Condenação global do massacre em alto mar
Aumenta o protesto internacional contra o ataque israelita à flotilha de ajuda humanitária para Gaza. Trata-se de "terrorismo de estado desumano", diz o primeiro-ministro da Turquia, país de origem da maioria dos activistas.
Artigo | 1 Junho, 2010 - 02:15
"É uma acção totalmente contrária os princípios do direito internacional, é um terrorismo de Estado desumano. Ninguém pode achar que vamos ficar calados perante isto", declarou Recep Tayyip Erdogan no Chile, onde cancelou o resto da visita à América Latina.
Também o secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, condenou o "banho de sangue" e pediu "explicações urgentes" a Israel. "Estou impressionado com os relatos sobre os mortos e feridos nos barcos enquanto levavam abastecimento a Gaza, aparentemente em águas internacionais. Condeno essa violência", disse o secretário-geral da ONU, que reuniu de emergência o Conselho de Segurança para discutir o massacre israelita em alto mar.
Nesta reunião, o repesentante turco afirmou que
Israel "perdeu toda a legitimidade internacional". Em termos simples, isto
equivale a banditismo e a pirataria, ao assassínio de Estado", acrescentou o ministro turco dos Negócios Estrangeiros, Ahmet Davutoglu.
Vários governos decidiram chamar os diplomatas israelitas para obter explicações oficiais e a Grécia cancelou a visita do comandante da Força Aérea de Israek, bem como o exercício militar conjunto previsto para Creta.
Os representantes dos países da UE aprovaram também uma condenação comum do massacre. "A União Europeia condena o uso da violência que provocou um grande número de vítimas entre os membros da frota e pede uma investigação imediata, completa e imparcial sobre esses fatos e suas circunstâncias", diz o texto comum.
Israel tem mantido em segredo o número de vítimas mortais e de feridos. Um canal de televisão israelita divulgou a existência de 19 mortes e dezenas de feridos, enquanto a generalidade a imprensa internacional fala em pelo menos dez vítimas mortais. Segundo o diário inglês "Guardian", aos activistas ainda detidos está a ser proposta a deportação imediata para o país de origem, ou em alternativa o julgamento em Israel.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, justificou o ataque com o argumento de "legítima defesa" e o exército divulgou dois vídeos onde se vê o assalto militar a um dos barcos e as "armas" na posse activistas: berlindes, fisgas e cabos de vassoura.
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Conselho de Segurança da ONU condena ataque israelita
Inserido em 01-06-2010 08:20
Conselho de Segurança pede uma investigação imediata, imparcial e transparente ao incidente que abriu um golpe nas relações entre Israel e a Turquia.
Foram dez horas de negociações à porta fechada. Os 15 Estados membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas condenaram o ataque israelita de segunda-feira contra um de seis navios que seguia com ajuda humanitária para a Faixa de Gaza e pedem uma investigação ao caso.
A reunião foi pedida de emergência para analisar este episódio, que causou a morte a, pelo menos, dez pessoas. Da reunião saiu o pedido de uma investigação imediata, imparcial e transparente ao ataque e para a libertação rápida dos navios apreendidos.
Na conferência de imprensa que se seguiu ao encontro, o embaixador palestiniano nas Nações Unidas, Ryad Mansur, mostrou-se satisfeito com o resultado.
“Conseguimos que existisse uma decisão unânime para manter Israel isolado e vamos continuar o nosso trabalho para que paguem pelos crimes que cometeram”, garantiu.
China "chocada" com raid israelita
A China mostrou-se "chocada" com o raid de segunda-feira efectuado pela Marinha israelita contra uma frota humanitária internacional a caminho de Gaza. Pediu, por isso, "uma resposta rápida" da ONU.
"Ficámos chocados com o assalto israelita contra uma frota turca que transportava ajuda humanitária para Gaza e que fez vítimas e condenamo-lo", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ma Zhaoxu, em comunicado.
"Somos favoráveis a uma resposta rápida do Conselho de Segurança para que tome as medidas necessárias", declarou Yang Tao, conselheiro da missão da ONU da China, durante a reunião de emergência do Conselho.
A China é um dos países com direito de veto no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
http://www.rr.pt/informacao_detalhe.asp ... did=106514
já sabiamos que eram uma corja de assassinos, ficamos agora também a saber que se dedicam á PIRATARIA EM ALTO MAR!!!!!!