REVANCHISTAS
Moderador: Conselho de Moderação
- PQD
- Sênior
- Mensagens: 2342
- Registrado em: Seg Mai 28, 2007 4:38 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 6 vezes
Re: REVANCHISTAS
terça-feira, 11 de maio de 2010
Exército nega, mas Cláudio Humberto afirma ter provas de que GSI pediu para quebrar sigilo fiscal de 6 oficiais
Edição do Alerta Total - http://www.alertatotal.net
Leia também o Fique Alerta – http://www.fiquealerta.net (atualizado nesta Terça)
Por Jorge Serrão
O jornalista Cláudio Humberto avisa ter documento que comprova a ilegal investigação sobre a vida fiscal de seis oficiais do Exército, três deles generais da ativa. Mas o Ministério da Defesa e o Comandante do Exército Brasileiro, General Enzo Martins Peri, negam oficialmente “o crime” que Humberto atribui à Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal a pedido do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Cláudio Humberto informa hoje que o General Jorge Félix telefonou aos oficiais que tiveram o sigilo quebrado para jurar que isso não era verdade, mas ninguém acreditou nele. Ontem, o Exército recebeu e divulgou o Ofício Nº 387/2010/GSIPR-CH, alegando que “a matéria carece de total fundamento” e que “não há qualquer ligação com fatos pretéritos ou presentes”. Mas hoje Cláudio Humberto revela que a Receita informou à Fazenda o resultado da sua apuração às 9h11 de 17 de março. Às 18h56 de 23 de março o Ministério da Fazenda enviou ao GSI, pelo sistema “Note”, o veredicto coletivo da quebra de sigilo dos militares com um: “nada consta”.
Cláudio Humberto acrescenta que a ordem do Gabinete de Segurança Institucional ao Ministério da Fazenda tinha assinatura eletrônica do coronel Luiz Fernando Lima Santos, chefe de gabinete no GSI. O coronel Santos é subordinado do general Jorge Félix, ministro-chefe do GSI, que ontem desmentiu a violação do sigilo. Diante da revelação e da negação do crime fiscal, será que o governo vai processar o jornalista Claudio Humberto, ou fica o dito pelo não dito? Eis a questão.
Os alvos da quebra de sigilo foram Oficiais que criticaram o governo $talinácio ou seriam indicados a cargos. Na lista do GSI, estava o General de Exército Maynard Santa Rosa, que era o chefe Pessoal EB e fez críticas à “Comissão da Verdade”. Também estava o General de Exército Raymundo Cerqueira Filho, hoje no STM, critico de gays na tropa. Outro visado foi o General Francisco Albuquerque, ex-Comandante EB no atual governo, que é membro do Conselho de Administração da Petrobras.
O General Marius Luiz Carvalho Teixeira Neto, atual comandante Logístico EB, também teve seu sigilo fiscal quebrado. Outros alvos da investigação do Leão da Receita para o GSI os Coronéis Cid Canuzzo Ferreira, morto em dezembro de 2008 durante um assalto no RJ, e o Coronel da Reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, autor do livro "A Verdade Sufocada" e crítico direto da petralhada no poder.
11/05/ - GSI: chefe de gabinete pediu violação de sigilo
Do Site WWW.claudiohumberto.com.br e Coluna Cláudio Humberto ( Jornal de Brasília)
A investigação sobre a vida fiscal de seis oficiais do Exército, três deles generais da ativa, revelada aqui, foi feita pela Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal, conforme documento em poder da coluna. A ordem do Gabinete de Segurança Institucional ao Ministério da Fazenda, informa fonte da Receita, tinha assinatura eletrônica do coronel Luiz Fernando Lima Santos, chefe de gabinete no GSI.
Subordinado
O coronel Luiz Fernando Lima Santos é subordinado do general Jorge Félix, ministro-chefe do GSI, que ontem desmentiu a violação do sigilo.
Texto completo
Rota da violência
O GSI pediu a investigação em 18 de janeiro. A Receita informou à Fazenda o resultado da sua apuração às 9h11 de 17 de março.
Data do veredito
Às 18h56 de 23 de março o Ministério da Fazenda enviou ao GSI, pelo sistema “Note”, o veredicto coletivo da quebra de sigilo: “nada consta”.
Ninguém acredita
Jorge Félix telefonou aos oficiais que tiveram o sigilo quebrado para jurar que isso não era verdade. Ninguém acreditou nele.
OAB acha quebra de sigilo fiscal ato gravíssimo
Para o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, é gravíssima a quebra de sigilo fiscal de militares críticos ao governo Lula. Lembrou a triste época em que o Estado devassava a vida de quem era contra o regime militar. “A devassa na vida fiscal das pessoas só pode ser feita com ordem judicial, dentro de um processo, quando houver suspeita do cometimento de crime”, diz o estarrecido presidente nacional da OAB.
Na sarjeta
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) não estranhou: “O governo Lula está na sarjeta e quer levar todo mundo. Agora ataca o Exército”.
Que democracia?
Do líder tucano na Câmara, deputado João Almeida (BA), sobre a violação do sigilo: “Estamos falando de democracia ou o quê?”
11/05 - Cláudio Humberto mantém informação de quebra de sigilo
Exército diz que GSI negou quebra de sigilo; este site mantém a informação
Do Site WWW.claudiohumberto.com.br
O comandante do Exército, general Enzo Peri, divulgou nota, esta noite, em que reproduz desmentido do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República sobre notícia deste site informando que o GSI pediu e obteve, junto à Receita Federal, a violação do sigilo fiscal de seis oficiais da Força, dos quais três eram generais da ativa, na época (18 de janeiro deste ano), um já estava na reserva e mais dois, sendo que um deles havia sido assassinado semanas antes, durante um assalto no Rio de Janeiro. “A propósito da Nota divulgada na Internet, na data de hoje (10 Mai 2010), no site claudiohumberto.com.br , versando sobre a violação do sigilo fiscal de oficiais do Exército, em decorrência de ordem do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, este Comandante recebeu o Of Nº 387/2010/GSIPR-CH, de 10 Mai 2010, informando que “a matéria carece de total fundamento” e que “não há qualquer ligação com fatos pretéritos ou presentes”.
Texto completo
Este site mantém o que noticiou e publicará mais detalhes dentro de instantes, à meia-noite.
Na lista que GSI encaminhou à Secretaria da Receita Federal através do Ministério da Fazenda, exatamente às 15h37 de 18 de janeiro deste ano por meio do sistema “Note”, de comunicação entre ministérios, estavam o general Maynard Santa Rosa, que era o chefe de Pessoal do Exército e fez críticas à “Comissão da Verdade”, e o general Raymundo Cerqueira Filho, hoje ministro do Superior Tribunal Militar, que advertiu no Senado, durante sua sabatina, para o fato de a tropa não respeitar um chefe gay. O general Francisco Albuquerque, ex-comandante do Exército no atual governo, também foi vítima de quebra de sigilo fiscal, assim como general da ativaMarius Luiz Carvalho Teixeira Neto, atual comandante Logístico do Exército. Outros alvos da GSI foram os coronéis Cid Canuzzo Ferreira, morto durante um assalto no Rio, e Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de suposta tortura a presos políticos, e autor do livro "A Verdade Sufocada".
fonte: http://www.averdadesufocada.com/
Exército nega, mas Cláudio Humberto afirma ter provas de que GSI pediu para quebrar sigilo fiscal de 6 oficiais
Edição do Alerta Total - http://www.alertatotal.net
Leia também o Fique Alerta – http://www.fiquealerta.net (atualizado nesta Terça)
Por Jorge Serrão
O jornalista Cláudio Humberto avisa ter documento que comprova a ilegal investigação sobre a vida fiscal de seis oficiais do Exército, três deles generais da ativa. Mas o Ministério da Defesa e o Comandante do Exército Brasileiro, General Enzo Martins Peri, negam oficialmente “o crime” que Humberto atribui à Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal a pedido do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
Cláudio Humberto informa hoje que o General Jorge Félix telefonou aos oficiais que tiveram o sigilo quebrado para jurar que isso não era verdade, mas ninguém acreditou nele. Ontem, o Exército recebeu e divulgou o Ofício Nº 387/2010/GSIPR-CH, alegando que “a matéria carece de total fundamento” e que “não há qualquer ligação com fatos pretéritos ou presentes”. Mas hoje Cláudio Humberto revela que a Receita informou à Fazenda o resultado da sua apuração às 9h11 de 17 de março. Às 18h56 de 23 de março o Ministério da Fazenda enviou ao GSI, pelo sistema “Note”, o veredicto coletivo da quebra de sigilo dos militares com um: “nada consta”.
Cláudio Humberto acrescenta que a ordem do Gabinete de Segurança Institucional ao Ministério da Fazenda tinha assinatura eletrônica do coronel Luiz Fernando Lima Santos, chefe de gabinete no GSI. O coronel Santos é subordinado do general Jorge Félix, ministro-chefe do GSI, que ontem desmentiu a violação do sigilo. Diante da revelação e da negação do crime fiscal, será que o governo vai processar o jornalista Claudio Humberto, ou fica o dito pelo não dito? Eis a questão.
Os alvos da quebra de sigilo foram Oficiais que criticaram o governo $talinácio ou seriam indicados a cargos. Na lista do GSI, estava o General de Exército Maynard Santa Rosa, que era o chefe Pessoal EB e fez críticas à “Comissão da Verdade”. Também estava o General de Exército Raymundo Cerqueira Filho, hoje no STM, critico de gays na tropa. Outro visado foi o General Francisco Albuquerque, ex-Comandante EB no atual governo, que é membro do Conselho de Administração da Petrobras.
O General Marius Luiz Carvalho Teixeira Neto, atual comandante Logístico EB, também teve seu sigilo fiscal quebrado. Outros alvos da investigação do Leão da Receita para o GSI os Coronéis Cid Canuzzo Ferreira, morto em dezembro de 2008 durante um assalto no RJ, e o Coronel da Reserva Carlos Alberto Brilhante Ustra, autor do livro "A Verdade Sufocada" e crítico direto da petralhada no poder.
11/05/ - GSI: chefe de gabinete pediu violação de sigilo
Do Site WWW.claudiohumberto.com.br e Coluna Cláudio Humberto ( Jornal de Brasília)
A investigação sobre a vida fiscal de seis oficiais do Exército, três deles generais da ativa, revelada aqui, foi feita pela Coordenação-Geral de Pesquisa e Investigação da Receita Federal, conforme documento em poder da coluna. A ordem do Gabinete de Segurança Institucional ao Ministério da Fazenda, informa fonte da Receita, tinha assinatura eletrônica do coronel Luiz Fernando Lima Santos, chefe de gabinete no GSI.
Subordinado
O coronel Luiz Fernando Lima Santos é subordinado do general Jorge Félix, ministro-chefe do GSI, que ontem desmentiu a violação do sigilo.
Texto completo
Rota da violência
O GSI pediu a investigação em 18 de janeiro. A Receita informou à Fazenda o resultado da sua apuração às 9h11 de 17 de março.
Data do veredito
Às 18h56 de 23 de março o Ministério da Fazenda enviou ao GSI, pelo sistema “Note”, o veredicto coletivo da quebra de sigilo: “nada consta”.
Ninguém acredita
Jorge Félix telefonou aos oficiais que tiveram o sigilo quebrado para jurar que isso não era verdade. Ninguém acreditou nele.
OAB acha quebra de sigilo fiscal ato gravíssimo
Para o presidente da OAB, Ophir Cavalcante, é gravíssima a quebra de sigilo fiscal de militares críticos ao governo Lula. Lembrou a triste época em que o Estado devassava a vida de quem era contra o regime militar. “A devassa na vida fiscal das pessoas só pode ser feita com ordem judicial, dentro de um processo, quando houver suspeita do cometimento de crime”, diz o estarrecido presidente nacional da OAB.
Na sarjeta
O deputado José Carlos Aleluia (DEM-BA) não estranhou: “O governo Lula está na sarjeta e quer levar todo mundo. Agora ataca o Exército”.
Que democracia?
Do líder tucano na Câmara, deputado João Almeida (BA), sobre a violação do sigilo: “Estamos falando de democracia ou o quê?”
11/05 - Cláudio Humberto mantém informação de quebra de sigilo
Exército diz que GSI negou quebra de sigilo; este site mantém a informação
Do Site WWW.claudiohumberto.com.br
O comandante do Exército, general Enzo Peri, divulgou nota, esta noite, em que reproduz desmentido do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República sobre notícia deste site informando que o GSI pediu e obteve, junto à Receita Federal, a violação do sigilo fiscal de seis oficiais da Força, dos quais três eram generais da ativa, na época (18 de janeiro deste ano), um já estava na reserva e mais dois, sendo que um deles havia sido assassinado semanas antes, durante um assalto no Rio de Janeiro. “A propósito da Nota divulgada na Internet, na data de hoje (10 Mai 2010), no site claudiohumberto.com.br , versando sobre a violação do sigilo fiscal de oficiais do Exército, em decorrência de ordem do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, este Comandante recebeu o Of Nº 387/2010/GSIPR-CH, de 10 Mai 2010, informando que “a matéria carece de total fundamento” e que “não há qualquer ligação com fatos pretéritos ou presentes”.
Texto completo
Este site mantém o que noticiou e publicará mais detalhes dentro de instantes, à meia-noite.
Na lista que GSI encaminhou à Secretaria da Receita Federal através do Ministério da Fazenda, exatamente às 15h37 de 18 de janeiro deste ano por meio do sistema “Note”, de comunicação entre ministérios, estavam o general Maynard Santa Rosa, que era o chefe de Pessoal do Exército e fez críticas à “Comissão da Verdade”, e o general Raymundo Cerqueira Filho, hoje ministro do Superior Tribunal Militar, que advertiu no Senado, durante sua sabatina, para o fato de a tropa não respeitar um chefe gay. O general Francisco Albuquerque, ex-comandante do Exército no atual governo, também foi vítima de quebra de sigilo fiscal, assim como general da ativaMarius Luiz Carvalho Teixeira Neto, atual comandante Logístico do Exército. Outros alvos da GSI foram os coronéis Cid Canuzzo Ferreira, morto durante um assalto no Rio, e Carlos Alberto Brilhante Ustra, acusado de suposta tortura a presos políticos, e autor do livro "A Verdade Sufocada".
fonte: http://www.averdadesufocada.com/
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- Edu Lopes
- Sênior
- Mensagens: 4549
- Registrado em: Qui Abr 26, 2007 2:18 pm
- Localização: Brasil / Rio de Janeiro / RJ
Re: REVANCHISTAS
João Batista Damasceno: Memória e justiça
Decisão do STF sobre Lei da Anistia pode ser revogada pela OEA
Cientista político (PPGCP-UFF) e membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD)
De decisão judicial se exige cumprimento, jamais concordância. A decisão do STF sobre a Lei da Anistia é uma delas. A propositura da ação pelo Conselho Federal da OAB, tendo por amicus curae a Associação Juízes para a Democracia, e os votos vencidos dos dois ministros, que não reconheciam o poder do Estado de anistiar por torturas, demonstram a plausibilidade de entendimento contrário à maioria.
Violada a ordem constitucional e democrática em 1964, logo ascendeu ao poder a Linha Dura. Torturas, assassinatos, estupros e desaparecimentos de opositores não foram fatos isolados. Tratava-se de política de Estado e de terrorismo de Estado, com amplo apoio em setores empresariais que lucraram com o fechamento do regime.
Torturadores mancharam a imagem das Forças Armadas, construída ao longo de séculos. Os financiadores não tiveram a imagem arranhada. Mas a história, a despeito daqueles que transformaram órgãos públicos em centros de tortura, registra nomes de militares dos quais devemos nos orgulhar. Dentre eles o general e intelectual Nelson Werneck Sodré e o brigadeiro Moreira Lima.
Viver, em segurança, no País, dependia de não ser considerado dissidente do regime. A ocupação de certos empregos dependia de ausência de anotações nos arquivos secretos. O atingimento aos graus mais elevados das carreiras públicas implicava em assentimento com o que ocorria. Tocar no assunto gera dissensos, o que demonstra que a lei de anistia não foi capaz de reconciliar o País.
A decisão do STF pode não ser definitiva. A Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, a qual o Brasil está subordinado por tratado, já anulou leis de anistia do Peru e do Chile que isentavam o Estado e seus agentes de responsabilidades.
Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/conexao ... 80512.html
Decisão do STF sobre Lei da Anistia pode ser revogada pela OEA
Cientista político (PPGCP-UFF) e membro da Associação Juízes para a Democracia (AJD)
De decisão judicial se exige cumprimento, jamais concordância. A decisão do STF sobre a Lei da Anistia é uma delas. A propositura da ação pelo Conselho Federal da OAB, tendo por amicus curae a Associação Juízes para a Democracia, e os votos vencidos dos dois ministros, que não reconheciam o poder do Estado de anistiar por torturas, demonstram a plausibilidade de entendimento contrário à maioria.
Violada a ordem constitucional e democrática em 1964, logo ascendeu ao poder a Linha Dura. Torturas, assassinatos, estupros e desaparecimentos de opositores não foram fatos isolados. Tratava-se de política de Estado e de terrorismo de Estado, com amplo apoio em setores empresariais que lucraram com o fechamento do regime.
Torturadores mancharam a imagem das Forças Armadas, construída ao longo de séculos. Os financiadores não tiveram a imagem arranhada. Mas a história, a despeito daqueles que transformaram órgãos públicos em centros de tortura, registra nomes de militares dos quais devemos nos orgulhar. Dentre eles o general e intelectual Nelson Werneck Sodré e o brigadeiro Moreira Lima.
Viver, em segurança, no País, dependia de não ser considerado dissidente do regime. A ocupação de certos empregos dependia de ausência de anotações nos arquivos secretos. O atingimento aos graus mais elevados das carreiras públicas implicava em assentimento com o que ocorria. Tocar no assunto gera dissensos, o que demonstra que a lei de anistia não foi capaz de reconciliar o País.
A decisão do STF pode não ser definitiva. A Corte Interamericana de Direitos Humanos da OEA, a qual o Brasil está subordinado por tratado, já anulou leis de anistia do Peru e do Chile que isentavam o Estado e seus agentes de responsabilidades.
Fonte: http://odia.terra.com.br/portal/conexao ... 80512.html
- Viktor Reznov
- Sênior
- Mensagens: 6827
- Registrado em: Sex Jan 15, 2010 2:02 pm
- Agradeceu: 1959 vezes
- Agradeceram: 796 vezes
Re: REVANCHISTAS
Que piada, a OEA não tem mandato nenhum sobre Brasil não.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: REVANCHISTAS
Eles tem que manter a chama acesa, senão secam as verbas que mantêm tantos safados vivendo do passado.João Batista Damasceno: Memória e justiça
Decisão do STF sobre Lei da Anistia pode ser revogada pela OEA
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- marcelo l.
- Sênior
- Mensagens: 6097
- Registrado em: Qui Out 15, 2009 12:22 am
- Agradeceu: 138 vezes
- Agradeceram: 66 vezes
Re: REVANCHISTAS
Li ontem uma tese sobre o paraguai que já achei heteroxa de um juiz, agora essa.
Bem, se não fugi das aulas a muito tempo atrás a referida corte não tem competência de cassar, anular ou revisar sentença de tribunal interno nenhum, só existe uma condição que abaixo mencionarei.
E no caso brasileiro casos de violações de direitos humanos ocorridos antes de 1998, não poderão ser recebidos e julgados pela referida Corte, foi quando assinamos o referido tratado...é tão irracional a coisa, que deve ser fácil de defender. Colocando a hipótese que a referida corte considere inconstitucional, o que ocorreria? O STF caso aceitasse o absurdo daria prescrição aos tais crimes, o que diria a Corte indenize as vítimas. Elas já foram...é litigancia de má-fé e palhaçada deveria cobrar todos os gastos que o país de quem propôs tal sandice.
Agora retornando a um ponto, se alguns países revogaram foi por causa da sanção moral ou por que veem tratados internacionais acima das suas Constituições, isso não ocorre na nossa pátria, por isso concordo com Rodrigo querem é arrancar mais "tutu" apenas.
Bem, se não fugi das aulas a muito tempo atrás a referida corte não tem competência de cassar, anular ou revisar sentença de tribunal interno nenhum, só existe uma condição que abaixo mencionarei.
E no caso brasileiro casos de violações de direitos humanos ocorridos antes de 1998, não poderão ser recebidos e julgados pela referida Corte, foi quando assinamos o referido tratado...é tão irracional a coisa, que deve ser fácil de defender. Colocando a hipótese que a referida corte considere inconstitucional, o que ocorreria? O STF caso aceitasse o absurdo daria prescrição aos tais crimes, o que diria a Corte indenize as vítimas. Elas já foram...é litigancia de má-fé e palhaçada deveria cobrar todos os gastos que o país de quem propôs tal sandice.
Agora retornando a um ponto, se alguns países revogaram foi por causa da sanção moral ou por que veem tratados internacionais acima das suas Constituições, isso não ocorre na nossa pátria, por isso concordo com Rodrigo querem é arrancar mais "tutu" apenas.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
- prp
- Sênior
- Mensagens: 8838
- Registrado em: Qui Nov 26, 2009 11:23 am
- Localização: Montes Claros
- Agradeceu: 117 vezes
- Agradeceram: 412 vezes
Re: REVANCHISTAS
X1000marcelo l. escreveu:Li ontem uma tese sobre o paraguai que já achei heteroxa de um juiz, agora essa.
Bem, se não fugi das aulas a muito tempo atrás a referida corte não tem competência de cassar, anular ou revisar sentença de tribunal interno nenhum, só existe uma condição que abaixo mencionarei.
E no caso brasileiro casos de violações de direitos humanos ocorridos antes de 1998, não poderão ser recebidos e julgados pela referida Corte, foi quando assinamos o referido tratado...é tão irracional a coisa, que deve ser fácil de defender. Colocando a hipótese que a referida corte considere inconstitucional, o que ocorreria? O STF caso aceitasse o absurdo daria prescrição aos tais crimes, o que diria a Corte indenize as vítimas. Elas já foram...é litigancia de má-fé e palhaçada deveria cobrar todos os gastos que o país de quem propôs tal sandice.
Agora retornando a um ponto, se alguns países revogaram foi por causa da sanção moral ou por que veem tratados internacionais acima das suas Constituições, isso não ocorre na nossa pátria, por isso concordo com Rodrigo querem é arrancar mais "tutu" apenas.
- PQD
- Sênior
- Mensagens: 2342
- Registrado em: Seg Mai 28, 2007 4:38 pm
- Agradeceu: 2 vezes
- Agradeceram: 6 vezes
Re: REVANCHISTAS
ENTREVISTA - MAYNARD MARQUES SANTA ROSA
Governo Lula quer implantar ditadura totalitária no país
General pivô de polêmica defende que ditadura de 1964 foi autoritária, mas não totalitária, e deixou imprensa "amplamente livre"
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O general foi duro em relação à pré-candidata Dilma Rousseff ao dizer que a Comissão da Verdade, criada pelo PNDH, só seria correta "se você perguntasse a Dilma quantas pessoas ela assaltou, torturou, matou..."
Quanto à eleição, diz não estar animado: "Na Dilma, não voto de jeito nenhum, mas não é fácil engolir o Serra".
Santa Rosa foi exonerado após a Folha ter publicado e-mail em que ele classificou a Comissão da Verdade de "comissão da calúnia integrada por fanáticos". Ficou encostado no Comando da Força até passar para a reserva, em 31 de março. Segundo diz, "95% do Exército" pensa como ele. A diferença é que Santa Rosa é um dos raros casos de militar que diz o que pensa em público.
FOLHA - Qual é sua opinião sobre o governo Lula?
MAYNARD MARQUES SANTA ROSA - Acho o presidente uma pessoa simpática, tem empatia com o público e sensibilidade em detectar os anseios da massa. O que é diferente da linha governamental que ele segue. Está rodeado de pessoas impregnadas de preconceito e ideologia. O governo tem várias caras. Ideologicamente, é intolerante, autoritário. Para ser mais preciso, tem anseio totalitário.
FOLHA - O Lula?
SANTA ROSA - O governo. O presidente, não. Não sei se ele é usado ou se ele usa esse grupo para promover seus interesses.
FOLHA - O que caracteriza o autoritarismo do governo?
SANTA ROSA - A intolerância com opiniões contrárias. Quem examinar o Programa Nacional de Direitos Humanos vai interpretar o que digo. Aquilo é um tratado ideológico de extrema intolerância, onde se pretende regular uma sociedade inteira. Adota o tal princípio da transversalidade. Na medida em que se têm intenções que transcendem Legislativo e Judiciário, são pretensões que transcendem até preceitos da Constituição, portanto, totalitárias.
FOLHA - Em que parte o 3º PNDH transcende Legislativo e Judiciário?
SANTA ROSA - Quando propõe a institucionalização de mecanismos ilegais. Ingerir no processo judicial de reintegração de posse transcende a lei e na estimulação da degradação dos costumes à revelia da tradição cristã que temos, ao estimular a homoafetividade.
FOLHA - Totalitarismo não é o contrário, exigir que todos tenham o mesmo comportamento?
SANTA ROSA - Querer consertar isso com outra penada mais totalitária é que é o erro. Temos de deixar fluir a natureza, inclusive nas relações sociais.
FOLHA - Os dois planos elaborados no governo FHC já não continham basicamente os mesmos pontos.
SANTA ROSA - O primeiro plano não choca ninguém. Embora tenha bandeiras polêmicas, obedece ao princípio da naturalidade, não faz a sociedade civil engolir pontos que não lhe pertencem, diferentemente do de agora, fabricado de fora.
FOLHA - De fora? De onde?
SANTA ROSA - Se você pesquisar a similitude entre a Constituição venezuelana, e também a equatoriana e a boliviana, que são clones adaptados aos seus países, vai verificar qual é a origem. Isso tudo é uma composição organizada, é uma conspiração internacional.
FOLHA - Durante seus 49 anos no Exército, o sr. conheceu muitos gays nas Forças Armadas?
SANTA ROSA - Não, existe uma rejeição inata da estrutura militar contra isso. O problema é que existe uma articulação, no sentido de transformar a sociedade, colocar uma nova cultura goela abaixo na classe média, e isso é apenas uma fase preliminar para depois se implementar o que se quiser.
FOLHA - E o que se quer?
SANTA ROSA - Uma ditadura totalitária.
FOLHA - Comunista?
SANTA ROSA - Exatamente. Primeiro, transformar os costumes da sociedade, para, por último, implementar o sistema totalitário. Falar isso no século 21 é quase uma aberração.
FOLHA - Após 21 anos de ditadura, a democracia não é irreversível?
SANTA ROSA - Não acho. O povo não reage, está numa situação letárgica. Nosso povo não tem opinião, e quem tem se cala. Estamos anestesiados.
FOLHA - No seu e-mail contra o plano não havia nada disso.
SANTA ROSA - O nosso foco era a defesa da instituição militar.
FOLHA - Nosso? De quem?
SANTA ROSA - Meu. O foco militar era porque, se se conseguisse abrir a Comissão da Verdade, o resto seria facilmente alastrado. Houve uma reação institucional à qual até o próprio ministro [Nelson Jobim] aderiu, reconhecendo que iria causar uma desarmonia grande. Então, ele contrapôs aquele protesto que levou o presidente a flexibilizar a redação do plano.
FOLHA - Que nota o sr. dá para o ministro Nelson Jobim?
SANTA ROSA - Para o momento, é o melhor que se tem. É preparado, foi ministro do STF, da Justiça, tem relacionamentos de alto nível e é inteligente. O Ministério da Defesa é uma necessidade, faz parte da modernidade do Estado.
FOLHA - Como o sr. define o regime de 1964?
SANTA ROSA - Um regime emergencial, um mal que livrou o país de um mal maior.
FOLHA - E a tortura?
SANTA ROSA - Nunca foi institucionalizada, é um subproduto do conflito. A tortura começou com os chamados subversivos. Inúmeros foram justiçados e torturados por eles próprios, porque queriam mudar de opinião. A tortura nunca foi oficial.
FOLHA - O sr. critica que o plano está transportando para o país um regime autoritário, mas não foi justamente o de 1964?
SANTA ROSA - Foi autoritário, mas não totalitário.
FOLHA - Qual é a diferença?
SANTA ROSA - A imprensa, por exemplo, foi ampl
A mente livre.
FOLHA - Como?!
SANTA ROSA - Só teve censura no momento de pico, a partir do AI-5 [1968]. Se não houvesse um enrijecimento político naquela oportunidade, poderia se perder o controle. Considero isso tudo um mal, mas um mal menor e necessário.
FOLHA - O sr. aceita um militar torturando uma pessoa indefesa, um jovem, uma mulher, desarmados?
SANTA ROSA - Nenhum militar torturou ninguém. Se houve, foi no Dops [Departamento de Ordem Política e Social, oficialmente vinculado à polícia].
FOLHA - Não é covardia matar pessoas e torturar rapazes e moças, algumas grávidas, depois de presas?
SANTA ROSA - Sinceramente, não sei de nenhum caso. O que existe é produto de imaginação.
FOLHA - O sr. tem dúvida? A própria ex-ministra Dilma Rousseff foi presa e torturada.
SANTA ROSA - Ela diz que foi torturada, mas... Só no Brasil, a pessoa que sobrevive, e está com boa saúde, alega a tortura para ganhar os benefícios, sejam políticos ou de pensão.
FOLHA - É mentira que houve tortura?
SANTA ROSA - Com certeza absoluta. Vocês conhecem algum ex-torturado cubano? Ou russo? Ou chinês? Não existe, porque não se deixava sair [da prisão]. Então foi a bondade, entre aspas, dos torturadores que permitiram que saíssem [no Brasil]. Institucionalmente, legalmente, não houve [tortura]. Não posso afirmar que, fora do controle, não tenha havido.
FOLHA - Não é justo, portanto, ter uma Comissão da Verdade para apurar se houve ou não houve?
SANTA ROSA - Seria justo se os dois lados dissessem a verdade. Se você perguntar a Dilma Rousseff quantas pessoas ela assaltou, torturou, matou...
FOLHA - Até onde se sabe, ela não matou ninguém.
SANTA ROSA - É o que ela alega. Sabe-se que tem vítima.
FOLHA - Qual é a sua opinião sobre José Serra? Ele foi presidente da UNE, exilado no Chile...
SANTA ROSA - É um administrador competente, um gestor público excelente, tanto que, se voltar para São Paulo, se reelege. Mas eu estou me atendo ao produto do trabalho dele.
FOLHA - E a Marina Silva?
SANTA ROSA - Tem uma visão da Amazônia igual à da Fundação Ford, igual à dos americanos. É uma visão internacionalista.
FOLHA - O sr. vota em quem?
SANTA ROSA - Na Dilma não voto de jeito nenhum, mas não é fácil engolir o Serra.
perfil
Democracia com limite até em casa
DA COLUNISTA DA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com uma pulseira da Nasa no braço esquerdo, "para equilibrar o sistema simpático e para-simpático e ficar zen", o general Maynard Marques Santa Rosa convive com uma curiosa liberdade religiosa na sua família: ele é espírita, a mulher, católica, e o filho, evangélico.
"Temos uma democracia religiosa", brinca ele, mas deixando claro que democracia tem limite também em casa.
"Em quem a sua mulher vai votar?", perguntou a Folha.
"Em quem eu mandar", respondeu, rápido.
Ele se declara apaixonado por "política e estratégia" e um leitor voraz. Considera Graciliano Ramos e Machado de Assis muito pessimistas. Prefere José de Alencar.
Durante almoço na quarta-feira, em Brasília, ele foi cáustico crítico das ONGs, "que recebem mais dinheiro do governo do que o Exército", e contra a adesão brasileira ao Protocolo Adicional do TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear).
Criticou ainda o excesso de proteção da Amazônia e o zoneamento ecológico para proteger índios, quilombolas "e outras minorias". Mas atacou especialmente a união civil homossexual.
Alagoano, Santa Rosa passou para a reserva aos 65. Era integrante do Alto Comando do Exército, que inclui apenas os 14 oficiais de quatro estrelas (os generais-de-Exército, último grau da hierarquia) da ativa. Encerrou a carreira encostado no gabinete do comandante Enzo Martins Péri.
Segundo Santa Rosa, o que diz representa o pensamento médio de "95% dos militares do Exército". Não há pesquisas para comprovar.
Governo Lula quer implantar ditadura totalitária no país
General pivô de polêmica defende que ditadura de 1964 foi autoritária, mas não totalitária, e deixou imprensa "amplamente livre"
LUCAS FERRAZ
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
ELIANE CANTANHÊDE
COLUNISTA DA FOLHA
O general foi duro em relação à pré-candidata Dilma Rousseff ao dizer que a Comissão da Verdade, criada pelo PNDH, só seria correta "se você perguntasse a Dilma quantas pessoas ela assaltou, torturou, matou..."
Quanto à eleição, diz não estar animado: "Na Dilma, não voto de jeito nenhum, mas não é fácil engolir o Serra".
Santa Rosa foi exonerado após a Folha ter publicado e-mail em que ele classificou a Comissão da Verdade de "comissão da calúnia integrada por fanáticos". Ficou encostado no Comando da Força até passar para a reserva, em 31 de março. Segundo diz, "95% do Exército" pensa como ele. A diferença é que Santa Rosa é um dos raros casos de militar que diz o que pensa em público.
FOLHA - Qual é sua opinião sobre o governo Lula?
MAYNARD MARQUES SANTA ROSA - Acho o presidente uma pessoa simpática, tem empatia com o público e sensibilidade em detectar os anseios da massa. O que é diferente da linha governamental que ele segue. Está rodeado de pessoas impregnadas de preconceito e ideologia. O governo tem várias caras. Ideologicamente, é intolerante, autoritário. Para ser mais preciso, tem anseio totalitário.
FOLHA - O Lula?
SANTA ROSA - O governo. O presidente, não. Não sei se ele é usado ou se ele usa esse grupo para promover seus interesses.
FOLHA - O que caracteriza o autoritarismo do governo?
SANTA ROSA - A intolerância com opiniões contrárias. Quem examinar o Programa Nacional de Direitos Humanos vai interpretar o que digo. Aquilo é um tratado ideológico de extrema intolerância, onde se pretende regular uma sociedade inteira. Adota o tal princípio da transversalidade. Na medida em que se têm intenções que transcendem Legislativo e Judiciário, são pretensões que transcendem até preceitos da Constituição, portanto, totalitárias.
FOLHA - Em que parte o 3º PNDH transcende Legislativo e Judiciário?
SANTA ROSA - Quando propõe a institucionalização de mecanismos ilegais. Ingerir no processo judicial de reintegração de posse transcende a lei e na estimulação da degradação dos costumes à revelia da tradição cristã que temos, ao estimular a homoafetividade.
FOLHA - Totalitarismo não é o contrário, exigir que todos tenham o mesmo comportamento?
SANTA ROSA - Querer consertar isso com outra penada mais totalitária é que é o erro. Temos de deixar fluir a natureza, inclusive nas relações sociais.
FOLHA - Os dois planos elaborados no governo FHC já não continham basicamente os mesmos pontos.
SANTA ROSA - O primeiro plano não choca ninguém. Embora tenha bandeiras polêmicas, obedece ao princípio da naturalidade, não faz a sociedade civil engolir pontos que não lhe pertencem, diferentemente do de agora, fabricado de fora.
FOLHA - De fora? De onde?
SANTA ROSA - Se você pesquisar a similitude entre a Constituição venezuelana, e também a equatoriana e a boliviana, que são clones adaptados aos seus países, vai verificar qual é a origem. Isso tudo é uma composição organizada, é uma conspiração internacional.
FOLHA - Durante seus 49 anos no Exército, o sr. conheceu muitos gays nas Forças Armadas?
SANTA ROSA - Não, existe uma rejeição inata da estrutura militar contra isso. O problema é que existe uma articulação, no sentido de transformar a sociedade, colocar uma nova cultura goela abaixo na classe média, e isso é apenas uma fase preliminar para depois se implementar o que se quiser.
FOLHA - E o que se quer?
SANTA ROSA - Uma ditadura totalitária.
FOLHA - Comunista?
SANTA ROSA - Exatamente. Primeiro, transformar os costumes da sociedade, para, por último, implementar o sistema totalitário. Falar isso no século 21 é quase uma aberração.
FOLHA - Após 21 anos de ditadura, a democracia não é irreversível?
SANTA ROSA - Não acho. O povo não reage, está numa situação letárgica. Nosso povo não tem opinião, e quem tem se cala. Estamos anestesiados.
FOLHA - No seu e-mail contra o plano não havia nada disso.
SANTA ROSA - O nosso foco era a defesa da instituição militar.
FOLHA - Nosso? De quem?
SANTA ROSA - Meu. O foco militar era porque, se se conseguisse abrir a Comissão da Verdade, o resto seria facilmente alastrado. Houve uma reação institucional à qual até o próprio ministro [Nelson Jobim] aderiu, reconhecendo que iria causar uma desarmonia grande. Então, ele contrapôs aquele protesto que levou o presidente a flexibilizar a redação do plano.
FOLHA - Que nota o sr. dá para o ministro Nelson Jobim?
SANTA ROSA - Para o momento, é o melhor que se tem. É preparado, foi ministro do STF, da Justiça, tem relacionamentos de alto nível e é inteligente. O Ministério da Defesa é uma necessidade, faz parte da modernidade do Estado.
FOLHA - Como o sr. define o regime de 1964?
SANTA ROSA - Um regime emergencial, um mal que livrou o país de um mal maior.
FOLHA - E a tortura?
SANTA ROSA - Nunca foi institucionalizada, é um subproduto do conflito. A tortura começou com os chamados subversivos. Inúmeros foram justiçados e torturados por eles próprios, porque queriam mudar de opinião. A tortura nunca foi oficial.
FOLHA - O sr. critica que o plano está transportando para o país um regime autoritário, mas não foi justamente o de 1964?
SANTA ROSA - Foi autoritário, mas não totalitário.
FOLHA - Qual é a diferença?
SANTA ROSA - A imprensa, por exemplo, foi ampl
A mente livre.
FOLHA - Como?!
SANTA ROSA - Só teve censura no momento de pico, a partir do AI-5 [1968]. Se não houvesse um enrijecimento político naquela oportunidade, poderia se perder o controle. Considero isso tudo um mal, mas um mal menor e necessário.
FOLHA - O sr. aceita um militar torturando uma pessoa indefesa, um jovem, uma mulher, desarmados?
SANTA ROSA - Nenhum militar torturou ninguém. Se houve, foi no Dops [Departamento de Ordem Política e Social, oficialmente vinculado à polícia].
FOLHA - Não é covardia matar pessoas e torturar rapazes e moças, algumas grávidas, depois de presas?
SANTA ROSA - Sinceramente, não sei de nenhum caso. O que existe é produto de imaginação.
FOLHA - O sr. tem dúvida? A própria ex-ministra Dilma Rousseff foi presa e torturada.
SANTA ROSA - Ela diz que foi torturada, mas... Só no Brasil, a pessoa que sobrevive, e está com boa saúde, alega a tortura para ganhar os benefícios, sejam políticos ou de pensão.
FOLHA - É mentira que houve tortura?
SANTA ROSA - Com certeza absoluta. Vocês conhecem algum ex-torturado cubano? Ou russo? Ou chinês? Não existe, porque não se deixava sair [da prisão]. Então foi a bondade, entre aspas, dos torturadores que permitiram que saíssem [no Brasil]. Institucionalmente, legalmente, não houve [tortura]. Não posso afirmar que, fora do controle, não tenha havido.
FOLHA - Não é justo, portanto, ter uma Comissão da Verdade para apurar se houve ou não houve?
SANTA ROSA - Seria justo se os dois lados dissessem a verdade. Se você perguntar a Dilma Rousseff quantas pessoas ela assaltou, torturou, matou...
FOLHA - Até onde se sabe, ela não matou ninguém.
SANTA ROSA - É o que ela alega. Sabe-se que tem vítima.
FOLHA - Qual é a sua opinião sobre José Serra? Ele foi presidente da UNE, exilado no Chile...
SANTA ROSA - É um administrador competente, um gestor público excelente, tanto que, se voltar para São Paulo, se reelege. Mas eu estou me atendo ao produto do trabalho dele.
FOLHA - E a Marina Silva?
SANTA ROSA - Tem uma visão da Amazônia igual à da Fundação Ford, igual à dos americanos. É uma visão internacionalista.
FOLHA - O sr. vota em quem?
SANTA ROSA - Na Dilma não voto de jeito nenhum, mas não é fácil engolir o Serra.
perfil
Democracia com limite até em casa
DA COLUNISTA DA FOLHA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Com uma pulseira da Nasa no braço esquerdo, "para equilibrar o sistema simpático e para-simpático e ficar zen", o general Maynard Marques Santa Rosa convive com uma curiosa liberdade religiosa na sua família: ele é espírita, a mulher, católica, e o filho, evangélico.
"Temos uma democracia religiosa", brinca ele, mas deixando claro que democracia tem limite também em casa.
"Em quem a sua mulher vai votar?", perguntou a Folha.
"Em quem eu mandar", respondeu, rápido.
Ele se declara apaixonado por "política e estratégia" e um leitor voraz. Considera Graciliano Ramos e Machado de Assis muito pessimistas. Prefere José de Alencar.
Durante almoço na quarta-feira, em Brasília, ele foi cáustico crítico das ONGs, "que recebem mais dinheiro do governo do que o Exército", e contra a adesão brasileira ao Protocolo Adicional do TNP (Tratado de Não Proliferação Nuclear).
Criticou ainda o excesso de proteção da Amazônia e o zoneamento ecológico para proteger índios, quilombolas "e outras minorias". Mas atacou especialmente a união civil homossexual.
Alagoano, Santa Rosa passou para a reserva aos 65. Era integrante do Alto Comando do Exército, que inclui apenas os 14 oficiais de quatro estrelas (os generais-de-Exército, último grau da hierarquia) da ativa. Encerrou a carreira encostado no gabinete do comandante Enzo Martins Péri.
Segundo Santa Rosa, o que diz representa o pensamento médio de "95% dos militares do Exército". Não há pesquisas para comprovar.
Cabeça dos outros é terra que ninguem anda... terras ermas...
- Ilya Ehrenburg
- Sênior
- Mensagens: 2449
- Registrado em: Ter Set 08, 2009 5:47 pm
- Agradeceram: 1 vez
Re: REVANCHISTAS
Vou comentar, de forma ácida, as afirmações do Gen. Santa Rosa:
1) A natureza militar impede a existência de "viados" no Exército: É claro... as "bixas" gostam de mulheres, por isso, procuram apenas locais onde há grande concentração delas, não é mesmo? Além disso, aquele caso famoso de um Coronel PQD surpreendido e assassinado no carro, de calças arriadas, junto de uma travesti, foi calúnia da imprensa: não se pode confiar na mídia popular!
2) Que Dilma responda quantas pessoas torturou e matou: Dilma, que eu saiba, foi presa e julgada pelo regime no poder na época, e este, não a acusou de assassinato ou tortura. Portanto, fica o fato de que se ela fez alguém sofrer nesta vida, como acontece geralmente, este alguém foi o marido ou companheiro.
3) Comissão da verdade: Se existe algo que precisa ser feito, é uma comissão histórica. Não cabe discussão.
4) Valores cristãos: São ótimos, que o diga os padres pedófilos, não é mesmo? Durante anos, Ratzinger perseguiu os sacerdotes afeitos aos pobres, por serem simpáticos a tese do Frei Leonardo Boff, conhecida como Teologia da Libertação, que promovia trabalhos comunitários junto aos mais carentes. No entanto, enquanto cerceava aqueles que trabalhavam para os mais necessitados, protegia àqueles que de crianças abusavam. Isso é lindo!
Ei, General, quem come criancinhas, veste vermelho, mas o endereço é diferente: Roma, Vaticano!
5) Transversalidade: Simples, quando uma Senadora da República (Kátia Abreu - TO), grila terras de posseiros legítimos, com a cumplicidade sórdida da Justiça do Tocantins, não se pode pensar outra coisa, do que instrumentos que venham a evitar isso. Um deles, de foro executivo já está sendo tomado: aumento do número de membros do MPU.
Aliás, a PGR, já não tem mais lugar para ninguém, e o prédio é novo (mas aqui, a culpa é do Niemayer)...
O outro instrumento, como se percebe, tem morada nas letras legislativas.
6) Sobre constituição e o fato da caserna pensar como ele: Considerando que a Constituição da República foi rasgada pelos seus pares em 1964, creio que para o nosso ditoso General, caberia melhor o silêncio, quanto a este pormenor. Mas, como ele desandou a berrar, que na caserna todos pensam como ele, penso, que para a sociedade civil, melhor seria haver um expurgo no nosso generalato, tal como fez Stalin. Com uma diferença brutal: ao invés de gulag e tiro na nuca, pijama e proventos.
Poderá ver a copa, com a nacionalíssima e tosca Seleção do Dunga, com cervejada, pijama e churrasco com os amigos.
Que bom, né?
1) A natureza militar impede a existência de "viados" no Exército: É claro... as "bixas" gostam de mulheres, por isso, procuram apenas locais onde há grande concentração delas, não é mesmo? Além disso, aquele caso famoso de um Coronel PQD surpreendido e assassinado no carro, de calças arriadas, junto de uma travesti, foi calúnia da imprensa: não se pode confiar na mídia popular!
2) Que Dilma responda quantas pessoas torturou e matou: Dilma, que eu saiba, foi presa e julgada pelo regime no poder na época, e este, não a acusou de assassinato ou tortura. Portanto, fica o fato de que se ela fez alguém sofrer nesta vida, como acontece geralmente, este alguém foi o marido ou companheiro.
3) Comissão da verdade: Se existe algo que precisa ser feito, é uma comissão histórica. Não cabe discussão.
4) Valores cristãos: São ótimos, que o diga os padres pedófilos, não é mesmo? Durante anos, Ratzinger perseguiu os sacerdotes afeitos aos pobres, por serem simpáticos a tese do Frei Leonardo Boff, conhecida como Teologia da Libertação, que promovia trabalhos comunitários junto aos mais carentes. No entanto, enquanto cerceava aqueles que trabalhavam para os mais necessitados, protegia àqueles que de crianças abusavam. Isso é lindo!
Ei, General, quem come criancinhas, veste vermelho, mas o endereço é diferente: Roma, Vaticano!
5) Transversalidade: Simples, quando uma Senadora da República (Kátia Abreu - TO), grila terras de posseiros legítimos, com a cumplicidade sórdida da Justiça do Tocantins, não se pode pensar outra coisa, do que instrumentos que venham a evitar isso. Um deles, de foro executivo já está sendo tomado: aumento do número de membros do MPU.
Aliás, a PGR, já não tem mais lugar para ninguém, e o prédio é novo (mas aqui, a culpa é do Niemayer)...
O outro instrumento, como se percebe, tem morada nas letras legislativas.
6) Sobre constituição e o fato da caserna pensar como ele: Considerando que a Constituição da República foi rasgada pelos seus pares em 1964, creio que para o nosso ditoso General, caberia melhor o silêncio, quanto a este pormenor. Mas, como ele desandou a berrar, que na caserna todos pensam como ele, penso, que para a sociedade civil, melhor seria haver um expurgo no nosso generalato, tal como fez Stalin. Com uma diferença brutal: ao invés de gulag e tiro na nuca, pijama e proventos.
Poderá ver a copa, com a nacionalíssima e tosca Seleção do Dunga, com cervejada, pijama e churrasco com os amigos.
Que bom, né?
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: REVANCHISTAS
As palavras do Gen Santa Rosa são discutíveis. Indiscutível foi sua carreira, sua vida e dedicação ao Brasil. Isso lhe dá muito mais crédito do que pessoas que estão lutando pelo poder, doidos para colocar suas respectivas quadrilhas no poder, ou mantê-las.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- Ilya Ehrenburg
- Sênior
- Mensagens: 2449
- Registrado em: Ter Set 08, 2009 5:47 pm
- Agradeceram: 1 vez
Re: REVANCHISTAS
É com a língua, que se afundam carreiras.rodrigo escreveu:As palavras do Gen Santa Rosa são discutíveis. Indiscutível foi sua carreira, sua vida e dedicação ao Brasil. Isso lhe dá muito mais crédito do que pessoas que estão lutando pelo poder, doidos para colocar suas respectivas quadrilhas no poder, ou mantê-las.
Posso lhe garantir, que quadrilha existe naqueles que ambicionam voltar ao Planalto, para então, amordaçar e calar o Ministério Público, como, aliás, era feito, antes do ano de 2002.
Não se tem razão quando se diz que o tempo cura tudo: de repente, as velhas dores tornam-se lancinantes e só morrem com o homem.
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
Ilya Ehrenburg
Uma pena incansável e combatente, contra as hordas imperialistas, sanguinárias e assassinas!
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: REVANCHISTAS
Ilya Ehrenburg escreveu:Posso lhe garantir, que quadrilha existe naqueles que ambicionam voltar ao Planalto, para então, amordaçar e calar o Ministério Público, como, aliás, era feito, antes do ano de 2002.
Essa sua memória seletiva ainda te mata. Já esqueceste o mensalão comandado do José Dirceu de dentro do Palácio? QUADRILHA, palavras do Procurador Geral da República.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
- Viktor Reznov
- Sênior
- Mensagens: 6827
- Registrado em: Sex Jan 15, 2010 2:02 pm
- Agradeceu: 1959 vezes
- Agradeceram: 796 vezes
Re: REVANCHISTAS
Tá perdendo seu tempo Rodrigo. Perdendo seu tempo. Faça como eu, coloca no "ignore list".rodrigo escreveu:Ilya Ehrenburg escreveu:Posso lhe garantir, que quadrilha existe naqueles que ambicionam voltar ao Planalto, para então, amordaçar e calar o Ministério Público, como, aliás, era feito, antes do ano de 2002.
Essa sua memória seletiva ainda te mata. Já esqueceste o mensalão comandado do José Dirceu de dentro do Palácio? QUADRILHA, palavras do Procurador Geral da República.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
- Francoorp
- Sênior
- Mensagens: 3429
- Registrado em: Seg Ago 24, 2009 9:06 am
- Localização: Goiania-GO-Brasil, Voltei!!
- Contato:
Re: REVANCHISTAS
Site do Exército reescreve versão sobre o golpe militar de 1964
O Exército reescreveu a História do Brasil. Sua página na internet afirma que o golpe militar de 1964 foi uma opção pela democracia. “Eufórico, o povo vibrou nas ruas com a prevalência da democracia”, lê-se em um dos capítulos da sinopse histórica do Exército, intitulado Antecedentes e Revolução Democrática de 1964.
O mesmo capítulo diz que “os recentes fatos da história contemporânea demonstraram que o povo brasileiro estava certo quando, na década de 60, optou pela democracia”.
O Estado questionou o Comando do Exército sobre que fatos seriam esses. A resposta, por escrito: “A queda do Muro de Berlim e suas consequências, por exemplo”. A queda do muro, que abriu caminho à reunificação da Alemanha e representou o colapso do comunismo, aconteceu em 1989, quatro anos depois do fim do regime militar no Brasil.
Em outra resposta igualmente curta, a Força afirmou que “diversos historiadores no âmbito do próprio Exército foram responsáveis pelo texto”.
O site do Exército ilustra a sua versão desse período da história com fotos do comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, liderado pelo então presidente João Goulart, e da Marcha Família com Deus pela Liberdade. Ao lado da primeira foto, uma legenda afirma que, no comício de Jango, “ficou claro que as reformas de base seriam feitas na lei ou na marra”.
A versão do Exército contrasta com o livro Direito à Memória e à Verdade, editado pela Presidência da República em 2007. “Calcula-se que cerca de 50 mil pessoas teriam sido detidas somente nos primeiros meses da ditadura”, diz um dos trechos do livro.
Ditadura. O tema ainda é polêmico no governo, como mostrou a recente crise provocada pelo Programa Nacional de Direitos Humanos. Na semana passada, um novo decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou do texto expressões como “repressão ditatorial” e “perseguidos políticos”.
Antes disso, Lula já havia concordado em criar a Comissão da Verdade não mais com foco na apuração de casos de violação aos direitos humanos durante o regime militar, mas num período mais longo da história do País, de quatro décadas.
Fonte:O Estado de São Paulo via CCOMSEX
O Exército reescreveu a História do Brasil. Sua página na internet afirma que o golpe militar de 1964 foi uma opção pela democracia. “Eufórico, o povo vibrou nas ruas com a prevalência da democracia”, lê-se em um dos capítulos da sinopse histórica do Exército, intitulado Antecedentes e Revolução Democrática de 1964.
O mesmo capítulo diz que “os recentes fatos da história contemporânea demonstraram que o povo brasileiro estava certo quando, na década de 60, optou pela democracia”.
O Estado questionou o Comando do Exército sobre que fatos seriam esses. A resposta, por escrito: “A queda do Muro de Berlim e suas consequências, por exemplo”. A queda do muro, que abriu caminho à reunificação da Alemanha e representou o colapso do comunismo, aconteceu em 1989, quatro anos depois do fim do regime militar no Brasil.
Em outra resposta igualmente curta, a Força afirmou que “diversos historiadores no âmbito do próprio Exército foram responsáveis pelo texto”.
O site do Exército ilustra a sua versão desse período da história com fotos do comício da Central do Brasil, no Rio de Janeiro, liderado pelo então presidente João Goulart, e da Marcha Família com Deus pela Liberdade. Ao lado da primeira foto, uma legenda afirma que, no comício de Jango, “ficou claro que as reformas de base seriam feitas na lei ou na marra”.
A versão do Exército contrasta com o livro Direito à Memória e à Verdade, editado pela Presidência da República em 2007. “Calcula-se que cerca de 50 mil pessoas teriam sido detidas somente nos primeiros meses da ditadura”, diz um dos trechos do livro.
Ditadura. O tema ainda é polêmico no governo, como mostrou a recente crise provocada pelo Programa Nacional de Direitos Humanos. Na semana passada, um novo decreto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva retirou do texto expressões como “repressão ditatorial” e “perseguidos políticos”.
Antes disso, Lula já havia concordado em criar a Comissão da Verdade não mais com foco na apuração de casos de violação aos direitos humanos durante o regime militar, mas num período mais longo da história do País, de quatro décadas.
Fonte:O Estado de São Paulo via CCOMSEX
- rodrigo
- Sênior
- Mensagens: 12891
- Registrado em: Dom Ago 22, 2004 8:16 pm
- Agradeceu: 221 vezes
- Agradeceram: 424 vezes
Re: REVANCHISTAS
- Costa e Silva, que diabos é aquilo?
- Presidente, o senhor não vai acreditar, mas é o Brizola vestido de mulher, correndo pro Uruguai.
- Presidente, o senhor não vai acreditar, mas é o Brizola vestido de mulher, correndo pro Uruguai.
"O correr da vida embrulha tudo,
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
a vida é assim: esquenta e esfria,
aperta e daí afrouxa,
sossega e depois desinquieta.
O que ela quer da gente é coragem."
João Guimarães Rosa
-
- Novato
- Mensagens: 9
- Registrado em: Sáb Jun 27, 2009 12:36 pm
Re: REVANCHISTAS
O que eu diria em 1964: No Brasil não existe um censo comum de nação, de união, primeiro os aseios pessoais os conchavos, a eterna luta dos pseudocomunistas totalitarios atrasados contra a liga militar-economica neo-facista vendepatria sem visão de futuro, quem se dana é o pobre caipira inculto que tem como objetivo consegui comida para o dia de amanhã... apesar de varias mudanças a situação ainda se mantem em sua escencia.