Pressões Nucleares sobre o Brasil

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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#721 Mensagem por Loki » Qui Mai 13, 2010 10:07 pm

prp escreveu:
Francoorp escreveu: Estou com a Constituição Federal na mão e não consigo encontrar onde esta escrito que estamos autorizados a realizar explosões nucleares pacíficas.... se alguém que conhece melhor a Constituição puder me ajudar a encontrar eu agradeço. :wink:
Tá escrito na bunda do alemão.
Salvo engano é o artigo 21, XXIII , e não é explosão, é exploração nuclear para fins pacíficos.

XXIII - explorar os serviços e instalações nucleares de qualquer natureza e exercer monopólio estatal sobre a pesquisa, a lavra, o enriquecimento e reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios nucleares e seus derivados, atendidos os seguintes princípios e condições:
a) toda atividade nuclear em território nacional somente será admitida para fins pacíficos e mediante aprovação do Congresso Nacional;
b) sob regime de concessão ou permissão, é autorizada a utilização de radioisótopos para a pesquisa e usos medicinais, agrícolas, industriais e atividades análogas;
c) a responsabilidade civil por danos nucleares independe da existência de culpa;
XXIV - organizar, manter e executar a inspeção do trabalho;
XXV - estabelecer as áreas e as condições para o exercício da atividade de garimpagem, em forma associativa.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#722 Mensagem por Francoorp » Qui Mai 13, 2010 10:16 pm

Salvo engano é o artigo 21, XXIII , e não é explosão, é exploração nuclear para fins pacíficos.

Mas isso eu vi, o ponto é que não tem nada haver com a coisa... exploração de energia é completamente diferente de explosão de energia... a campanha contra o Brasil Nuclear está somente no inicio, mais alguns anos e tudo fica pior... igual ao Irã de hoje!!

Queria o que, ser reconhecido no mundo??? Esta sendo, na pior maneira que existe, ou pensava que eles deixariam o Brasil ser livre e independente pelo mundo, falando e tratando com quem quisesse??

Graças ao FHC... votem de novo no Partido dele e verão as conseqüências para a VERDADEIRA independência do Brasil !




As Nossas vidas não são nada, A Nossa Pátria é tudo !!!

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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#723 Mensagem por Carlos Mathias » Qui Mai 13, 2010 11:14 pm

Explode logo essa porra aí... BUUUUUUUUUMMMMMMMMMM!




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#724 Mensagem por Marino » Sex Mai 14, 2010 9:10 am

Brasil usa Irã para reforçar soberania na área nuclear

Raymundo Costa, de Moscou

Em período de campanha eleitoral, a viagem do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã transformou-se num risco em dobro: a oposição, especialmente o PSDB, condena a aproximação entre os dois países, que considera fruto da partidarização do Itamaraty, enquanto aliados tradicionais, como os Estados Unidos, passaram a olhar com desconfiança a movimentação de Brasília. E a imprensa alemã insiste em apontar o Brasil como um país que voltou a "flertar" com um projeto de bomba atômica desenvolvido no regime Militar e abandonado no início dos anos 1990.

Lula perde eleitoral e politicamente se fracassar na negociação sobre a qual o chanceler Celso Amorim se diz "moderadamente otimista". Mas é improvável que a ampliação das sanções econômicas ao Irã, exigida pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), atinja de forma direta os interesses das empresas brasileiras que atuam no país. Os prejuízos poderiam vir na forma de retaliação cruzada. Lula fica no Irã os dias 16 e 17.

As razões do governo brasileiro, ao se envolver na questão iraniana, vão além da partidarização da política externa, como diz a oposição. O Brasil quer demarcar território, advertir que o governo é soberano sobre seu próprio programa nuclear, no qual a construção de um reator para o submarino atômico é apenas um começo - mas também não é possível avançar que o governo petista retomou o "flerte" com a bomba, apesar de declarações de funcionários graduados nesse sentido, nos últimos anos.

Uma declaração do presidente tem sido repetida pelas autoridades iranianas: o que Lula quer para o Irã é o mesmo o que ele quer para o Brasil. A exemplo do Irã, o Brasil mantém um programa nuclear declaradamente de fins pacíficos - a diferença é que o programa brasileiro parece bem mais adiantado que o iraniano. Outra, é a relação dos dois países com os organismos de inspeção internacionais - a AIEA não julga suficiente as garantias do Irã de que não vai produzir a bomba. Já a relação com os brasileiro tem sido mais tranquila, embora tenham passado por um abalo com as restrições impostas à visita de seus técnicos da AIEA numa inspeção na unidade de Resende.

A AIEA se queixa de que eles não tiveram acesso a todas as instalações, o que no código dos técnicos é um sinal vermelho, uma tentativa de esconder informações sobre a tecnologia empregada no processo de enriquecimento de urânio. As autoridades brasileiras asseguram que permitem o acesso previsto nos acordos, o suficiente para que a agência saiba que os fins do programa nuclear são de fato pacíficos.

Se o acesso fosse total, os técnicos da AIEA colheriam informações sobre um salto tecnológico que o Brasil afirma ter dado para enriquecer urânio mais rapidamente. Uma espécie de segredo empresarial que o Brasil precisa resguardar, pois é candidato em potencial ao bilionário mercado nuclear - da venda de combustível à produção de radioisótopos. O Brasil é o sexto maior produtor de urânio natural do mundo.

Há outras áreas de apreensão, como a abertura da discussão da revisão do Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. No governo Fernando Henrique Cardoso os Militares engoliram quando o presidente decidiu aderir ao acordo. Agora também se opõem à assinatura de um protocolo adicional, o que obrigaria o Brasil a abrir inteiramente o seu programa aos inspetores.

O Brasil terá problemas também com a retomada do projeto Angra. Para funcionar, as usinas 3 e 4 precisarão de combustível nuclear, que pelo acordo assinado nos anos 70, seria fornecido pela Alemanha. Desde então os verdes se fortaleceram na Alemanha e o país está desativando suas usinas nucleares. A França detém a tecnologia e gostaria de fornecer o combustível.

Ao chegar ontem a Moscou o presidente Lula evitou dar declarações aos jornalistas. Mas o chanceler Celso Amorim disse que está "moderadamente otimista" em relação a um acordo para a retomada do diálogo entre o Irã e a AIEA. "Precisamos contornar as desconfianças, que são muito grandes". Segundo Amorim, um eventual acordo deve ser "considerado aceitável pelo Brasil e pela Turquia", país que também faz parte do esforço de mediação para impedir a ampliação das sanções econômicas contra o Irã.

Segundo o chanceler, o Irã não pode ser "privado" do direito de ter energia para fins pacíficos, o que é inclusive assegurado pelo Tratado de Não-Proliferação de Armas Nucleares. Lula não quis se manifestar. "Privar o Irã de produzir energia para fins pacíficos não vai funcionar", disse Amorim

Se as sanções ao Irã forem ampliadas, como quer a agência de energia, as empresas exportadoras de alimentos não devem ser proibidas de continuar vendendo ao Irã. Os principais parceiros comerciais do Brasil no Irã são da área de alimentos. No que se refere ao setor energético, a Petrobras virtualmente paralisou suas atividades no país, depois de uma tentativa frustrada de encontrar óleo no bloco de Tusan. A Petrobras passou a operar no Irã em 2004.

Segundo apurou o Valor, Tusan frustrou totalmente as expectativas da Petrobras: era um campo seco. A estatal deixou no Irã apenas um pequeno escritório de representação, com dois funcionários, e não tem projetos de curto prazo para o país. No total, a empresa investiu US$ 34 milhões na exploração do campo, quantia insignificante se comparados com os desembolsos de 1999 empresas que atuam no setor de petróleo e gás do Irã, de acordo com um levantamento do Congresso americano. Muitos deles na faixa do bilhão de dólares.

A ampliação das sanções deve ser seletiva, imposição de potências como a Rússia para aderir ao movimento dos Estados Unidos. Nem o Iraque sofreu sanções na área relativa aos alimentos.

O comércio entre o Brasil e o Irã revela um "salto qualitativo" nas exportações brasileiras, a partir de 2005. Segundo o perfil sócio-econômico preparado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), apesar das oscilações, entre 2006 e 2009, as exportações brasileiras superaram a marca simbólica do bilhão de dólares (US$ 1,2 bilhão). "No que se refere às importações, o Irã vende pouco: US$ 19 bilhões em 2009, ainda assim 28% mais que em 2008", diz o relatório da CNI.

Entre as empresas brasileiras em Teerã, a Bunge Alimentos é a única com investimentos locais acima dos US$ 50 milhões. Com desembolsos entre US$ 10 milhões e US$ 50 milhões estão a Scania Latin América, Vale, Mafrig Frigorífico, Bertin, JBS, Bianchi Indústria Comércio e Agricultura, Frigorífico Mataboi, Minerva e a Granol Indústria e Comércio e Exportação.




"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#725 Mensagem por FOXTROT » Sex Mai 14, 2010 9:18 am

terra.com.br

FT: ao visitar Irã, Brasil desafia política externa dos EUA
14 de maio de 2010

Uma reportagem publicada nesta sexta-feira pelo jornal britânico Financial Times avalia que o Brasil "desafia a política externa dos Estados Unidos" ao tentar mediar um diálogo com o Irã a respeito do programa nuclear iraniano. O texto, publicado às vésperas da visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à capital iraniana, Teerã, diz que a viagem se tornou o foco de "esforços diplomáticos intensos, em meio à esperança brasileira de encontrar um meio termo na disputa e temores americanos de que ele (Lula) possa complicar os esforços para chegar a uma resolução estabelecendo sanções nas Nações Unidas".

"As autoridades americanas reconhecem que a tentativa brasileira de seguir um caminho diplomático próprio - assim como esforços parecidos de outras 'potências emergentes', como a Turquia - são um novo desafio para a política externa americana", diz o FT. O embaixador americano no Brasil, Thomas Shannon, disse ao jornal que "à medida que o Brasil se torna mais afirmativo globalmente e começa a afirmar sua influência, vamos trombar com o Brasil em novos temas - como o Irã, o Oriente Médio, o Haiti". Ainda segundo o jornal, Shannon disse que, embora "positiva de uma maneira geral", esta postura brasileira "está nos desafiando porque significa que temos de repensar a forma como entendemos nosso relacionamento".

O programa nuclear iraniano deve fazer parte da agenda do encontro entre Lula e o presidente russo, Dmitri Medvedev, nesta sexta-feira. Os dois se encontram em Moscou, primeira escala neste giro de Lula pelo exterior.

A Rússia tem relutado em apoiar sanções internacionais contra o regime iraniano. De outro lado, os EUA pressionam por esse tipo de medida. Na quinta-feira, o governo americano deu vários sinais de que espera que a visita de Lula ao Irã, no fim de semana, represente o último passo na busca de diálogo antes da aplicação de medidas duras.




"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#726 Mensagem por Anton » Sex Mai 14, 2010 9:22 am

Brasil e Turquia têm 'elementos' para acordo com Irã, diz Amorim

http://www.bbc.co.uk/portuguese/noticia ... a_fp.shtml

O chanceler Celso Amorim disse nesta quinta-feira, durante uma visita a Moscou, que os governos de Brasil e Turquia já têm "elementos" para um possível acordo com o Irã sobre seu programa nuclear.

"Ninguém pode ter certeza do que vai ocorrer, mas eu acho que temos os elementos presentes para conseguir um acordo", disse o ministro.

O assunto será discutido durante a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva a Teerã, neste fim de semana, logo após uma passagem pelo Catar.

Amorim disse que a base de um acordo com Teerã continua sendo a proposta apresentada pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA, um órgão da ONU), no final do ano passado, que prevê o enriquecimento do urânio iraniano em outro país.

Segundo ele, Brasil, Turquia e Irã estão procurando "fórmulas" que sejam satisfatórias para os dois lados e que eliminem "desconfianças".

"Como se costuma dizer, o diabo mora nos detalhes", disse o ministro. "Não seriam variações, nem afastamentos daquela proposta, mas como fazer", acrescentou.

'Fórmulas'

De acordo com o ministro, as "fórmulas" que estão sendo discutidas com os iranianos deverão ainda garantir a presença dos inspetores da agência atômica no Irã.

O chanceler disse ainda que um dos temas das conversas entre os três países é "vencer" o tema da troca de urânio com um outro país, que segundo ele se tornou um assunto "quase místico".

A proposta inicial da agência atômica sugeria que o Irã enviasse seu urânio para um outro país, que funcionaria como um depositário fiel. Em contrapartida, o Irã receberia combustível já pronto, elemento necessário para o funcionamento de equipamentos médicos.

O acordo não foi conseguido quando Teerã exigiu que a troca ocorresse em seu território e de forma simultânea. Uma opção é de que o urânio seja depositado na Turquia, país com boas relações com Teerã.

Na avaliação de Amorim, "há maneiras" de se resolver esse impasse. "Eu acho que esta questão pode ser facilmente desmistificada", disse o ministro, mas sem entrar em detalhes.

Segundo ele, o Brasil não está agindo "de forma isolada" nas negociações com Teerã, citando como exemplo a participação "intensa" da Turquia nesse processo.

"Eu acho que é muito importante que seja uma acordo que possa ser aceitável pelo Brasil e pela Turquia", disse.

'Confiança'

Amorim disse que um acordo com os iranianos poderá "abrir um clima de confiança" entre o Irã e os países ocidentais "em diversos outros aspectos".

"Esse acordo tem um valor próprio, mas o principal valor é o de criar clima de confiança para uma discussão mais ampla, sobre outros temas, nucleares e não-nucleares", disse o ministro.

Segundo ele, é preciso "garantir" que o Irã tenha o direito de desenvolver um programa nuclear pacífico, conforme previsto no Tratado de Não-Proliferação Nuclear.

"A questão de você querer privar o direito do Irã a ter uso da energia nuclear pra fins pacíficos não vai funcionar", disse o ministro.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#727 Mensagem por marcelo l. » Sex Mai 14, 2010 12:15 pm

Exilado iraniano apoia visita de Lula a Teerã

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MARCELO NINIO
enviado da Folha de S. Paulo a Moscou (Rússia)
Embora se oponha ao governo do presidente Mahmoud Ahmadinejad, o professor iraniano Farhang Jahanpour defende o diálogo com Teerã como forma de reduzir as tensões no Oriente Médio. Especialista em estudos persas da Universidade de Oxford (Reino Unido), ele deixou o Irã pouco antes da Revolução Islâmica, em 1979, e nunca mais voltou. Para Jahanpour, o Brasil tem credibilidade para mediar as negociações com o Irã e "quebrar o gelo" entre o país persa e o Ocidente.

FOLHA - A visita do presidente Lula ao Irã tem sido criticada dentro e fora do Brasil. Qual sua opinião?
FARHANG JAHANPOUR - Todo esforço que puder reduzir a extrema tensão que existe hoje no Oriente Médio é bem-vindo, estejamos ou não de acordo com as posições do presidente Ahmadinejad e com o programa nuclear iraniano. O Brasil pode ajudar porque não representa as superpotências, mas o resto do mundo que não concorda que o monopólio nuclear fique nas mãos de alguns poucos países. Os que criticam Lula devem lembrar que sua ida ao Irã não significa um apoio às políticas de Ahmadinejad ou ao programa nuclear, apenas uma tentativa de buscar formas construtivas de reduzir a tensão. Um país como o Brasil, que também mantém boas relações com os EUA, pode ter um papel de mediação importante e trazer o Irã de volta para a comunidade internacional.

FOLHA - Por que o Brasil seria capaz de algo que outros não foram?
JAHANPOUR - As potências europeias nunca foram totalmente imparciais. Elas agiram muito mais do ponto de vista de quem tem as armas e não quer que outros também tenham. O Brasil pode ter sucesso por ser mais equilibrado. Ao mesmo tempo em que examina os argumentos do Ocidente, leva em conta a frustração de países que se sentem discriminados. Se você quer fazer uma intermediação, é preciso que seja visto como um ator imparcial. Países como Brasil e Turquia podem ajudar a colocar um fim a essa situação desequilibrada, em que alguns poucos países creem ter o direito de ser superpotências e ter armas nucleares, enquanto outros não podem nem enriquecer urânio para ter o próprio combustível. Seria importante criarmos um banco internacional de urânio para que países que querem desenvolver energia nuclear pacificamente possam receber o combustível sem dar satisfação a europeus e americanos.

FOLHA - O Brasil também poderia ter um papel na proposta de troca de urânio por combustível?
JAHANPOUR - Sem dúvida, o Brasil é suficientemente respeitado e importante para fazer parte de qualquer proposta. As potências negociadoras do P5+1 [EUA, Reino Unido, França, Rússia, China e Alemanha] são o mesmo clube de sempre. Uma negociação que incluísse países em desenvolvimento teria muito mais chance de convencer o Irã. Espero que a revisão do Tratado de Não Proliferação almeje a eliminação total das armas nucleares. Mas o mundo caminha cada vez mais em direção à energia nuclear. É preciso haver um acordo que permita a proliferação de tecnologia nuclear, sem a proliferação de armas.

FOLHA - O governo americano diz que o Irã está usando o Brasil para ganhar tempo.
JAHANPOUR - O Brasil é grande e inteligente demais para ser usado. Lula não deve apoiar a produção de armas atômicas no Irã, mas sem dúvida pode ajudar a quebrar o gelo entre Teerã e o Ocidente. O Irã é um grande país do Oriente Médio e não pode ser excluído da equação regional. Quanto mais deixarem o Irã exercer seu papel natural de potência regional, menos extremista ele será. Se o mundo reconhecer a importância do Irã, será mais fácil negociar com o país. Pressão resultará em mais extremismo.

FOLHA - O Brasil crê na alegação do governo iraniano de que seu programa nuclear tem fins pacíficos. E o sr.?
JAHANPOUR - As indicações são de que o Irã pode estar avançando para o desenvolvimento de armas nucleares. Mas as maiores autoridades no assunto dizem que isso levaria pelo menos cinco anos. Se o Irã fizer um teste nuclear, isso não poderá ser tolerado. Mas dizer que o Irã está prestes a ter armas não é suficiente para puni-lo. Para produzir uma bomba e ter a capacidade de lançá-la, tudo indica que o Irã precisa de até mais que cinco anos. O que precisamos agora são negociações.

FOLHA - Lula deveria pedir um encontro com a oposição iraniana?
JAHANPOUR - Eu acho que sim. Em minha opinião a oposição venceu as eleições, mas teve sua vitória roubada. Um encontro com a oposição seria um bom gesto para mostrar que Lula não apoia Ahmadinejad, mas o povo iraniano.




"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#728 Mensagem por varj » Sex Mai 14, 2010 12:18 pm

Francoorp escreveu:
Salvo engano é o artigo 21, XXIII , e não é explosão, é exploração nuclear para fins pacíficos.

Mas isso eu vi, o ponto é que não tem nada haver com a coisa... exploração de energia é completamente diferente de explosão de energia... a campanha contra o Brasil Nuclear está somente no inicio, mais alguns anos e tudo fica pior... igual ao Irã de hoje!!

Queria o que, ser reconhecido no mundo??? Esta sendo, na pior maneira que existe, ou pensava que eles deixariam o Brasil ser livre e independente pelo mundo, falando e tratando com quem quisesse??

Graças ao FHC... votem de novo no Partido dele e verão as conseqüências para a VERDADEIRA independência do Brasil !
Daqui a pouco o Sr. Falso Homem Caridoso pedirá que comemores a Independência no dia 14 de Julho, mas não estou me referindo a queda da Bastilha.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#729 Mensagem por varj » Sex Mai 14, 2010 12:47 pm

Desculpe-me mas o Partido Somente Dando B... encabeçado por vocês conhecem quem inacreditavelmente cederam num passado recente a possibilidade dos inspetores internacionais tomarem conhecimento de nossos avanços tecnológicos.Só restrito por heróis que inclusive seguraram com o pé a cabeça curiosa de um dos inspetores.
O mercado bilionário e mega restrito do clube atômico já sabe da capacidade Brasileira, já percebeu que nós estamos aptos a participar com louvor deste grupo.
Portanto quando passamos a ler : "desafiar política americana"- não seria no mínimo mais educado falar : contrapor a política americana, acirram o tom de ameaça. Desde quando em um mundo globalizado com diversos e poderosos players a política tem de ser ditada por nossos primos do norte.
Ameaças cada vez menos veladas tem nos sido feitas, apoios também tem surgido.As pecas do xadres estão se movimentando.Parabenizo aos que tem apoiado nossa soberania.Repudio todos que por motivos outros não honram a Pátria que nasceram e vivem.
Nosso Governo esta buscado com todas as forças apesar da desconfiança e desconhecimento da própria população um novo posicionamento.Vejam em hora nenhuma o povo Brasileiro vez uma moção de apoio ao Brasil participar com a cadeira permanente no Conselho de Segurança da ONU.Os jornais falaciosos repudiam toda ajuda internacional faz.Lembrando que as realizadas através do Banco Mundial são empréstimos com cobrança de juros, os mesmos que já utilizamos tanto no passado.
Mudamos e precisamos que nosso povo acompanhe as mudanças. Apoiem as decisões por vezes muito difíceis e envolvendo algum risco.
Necessitamos uma aceleração no processo de reestruturação de nossas Forças Armadas.Principalmente com absorção de tecnologia.O país deve para de enxergar com gasto desnecessário.Seria hipócrita pensar que o mundo é constituído de países paz e amor.Os interesses são fortes, as vezes o jogo não é limpo, precisamos ter força o suficiente para nos impor.
Temos reservas financeiras para tal, temos um GAP a ser reparado, temos indústrias e mão de obra capaz, temos insumos, temos fornecedores..então porque esperar o leite derramar?O fogo esta alto debaixo de nossa panela.
Pátria Amada Brasil.




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#730 Mensagem por RenaN » Sex Mai 14, 2010 1:05 pm

Otimista, Lula vê chances reais para acordo entre Irã e o Ocidente
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colaboração para Folha

Com a missão de convencer o Irã a aceitar o acordo proposto por potências do Ocidente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai à Teerã na próxima semana para um encontro cercado de expectativas de todo o mundo. Otimista, ele diz ter 99% de chances de sucesso. Considerado um carismático negociador, Lula conta com o apoio da França, Turquia e da Rússia, ainda que comedido, mas os EUA já advertiram que o Irã não leva o encontro a "sério".

Especialistas ouvidos pela agência France Presse indicam que o Brasil chega ao encontro em Teerã com mais chances de se inserir como um ator de peso nas relações internacionais do que em Jerusalém, quando Lula tentou servir como mediador do conflito entre israelenses e palestinos.

O apoio russo,francês e turco deve ser um diferencial, apesar de os EUA deixarem claro que não acreditam que o encontro resulte em solução alternativa às sanções.

Para Sabrina Medeiros, professora de Relações Internacionais da Escola Naval de Guerra do Rio de Janeiro, o Brasil toma uma iniciativa que é "coerente" com as prioridades estratégicas do país, com mais chances de sucesso do que em outros esforços diplomáticos anteriores.

Ao contrário do que ocorreu com a viagem de Lula a Israel e aos territórios palestinos, neste ano, desta vez o presidente conta com o apoio de líderes importantes, como o presidente francês Nicolas Sarkozy, que já expressou suporte "integral" à iniciativa brasileira.

Às reuniões com o presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, e o líder supremo, o aiatolá Ali Khamenei, Lula não deve levar nenhuma solução "nova". Os esforços são de tentar convencer o país a aceitar as propostas que já estão em jogo.

O presidente "não levará ao Irã nenhuma proposta nova. O que Lula deseja é ajudar em um processo de diálogo que possa levar a um acordo", disse o porta-voz da Presidência, Marcelo Baumbach.

Na Rússia, Lula afirmou que o Brasil tem um papel importante como mediador, independente do resultado do encontro. "Se não chegarmos a um acordo, volto para casa feliz, porque ao menos não fui negligente", disse o presidente.

A chave para o sucesso seria achar uma fórmula capaz de satisfazer a todas as partes envolvidas e que permita ao Irã enriquecer urânio a 20% fora de suas fronteiras, sob supervisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), da ONU (Organização das Nações Unidas).

Para o governo norte-americano Teerã tenta ganhar tempo ao aceitar a oferta brasileira de mediação. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, conversou por telefone com o ministro de Relações Exteriores turco, Ahmet Davutoglu, e argumentou que o Irã não demonstra sinais de estar interrompendo o enriquecimento de urânio, como exigido por várias resoluções do Conselho de Segurança da ONU.

O enriquecimento de urânio pode produzir combustível para reatores nucleares ou, se aperfeiçoado, produzir material para bombas atômicas.

O porta-voz do Departamento de Estado dos Estados Unidos, P.J. Crowley, disse que se o Irã não mudar seu comportamento após a visita de Lula, o país deverá pagar o preço.

"Neste ponto acreditamos que deverá haver consequências por um fracasso em responder", disse Crowley.

Chances

Durante visita oficial à Rússia, Lula afirmou que numa escala de zero a dez, de um acordo com o Irã durante sua visita ao país, programada para entre os dias 15 e 17, tem 9,9 de sucesso. A declaração foi dada em entrevista ao lado de Medvedev, com quem se reuniu no Kremlin, em Moscou. O russo, por sua vez, afirmou que Lula tem 30% de chances de sucesso em sua visita ao Irã.

Lula conversou mais cedo com Medvedev sobre a crise nuclear com o Irã, país acusado pelo Ocidente de manter um programa nuclear com fins militares. Teerã nega e Lula defende que o país tem direito de manter um programa nuclear pacífico --para insatisfação dos Estados Unidos, que já disseram que o presidente está sendo enganado pelo iraniano Mahmoud Ahmadinejad.

Lula se ofereceu para mediar o conflito entre Irã e o Ocidente para evitar a imposição de uma quarta rodada de sanções no Conselho de Segurança da ONU (Organização das Nações Unidas). Do outro lado, o brasileiro diz querer persuadir o governo iraniano a cooperar com a comunidade internacional e dar garantias dos fins pacíficos de seu programa nuclear.

O Brasil apresentou uma proposta segundo a qual o Irã trocaria urânio pouco enriquecido por combustível nuclear na Turquia, país que tem estreitos laços tanto com Ocidente como com o Oriente Médio. O Irã enviaria urânio ao exterior e o receberia de volta enriquecido a 20%, nível suficiente para fins pacíficos.

Segundo a imprensa iraniana, Ahmadinejad disse que aceitou "em princípio" a proposta de Lula durante uma conversa telefônica com o líder venezuelano, Hugo Chávez.

No ano passado, o Irã já rejeitou no ano passado uma oferta similar da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA), em virtude da qual Rússia e França teriam enriquecido urânio com destino às usinas nucleares iranianas.
http://www1.folha.uol.com.br/folha/mund ... 5169.shtml




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#731 Mensagem por Marino » Sex Mai 14, 2010 1:09 pm

Do Defesanet, que transcreveu a entrevista à Deutsche Welle:

Físico brasileiro rebate declarações sobre suposta bomba atômica do Brasil

Físico responsável por estudos que levaram a desvendar planos de testes nucleares do antigo governo militar brasileiro rebate declaração de especialista alemão de que Brasil estaria construindo bomba nuclear.



Para o físico brasileiro Luiz Pinguelli Rosa, a decisão de construir a bomba nuclear não é somente um problema tecnológico, mas, sobretudo, político. Pinguelli Rosa é antigo presidente da Eletrobrás e atual diretor do Instituto Coppe, de pós-graduação e pesquisas de engenharia, da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Sua pesquisa publicada em revista científica ainda no período militar levou à revelação de planos de testes nucleares dos militares no Brasil. Por esse estudo, Pinguelli recebeu uma premiação do Forum Award da Sociedade Americana de Física.

Em entrevista à Deutsche Welle, o físico brasileiro afirmou que o especialista alemão que declarou que Brasil estaria construindo a bomba nuclear está mal informado e que, caso quisessem, países como a Alemanha também estariam em condições de construir uma bomba atômica.

Deutsche Welle: Professor Pinguelli, suas pesquisas levaram no passado à revelação de que os militares estariam construindo um buraco na Serra do Cachimbo com vista a testes nucleares. Os militares tinham tecnologia para construir uma bomba atômica?

Luiz Pinguelli Rosa: O problema da tecnologia para a bomba atômica não é a bomba em si, mas o material para fazê-la, ou seja, urânio muito enriquecido, a cerca de 90%, ou o plutônio, separado, depois do uso do combustível nuclear em reatores. Disso eles não dispunham, então havia um mistério: por que o projeto da bomba, se não era clara a cadeia que ligaria esse projeto ao material para fazê-la? Isso nunca foi esclarecido, o que havia era a preparação de um local para um teste nuclear.

Na época, tudo estava no início, ainda não havia quantidade possível de material físsil para se explodir uma bomba. Então, isso nunca se esclareceu, mas nós tínhamos certeza que havia a intenção de desenvolver um teste nuclear lá em Cachimbo, isso foi apurado.

Como o governo brasileiro reagiu às suas pesquisas na época?

Inicialmente muito mal. Negou e disse que essa não era absolutamente a finalidade do local, do poço profundo de 300 metros, um poço estreito de 1,5m de diâmetro e uma profundidade muito grande. O governo disse que era para armazenamento de lixo radioativo, etc. Essa época era do governo do presidente Sarney [1985-1990], logo depois da mudança do governo dos militares para o primeiro governo civil.

Já na época do Collor, o presidente seguinte, o governo reconheceu a existência da finalidade militar do poço e mandou fechar. Isso foi feito formalmente, o poço foi destruído e o governo se comprometeu a não usá-lo para nada.

Em artigo publicado na revista Internationale Politik, um especialista alemão em questões de segurança declarou que o Brasil poderia estar construindo uma bomba atômica, fazendo alusão à não-assinatura por parte do Brasil do protocolo adicional ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear. O Brasil dispõe da tecnologia para construir uma bomba atômica? Haveria algum interesse por parte do Brasil em construir uma bomba?

A Alemanha também possui essa tecnologia. A Alemanha também poderia estar fazendo uma bomba nuclear. Ela tem toda condição para isso. E não só a Alemanha, outros países do mundo também poderiam fazer. E não estão fazendo porque há uma decisão política de não fazer.

O Brasil também não o faz. E, mais do que isso, existem compromissos internacionais. O Brasil é signatário do Tratado de Não-Proliferação Nuclear (TNP), que impõe uma série de regras, que são cumpridas. O Brasil é signatário do Tratado de Tlatelolco, um tratado latino-americano de não-proliferação de armas nucleares.

O Brasil tem na sua Constituição a proibição de fazer a bomba e, finalmente, criou uma agência, já faz muito tempo, com a Argentina, a Abacc, uma agência de fiscalização de instalações nucleares do Brasil e da Argentina, com a participação da Agência Internacional de Energia Atômica.

Essas intenções indicam que o Brasil não tem o projeto de fazer uma bomba. Não vejo onde estaria esse projeto. Desde o governo Collor e depois, com o governo Fernando Henrique e o governo Lula, não vejo nenhuma decisão política de fazer a bomba, burlando todos esses compromissos. Não vejo também uma razão militar para isso. A questão dos protocolos adicionais não tem nada a ver com a questão da bomba. Eu acho que esse especialista alemão está totalmente mal informado.

A assinatura do protocolo adicional ao TNP permitiria o livre acesso às instalações nucleares brasileiras. Por que o Brasil não o assinou?

Esses protocolos adicionais são pouco efetivos tecnicamente e são muito invasivos, são uma violação de soberania. E o Brasil tem se destacado na política internacional por certa independência nacional: em relação aos EUA: na posição com respeito à invasão do Iraque pelos norte-americanos, a respeito do ataque a Gaza pelos israelenses, na relação com o Irã sobre a tecnologia nuclear.

Enfim, mesmo na América Latina, em relação às pressões norte-americanas contra o governo da Venezuela, Bolívia, Equador, o Brasil tem se colocado com uma posição independente na diplomacia.

Eu acredito que a questão dos protocolos adicionais tem um fundamento nessa independência diplomática do Brasil de não se ajoelhar perante pressões internacionais dos países mais ricos, que fazem normalmente os países em desenvolvimento seguirem suas decisões de forma unilateral.

Recentemente, o ministro brasileiro de Assuntos Estratégicos, Samuel Pinheiro Guimarães, declarou à revista alemã Spiegel que o fato de o Brasil não ter assinado os protocolos adicionais teria a ver com o sigilo industrial em relação às centrífugas para o enriquecimento de urânio que o país dispõe. O que o senhor acha disso?

Isso pode ser verdade porque a centrífuga brasileira utiliza um material de desenvolvimento tecnológico próprio e já houve interesse internacional, inclusive em um campo comercial, sobre isso. Mas eu não posso concluir exatamente por que o Brasil não está exatamente assinando os protocolos, acho que se trata também de uma questão política.

O protocolo adicional ao Tratado de Não-Proliferação Nuclear privilegiaria países que já dispõem da bomba?

Não só o protocolo adicional, o próprio TNP é um tratado discriminatório dos países que têm a bomba e os que não têm a bomba. Mas não se trata só disso. Trata-se de avançar no Tratado de Não-Proliferação no sentido do desarmamento mundial. Isso não está acontecendo. O TNP é um tratado congelado quanto às obrigações dos países desenvolvidos, dos países possuidores da bomba, que são os EUA, o Reino Unido, a França, a Rússia, a China e hoje também, embora não esteja no tratado, Paquistão, Índia, Israel, e Coreia do Norte.

Então, o que o Brasil defende é uma mudança nessa situação para que esses países armados se desarmem. Isso está contido no Parágrafo 6° do TNP na sua versão primeira, original, e nunca foi cumprido, embora alguns avanços existam hoje, como a retomada dos entendimentos entre Rússia e EUA sobre redução de mísseis, mas isso está sendo feito fora do TNP, de forma bilateral.

Então o que o Brasil defende é um avanço do TNP em direção ao desarmamento nuclear e não da criação de pequenos itens que só afetam esses países que não têm a bomba.

Como o senhor vê o desenvolvimento do programa nuclear em países emergentes? Há cooperação nesse sentido, entre Brasil e China, por exemplo?

O Brasil tem cooperação com vários países, mas a cooperação na área nuclear do Brasil com a China é muito pequena. A cooperação mais importante que o Brasil tem com a China, em terrenos relativos, está na área espacial, na área de satélites, por exemplo.

E o programa nuclear iraniano? O senhor acredita que exista alguma cooperação entre Brasil e Irã nesse sentido?

Não creio que a cooperação nuclear entre o Brasil e o Irã seja muito importante, nem para o Irã nem para o Brasil. Como eu disse, trata-se mais de uma questão diplomática de apoio ao desenvolvimento do Irã, desde que o Irã tenha compromissos de não aplicar esse desenvolvimento em bombas nucleares. Acho que essa é a posição do Brasil.

A desconfiança dos europeus e do mundo ocidental em geral quanto ao programa nuclear iraniano é plausível?

Acho que os europeus estão totalmente errados. Há um perigo muito maior em relação ao Paquistão, porque o Paquistão está em uma área muito instável, como também seu governo é muito instável. E o Paquistão tem a tecnologia nuclear, tem a bomba nuclear e tem um estoque de bombas nucleares.

Eu sou de acordo em fazer pressão sobre o Irã para que não desenvolva bombas nucleares, mas o problema não se resume ao Irã. O Irã é apenas a ponta de um iceberg. Continua havendo uma quantidade grande de bombas nucleares no mundo, e até crescente, se levarmos em conta as bombas do Paquistão, que é um país recentemente armado.

Entrevista: Carlos Albuquerque
Revisão: Roselaine Wandscheer




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#732 Mensagem por Marino » Sex Mai 14, 2010 1:11 pm





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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#733 Mensagem por DELTA22 » Sex Mai 14, 2010 2:03 pm

O professor Pinguelli, mais uma vez (como de costume), simplesmente ARREBENTOU!!! [100] [100]




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#734 Mensagem por Anton » Sex Mai 14, 2010 2:36 pm

Muito boa a intrevista... devia passar na globonews...




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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil

#735 Mensagem por prp » Sex Mai 14, 2010 2:42 pm

Anton escreveu:Muito boa a intrevista... devia passar na globonews...
GloboNews, aquela que ontém passou uma entrevista com o embaixador americano e a reporter ficou indignada que ele só falava bem do Brasil, pode esperar sentado.




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