Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#16 Mensagem por Brazilian Space » Qui Abr 29, 2010 12:03 pm

Lançamento Ecológico

Olá amigos!

Segue abaixo uma matéria postada hoje (29/04) no site do jornal “Correio Braziliense” destacando o grande trabalho que vem sendo realizado pelo grupo paulista “Edge Of Space” no desenvolvimento de motores-foguetes ecológicos no Brasil.

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/

CIÊNCIA

Lançamento Ecológico

Grupo de pesquisadores brasileiros desenvolve combustível
para foguetes formado a partir da mistura de etanol com água
oxigenada concentrada. Além de mais seguro e econômico, o
produto promete agredir menos o meio ambiente


Silvia Pacheco
29/04/2009


Imagem

http://stat.correioweb.com.br/cw/EDICAO ... /a28-1.jpg

A busca por combustíveis alternativos não se resume aos transportes terrestres e aéreos. Ela também é uma preocupação da corrida espacial. Países europeus, Japão e Rússia saíram na frente na busca por soluções de propelentes (combustíveis para foguete) que agridam menos o meio ambiente e não causem riscos para os seres humanos. No Brasil, o desafio da busca por um propelente “verde” pode estar perto do fim.

Projeto que conta com a participação de diferentes pesquisadores e uma empresa privada desenvolveu um propulsor que utiliza uma mistura de etanol e peróxido de hidrogênio — nada mais que água oxigenada concentrada. “Esses compostos vêm se revelando uma solução inovadora e bastante promissora. A grande vantagem é a disponibilidade do etanol e do peróxido de hidrogênio no país, o baixo custo do propelente e o motor em desenvolvimento”, afirma José Miraglia, engenheiro químico e aeroespacial e coordenador da iniciativa, que tem apoio da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP).

Segundo o pesquisador, os propelentes usados atualmente pelo Brasil são a hidrazina e o tetróxido de nitrogênio, ambos importados, extremamente caros e altamente tóxicos. “Para se ter uma idéia dessa toxicidade, quando o tetróxido de nitrogênio entra em contato com a umidade, ele se transforma em ácido nitroso”, explica o especialista.

A escolha dos pesquisadores pela combinação de etanol com peróxido de hidrogênio se deu pelo fato de que ambos são largamente produzidos pelo Brasil. No caso do etanol, a fabricação chega a 16 milhões de toneladas por ano. Além disso, o país conta com um parque industrial instalado e domínio tecnológico para a produção do combustível, comprovadamente seguro e pouco tóxico. Já o peróxido de hidrogênio é muito utilizado na indústria do papel para o clareamento da celulose, dispondo de larga produção nacional. “Comparado ao uso da hidrazina e do tetróxido de nitrogênio, a combinação que propomos é 20 vezes mais barata no consumo de propelente. O que traz uma economia importante dentro de um programa espacial”, aponta Miraglia.

Outra vantagem, considerada a mais importante pelos pesquisadores, é o baixo impacto ambiental do novo propelente. Os gases provenientes da combustão são muito menos poluentes que os utilizados pelos outros países. Isso porque entre 90% e 95% dos gases de escape do motor são compostos por vapor d’água, e o restante, por gás carbônico.

Para chegar a essa inovação, os engenheiros utilizaram um catalisador — material cerâmico desenvolvido pelo próprio engenheiro José Miraglia — que decompõe o peróxido de hidrogênio em vapor d’água e oxigênio. Essa mistura entra na câmara de combustão e pulveriza o etanol, resultando na propulsão. “O etanol pulverizado por essa mistura gera uma quantidade muito pequena de gás carbônico na combustão, por isso o escolhemos”, explica o coordenador do projeto. Existem soluções usadas por países como a Inglaterra que utilizam o metano ou mesmo o querosene de aviação. Porém, a quantidade de gás carbônico formado na combustão é muito maior.

Ensaios

A primeira etapa do projeto já foi concluída. Nela, os engenheiros construíram um motor pequeno de 10N de impulso (que gera um quilo de força) para provar a viabilidade da tecnologia proposta. Na segunda etapa, os cientistas vão construir dois motores maiores, de 10N e de 1.000N (equivalentes a 10kg e 1t de força de impulso), para testar o propelente de etanol.

Para isso, serão feitos ensaios com motores a frio e aquecidos para testar os materiais. “Utilizaremos ligas de alumínio e aços inoxidáveis para os motores a frio e apenas aços inoxidáveis nos quentes”, explica Vanderlei Neias Júnior, mestrando em engenharia aeroespacial e um dos diretores da empresa Guatifer. Já os tanques serão feitos com ligas de aços inoxidáveis para ensaios estáticos, pois não necessitam de alívio de peso. “Isso é feito propositadamente, para possibilitar ensaios com níveis de pressão no tanque acima da desejada afim de avaliar condições diversas de operação”, completa Júnior.


Fonte: Site do Jornal do Correio Braziliense - 29-04-2010

Comentário: Mais uma matéria sobre o grande trabalho que vem realizando o grupo paulista “Edge Of Space” na área de motores-foguetes ecológicos no Brasil. Esta é uma grande iniciativa em curso no país que precisa ter o apoio incondicional da FAPESP para que o projeto se desenvolva dentro do esperado. O Brasil precisa desta tecnologia inovadora e este grupo coordenado pelo engenheiro José Miraglia é altamente qualificado para atingir esse objetivo e até se tiver o devido apoio, alçar vôos mais altos. O blog “BRAZILIAN SPACE” deseja de público sucesso ao engenheiro José Miraglia e ao grupo “Edge Of Space”.




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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#17 Mensagem por Brazilian Space » Dom Mai 23, 2010 4:32 am

Brasil Desarrolla Motor-Cohete Movido a Etanol

Olá amigos!

Segue uma notícia postada em espanhol dia (08/04) no site chinês “spanish.china.org.cn” destacando o desenvolvimento pelo Brasil de propulsor movido a etanol do grupo "Edge Of Space".

Duda Falcão
(Blog Brazilian Space)
http://brazilianspace.blogspot.com/

Portada >Internacional > Países hispanohablantes

Desarrollo Brasil Propulsor de
Cohetes Espaciales a Base de Etanol


17:01 08-04-2010
spanish.china.org.cn


Varias instituciones brasileñas lideradas por el Instituto de Aeronáutica y Espacio (IAE) desarrollan un motor para cohetes a base de etanol, como alternativa a los combustibles más corrosivos, peligrosos y tóxicos.

La intención del proyecto es poder lanzar cohetes con un combustible líquido más seguro que el derivado de hidrazina, utilizado por Brasil en sus proyectos espaciales y cuya tecnología ya domina, informó hoy la Fundación de Apoyo a la Investigación en el Estado de Sao Paulo (Fapesp).

Según la Fapesp, que financia la iniciativa, en el proyecto para desarrollar un combustible espacial verde también trabajan ingenieros del Instituto Tecnológico de Aeronáutica y del Instituto de Aviación de Moscú.

"Los combustibles líquidos usados actualmente en Brasil están limitados a la aplicación en el control de altitud de satélites y a la inyección orbital", explicó el ingeniero José Miraglia, investigador de la Facultad de Tecnologías de la Información y que coordina el proyecto.

"Estos combustibles tienen como base hidrazina y tetróxido de nitrógeno,dos sustancias importadas, caras y tóxicas", agregó.

En una primera fase del proyecto, los investigadores, en asociación con la empresa Guatifer, probaron motores y cohetes de propulsión líquida con impulso de 10 newtons para evaluar combustibles líquidos premezclados a base de peróxido de hidrógeno combinado con etanol o queroseno.

"Estas pruebas mostraron que el proyecto es viable técnicamente. Los propulsores movidos con la mezcla de los dos productos, ambos producidos a larga escala y bajo costo en Brasil, presentaron el mejor rendimiento", aseguró Miraglia.

El ingeniero indicó que la mezcla probada frente a los combustibles convencionales es que es muy versátil, tiene una densidad mayor - por lo que exige tanques de menor volumen - y es compatible con materiales como aluminio y acero inoxidable.

Miraglia adelantó que en la segunda fase del proyecto el grupo pretende construir dos motores para cohetes de mayor porte, de entre 100 y 1.000 newtons.

"Nuestra intención es construir el motor para un cohete suborbital de sondeo que alcance los 100 kilómetros de altura y sirva para demostrar la tecnología", dijo.

Otro objetivo es producir motores para cohetes de sondeo de bajo costo, como los desarrollados por universidades y utilizados en estudios sobre microgravedad y pesquisas atmosféricas.

El grupo ya construyó un motor de 250 newtons que será usado en pruebas.

Fin


Fonte: Site chinês spanish.china.org.cn




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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#18 Mensagem por RenaN » Dom Mai 30, 2010 12:53 pm

DELTA22 escreveu:
Brazilian Space escreveu:Olá Delta!

Isso faz parte de um projeto bem maior que não posso divulgar ainda, pois se tudo sair como o esperado mudará a cara do PEB nos próximos anos. A "Edge Of Space" tem tudo para ser umas das líderes desse novo futuro.

Abs

Duda Falcão
Olá Duda,

Se é para um projeto maior, mais sentido ainda faria pegar o projeto do IAE para queimar etapas e economizar recursos para este "futuro" que você citou.
Faço votos de sucesso para a empresa, mas é preciso olhar melhor os desenvolvimentos já existentes para evitar a replicação de projetos.

[]'s.
Como diria um colega nosso, Delta, as "ilhas de conhecimento" vão se formando...
Lamentável... :?




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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#19 Mensagem por DELTA22 » Dom Mai 30, 2010 2:21 pm

Nem me fale... é um eterno "bate-cabeça" que vou te falar... :?
Tenho raiva de ver perda de recursos financeiros e humanos em algo já desenvolvido. Acho que refazer o que está pronto é burrice, mas isso sou eu... :wink:

[]'s.




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#20 Mensagem por Brazilian Space » Seg Mai 31, 2010 7:54 am

DELTA22 escreveu:Nem me fale... é um eterno "bate-cabeça" que vou te falar... :?
Tenho raiva de ver perda de recursos financeiros e humanos em algo já desenvolvido. Acho que refazer o que está pronto é burrice, mas isso sou eu... :wink:

[]'s.
Amigos DELTA 22 e RenaN

Me perdoem, mas vocês estão confundindo as coisas. Uma coisa é o programa governamental, sem foco, desorganizado, sem recursos financeiros e humanos adequados, sem qualquer prestígio junto à sociedade brasileira e o próprio governo. Outra coisa é a iniciativa privada de uma empresa dinâmica formada por profissionais altamente competentes envolvida num projeto financiado com recursos próprios e com recursos da FAPESP e não do governo federal. Uma coisa é um programa que há quase 30 anos tenta fazer um foguete decolar e não consegue a outra é uma empresa que já agora em junho irá testar seu motor limpo no banco de teste apos dois anos de desenvolvimento. Uma coisa é uma tecnologia desenvolvida nas entranhas do IAE ou do INPE (ou deus sabe onde) que não serviu para nada de prático a outra é uma tecnologia que sairá do laboratório para ser usada comercialmente, inclusive com possibilidade de ser usada pelo próprio IAE no programa SARA. Portanto, não confundam o milho com o trigo, são coisas diferentes e a diferença está na competência aqui claramente demonstrada. Leiam a matéria que irá sair na próxima revista espaço brasileiro.

Forte abraço

Duda Falcão




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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#21 Mensagem por DELTA22 » Seg Mai 31, 2010 9:30 am

É nossa opinião, nossa visão crítica. Não temos obrigação nenhuma de defender empresa privada aqui. Nenhuma! Nossa visão não precisa ser obtusa a esse ponto. Se hoje qualquer empresa está onde está é porque o IAE, o CTA, o INPE e as demais instituições públicas do país colocaram seus recursos nela por meio de compras/encomendas. Pegue qualquer uma e veja como é a realidade. É bom lembrar (ou não esquecer) que se esta empresa que você cita e outras, não tiverem apoio do governo (com compras, etc), não terão nem uma chance de ir adiante, já que o programa espacial não é privado. Gostaria de ver qualquer iniciativa privada seguir em frente se não fosse por conta do apoio governamental via FAB-IAE-CTA-etc/AEB.
O SARA que você cita, é um projeto privado ou governamental? O dinheiro que paga as empresas contratadas para o projeto, é privado ou governamental?

É excelente colocar todos os defeitos possíveis e imagináveis no programa espacial brasileiro. É isso que os países que hoje dominam a tecnologia espacial querem: menos concorrentes! Quem não vê isso é por ingenuidade. Não é seu caso, caro Duda, mas aqui dentro, quem critica o programa é quem tem mais interesses econômicos por trás, é quem quer mais vender produtos para o governo e não consegue, é quem quer substituir atividades que hoje são feitas internamente no IAE que por seu grande valor agregado são alvo de cobiça das empresas privadas. Quem não quer absorver atividades das mais lucrativas hoje no mundo? Já o interesse externo é outro: eliminar o programa, custe o que custar! E por que? Porque a tecnologia é dual, estratégica portanto. Quem não entende isso, essa importância, conspira mais ainda contra o programa e perde credibilidade.

Deus me fez escolher a Engenharia para me fazer pensar. Engolir tudo como avestruz sem contestar não está incluído neste pacote, sinto muito!

Saudações.




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#22 Mensagem por Brazilian Space » Seg Mai 31, 2010 10:24 am

DELTA22 escreveu:É nossa opinião, nossa visão crítica. Não temos obrigação nenhuma de defender empresa privada aqui. Nenhuma! Nossa visão não precisa ser obtusa a esse ponto. Se hoje qualquer empresa está onde está é porque o IAE, o CTA, o INPE e as demais instituições públicas do país colocaram seus recursos nela por meio de compras/encomendas. Pegue qualquer uma e veja como é a realidade. É bom lembrar (ou não esquecer) que se esta empresa que você cita e outras, não tiverem apoio do governo (com compras, etc), não terão nem uma chance de ir adiante, já que o programa espacial não é privado. Gostaria de ver qualquer iniciativa privada seguir em frente se não fosse por conta do apoio governamental via FAB-IAE-CTA-etc/AEB.
O SARA que você cita, é um projeto privado ou governamental? O dinheiro que paga as empresas contratadas para o projeto, é privado ou governamental?

É excelente colocar todos os defeitos possíveis e imagináveis no programa espacial brasileiro. É isso que os países que hoje dominam a tecnologia espacial querem: menos concorrentes! Quem não vê isso é por ingenuidade. Não é seu caso, caro Duda, mas aqui dentro, quem critica o programa é quem tem mais interesses econômicos por trás, é quem quer mais vender produtos para o governo e não consegue, é quem quer substituir atividades que hoje são feitas internamente no IAE que por seu grande valor agregado são alvo de cobiça das empresas privadas. Quem não quer absorver atividades das mais lucrativas hoje no mundo? Já o interesse externo é outro: eliminar o programa, custe o que custar! E por que? Porque a tecnologia é dual, estratégica portanto. Quem não entende isso, essa importância, conspira mais ainda contra o programa e perde credibilidade.

Deus me fez escolher a Engenharia para me fazer pensar. Engolir tudo como avestruz sem contestar não está incluído neste pacote, sinto muito!

Saudações.
Olá DELTA 22!

Veja bem amigo, você continua confundindo as minhas palavras, não sou contra o IAE, nem contra os seus feitos, nem seus servidores, pesquisadores, civis e militares, muito pelo contrario. Defendo o grande trabalho que eles fizeram durante anos e continuam fazendo, mesmo o PEB sendo um barco sem rumo. A culpa não é deles, mais o resultado é inquestionável, ponto, ou seja, quase 50 anos (o quarto programa espacial mais antigo do mundo) e nada de grande relevância na área de lançadores de satélites foi realizado com êxito. Isto é um fato. Concordo em grande parte com o que você disse e quando diz que o crescimento das empresas dependa das encomendas que o governo fizer, assim é em todo mundo. O que eu não concordo é o que gerou a discussão, ou seja, de que o fato de um motor com tecnologia semelhante ter sido desenvolvido pelo IAE, seja um empecilho ou um divisor de esforços como você parece sugerir. Até porque, pelo que parece esse motor do IAE não resultou em nada de prático, enquanto o da “Edge Of Space” está sendo requisitado pelo próprio IAE para ser usado no projeto da SARA. Vale lembrar que esse motor e seus derivados que estão sendo desenvolvidos não tinham como objetivo o projeto SARA, e sim os projetos de foguetes que a própria empresa esta desenvolvendo, ou seja, o de um lançador suborbital para experimentos em microgravidade na faixa de 100 km e de um lançador para Picosatélites, entre outros projetos mais relevantes que não tenho autorização para comentar. Se o programa do VLS adiar mais uma vez seu primeiro teste tecnológico por um ano ou dois, o primeiro foguete lançador brasileiro a colocar um satélite (picosatélite) no espaço poderá ser o lançador “PI” da Edge of Space”.

Forte abraço

Duda Falcão
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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#23 Mensagem por DELTA22 » Seg Mai 31, 2010 10:41 am

Não creio ter confundido, suas críticas estão lá. Respeito, mas não concordo.

Não é empecilho, é estímulo. O que eu defendo é não replicar (repetir) esforços em algo que já foi feito. O que deveria ser feito é a empresa ir ao IAE, pegar o que já está pronto (e não foi adiante, como o L-5, por exemplo), ao invés de partir do zero, aperfeiçoar e revendê-lo ao IAE. Simples assim. Seria mais rápido e barato, sem contar que poderia sair um projeto melhor uma vez que o L-5 é mais potente que o de 1kN que a empresa desenvolve.

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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#24 Mensagem por Brazilian Space » Seg Mai 31, 2010 11:18 am

DELTA22 escreveu:Não creio ter confundido, suas críticas estão lá. Respeito, mas não concordo.

Não é empecilho, é estímulo. O que eu defendo é não replicar (repetir) esforços em algo que já foi feito. O que deveria ser feito é a empresa ir ao IAE, pegar o que já está pronto (e não foi adiante, como o L-5, por exemplo), ao invés de partir do zero, aperfeiçoar e revendê-lo ao IAE. Simples assim. Seria mais rápido e barato, sem contar que poderia sair um projeto melhor uma vez que o L-5 é mais potente que o de 1kN que a empresa desenvolve.

[]'s.
DELTA 22!

Não são críticas, são constatações, fatos, e minha revolta amigo não são com os profissionais do IAE, esses caras são merecedores de todos os elogios, pois continuam acreditando no que fazem, tanto no IAE quanto no INPE, e é por causa disso que o PEB ainda resiste. Agora, quanto ao que você disse, seria muito bom se fosse assim, tecnologia sem esforço, mas não é: Cabe sim ao IAE tomar a iniciativa e não a empresa, afinal o produto é do instituto. Já a empresa tomou a iniciativa que lhe cabe e está transformando-a em algo real, que será utilizado em seus projetos e que por iniciativa do IAE poderá ser usada no Projeto SARA. Quanto ao L5, o coronel Kasemodel me disse na entrevista: “O motor L5 (de 5 kN de empuxo) foi o nosso primeiro motor a propulsão líquida, desenvolvido com objetivo da capacitação das equipes, num cenário de baixo investimento e sem cooperação estrangeira. Entretanto, a principal justificativa, para seu valor de empuxo seria o de substituir com vantagens o propulsor sólido do quarto estágio do VLS-1, o que teoricamente, permitiria dobrar a atual carga útil do nosso atual lançador”, em resumo DELTA 22, a função desse motor é outra.

Forte abraço

Duda Falcão




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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#25 Mensagem por miraglia » Seg Mai 31, 2010 11:19 am

Amigos

Os projetos da "Edge of Space" envolvem a utilização principalmente do peróxido de hidrogênio com combustíveis como etanol entre outros que serão testados.
O motor citado o L5 do IAE utiliza Etanol / LOX , antes do IAE pensar em desenvolver um motor a propelente líquido eu na minha dissertação de Mestrado pelo ITA em 1994 sugeri o desenvolvimento de um moto LOX / Etanol de 1 KN para demosnstração de tecnologia.
Os projetos da "Edge of Space" não tem compromisso algum com o IAE ou INPE, apenas com a FAPESP a qual aprovou nosso projeto como inovação tecnológica no programa PIPE.

Saudações a todos

Eng. Miraglia
www.edgeofspace.org
www.foguete.org
www.minifoguete.com




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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#26 Mensagem por Brazilian Space » Seg Mai 31, 2010 11:26 am

Bom Amigo DELTA 22!

O próprio engenheiro Miraglia veio esclarecer as coisas. Valeu Miraglia.

Forte abraço

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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#27 Mensagem por miraglia » Seg Mai 31, 2010 11:27 am

Amigos

Mais um comentário, com relação ao empuxos, os valores escolhidos de 10 N , 100 N e 1000 N visam demonstração de tecnologia e otimização de recursos financeiros que são poucos, infelizmente. A maior parte recursos pessoais.
O motor de 10 N utiliza uma formulação de propelente e tem um Isp igual aos propulsores de hidrazina com custo pelo menso 50 vezes menor.
O propulsor de 100 N objetiva um estudo mais detalhado da combinação peróxido de hidrogênio / Etanol.
O propulsor de 1000 N visa o estudo de injetores tipo "pintle" e uma possível utilização no SARA orbital.
Convém ressaltar também que produzimos peróxido de hidrogênio em concentração acima de 90%, somos os únicos no Brasil que fazem ou fizeram isto.

Eng. Miraglia
www.edgeofspace.org
www.foguete.org
www.minifoguete.com




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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#28 Mensagem por DELTA22 » Seg Mai 31, 2010 11:39 am

Agradeço seus esclarecimentos Eng. Miraglia, no entanto, creio que seria mais eficiente se houvesse uma parceria entre sua empresa e o IAE para encurtar caminhos, não sei se o senhor entendeu minha posição. Não é crítica a sua empresa, a questão é que não acredito ser produtivo replicar esforços que, mesmo com o uso de técnicas (ou materiais) diferentes, chegam em lugares bastante semelhantes. Talvez há espaço para absorver parte do que o IAE já havia desenvolvido (fisicamente falando) em seu projeto, encurtando prazos e diminuindo custos. Não sei se expus bem meu ponto de vista...
O senhor acha que isso seria possível? Sua empresa chegou a estabelecer conversações com o IAE?

[]'s.




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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#29 Mensagem por Brazilian Space » Seg Mai 31, 2010 11:40 am

miraglia escreveu:Amigos

Mais um comentário, com relação ao empuxos, os valores escolhidos de 10 N , 100 N e 1000 N visam demonstração de tecnologia e otimização de recursos financeiros que são poucos, infelizmente. A maior parte recursos pessoais.
O motor de 10 N utiliza uma formulação de propelente e tem um Isp igual aos propulsores de hidrazina com custo pelo menso 50 vezes menor.
O propulsor de 100 N objetiva um estudo mais detalhado da combinação peróxido de hidrogênio / Etanol.
O propulsor de 1000 N visa o estudo de injetores tipo "pintle" e uma possível utilização no SARA orbital.
Convém ressaltar também que produzimos peróxido de hidrogênio em concentração acima de 90%, somos os únicos no Brasil que fazem ou fizeram isto.

Eng. Miraglia
http://www.edgeofspace.org
http://www.foguete.org
http://www.minifoguete.com
Valeu Miraglia!

Seus esclarecimentos chegam em boa hora amigo, pois apesar de eu ser um razoável interpretador das notícias que me chegam, meu conhecimento técnico é baixo, já que não sou um profissional da área. Apenas um amante da Astronáutica que conhece um pouco de história e ousou publicar um blog sobre o assunto. Graças a deus venho tendo a credibilidade de pessoas como você que me estimulam continuar com o meu trabalho. Um forte abraço e uma vez mais obrigado.

Duda Falcão
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Re: Edge Of Space - A Inovadora Iniciativa Paulista

#30 Mensagem por DELTA22 » Seg Mai 31, 2010 11:42 am

Brazilian Space escreveu:(...) em resumo DELTA 22, a função desse motor é outra.

Forte abraço

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Funções diferentes não significam necessariamente que não podem ser semelhantes em quesitos construtivos e de desenvolvimento.

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