salas de aula e simuladores específicos.

A melhor solução, talvez inédita no mundo, seria a MB obter, com recursos do Fundo de Marinha Mercante ou do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), um navio-escola, com alojamentos para alunos de ambos os sexos, salas de aula, circuito interno de TV, câmara de instrução com mesas de navegação, repetidoras-radar e de giro, anemômetro e odômetro, repetidoras de giro para navegação visual, simuladores de passadiço, de controle de máquinas, um convés para abrigar cargas em containeres e um pequeno porão com guindastes de movimentação. Esse navio traria um novo conceito na formação de oficiais para a Marinha Mercante, compatível com a modernidade de pensamento vigente na MB.


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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2845 Mensagem por Marino » Ter Jun 22, 2010 8:44 am

AlbertoRJ escreveu:Não seria possível uma fase de estágio dos novos oficiais em embarcações da própria Petrobrás ou de outra empresa nacional, talvez na cabotagem?

[]'s
Isto ocorre rotineiramente.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2846 Mensagem por Luís Henrique » Ter Jun 22, 2010 9:06 am

Grifon escreveu:
DELTA22 escreveu:O Tomahawk tem mais ou menos este alcance e os EUA vendem para deus e o demo...
Ai não sei também. Pelo MTCR acho que não se pode vender acima de 300km... [073]

[]'s.
me corrijam se estiver errado, mas acho que pode-se vender misseis com alcance superior a 300km desde que a ogiva pese menos que 500kg.
Creio que você esteja CERTO. :wink:




Su-35BM - 4ª++ Geração.
Simplesmente um GRANDE caça.
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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2847 Mensagem por Marino » Ter Jun 22, 2010 7:45 pm

Plano Brasil (tradução de um artigo que postei em francês):
Sobre as FREMM uma manifestação Francesa
22/06/2010

Imagem
Imagem

FREMM FR (superior) e FREMM IT (inferior) DCNS / MARINA MILITARE

Sugestão: Thierry Vareilles

Fonte: Mer et Marine

A imprensa brasileira noticiou, há poucos dias, uma eventual assinatura de um contrato para a aquisição, por parte da indústria italiana, a tipo 18 fragatas FREMM, 10 navios de patrulha marítima e navios reabastecedores.

O contrato seria estimado em 12,7 bilhões de dólares! Mas o que pensa aimprensa brasileira? Na verdade, não muito, e o que se passa não é nada senão o efeito de anúncio provavelmente iniciado pela Itália, que também tem o respaldo de uma forte comunidade no Brasil.

Nenhum contrato foi assinado ainda e isso não vai acontecer antes de 2011, o Brasil está entrando num período de campanha eleitoral para as presidenciais de Novembro e portanto todo e qualquer contrato desta magnitude é inviabilizado pelas leis locais a menos que por ocasiões muito específicas, o que não é o caso.

Contudo, Roma não poupa esforços para tentar abocanhar o mercado brasileiro.

Nos últimos meses, vários navios da Marina Militare, tais como a fragata de defesa aérea Andrea Doria (tipo Horizon franco-italiana), fez escalas no Rio de Janeiro, apoiando a política comercial bastante musculada.

Enquanto isto, Silvio Berlusconi está programando visitar o Brasil no próximo mês “, os italianos mostram um marketing muito agressivo”, diz um perito.

Na esteira desta batalha diplomático econômica, está a necessidade de reaparelhamento da Marinha do Brasil e Roma pretende emplacar este gigantesco contrato ( O maior da atualidade) com a oferta de sua versão da Fragata Européia de Multi-Missão (FREMM), um programa executado em cooperação com Paris.

Lançado em 2005 pela França e pela Itália, o programa FREMM centra-se na construção de 17 navios para a Marinha Francesa e 10 para a Marina Militare.

Ao contrário de fragatas Horizon nas qais as francesas Forbin, Paul Knight, e italianas Andrea Doria e Caio Duilio que são exatamente (ou quase) idênticas, o Programa FREMM constitui-se em navios completamente diferentes.

A cooperação entre os países neste projeto se restringe aos estudos do casco e compra de alguns equipamentos em comum, tais como os destinados a propulsão.

Quanto ao resto, os navios franceses e italianos não têm muito a ver. Por razões orçamentais, a Itália, aliás, decidiu fazer a sua FREMM uma versão em miniatura da Horizon, utilizando o sistema de combate e o radar EMPAR.

Por sua vez, a França quis passar para a próxima geração, desenvolvendo um sistema de combate totalmente novo (notadamente por razões de evolução no sistema de guerra anti-submarino). Assim, o CMS da fragata francesa será totalmente centralizado (com gestão integrada de todos os sensores e armas), enquanto nas Horizon o sistemas são separados em (anti-aéreo e interfaces com outros sistemas integrados).

Imagem
FREMM italiana

Imagem

FREMM francesa

Enquanto as Horizon utilizam computadores que trabalham na escala de megabitis (tecnologia de 1995) as FREMM francesas utilizam processadores e componentes mais avançados que trabalham em escalas de gigabit ( geração 2015).

Os franceses, aliás, escolheram o radar multifunção Herakles, enquanto o navio italiano não possui radar equivalente (por falta de espaço) sendo assim o navio não dispõe do radar de vigilância de longa distância (M S 1850) da Horizon. Desta forma a FREMM italiana concentra toda a sua capacidade de detcção de longo raio na nova versão do radar EMPAR, de alcance maior.


Tanto a Francesa quanto a Italiana deslocam apenas 6.000 toneladas ou seja 1.000 toneladas a menos do que as fragatas Horizon que incorporam praticamente os mesmos equipamentos.

As margens de evolução são, portanto, reduzidas, embora os italianos tenham recentemente ampliado o seu convés. No entanto, em Roma, diz-se que os navios poderão, se necessário, empregar os mísseis Aster, o que para as versões francesas, já são juntamente com os mísseis de cruzeiro Scalp Naval ítens operacionais incluídos nos seus sitemas de armas.

A França aposta na competição para fornecimento das Fragatas para a Marinha do Brasil, e tem razões para isto uma vez que oferecerá entre outros itens, a nova geração do CMS. Ainda assim, “a equipe francesa” deve ser cautelosa, pois não se pode apenas confiar na superioridade técnica “, afirma um executivo da DCNs. Os italianos ainda são negociadores matreiros (no bom sentido), pois eles provaram novamente meses atrás no Oriente Médio, as suas façanhas, in off, para surpresa de todos arrebataram um contrato que acreditava-se ser certo de vitória Francesa.

Nesta perspectiva, pronunciamentos de efeito como estes feitos pela imprensa brasileira Brasil, provavelmente não irão faltar. A técnica é curiosa e ao mesmo tempo reminiscente dos russos, muito bons em fingir que têm contratos já preestabelecidos de forma que lançam nuvens sobre as concorrências desetabilizando os seus concrrentes.


O contexto de mudança política no Brasil também é um fator determinante, apesar da parceria estratégica assinada entre Brasil e França (que resultou na compra dos submarinos), o resultado das negociações dependerá do resultado das próximas eleições, o Proximo presidente (a) do Brasil estará livre para escolher se manterá ou não as relações com Paris no que concerne a compra de sistemas militares.




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2848 Mensagem por FABIO » Ter Jun 22, 2010 9:25 pm

puxa vida nem os NPOC vão ser comprados?? em resumo o Berlusconi vem ao brasil só
para fazer turismo? em tempo cade a encomenda de mais 6 napa classe MACAE,parece
que a coisa tá braba mesmo,algum amigo do DB pode me informar algo???




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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2849 Mensagem por Corsário01 » Ter Jun 22, 2010 9:28 pm

mísseis Aster, o que para as versões francesas, já são juntamente com os mísseis de cruzeiro Scalp Naval ítens operacionais incluídos nos seus sitemas de armas.
Isto é um detalhe para parar e pensar.
Qual o melhor caminho?




Abraços,

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Re: Programa de Reaparelhamento da Marinha

#2850 Mensagem por Marino » Qua Jun 23, 2010 9:22 am

Vai ser legal [037] [037] o pessoal acompanhar a agenda do NJ amanhã, dia 24.
Vamos ver quem descobre primeiro. [037] [037] [037]




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