Submarino Nuclear Argentino

[Francoorp]

Mesmo porque sabemos que na época de Perón eles não estavam na vanguarda nuclear perante o Brasil, estiveram a ponto de ficar entre os mais avançados no mundo. Vide o que houve em Bariloche.

O que aconteceu em Bariloche com aquele físico Louco Nazista que agora não me lembro o nome, foi uma trapaça, nada funcionou, era tudo um engano do Físico para com o governo de Peròn... quem mandou confiar nos Nazistas !!

[GustavoB]

Ah sim, mas foi uma iniciativa e tanto. De mais, o problema foi teórico , mas vontade, investimento e mobilização não faltaram.

[Marino]

O buraco é muuuuiiiito mais embaixo:

Para Garré, es prematuro hablar del submarino

Anteayer había dicho que se construiría uno.

La ministra de Defensa, Nilda Garré, señaló ayer que es muy prematuro
hablar de la construcción de un submarino nuclear por parte del Estado
nacional, con lo que relativizó el anuncio que ella misma había
formulado anteayer en un encuentro con periodistas. Dijo que la
iniciativa oficial apunta a poner en marcha un plan general de
desarrollo de motores de propulsión nuclear, destinados a buques y
barcos.

"No anunciamos de ninguna manera la construcción de un submarino
nuclear. Vamos a retomar este proceso para la fabricación de motores
nucleares y luego se verá qué tipo de buques. Es muy prematuro decir
si será para un rompehielos o para un submarino. Lo importante es que
nuestros técnicos retomen estas investigaciones interrumpidas",
enfatizó.

En declaraciones a Cadena 3, la ministra indicó que en el programa
figuraban barcos y buques con este tipo de motores y también para un
submarino. "Un submarino siempre tiene otro tipo de complejidades, la
idea es retomar la responsabilidad de motores de propulsión nuclear",
sostuvo, y señaló que el proyecto ya existía en la Marina, pero que se
mantuvo en carpeta "por diversas circunstancias".

En el Ministerio de Defensa, se informó ayer a LA NACION que el
programa no debería haber causado tanta sorpresa, por la experiencia
del país en materia nuclear, pero que era necesario aclarar que la
iniciativa se encuentra aún en fase de estudio e investigación.

El anuncio de Garré recogió ayer una nueva crítica de parte de la
oposición, esta vez de boca del jefe de gobierno porteño, Mauricio
Macri, quien se confesó "aterrado" ante la posibilidad de que el
proyecto avance. "Me aterra cuando leo que la Argentina quiere hacer
un submarino nuclear. Si tenemos tantos problemas para resolver en
áreas tan sensibles, ¿para qué queremos un submarino nuclear?", se
preguntó.

MAS PETROLEO EN LAS MALVINAS
La empresa británica Rockhooper, que inició los trabajos de
exploración de petróleo en las Malvinas, anunció ayer que las reservas
recuperables del crudo superan las estimaciones iniciales. Las
previsiones hablaban de 170 millones de barriles de petróleo, pero
podrían llegar a 242 millones.

05/06/10
LA NACION

[thiago]

calma , e apenas um sub com lixo radiativo

[alex]

A realidade se impôs novamente.

[Lord Nauta]

calma , e apenas um sub com lixo radiativo

Prezados Senhores,

As noticias referentes a possibilidade de obtenção de submarinos nucleares para a Marinha Argentina não são baseadas na realidade. A Argentina tem vivido nos últimos anos grave crise financeira. A base industrial foi sucateada e nivel de desemprego e um dos mais altos da história. O programa nuclear local sofreu profundos cortes. A Marinha Argentina e as outras Forças Armadas tem vivido sobre forte restrição orçamentaria. Os navios argentinos estão evelhecendo em bloco e não existem sequer planos de modernização ou de substituição. Um exemplo das dificuldades foi o retorno da tripulação que já estava na França para receber um classe Orugan quando a compra foi cancelada por falta de recursos. Outro aspecto e o politico: os militares argentinos não gozam de grande prestigio entre a população local. Existe o redundante fracasso da campanha das Malvinas e os mais de 30.000 mortos da ditadura militar. E finalmente se tivessem dinheiro, o que não existe, quem iria transferir a tecnologia.

Sds

Lord Nauta

[marcolima]

De toda forma podemos utilizar a noticia da iminencia da construção de um sub nuclear pela Armada Argentina para mobilizar a midia por aqui, quebrar resistencias, fornecer argumento em favor do sub nuclear brasileiro... manter o fluxo de investimentos, impedir contes orçamentarios.

Noticias não são divulgadas pela midia, só versoes , não é mesmo?

[]s
Marco

[DELTA22]

Antes de postar sobre esse assunto...
BEM VINDO DE VOLTA, ORESTES!
==========================================
Ao tema:

O problema argentino é não ter um projeto de reator PWR com controle ativo. O CAREM é um PWR com controles passivos, resfriado por covecção, o que impede seu uso em submarinos devido à movimentação obvia dos submarinos. Os submarinos que hoje usam o sistema de convecção em seus reatores (como o CAREM) são os reatores S6G da Classe Los Angeles, porém só quando o reator está desligado é que esse sistema funciona como redundância do principal. Os S5G que foram abandonado por ser muito grande e também porque era necessário bombas de circulação para velocidades maiores instalado no USS Narwhal. Tem também os S8G dos classe Ohio que é um reator rápido que, em caso de emergencia, se inunda o compartimento do reator caso a convecção não seja suficiente (tecnologia caríssima!!!).
Outro: é inocência pura deles achar que é só colocar um reator dentro de um TR-1700 para torná-lo nuclear, como eles conjecturam, iludidos pelo inacabado S-44.
Que eles se empolguem com o assunto é compreensível e até positivo de certo modo para nós, mas nós temos a obrigação de manter os pés no chão deste lado da fronteira.

[]'s a todos.

[Loki]

Antes de postar sobre esse assunto...
BEM VINDO DE VOLTA, ORESTES!
==========================================
Ao tema:

O problema argentino é não ter um projeto de reator PWR com controle ativo. O CAREM é um PWR com controles passivos, resfriado por covecção, o que impede seu uso em submarinos devido à movimentação obvia dos submarinos. Os submarinos que hoje usam o sistema de convecção em seus reatores (como o CAREM) são os reatores S6G da Classe Los Angeles, porém só quando o reator está desligado é que esse sistema funciona como redundância do principal. Os S5G que foram abandonado por ser muito grande e também porque era necessário bombas de circulação para velocidades maiores instalado no USS Narwhal. Tem também os S8G dos classe Ohio que é um reator rápido que, em caso de emergencia, se inunda o compartimento do reator caso a convecção não seja suficiente (tecnologia caríssima!!!).
Outro: é inocência pura deles achar que é só colocar um reator dentro de um TR-1700 para torná-lo nuclear, como eles conjecturam, iludidos pelo inacabado S-44.

[]'s a todos.

Ola Delta, se me permite, gostaria de fazer um complemento ao seu já ótimo comentário.
Mesmo que esses problemas, por você mencionados, fossem resolvidos, ainda existem:

Miniaturização do reator, Isolamentos e proteções radiológicas, acústica, diâmetros ou boca mínima para alojamento da parte motriz, desenvolvimento da propulsão elétrica, desenvolvimento do casco e suas qualidades marinheiras, sistemas de comando e controle, necessidades (equipamentos e edificações) para a recarga do combustível só para citar oque me vem na cabeça agora.
Existe massa crítica em mão de obra para resolver tudo isso? Alguns sem dúvida, mas tudo, acho realmente difícil! Quantos HH de engenharia são necessários num projeto destes? Alguns milhões de HH com certeza, sem nem pensar muito e sem somar as HH dos técnicos e operários.

Você sabe que para formar um engenheiro são necessários no mínimo 10 anos, 5 anos de curso e outros 5 anos de trabalho duro e especializações. Isso no Brasil, na Coreia ou no Kudomundistão. Para eles não será diferente também.

Forte abraço

[DELTA22]

Excelente complemento, caro Loki, obrigado!

Tem outro fator que talvez seja o mais preponderante de todos: a Argentina não enriquece urânio além da escala laboratorial (e esta eu nem sei se continua) pois falta escala para uma produção maior, sem contar o preço para passar de um processo experimental para uma escala de média produção. Creio que eles não usariam urânio natural em um eventual reator naval (o CAREM mesmo usará LEU entre 1,5 e 3,5%).

[]'s!!

[Loki]

Bem eles podem tentar um rápido com o moderador a grafite, não é tão bom como o deutério, mas funciona bem e tendo tecnologia pode ser mais compacto.

Só que ai teriam que ser vários, por causa da potência.

Agora sério, não vejo como não utilizar um LEU de no mínimo uns 4,5%, muito menos que isso implica no complemento de combustível anual, imagina o nível de eficiência do reator para impedir o descarte de combustível tão pouco enriquecido ainda com potência energética?

Num reator grande ainda vai lá, mas num compacto?

Eles vão precisar enriquecer sim, podem até não querer, mas é a solução de melhor custo benefício que enxergo.

[DELTA22]

Também acho que não tem escapatória o uso de LEU por eles independente de construir ou não um subnuc. O próprio CAREM já indica isso.
Como eles não enriquecem urânio (apesar de ter tecnologia por difusão gasosa, pouco eficiente como sabemos...), vejo que um possível provedor de combustível para eles seria nossa querida Pindorama...... "Falta combinar com os russos!"

[]'s..

[Loki]

Seria uma boa né Delta, mas nos também temos nossos problemas, que por sinal são ótimos problemas, Aramar, não tenho dúvidas, suprirá as necessidades da MB por um bom tempo, mas finalmente o programa nuclear civil também está deslanchando e logo seremos forçados a ter no mínimo mais 4 Usinas (logo é 2050/60) pelo menos 1 no NE e outra no CO.

Então em 40/50 anos teremos de multiplicar no mínimo por 4 nossa produção atual, levando em conta as sensiveis melhoras na eficiências que essas novas usinas terão comparado com as vestutas Angras 1 a 3.

E é investimento pesado e continuado na produção de combustível para as mesmas, sem falar na exploração de outras minas como de Itataia no CE, completos os estudos e mapeamento no Amapa e demais estados com potencial de exploração. (ai pulamos umas 2 ou 3 posições no ranking das reservas).

E ainda tem o consumo médico e agrícola com enriquecimento a 20% que só deve aumentar.

Se sobrar um pouco agente vende.


abraço

[DELTA22]

Acho que nossa (do Brasil) recusa forte ao protocolo adicional do TNP, dentre outros motivos, tem muita ligação à nossa (do Brasil) intenção de entrar nesse lucrativo mercado... Pra conseguir capacidade comercial-exportadora não nos é mais segredo!

[]'s.

[Loki]

Só que nestes próximos 50 anos não vejo como Delta, e 50 anos com um trabalho continuado como está sendo feito agora caso contrário nem assim, nossa demanda é crescente e sem volta, não fazemos (Brasil) prospecção a 40 anos, temos um bom tempo perdido ai pra correr atrás.
E nem preciso falar do esforço para atingir os 20% de enriquecimento. (imprescindíveis).

Utilizando as metáforas como nosso presidente tanto gosta, saimos da categoria café com leite, agora é na Vera, se bobear oia nós comprando combustível fora de novo. Já pensou?

Voltando ao tópico, acho realmente difícil algum buque ou rompehielo navegando com propulsão nuclear da Argentina nessa metade do século. Quanto mais submarino! Não por demérito deles ou falta de competência, muito pelo contrário, eles são até mais que competentes, apenas pelo tempo que leva para se ter a capacidade industrial deste nível.

Abraço