Assuntos em discussão: Força Aérea Brasileira, forças aéreas estrangeiras e aviação militar.
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AlbertoRJ
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#40876
Mensagem
por AlbertoRJ » Seg Jun 07, 2010 9:28 pm
Santiago escreveu:AlbertoRJ escreveu:
Nós, por acaso, éramos.
O presidente João Goulart era submisso ou servil aos EUA?! Realmente não estou entendendo...
O desdobramento
À época, a crise extrapolou as relações diplomáticas entre os dois países, de tal modo que ambos chegaram a mobilizar os seus recursos bélicos.
O primeiro a fazê-lo foi a França, que deslocou um contingente naval, mantido em prontidão, para uma área vizinha à região em conflito.
No Brasil, a opinião pública percebeu a situação como uma agressão da França aos direitos de soberania brasileiros. O presidente João Goulart (1961–1964), após reunião do Conselho de Segurança Nacional, determinou o deslocamento, para a região, de considerável contingente da Esquadra, apoiado pela Força Aérea Brasileira. Em terra, o 4° Exército, com sede em Recife, então sob o comando do então general Humberto de Alencar Castello Branco, também se mobilizou.
Quem disse que João Goulart era submisso? Agora, por exemplo, Emílio Garrastazu Médici...
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helio
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#40877
Mensagem
por helio » Seg Jun 07, 2010 9:29 pm
Carlos Mathias e Soultrain
Acho que estamos confundindo um pouco os fatos.
Os contratorpedeiros que o Soultrain se refere são os da classe Fletcher que tiveram um veto ao uso durante a Guerra da Lagosta.
Os EUA ao fornecerem certos equipamentos(gratis diga-se de passagem) condicionavam muitas coisas aos paises que recebiam, uma delas de que seriam o end-user, isto é proibiam terminantemente a sua re-exportação. Foi o caso dos T-33 que após serem desativados pela FAB permaneceram por quase uma década na Base aerea de Recife, aguardando para que os EUA viessem retirar de volta. Como nunca vieram pegar foram sucateados ou viraram gate guard.
Outras condições eram a necessidade de manutenção dos mesmos seguindo o padrão dos EUA(em outras palavras ,nada de gambiarras ou upgrade tunado)
Finalmente, os equipamentos somente poderiam ser utilizados para defender o territorio, e nunca para missões ofensivas.
O Brasil se rebelou quanto ao uso dos contratorpedeiros, pois na época por absoluta falta de organização da MB, a frota estava toda sucateada.
Quanto aos 2 cruzadores, Barroso e Tamandaré, apesar de terem clausulas restringindo o Brasil a ser o end-user, o Brasil não cumpriu e vendeu a peso de ouro inumeras peças do Tamandaré(que na época já estava desativado) para socorrer a marinha chilena durante o governo Pinochet, que sofria diante o embargo de armas dos EUA, mantendo o cruzados Pratt em condições de lutar contra os Argentinos na questão do canal de Beagle
Abraços
Hélio
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AlbertoRJ
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#40878
Mensagem
por AlbertoRJ » Seg Jun 07, 2010 9:30 pm
juarez castro escreveu:Fizeste uma afirmação de que eramos servis...então..perguntei
Grande abraço
Porque existem inúmeras provas históricas de que éramos, e ainda tem brasileiro com saudade disso.
Vejam bem, continuamos "aliados" dos EUA.
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juarez castro
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#40879
Mensagem
por juarez castro » Seg Jun 07, 2010 9:32 pm
e tu poderias por favor enumerar algumas para nós e de quebra dizer porque eramos e não somos mais??
Grande abraço
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Penguin
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#40880
Mensagem
por Penguin » Seg Jun 07, 2010 9:33 pm
AlbertoRJ escreveu:Santiago escreveu:
Nós, por acaso, éramos.
O presidente João Goulart era submisso ou servil aos EUA?! Realmente não estou entendendo...
O desdobramento
À época, a crise extrapolou as relações diplomáticas entre os dois países, de tal modo que ambos chegaram a mobilizar os seus recursos bélicos.
O primeiro a fazê-lo foi a França, que deslocou um contingente naval, mantido em prontidão, para uma área vizinha à região em conflito.
No Brasil, a opinião pública percebeu a situação como uma agressão da França aos direitos de soberania brasileiros. O presidente João Goulart (1961–1964), após reunião do Conselho de Segurança Nacional, determinou o deslocamento, para a região, de considerável contingente da Esquadra, apoiado pela Força Aérea Brasileira. Em terra, o 4° Exército, com sede em Recife, então sob o comando do então general Humberto de Alencar Castello Branco, também se mobilizou.
Quem disse que João Goulart era submisso? Agora, por exemplo, Emílio Garrastazu Médici...
[]'s[/quote]
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O episódio chamado de Guerra da Lagosta ocorreu no governo de João Goulart.
Onde entra a história de submissão aos EUA neste episódio?
[]s
OBS.:
Guerra da Logosta:
http://www.memorialpernambuco.com.br/me ... gosta1.htm
Editado pela última vez por
Penguin em Seg Jun 07, 2010 9:37 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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AlbertoRJ
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#40881
Mensagem
por AlbertoRJ » Seg Jun 07, 2010 9:34 pm
juarez castro escreveu:e tu poderias por favor enumerar algumas para nós e de quebra dizer porque eramos e não somos mais??
Grande abraço
Deixa ver, por exemplo, a recente divulgação das gravações de conversas do citado Sr. Medici com o Nixon.
Abraços
Alberto -
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AlbertoRJ
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#40882
Mensagem
por AlbertoRJ » Seg Jun 07, 2010 9:35 pm
Santiago escreveu:
O presidente João Goulart era submisso ou servil aos EUA?! Realmente não estou entendendo...
O desdobramento
À época, a crise extrapolou as relações diplomáticas entre os dois países, de tal modo que ambos chegaram a mobilizar os seus recursos bélicos.
O primeiro a fazê-lo foi a França, que deslocou um contingente naval, mantido em prontidão, para uma área vizinha à região em conflito.
No Brasil, a opinião pública percebeu a situação como uma agressão da França aos direitos de soberania brasileiros. O presidente João Goulart (1961–1964), após reunião do Conselho de Segurança Nacional, determinou o deslocamento, para a região, de considerável contingente da Esquadra, apoiado pela Força Aérea Brasileira. Em terra, o 4° Exército, com sede em Recife, então sob o comando do então general Humberto de Alencar Castello Branco, também se mobilizou.
Quem disse que João Goulart era submisso? Agora, por exemplo, Emílio Garrastazu Médici...
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O episódio chamado de Guerra da Lagosta ocorreu no governo de João Goulart.
Onde entra a história de submissão aos EUA neste episódio?
[]s[/quote]
Mas quem trouxe a guerra da lagosta foi você. Eu estou apenas afirmando que fomos servis.
[]'s
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juarez castro
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#40883
Mensagem
por juarez castro » Seg Jun 07, 2010 9:36 pm
helio escreveu:Carlos Mathias e Soultrain
Acho que estamos confundindo um pouco os fatos.
Os contratorpedeiros que o Soultrain se refere são os da classe Fletcher que tiveram um veto ao uso durante a Guerra da Lagosta.
Os EUA ao fornecerem certos equipamentos(gratis diga-se de passagem) condicionavam muitas coisas aos paises que recebiam, uma delas de que seriam o end-user, isto é proibiam terminantemente a sua re-exportação. Foi o caso dos T-33 que após serem desativados pela FAB permaneceram por quase uma década na Base aerea de Recife, aguardando para que os EUA viessem retirar de volta. Como nunca vieram pegar foram sucateados ou viraram gate guard.
Outras condições eram a necessidade de manutenção dos mesmos seguindo o padrão dos EUA(em outras palavras ,nada de gambiarras ou upgrade tunado)
Finalmente, os equipamentos somente poderiam ser utilizados para defender o territorio, e nunca para missões ofensivas.
O Brasil se rebelou quanto ao uso dos contratorpedeiros, pois na época por absoluta falta de organização da MB, a frota estava toda sucateada.
Quanto aos 2 cruzadores, Barroso e Tamandaré, apesar de terem clausulas restringindo o Brasil a ser o end-user, o Brasil não cumpriu e vendeu a peso de ouro inumeras peças do Tamandaré(que na época já estava desativado) para socorrer a marinha chilena durante o governo Pinochet, que sofria diante o embargo de armas dos EUA, mantendo o cruzados Pratt em condições de lutar contra os Argentinos na questão do canal de Beagle
Abraços
Hélio
O grifo é meu.
Alguém aqui precisa ler o exposto pelo Helio comias atenção.
Grande abraço
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#40884
Mensagem
por soultrain » Seg Jun 07, 2010 9:37 pm
AlbertoRJ escreveu:juarez castro escreveu:Fizeste uma afirmação de que eramos servis...então..perguntei
Grande abraço
Porque existem inúmeras provas históricas de que éramos, e ainda tem brasileiro com saudade disso.
Vejam bem, continuamos "aliados" dos EUA.
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Ue, e não são?
Desculpe Alberto, mas é este sentimento que eu não percebo. Por serem aliados a outra parte tem de dar tudo? Aqui no fórum pensa-se que se é aliado, tem de se dar, repassar, comprar em função do Brasil. Ser aliado não é isso.
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"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento"
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#40885
Mensagem
por Penguin » Seg Jun 07, 2010 9:41 pm
AlbertoRJ escreveu:Santiago escreveu:
O presidente João Goulart era submisso ou servil aos EUA?! Realmente não estou entendendo...
Quem disse que João Goulart era submisso? Agora, por exemplo, Emílio Garrastazu Médici...
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O episódio chamado de Guerra da Lagosta ocorreu no governo de João Goulart.
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Mas quem trouxe a guerra da lagosta foi você. Eu estou apenas afirmando que fomos servis.
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Eu não.
soultrain escreveu:
Esses 2 contratorpedeiros, foram os que o embaixador Americano proibiu de usar e o CM, mandou às favas, não foi?
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soultrain escreveu:As minhas desculpas pelo erro crasso, foram dois cruzadores obsoletos que mandaram encostar, não foram simples contratorpedeiros.
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Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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soultrain
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#40886
Mensagem
por soultrain » Seg Jun 07, 2010 9:44 pm
juarez castro escreveu:helio escreveu:Carlos Mathias e Soultrain
Acho que estamos confundindo um pouco os fatos.
Os contratorpedeiros que o Soultrain se refere são os da classe Fletcher que tiveram um veto ao uso durante a Guerra da Lagosta.
Os EUA ao fornecerem certos equipamentos(gratis diga-se de passagem) condicionavam muitas coisas aos paises que recebiam, uma delas de que seriam o end-user, isto é proibiam terminantemente a sua re-exportação. Foi o caso dos T-33 que após serem desativados pela FAB permaneceram por quase uma década na Base aerea de Recife, aguardando para que os EUA viessem retirar de volta. Como nunca vieram pegar foram sucateados ou viraram gate guard.
Outras condições eram a necessidade de manutenção dos mesmos seguindo o padrão dos EUA(em outras palavras ,nada de gambiarras ou upgrade tunado)
Finalmente, os equipamentos somente poderiam ser utilizados para defender o territorio, e nunca para missões ofensivas.
O Brasil se rebelou quanto ao uso dos contratorpedeiros, pois na época por absoluta falta de organização da MB, a frota estava toda sucateada.
Quanto aos 2 cruzadores, Barroso e Tamandaré, apesar de terem clausulas restringindo o Brasil a ser o end-user, o Brasil não cumpriu e vendeu a peso de ouro inumeras peças do Tamandaré(que na época já estava desativado) para socorrer a marinha chilena durante o governo Pinochet, que sofria diante o embargo de armas dos EUA, mantendo o cruzados Pratt em condições de lutar contra os Argentinos na questão do canal de Beagle
Abraços
Hélio
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Afinal tinha razão, retiro as minhas desculpas
Então a MB estar desorganizada é motivo de regozijo? ....
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#40887
Mensagem
por helio » Seg Jun 07, 2010 9:47 pm
Amigos
Volto a esclarecer: o Brasil ,mesmo por força de um acordo militar NUNCA FOI OBRIGADO A COMPRAR MATERIAL BÉLICO somente dos EUA.
O que aconteceu nas 3 armas, foi puro comodismo de receber sempre equipamento a baixissimo custo, muitas vezes de graça(na condição as is/where is) dos EUA.
Mesmo assim adquiriu equipamento da Inglaterra(PA, caças,helicopteros ) bem como os mirage da França.
Não confundamos subserviencia com comodismo em adotar armas do pais que fornece pelo melhor preço, não importando se é obsoleto ou não.
Abraços
Helio
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juarez castro
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#40888
Mensagem
por juarez castro » Seg Jun 07, 2010 9:48 pm
Não Soultrain, não é, é só para mostrar que não tem o certinho e o "faz tudo errado", ou seja o que a lingua fala o c.....paga, as vezes...
Grande abraço
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#40889
Mensagem
por helio » Seg Jun 07, 2010 9:52 pm
soultrain escreveu:
Afinal tinha razão, retiro as minhas desculpas
Então a MB estar desorganizada é motivo de regozijo? ....
[[]]'s
Por favor antes de me jogarem pedras, leiam as literaturas a respeito da guerra da Lagosta, e perceberão o que eu quero dizer
Comparem o indice de disponibilidade da MB da época com o indice de disponibilidade da Marinha argentina por exemplo, e perceberão o que me refero. Diga-se de passagem que a idade média das belonaves argentinas eram muito maiores que o do Brasil, e que a Argentina não teve qualquer ajuda via lend-lease durante a II Guerra como nós tivemos.
Abraços
Hélio
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#40890
Mensagem
por Penguin » Seg Jun 07, 2010 9:53 pm
A história de navios terem ficados nos portos não se sustenta.
O Brasil recusou...
Cade a submissão?
(...)
Na opinião pública, a guerra estava declarada. “Navios franceses atacam no Nordeste jangadeiros que pescam lagosta”, estampou o Correio da Manhã. “Frota naval da França ronda costa do Brasil”, anunciou o Última Hora. Enquanto isso, nos jornais franceses, por mais de uma vez as autoridades vieram a público lembrar que seu país detinha tecnologia nuclear, ao contrário do Brasil.
Nos bastidores diplomáticos, havia outras questões em jogo. A França imaginava que a postura firme do governo brasileiro estaria sendo respaldada pelos Estados Unidos, num apoio não declarado. Era uma suposição equivocada. Na época, o Departamento de Estado americano enviou mensagem ao Brasil lembrando que nossos navios de guerra – na época arrendados aos Estados Unidos – por contrato não poderiam se envolver em conflito com países amigos dos norte-americanos. Ordenava por isso que eles voltassem imediatamente às suas bases. O Brasil recusou-se a atender ao pedido americano, mencionando o Tratado Interamericano de Assistência Recíproca (TIAR) e usando um argumento caro aos brios militares daquele país: por ocasião do ataque à base de Pearl Harbor, em 1941, o Brasil declarara guerra ao Japão, em solidariedade aos Estados Unidos.
Por sorte, a Guerra da Lagosta não passou de uma indigesta hostilidade entre as nações. Em 10 de março de 1963, a França retirou seu navio de guerra e os pesqueiros por ele protegidos. O Brasil conseguia, assim, impedir a captura de lagostas em sua plataforma continental, apesar da intimidação militar de um país com poderio bélico muito maior.
A crise foi uma demonstração de que, mesmo entre países tradicionalmente amigos, os Estados não estão isentos de serem ameaçados, até pelo uso da força, quando estão em jogo interesses econômicos.
Cláudio da Costa Braga é oficial da Marinha do Brasil e autor de A Guerra da Lagosta (Rio de Janeiro: Serviço de Documentação da Marinha, 2004).
http://www.revistadehistoria.com.br/v2/ ... he&id=2271
Editado pela última vez por
Penguin em Seg Jun 07, 2010 9:55 pm, em um total de 1 vez.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
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