Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

Assuntos em discussão: Exército Brasileiro e exércitos estrangeiros, armamentos, equipamentos de exércitos em geral.

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alcmartin
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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#46 Mensagem por alcmartin » Sáb Mai 01, 2010 2:33 am

Voces não conheceram a granada, erroneamente descrita como almondega, da FAB... :evil: :evil: cujo efeito no estomago( e no WC) eram os mesmos... :lol: :lol:




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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#47 Mensagem por Carlos Lima » Sáb Mai 01, 2010 7:27 am

Tinha também o Arroz "Affif"... "- Juntos chegaremos lá!!" :lol:

No meu caso não era a granada e sim o "disco voador de urubu!" (Hamburguer) que caramba, nunca na história da humanidade tão poucos fizeram "tantos" passarem tão mal!!!

:lol: :lol:

[]s
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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#48 Mensagem por Ogun K-9 » Qui Mai 06, 2010 8:09 pm

Pows a carne monstro do EB era pra acabar mesmo sem duvida,mas tinha também uma espécie de almôndega gigante com creme de cebola e a lasanha com mortadela que gerava briga por banheiro no alojamento.Outro coisa interessante era quando recebíamos cargas de alimentos da Receita Federal.Uma vez foi bom nunca comi tanto salmão na minha vida :P mas uma vez veio um lote de ovo. PQP era ovo na salada,frito ou cozido,carne a cavalo,ovo mexido e mais alguns delírios do rancheiro .Mas em geral a comida era muito boa mesmo,dei uma boa engordada no EB.Mas o que me da mais saudade era o famoso chá de coturno.




Nascido de alma caudilha- nem por isso menos franca -Deus te deu essa cor branca que até de noite rebrilha.Lua do herói na coxilha,por onde eu for, onde eu ande e sem que ninguém me mande eu te canto, troféu mudo que é puro neste Rio Grande!
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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#49 Mensagem por Túlio » Qui Mai 06, 2010 8:22 pm

VOSMEÇÊS tinham que ser APs no RS no tempo do Plano Cruzado (quando ele começou a afundar, para ser preciso): os fazendeiros esconderam os bois e só tinha carne de ovelha à venda, porque mesmo com o congelamento obrigatório dos preços ovelha não valia nada aqui (hoje mudou, ovelha é cara pra burro). Bueno, eu era novato e trabalhava de graça volta e meia (no mínimo duas vezes por semana, além dos plantões normais), era ovelha e ovelha, cozida, assada, ensopada, frita, bolinho, só ovelha. Chegava em casa e a Mãe tinha preparado...OVELHA! Eu adorava isso mas de tanto comer essa carne no fim dos 80 eu até hoje não chego nem perto, ou é bovina, suína ou - de vez em quando - galinha, ovelha não, prefiro feijão com arroz... :lol: :twisted: :mrgreen: [003]




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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#50 Mensagem por Ogun K-9 » Qui Mai 06, 2010 8:42 pm

Tulio fiz o meu CBFPM no 29 BPM na cidade de Ijui e a sede do curso fazia parte do compelxo da PMI e quando tirávamos guarda la jantávamos e almoçávamos no refeitório dos agentes.Vo te fala xíru a comida era muito bah.Os presos eram excelentes cozinheiros.




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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#51 Mensagem por WalterGaudério » Qui Mai 06, 2010 9:21 pm

:shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :shock: :mrgreen:
Ogun K-9 escreveu:Tulio fiz o meu CBFPM no 29 BPM na cidade de Ijui e a sede do curso fazia parte do compelxo da PMI e quando tirávamos guarda la jantávamos e almoçávamos no refeitório dos agentes.Vo te fala xíru a comida era muito bah.Os presos eram excelentes cozinheiros.
Ijuí..., boas lembranças dos idos de 1970... 8-]




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Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.


Os sábios PENSAM
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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#52 Mensagem por Vitor » Qui Mai 06, 2010 9:27 pm

Eu me lembro quando fui pros meus pais para Fernando de Noronha, aí íamos para um tal de "jantar dos oficiais", meu pai todo preocupado com que roupa ir, quando chegamos lá era um self-service muito fraco. :lol:




NÃO À DROGA! NÃO AO CRIME LEGALIZADO! HOJE ÁLCOOL, AMANHÃ COGUMELO, DEPOIS NECROFILIA! QUANDO E ONDE IREMOS PARAR?
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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#53 Mensagem por Túlio » Qui Mai 06, 2010 9:41 pm

Ogun K-9 escreveu:Tulio fiz o meu CBFPM no 29 BPM na cidade de Ijui e a sede do curso fazia parte do compelxo da PMI e quando tirávamos guarda la jantávamos e almoçávamos no refeitório dos agentes.Vo te fala xíru a comida era muito bah.Os presos eram excelentes cozinheiros.

Cupincha, até hoje os gadianos, em cidade que tem EP, tratam logo de se acupinchar com algum AP, aqui o rancho é de primeira (e falem o que quiseresm os COMUNAZZZ, os presos comem bem à beça também)...

Aliás, quando entraste na Bala Maré? Eu trabalhei aí do lado, em Santo Cristo, de 94 a 99, conheces os irmãos Heineck (Ignácio e Afonso) de lá? Grandes cupinchas meus... :wink:




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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#54 Mensagem por Ogun K-9 » Qui Mai 06, 2010 10:05 pm

Túlio escreveu:
Ogun K-9 escreveu:Tulio fiz o meu CBFPM no 29 BPM na cidade de Ijui e a sede do curso fazia parte do compelxo da PMI e quando tirávamos guarda la jantávamos e almoçávamos no refeitório dos agentes.Vo te fala xíru a comida era muito bah.Os presos eram excelentes cozinheiros.

Cupincha, até hoje os gadianos, em cidade que tem EP, tratam logo de se acupinchar com algum AP, aqui o rancho é de primeira (e falem o que quiseresm os COMUNAZZZ, os presos comem bem à beça também)...

Aliás, quando entraste na Bala Maré? Eu trabalhei aí do lado, em Santo Cristo, de 94 a 99, conheces os irmãos Heineck (Ignácio e Afonso) de lá? Grandes cupinchas meus... :wink:
Sim nós tinhamos arrego la graças a um acordo do comando com o Diretor da PMI.Mas que tinha uma clausula por sinal,nada de dar cantadas em um presa de excepcional beleza que trabalha na cozinha :D(uma viuva negra) .Realmente quem fala que preso come mal só pode estar muito mal informado ou nunca chegou perto de uma prisão.Sou da turma de 2005.Tchê tenho muito amigos em Sto Cristo mas estes dois não me lembro de momento.Moro ali ao lado em Santa Rosa mas vou bastante pra Sto Cristo engraxar as vistas com as belas alemoas de lá [083]




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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#55 Mensagem por Túlio » Qui Mai 06, 2010 10:10 pm

Comi algumas... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Perguntares por mim na OPM de lá, algum mais antigo vai te falar de um AP que enjoou da corrupção institucionalizada e denunciou (1998), aliado à BM e um certo Sgt Gilberto, o AP em questão se chamava Túlio...

Nas buenas, nunca mais denuncio nada, estou vivo porque atiro bem pra caramba e todo mundo sabe disso... :wink:




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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#56 Mensagem por Ogun K-9 » Qui Mai 06, 2010 10:19 pm

Túlio escreveu:Comi algumas... :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen: :mrgreen:

Perguntares por mim na OPM de lá, algum mais antigo vai te falar de um AP que enjoou da corrupção institucionalizada e denunciou (1998), aliado à BM e um certo Sgt Gilberto, o AP em questão se chamava Túlio...

Nas buenas, nunca mais denuncio nada, estou vivo porque atiro bem pra caramba e todo mundo sabe disso... :wink:
Dois então aquelas alemoas são um espetaculo [063] .Não só ali mas nas vizinhanças também esta terra é abençoada no quesito mulher.E quem duvide que venha para esses lados.

Tchê vo te fala uma coisa o povo ali é casca grossa.Alias essa fronteira aqui é complicada, é muita gente envolvida de grandes a pequenos.Proziando com um delegado certa vez o mesmo me disse que por aqui a merda fede de uma maneira que se alguém tentar mexer vai ficar fedendo pro resto da vida.




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Re: Tradições , manias e cotidiano de outros Exércitos

#57 Mensagem por Clermont » Ter Jun 22, 2010 5:57 pm

NO 25º BATALHÃO DE CAÇADORES - TERESINA/PI.

Publicado por Luiz Berto em A COLUNA DE RAIMUNDO FLORIANO.

No meu primeiro dia como soldado, deu para ver que os tempos de moleza eram coisa do passado: ganhei apelido, trabalhei feito um mouro e levei sonoríssima bronca.

Naquele tempo, eu era muito magro e tinha os ombros aguçados, apontando para o céu. Ao me ver, o colega recruta Alencar, que eu acabara de conhecer, botou-me o apelido de Morcego, que imediatamente pegou. Na parte da manhã, gastamos o tempo no recebimento de uniformes e equipamentos.

Fui lotado na Companhia de Petrechos Pesados, CPP, cujo armamento – metralhadoras e morteiros – era transportado em lombo de burros. Para mim, a pessoa mais importante da CPP, depois de seu comandante, era o sargenteante, uma espécie de chefe de pessoal. Fazia a chamada, transmitia as ordens, elaborava as escalas de serviço, lia, em frente à companhia, o Boletim Interno, no final do expediente. Para se falar com qualquer autoridade superior, era necessário pedir sua permissão.

No começo, eu e muitos colegas pensávamos que ele era alcunhado de sargento hiante – que tem a boca aberta – porque, no desempenho de suas funções, estava constantemente a falar com a tropa, sempre em voz alta. Por esse motivo, temíamos pronunciar tal nome perto dele. Alguém do antigo jornal Pasquim, não me lembro quem, também fez essa confusão em seu tempo de conscrito.

Nosso sargento hiante, digo, sargenteante era o 2º sargento Hílton. Alto, moreno, robusto, tinha o porte do sargento Garcia do seriado O Zorro. Mas só a aparência. Era ágil e esperto, bom de ginástica e um dos melhores juízes da Federação Piauiense de Futebol.

Pois bem, naquele primeiro dia, logo depois do rancho do almoço, o cabo Chiquito, praça velha engajada, me pegou como voluntário para ir cortar capim na Catarina, granja onde o 25º BC cultivava o pasto necessário à alimentação dos muares e cavalos argolados – em serviço no quartel.

Na parte da tarde, duas novidades na instrução militar. A primeira era de que o baixe-a-mão caíra. A partir de 1955, ao subordinado que se apresentasse a um superior bastaria fazer a continência, identificar-se e, em seguida, desfazer o gesto, não sendo mais necessário aguardar a ordem “baixe a mão!” A segunda era a que proibia o costume em voga nas escolas da cidade de se gritar boa! – boooooa! – quando se ouvia a voz de comando fora de forma, marche! No Exército, ao recebê-la, caberia ao militar romper a marcha – dar um passo à frente, como se fosse marchar – em absoluto silêncio.

Um detalhe crucial: eu, naquele turno vespertino, encontrava-me na Catarina, sob o inclemente sol teresinense, me arrebentando no corte de capim, e não recebera tão importantes recomendações. De volta ao quartel, às cinco da tarde, participei da formatura da Companhia para o encerramento da jornada. Cumpriu-se, então, a rotina diária de qualquer unidade militar.

Veio o sargento Hílton e leu o Boletim e a escala de serviço, transmitiu as ordens para o dia seguinte e, ao final, exclamou:

– Companhia, sentido!

Obedecemos.

– Fora de forma, marche!

Inocentemente, eu, como fazia no Colégio Diocesano, enchi o peito e berrei:

– Booooooooooa!

O sargenteante bramiu:

– Quem foi o filho duma égua que relinchou aí?

Todos me apontaram:

– Foi o Morcego, sargento!

– Seu Morcego – sentenciou o sargento Hílton –, você vai ficar uma semana na Catarina, cortando capim, pra deixar de ser voador!




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