CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Egito ordena abertura de fronteira com Gaza para permitir passagem de ajuda
01 de junho de 2010
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou hoje a abertura da passagem fronteiriça de Rafah, que une Egito com a Faixa de Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária, um dia depois do ataque israelense à frota internacional que pretendia romper o bloqueio à faixa palestina.
Segundo a televisão estatal egípcia, a abertura tem o objetivo de permitir a passagem de ajuda humanitária e médica aos palestinos em Gaza, assim como a entrada no Egito de palestinos doentes.
O chefe da assessoria de imprensa do lado egípcio de Rafah, Musad Badawi, disse à Agência Efe que as autoridades da passagem fronteiriça receberam ordens para abri-la hoje e que não se sabe ainda até quando permanecerá aberta.
Badawi afirmou que a abertura da passagem estava prevista para amanhã, mas foi adiantada devido ao ataque israelense de ontem à frota de seis navios que pretendia levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e que provocou morte de nove civis que faziam parte da frota.
O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores egípcio, Hossam Zaki, disse ontem que seu país manteria esforços destinados a aliviar o sofrimento dos cidadãos palestinos em Gaza pelo envio de remédios e de qualquer tipo de ajuda procedente de países árabes e ocidentais.
O Egito, que da mesma forma que Israel mantém fechadas as passagens fronteiriças com Gaza, abre excepcionalmente a fronteira para permitir o envio de ajuda humanitária.
Desde que o grupo islâmico palestino Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza, primeiro nas eleições legislativas de janeiro de 2006 e depois com a expulsão de seus rivais do Fatah em junho de 2007, Israel mantém um bloqueio econômico sobre Gaza.
Egito ordena abertura de fronteira com Gaza para permitir passagem de ajuda
01 de junho de 2010
O presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou hoje a abertura da passagem fronteiriça de Rafah, que une Egito com a Faixa de Gaza, para permitir a entrada de ajuda humanitária, um dia depois do ataque israelense à frota internacional que pretendia romper o bloqueio à faixa palestina.
Segundo a televisão estatal egípcia, a abertura tem o objetivo de permitir a passagem de ajuda humanitária e médica aos palestinos em Gaza, assim como a entrada no Egito de palestinos doentes.
O chefe da assessoria de imprensa do lado egípcio de Rafah, Musad Badawi, disse à Agência Efe que as autoridades da passagem fronteiriça receberam ordens para abri-la hoje e que não se sabe ainda até quando permanecerá aberta.
Badawi afirmou que a abertura da passagem estava prevista para amanhã, mas foi adiantada devido ao ataque israelense de ontem à frota de seis navios que pretendia levar ajuda humanitária à Faixa de Gaza e que provocou morte de nove civis que faziam parte da frota.
O porta-voz do Ministério de Assuntos Exteriores egípcio, Hossam Zaki, disse ontem que seu país manteria esforços destinados a aliviar o sofrimento dos cidadãos palestinos em Gaza pelo envio de remédios e de qualquer tipo de ajuda procedente de países árabes e ocidentais.
O Egito, que da mesma forma que Israel mantém fechadas as passagens fronteiriças com Gaza, abre excepcionalmente a fronteira para permitir o envio de ajuda humanitária.
Desde que o grupo islâmico palestino Hamas assumiu o controle da Faixa de Gaza, primeiro nas eleições legislativas de janeiro de 2006 e depois com a expulsão de seus rivais do Fatah em junho de 2007, Israel mantém um bloqueio econômico sobre Gaza.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Pelos jornais israelenses e relatos que vive lá, a situação é que eles acreditam viver sob um cerco...cada vez maior, sempre procuram inimigos poderosos na região, por isso na hora de votar apesar da população israelense em sua maioria quer algum tipo de paz, vota no IRGUN e fascistas como Barak que acreditam na lei da selva (bem até é estranho me acusarem de anti-semita, mas o Ben Shimon faz a mesma acusação é um deputado ponderado http://www.ynetnews.com/articles/0,7340 ... 46,00.html)tflash escreveu:O que eu não compreendo é o porquê de não esperarem que os navios entrassem em águas nacionais israelitas? Depois até podiam por minas se quisessem. O procedimento normal seria esperar que eles entrem e depois disparar primeiro tiros de aviso e facultativamente fazer uma abordagem ou disparar para acertar. Por último, podiam por tropas nos locais de atracagem e disparar contra quem tentasse entrar ou sair dos navios.
O acto de abordar os navios em águas internacionais, só prejudica Israel, e parece-me ser uma decisão pouco ponderada de quem não hesita em por o dedo no gatilho mas tem um péssimo conhecimento de diplomacia.
O que eu sinto é que a escolha dos comandos teve a idéia que existiria sim alguma agitação antes, só não pensavam que seria naquele nível (por que só alguém em logística), quando preparavam para descer de helicóptero foi avisado ao "comando" que havia uma turba enfurecida e mesmo assim foi dada a ordem de descer.
Em um texto do Haaretz entrei um comentário que não se tinha visto armas de efeito moral com as tropas enviadas, o que é estranho para uma abordagem de multidão - são imagens rápidas por isso pode ele ter se enganado.
Sobre a idéia de ter sido em águas internacionais vem com uma idéia muito arragaida de que deve fazer tudo antes que ocorra ataques em território israelense e os navios eram vistos pela liderança do Irgun como uma ameaça a existência de Israel.
A própria utilização do comando da marinha "Shayetet 13" tenho por mim que o utilizaram por ser uma unidade popular em Israel e como existiria algum confronto, os recrutas das outras unidades iriam pensar se com eles foi assim com nós seria muito pior, por isso apesar de tudo foi tão fácil mobilizar os estudantes universitários que saíram em apoio a IDF.
Editado pela última vez por marcelo l. em Ter Jun 01, 2010 9:51 am, em um total de 1 vez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Como assim não base para afirmar que os comandos foram violentos? As mortes (que incrivelmente Israel ainda não consegue dizer o número certo) são provas irrefutáveis e inafastaveis da violência empregada contra um grupo de ajuda humanitária.Skyway escreveu:Cada um entende a situação como quiser FOXTROT. Minhas palavras citadas por você não demonstram nenhum parcialidade no momento que não julgo o motivo de elas estarem violentas.FOXTROT escreveu:Em relação ao seu post da pg 142
Caro Skyway, você foi o colega que mais postou sobre esse assunto, sempre evitando a condenação ao ataque, esperando por mais provas e etc...
Como você diz tem o direito de ficar neutro, mas essa sua declaração de que "foram enviados a um navio cheio de pessoas violentas", isso acaba com toda e qualquer neutralidade, "obrigados a usarem a força para não serem mortos", mas eles não são os caras?
Primeiro que são navios com grupos humanitários, diga se de passagem, só está indo para Gaza porque de outra forma não há como socorrer esses miseráveis a beira da morte, afinal quase 80% da população de Gaza vive abaixo da linha da pobreza.
Segundo que há várias personalidades, mulheres, políticos e etc a bordo, não há equipes de vale tudo, logo, para pessoas pacatas tomarem atitudes hostis contra uma força militar bem equipada e treinada é porque algo de muito errado aconteceu, para inflamar esses civis.
Penso que as coisas estão muito nítidas, a questão é:
Vamos continuar fingindo que nada aconteceu? Que a culpa é sempre dos Palestinos (não são Palestinos) que tem o péssimo habito de provocar os Sionistas e esses por sua vez, quando provocados se comportam como bestas?
Ou Vamos assumir nossas responsabilidades, defender o direito internacional e o bem maior, qual seja a vida?
Saudações
Eu apenas citei um fato, elas estavam sim violentas e colocaram a vida dos soldados em risco. Se o contrário aconteceu também, antes ou depois, não sei e espero as coisas acalmarem para ter certeza.
Perceba que discuto os fatos, discuto o que se tem certeza, e não o que dizem ou parece ser. Digo que eles estavam violentos pois só vi até o momento vídeos da tripulação violenta. O que não quer dizer que nego que os soldados tenham sido, apenas que não ainda base para afirmar isso também.
Se para você e outros aqui a situação é clara e cristalina, tudo bem, respeito. Mas pra mim não é, pra mim ainda é cheia de questões abertas e muitas coisas precisam ser esclarecidas.
Um abraço.
Saudações
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Os vídeos mostram duas entradas de equipes militares. Uma ainda a noite e outra já amanhecendo.
A princípio parece que a primeira foi a do helicóptero, que desceu e foi agredida. A segunda equipe parece que embarcou por escada na popa, armada com marcadores de paintball e uma caixa cheia de granadas de efeito moral.
Não sei quando as mortes aconteceram e nem vi ainda ações dessa segunda equipe.
Um abraço.
A princípio parece que a primeira foi a do helicóptero, que desceu e foi agredida. A segunda equipe parece que embarcou por escada na popa, armada com marcadores de paintball e uma caixa cheia de granadas de efeito moral.
Não sei quando as mortes aconteceram e nem vi ainda ações dessa segunda equipe.
Um abraço.
AD ASTRA PER ASPERA
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
FOXTROT, isso não me da certeza de absolutamente nada. As mortes seriam esperadas no momento que você enfrenta um grupo de militares armados daquela forma.FOXTROT escreveu:Como assim não base para afirmar que os comandos foram violentos? As mortes (que incrivelmente Israel ainda não consegue dizer o número certo) são provas irrefutáveis e inafastaveis da violência empregada contra um grupo de ajuda humanitária.Skyway escreveu: Cada um entende a situação como quiser FOXTROT. Minhas palavras citadas por você não demonstram nenhum parcialidade no momento que não julgo o motivo de elas estarem violentas.
Eu apenas citei um fato, elas estavam sim violentas e colocaram a vida dos soldados em risco. Se o contrário aconteceu também, antes ou depois, não sei e espero as coisas acalmarem para ter certeza.
Perceba que discuto os fatos, discuto o que se tem certeza, e não o que dizem ou parece ser. Digo que eles estavam violentos pois só vi até o momento vídeos da tripulação violenta. O que não quer dizer que nego que os soldados tenham sido, apenas que não ainda base para afirmar isso também.
Se para você e outros aqui a situação é clara e cristalina, tudo bem, respeito. Mas pra mim não é, pra mim ainda é cheia de questões abertas e muitas coisas precisam ser esclarecidas.
Um abraço.
Saudações
Vamos ser realistas, em qualquer lugar do mundo onde um grupo muito grande de pessoas resolve linchar militares armados, tiros serão feitos e pessoas vão ser baleadas.
Um abraço.
AD ASTRA PER ASPERA
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Le Monde
01/06/2010
Para Israel, preço desse novo ataque pode ser alto
Gilles Paris
A flotilha que se dirigia a Gaza tendo a bordo militantes pró-palestinos, material de construção e suprimentos médicos tinha uma chance ínfima de chegar à estreita faixa de terra que se encontra sob um cruel bloqueio israelense (mas também egípcio) há quase três anos. Para seus organizadores, o desafio era certamente sobretudo simbólico: levar as autoridades israelenses ao erro, atraindo-as para um terreno desfavorável, obrigando uma força armada a intervir contra um comboio humanitário.
O que aconteceu durante o ataque do dia 31 de maio? Devem-se culpar, como fazem as autoridades israelenses, as provocações por parte de certos passageiros da flotilha, ou a reação desproporcional das unidades israelenses, como afirmam os organizadores do comboio? É mais do que provável que um relato não consiga jamais a unanimidade dos dois lados, se levarmos em conta o precedente do relatório Goldstone, coordenado pelo juiz sul-africano encarregado pela ONU, em vão, de esclarecer a ofensiva sanguinária do exército israelense na Faixa de Gaza, de 27 de dezembro de 2008 a 17 de janeiro de 2009.
Para Israel, o preço desse ataque pode ser alto, mais uma vez. Ele confirma sua incapacidade de progredir na guerra de imagens que também é o conflito entre Palestina e Israel, seja pela anedota, como quando um de seus críticos mais ferozes, Noam Chomsky, foi impedido de entrar em Ramallah, seja por tragédias como a do ataque de 31 de maio.
O Reut Institute israelense redigiu, no início do ano, um relatório muito alarmista sobre a mudança das críticas internacionais clássicas contra a política israelense nos territórios palestinos, indo na direção do que ele considera como uma deslegitimização do Estado judeu como tal. À sua maneira, esse relatório ilustra o reflexo adotado pela atual maioria política israelense, que pode contar com um consenso quase total.
As consequências políticas desse ataque certamente serão limitadas. A Autoridade Palestina não tem interesse em se apropriar de um caso que só pode beneficiar seus rivais islâmicos do Hamas, refugiados em Gaza. E também é pouco provável que os protagonistas internacionais da questão palestina (EUA, União Europeia) decidam reexaminar a pertinência do bloqueio de Gaza que eles apoiam.
Mas seria arriscado considerar o ataque do dia 31 de maio como um incidente. Na batalha de opiniões, seu peso será maior do que o de uma declaração da Liga Árabe.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
http://blogs.aljazeera.net/imperium
Marwan Bishara
O ataque militar israelense sobre a "romper o cerco da flotilha Gaza" em águas internacionais, 65 quilômetros ao largo da costa de Gaza, rompeu a barreira de silêncio sobre o cerco de Gaza.
A justificativa do Exército israelense de que seus soldados foram linchados e, portanto, se defendiam acrescenta insulto à morte.
porta-vozes israelenses e funcionários usaram a mesma estratégia militar na batalha pela opinião pública: crime é a melhor defesa. Israel não teve outra opção, dizem os oficiais israelenses, mas para atacar!
No entanto, independentemente do que exatamente aconteceu naqueles navios de solidariedade, o uso da força israelense vai provar auto-destrutivo. Atacar 'nações outros cidadãos em águas internacionais, porque resistiu à prisão não é apenas ilegal, mas serve para rebaixar as normas jurídicas internacionais.
O relatório da Comissão das Nações Unidas Goldstone considerado o cerco de Gaza é um crime de guerra "possível"
Marwan Bishara
O ataque militar israelense sobre a "romper o cerco da flotilha Gaza" em águas internacionais, 65 quilômetros ao largo da costa de Gaza, rompeu a barreira de silêncio sobre o cerco de Gaza.
A justificativa do Exército israelense de que seus soldados foram linchados e, portanto, se defendiam acrescenta insulto à morte.
porta-vozes israelenses e funcionários usaram a mesma estratégia militar na batalha pela opinião pública: crime é a melhor defesa. Israel não teve outra opção, dizem os oficiais israelenses, mas para atacar!
No entanto, independentemente do que exatamente aconteceu naqueles navios de solidariedade, o uso da força israelense vai provar auto-destrutivo. Atacar 'nações outros cidadãos em águas internacionais, porque resistiu à prisão não é apenas ilegal, mas serve para rebaixar as normas jurídicas internacionais.
O relatório da Comissão das Nações Unidas Goldstone considerado o cerco de Gaza é um crime de guerra "possível"
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Vídeos são meros detalhes.A questão em sí foi a ação desnecessária por parte de Israel que escolheu o pior caminho, sua costumeira intransigência, e uma ação indescupável levou a esse banho de sangue.Skyway escreveu:Os vídeos mostram duas entradas de equipes militares. Uma ainda a noite e outra já amanhecendo.
A princípio parece que a primeira foi a do helicóptero, que desceu e foi agredida. A segunda equipe parece que embarcou por escada na popa, armada com marcadores de paintball e uma caixa cheia de granadas de efeito moral.
Não sei quando as mortes aconteceram e nem vi ainda ações dessa segunda equipe.
Um abraço.
Essa ação não tem justificativa, ponto.Cada um é livre para acreditar naquilo que melhor se convém.
Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
01/06/2010 - 09h53 / Atualizada 01/06/2010 - 09h54
Israel desafia pressão internacional e defende bloqueio a Gaza
JERUSALÉM, 1 Jun 2010 (AFP) -Israel advertiu nesta terça-feira que impedirá que qualquer barco humanitário entre nas águas de Gaza, um dia depois do sangrento ataque contra uma frota, que suscitou indignação internacional e a exigência de uma investigação por parte da ONU.
O tiro parece ter saído pela culatra para Israel em todos os aspectos: Turquia, que até pouco tempo era sua principal aliada na região, denunciou a operação como um "ataque sangrento" que deve ser "castigado", e o Egito ordenou a abertura do terminal de Rafah, a única passagem da Faixa de Gaza não controlada por Israel, para o envio de ajuda humanitária e a passagem de doentes.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que precisou encurtar uma visita ao Canadá e cancelar o encontro com o presidente americano, Barack Obama, é esperado em Israel para conter uma grande crise diplomática, causada pelo ataque israelense que deixou nove mortos.
Ao mesmo tempo, a polícia elevou seu nível de alerta para enfrentar eventuais "distúrbios" nas cidades árabes israelenses, após o chamado da maior organização da comunidade árabe-israelense a um dia de greve e manifestações.
No âmbito internacional, os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) realizam nesta terça-feira uma reunião especial solicitada pela Turquia, um de seus membros. Também é esperada uma reunião extraordinária da Liga Árabe no Cairo. O Conselho de Direitos Humanos da ONU realizará igualmente outro encontro em Genebra.
Apesar da pressão internacional, Israel expressou sua determinação para prosseguir com o bloqueio que impõe à Faixa de Gaza desde 2007, quando o movimento radical Hamas tomou o controle deste território palestino.
"Não permitiremos que os barcos cheguem em Gaza e abasteçam o que se tornou uma base terrorista que ameaça o coração de Israel", declarou na terça-feira o vice-ministro da Defesa israelense, Matan Vilnai.
Organizadores da "Frota da Liberdade" garantiram que estão preparando o envio de outros dois barcos com ajuda humanitária para Gaza.
Uma das organizadoras, Greta Berlin, informou, entretanto, que a próxima tentativa de romper o bloqueio israelense não ocorrerá antes de alguns dias.
Na segunda-feira de manhã, soldados da marinha israelense executaram nas águas internacionais um ataque contra uma frota de seis barcos, que levava centenas de ativistas pró-palestinos e toneladas de ajuda para Gaza.
Segundo o Exército do Estado hebreu, nove passageiros morreram e sete soldados ficaram feridos a bordo do barco turco "Mavi Marmara", a maior das seis embarcações.
Após a grande onda de críticas internacionais contra Israel, o Conselho de Segurança da ONU pediu nesta terça-feira uma investigação imparcial do ocorrido e exigiu a libertação imediata dos civis detidos.
O ataque foi devastador também para as relações entre Israel e Turquia, outrora aliados na região. Ankara acusou Israel de "terrorismo de Estado".
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira que Israel deve ser "castigado" pelo "massacre sangrento" e advertiu o Estado hebreu sobre o risco de pôr à prova a paciência da Turquia.
Israel, que já havia afirmado que não permitiria a violação do bloqueio, acusou os militantes pró-palestinos de terem "desencadeado a violência" ao atacar os soldados com facas e barras de ferro. Mas os organizadores do comboio garantiram que os soldados abriram fogo de forma injustificada.
Após o ataque, os seis navios foram levados sob escolta ao porto de Ashdod (sul de Israel). Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos estavam prestes a ser expulsos do país.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -gaza.jhtm
Israel desafia pressão internacional e defende bloqueio a Gaza
JERUSALÉM, 1 Jun 2010 (AFP) -Israel advertiu nesta terça-feira que impedirá que qualquer barco humanitário entre nas águas de Gaza, um dia depois do sangrento ataque contra uma frota, que suscitou indignação internacional e a exigência de uma investigação por parte da ONU.
O tiro parece ter saído pela culatra para Israel em todos os aspectos: Turquia, que até pouco tempo era sua principal aliada na região, denunciou a operação como um "ataque sangrento" que deve ser "castigado", e o Egito ordenou a abertura do terminal de Rafah, a única passagem da Faixa de Gaza não controlada por Israel, para o envio de ajuda humanitária e a passagem de doentes.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que precisou encurtar uma visita ao Canadá e cancelar o encontro com o presidente americano, Barack Obama, é esperado em Israel para conter uma grande crise diplomática, causada pelo ataque israelense que deixou nove mortos.
Ao mesmo tempo, a polícia elevou seu nível de alerta para enfrentar eventuais "distúrbios" nas cidades árabes israelenses, após o chamado da maior organização da comunidade árabe-israelense a um dia de greve e manifestações.
No âmbito internacional, os países da Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte) realizam nesta terça-feira uma reunião especial solicitada pela Turquia, um de seus membros. Também é esperada uma reunião extraordinária da Liga Árabe no Cairo. O Conselho de Direitos Humanos da ONU realizará igualmente outro encontro em Genebra.
Apesar da pressão internacional, Israel expressou sua determinação para prosseguir com o bloqueio que impõe à Faixa de Gaza desde 2007, quando o movimento radical Hamas tomou o controle deste território palestino.
"Não permitiremos que os barcos cheguem em Gaza e abasteçam o que se tornou uma base terrorista que ameaça o coração de Israel", declarou na terça-feira o vice-ministro da Defesa israelense, Matan Vilnai.
Organizadores da "Frota da Liberdade" garantiram que estão preparando o envio de outros dois barcos com ajuda humanitária para Gaza.
Uma das organizadoras, Greta Berlin, informou, entretanto, que a próxima tentativa de romper o bloqueio israelense não ocorrerá antes de alguns dias.
Na segunda-feira de manhã, soldados da marinha israelense executaram nas águas internacionais um ataque contra uma frota de seis barcos, que levava centenas de ativistas pró-palestinos e toneladas de ajuda para Gaza.
Segundo o Exército do Estado hebreu, nove passageiros morreram e sete soldados ficaram feridos a bordo do barco turco "Mavi Marmara", a maior das seis embarcações.
Após a grande onda de críticas internacionais contra Israel, o Conselho de Segurança da ONU pediu nesta terça-feira uma investigação imparcial do ocorrido e exigiu a libertação imediata dos civis detidos.
O ataque foi devastador também para as relações entre Israel e Turquia, outrora aliados na região. Ankara acusou Israel de "terrorismo de Estado".
O primeiro-ministro turco, Recep Tayyip Erdogan, disse nesta terça-feira que Israel deve ser "castigado" pelo "massacre sangrento" e advertiu o Estado hebreu sobre o risco de pôr à prova a paciência da Turquia.
Israel, que já havia afirmado que não permitiria a violação do bloqueio, acusou os militantes pró-palestinos de terem "desencadeado a violência" ao atacar os soldados com facas e barras de ferro. Mas os organizadores do comboio garantiram que os soldados abriram fogo de forma injustificada.
Após o ataque, os seis navios foram levados sob escolta ao porto de Ashdod (sul de Israel). Quarenta e cinco dos 686 passageiros detidos estavam prestes a ser expulsos do país.
http://noticias.uol.com.br/ultimas-noti ... -gaza.jhtm
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Gostaria que me apontasse quando que eu tentei justificar essa ação, ou quando eu expus algum argumento de apoio a Israel.kurgan escreveu:Vídeos são meros detalhes.A questão em sí foi a ação desnecessária por parte de Israel que escolheu o pior caminho, sua costumeira intransigência, e uma ação indescupável levou a esse banho de sangue.Skyway escreveu:Os vídeos mostram duas entradas de equipes militares. Uma ainda a noite e outra já amanhecendo.
A princípio parece que a primeira foi a do helicóptero, que desceu e foi agredida. A segunda equipe parece que embarcou por escada na popa, armada com marcadores de paintball e uma caixa cheia de granadas de efeito moral.
Não sei quando as mortes aconteceram e nem vi ainda ações dessa segunda equipe.
Um abraço.
Essa ação não tem justificativa, ponto.Cada um é livre para acreditar naquilo que melhor se convém.
Mais uma vez, não condenar Israel no tópico parece querer dizer que apoio ou que não quero assumir o que aconteceu. Difícil ter uma boa discussão assim. Ou se concorda com a linha geral de raciocínio ou está do lado contrário?
Já disse aqui e repito, é perfeitamente discutível o fato de Israel ter imposto autoridade em aguas internacionais, onde o país não tem essa autoridade. Isso é fato e ponto final. Mas discutir a ação a bordo eu ainda não acho certo, acho que ainda não dispomos de todos os dados para julgar quem agrediu quem primeiro, e porque 10 pessoas morreram.
Mas isso sou eu.
Um abraço.
AD ASTRA PER ASPERA
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Israel confisca imagens de ataque a frota de ajuda humanitária
01 de junho de 2010
O Exército israelense confiscou imagens gravadas em vídeo, câmeras fotográficas e os telefones dos ativistas que viajavam no navio atacado na segunda-feira que fazia parte de uma frota que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
O material gravado pelos ativistas nos navios "foi confiscado pelo Exército durante a operação", disse à agência Efe uma fonte oficial israelense, que afirmou que o material está nas mãos das forças de segurança.
O porta-voz do Exército israelense, comandante Avital Leibovitz, disse à Efe que os aparelhos "foram confiscados no início da operação, porque não sabemos o que há nesses equipamentos e no passado vimos câmeras serem utilizadas para esconder bombas".
"Temos que analisar todos os equipamentos para saber se há algum material perigoso, porque sabemos que a IHH (organização turca e uma das principais organizadoras da frota) é uma organização terrorista", disse o porta-voz militar.
Miki Rosenfeld, porta-voz da polícia israelense, disse que na chegada dos ativistas ao porto de Ashdod, no sul de Israel, "foram realizadas inspeções de segurança frequentes", tanto nas pessoas quanto nos objetos que levavam, algo que, segundo ele, faz parte "dos padrões internacionais de procedimentos de segurança".
Por enquanto, as únicas imagens divulgadas do ataque aos navios foram as distribuídas pelo Exército e pelo Ministério de Assuntos Exteriores israelense.
Israel divulgou fotos e vídeos que mostram o que consideraram armas perigosas, entre elas facas de cozinha, chaves inglesas e outras ferramentas, canos metálicas, pedaços de madeira, lenços palestinos, estilingues e bolas de gude, cujo uso teria justificado a ordem de abrir fogo contra os ativistas.
Cerca de 50 ativistas assinaram sua deportação voluntária e foram levados ao aeroporto de Ben Gurion, perto de Tel Aviv, de onde voltarão a seus respectivos países.
No entanto, centenas de ativistas continuam não identificados ou se negaram a serem deportados e, por isso, estão detidos na prisão de Ela, na cidade de Beershebaý, no deserto do Negev
Israel confisca imagens de ataque a frota de ajuda humanitária
01 de junho de 2010
O Exército israelense confiscou imagens gravadas em vídeo, câmeras fotográficas e os telefones dos ativistas que viajavam no navio atacado na segunda-feira que fazia parte de uma frota que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza.
O material gravado pelos ativistas nos navios "foi confiscado pelo Exército durante a operação", disse à agência Efe uma fonte oficial israelense, que afirmou que o material está nas mãos das forças de segurança.
O porta-voz do Exército israelense, comandante Avital Leibovitz, disse à Efe que os aparelhos "foram confiscados no início da operação, porque não sabemos o que há nesses equipamentos e no passado vimos câmeras serem utilizadas para esconder bombas".
"Temos que analisar todos os equipamentos para saber se há algum material perigoso, porque sabemos que a IHH (organização turca e uma das principais organizadoras da frota) é uma organização terrorista", disse o porta-voz militar.
Miki Rosenfeld, porta-voz da polícia israelense, disse que na chegada dos ativistas ao porto de Ashdod, no sul de Israel, "foram realizadas inspeções de segurança frequentes", tanto nas pessoas quanto nos objetos que levavam, algo que, segundo ele, faz parte "dos padrões internacionais de procedimentos de segurança".
Por enquanto, as únicas imagens divulgadas do ataque aos navios foram as distribuídas pelo Exército e pelo Ministério de Assuntos Exteriores israelense.
Israel divulgou fotos e vídeos que mostram o que consideraram armas perigosas, entre elas facas de cozinha, chaves inglesas e outras ferramentas, canos metálicas, pedaços de madeira, lenços palestinos, estilingues e bolas de gude, cujo uso teria justificado a ordem de abrir fogo contra os ativistas.
Cerca de 50 ativistas assinaram sua deportação voluntária e foram levados ao aeroporto de Ben Gurion, perto de Tel Aviv, de onde voltarão a seus respectivos países.
No entanto, centenas de ativistas continuam não identificados ou se negaram a serem deportados e, por isso, estão detidos na prisão de Ela, na cidade de Beershebaý, no deserto do Negev
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
- marcelo l.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
http://swampland.blogs.time.com/2010/05 ... topstories
JOE KLEIN informa das armas utilizadas...
It is claimed that the Israeli commandos were armed with paintball rifles (huh?)...but they were apparently also armed with pistols, which they used and were used against them.
JOE KLEIN informa das armas utilizadas...
It is claimed that the Israeli commandos were armed with paintball rifles (huh?)...but they were apparently also armed with pistols, which they used and were used against them.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Se isso está claro o resto é irrelevante. É estremamente legal rechaçar uma invasão de um barco com os meios disponíveis, portanto os membros do navio poderiam estar até com uma minigum que eles estavam certo.Skyway escreveu:Gostaria que me apontasse quando que eu tentei justificar essa ação, ou quando eu expus algum argumento de apoio a Israel.kurgan escreveu: Vídeos são meros detalhes.A questão em sí foi a ação desnecessária por parte de Israel que escolheu o pior caminho, sua costumeira intransigência, e uma ação indescupável levou a esse banho de sangue.
Essa ação não tem justificativa, ponto.Cada um é livre para acreditar naquilo que melhor se convém.
Mais uma vez, não condenar Israel no tópico parece querer dizer que apoio ou que não quero assumir o que aconteceu. Difícil ter uma boa discussão assim. Ou se concorda com a linha geral de raciocínio ou está do lado contrário?
Já disse aqui e repito, é perfeitamente discutível o fato de Israel ter imposto autoridade em aguas internacionais, onde o país não tem essa autoridade. Isso é fato e ponto final. Mas discutir a ação a bordo eu ainda não acho certo, acho que ainda não dispomos de todos os dados para julgar quem agrediu quem primeiro, e porque 10 pessoas morreram.
Mas isso sou eu.
Um abraço.
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
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Editado pela última vez por marcelo l. em Ter Jun 01, 2010 11:50 am, em um total de 1 vez.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
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Re: CONFLITO ISRAELO-PALESTINIANO
Vejam bem, é uma nacional do país agressor que atesta a intenção destes!
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Israelense que estava em navio diz que Exército queria fazer vítimas
01 de junho de 2010
Hanin Zoabi, a única deputada israelense que estava em um dos navios da frota que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza, disse hoje, depois de ser liberada, que o Exército de Israel não pretendia apenas deter as embarcações de forma pacífica, mas fazer vítimas.
"Estava claro, pelas dimensões da força com que o Exército de Israel abordou o navio, que seu propósito não era detê-lo, mas causar o maior número de vítimas para impedir futuras iniciativas similares", disse Zoabi, palestina de cidadania israelense, em entrevista coletiva em Nazaré, no norte do país.
A deputada estava a bordo do barco em que pelo menos nove ativistas morreram e dezenas ficaram feridos depois de soldados israelenses terem aberto fogo.
Hanin negou que participantes da frota - cerca de 750 pessoas de diferentes países - tivessem intenções violentas ou tenham provocado os soldados, como argumenta o Governo de Israel.
"Nosso objetivo era quebrar o bloqueio (a Gaza). Não tínhamos planos de entrar em enfrentamento. Israel realizou uma operação militar provocadora", afirmou.
A deputada, que foi interrogada na manhã de hoje e liberada graças a sua imunidade parlamentar, contou que escutou os navios do Exército israelense dispararem durante o ataque à embarcação.
"Não havia nenhum passageiro com paus. De onde eu estava não vi nenhum pedaço de pau ou algo parecido", disse.
A versão de Hanin contradiz a divulgada pelo Exército de Israel, que assegura que os passageiros do barco receberam os soldados israelenses com armas rudimentares com a intenção de linchá-los no momento da invasão do navio.
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Israelense que estava em navio diz que Exército queria fazer vítimas
01 de junho de 2010
Hanin Zoabi, a única deputada israelense que estava em um dos navios da frota que levaria ajuda humanitária à Faixa de Gaza, disse hoje, depois de ser liberada, que o Exército de Israel não pretendia apenas deter as embarcações de forma pacífica, mas fazer vítimas.
"Estava claro, pelas dimensões da força com que o Exército de Israel abordou o navio, que seu propósito não era detê-lo, mas causar o maior número de vítimas para impedir futuras iniciativas similares", disse Zoabi, palestina de cidadania israelense, em entrevista coletiva em Nazaré, no norte do país.
A deputada estava a bordo do barco em que pelo menos nove ativistas morreram e dezenas ficaram feridos depois de soldados israelenses terem aberto fogo.
Hanin negou que participantes da frota - cerca de 750 pessoas de diferentes países - tivessem intenções violentas ou tenham provocado os soldados, como argumenta o Governo de Israel.
"Nosso objetivo era quebrar o bloqueio (a Gaza). Não tínhamos planos de entrar em enfrentamento. Israel realizou uma operação militar provocadora", afirmou.
A deputada, que foi interrogada na manhã de hoje e liberada graças a sua imunidade parlamentar, contou que escutou os navios do Exército israelense dispararem durante o ataque à embarcação.
"Não havia nenhum passageiro com paus. De onde eu estava não vi nenhum pedaço de pau ou algo parecido", disse.
A versão de Hanin contradiz a divulgada pelo Exército de Israel, que assegura que os passageiros do barco receberam os soldados israelenses com armas rudimentares com a intenção de linchá-los no momento da invasão do navio.
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