Mais um resumo singelo do FX2,agora sem IDEOLOGIA .
Antes que aconteça finalmente o desfecho do FX2,talvez já esteja na hora de tentar fazer uma análise,dos protagonistas e dos fatos,que envolveram o processo,não definitiva,mas uma prévia.
Quais acontecimentos e decisões levaram o processo, para escolha pelos caças franceses?
O programa de reaparelhamento emergencial das FAs,foi iniciado a partir da formulação da END,e no caso dos caças apresentava algumas possibilidades,já amplamente debatidas aqui,sendo que um dos pontos apresentados,seria a possibilidade de um subseqüente desenvolvimento de um caça de 5.a geração em parceria com o fornecedor da compra do FX2.
Essa possibilidade dava nítida vantagem competitiva aos russos no processo,dado que a exceção dos americanos e com seu F35,nenhum outro fornecedor cogitado tinha em andamento projetos que contemplassem essa possibilidade.
Ficava nítido quando das diversas declarações sobre a questão da escolha,que tanto o Min. Mangabeira quanto o Min. Jobim,tinham em mente dessa vez,não comprar equipamento de origem norte-americana,sendo que o Min. Mangabeira parecia nitidamente se inclinar em direção dos russos,e o Min. Jobim em direção aos franceses.
Quando da divulgação da short list,a eliminação precoce da proposta russa,alem da causar perplexidade,deixou no ar,qual seria também as inclinações da FAB no processo.
Todos os treis selecionados,eram de tecnologia ocidental sendo que dois de tecnologia norte-americana ou derivada dessa,o que se levava a imaginar que a FAB se inclinava em direção aos equipamentos norte-americanos.
Independente das reais razões que levaram o Prof. Mangabeira a se afastar do governo,sua inclinação em direção aos russos e conseqüentemente em direção ao 5.aG com alguma possibilidade de não ser totalmente uma compra de prateleira estava ali definitivamente sepultada.
É de se imaginar no entanto,que a FAB não produziu a short list a revelia do Min. Jobim e do Min. Mangabeira,mas é de se imaginar também que aparentemente o Min. Mangabeira foi voto vencido na decisão da mesma,e aparentemente mais uma vez não gostou.
Como já demonstrou em várias ocasiões publicamente,uma espécie de “integração” aos comtes militares,o Min. Jobim acomodou de forma “sutil” o desejo da FAB por equipamentos somente de tecnologia ocidental,com sua inclinação pela “independência” francesa dos EUA,contentando a FAB,e ao mesmo tempo deixando a opção de sua predileção no páreo.
Até ai talvez a FAB ainda acreditasse que teria novamente a independência absoluta de fazer a escolha e somente pegar o cheque assinado,o que viria aos poucos a se revelar um engano,capaz inclusive de provocar inúmeras reações indignadas não só em blogs ou fóruns mas também na mídia usual.
As dificuldades decorrentes a partir daí,foram ditadas pela realidade percebida pela FAB,de que o caminho “político” da compra já estava determinado,cabendo a ela somente,dar seu aval a vontade governamental,mas haveria ainda a tentativa de reverter esse quadro,por diversos caminhos,alguns inclusive nebulosos e de origem não comprovada.
Na minha visão,quanto as tecnologias desejadas com a compra e diante de várias declarações públicas,a proposta norte-americana seria aceita pela FAB até com 50% de negativas,a francesa só com 100%, de positivas,e a russa como ficou comprovado com sua desclassificação nem com 200% de positivas,pois era indesejada desde sempre,tanto pela FAB quanto pelo Min. Nelson Jobim,que provocaram em comunhão sua desclassificação.
E a partir das promessas setembrinas do Pres. Sarkosy,se iniciou a luta para que se obtivesse os 100% do prometido pelos presidente francês,por parte do Min. Da defesa e GF,pois a efetiva concretização das promessas seria por conseguinte o “convencimento” definitivo da FAB e até por que não dizer,de uma parte renitente da mídia e outros lobistas.
Faltava somente convencer a Dassault a cumprir as promessas,e pela demora da decisão final,parece que a tarefa não é das mais fáceis.
Independente do contrato ser ou não assinado neste o governo se a escolha já feita pelo Rafale realmente se concretizar,se corre contra o tempo eleitoral,para a “proposta”,”intenção de compra”,”escolha”,” compromisso”,ou seja lá o nome que o anuncio e concretização tenha,para que a mesma tenha em seu escopo um detalhamento do acordado muito específico e rico,e já tente desde já amarrar o contrato a esses compromissos prévios.
Esta idéia é tratada como fundamental e necessária,talvez não confiem o suficiente nos franceses,afinal,não só negócios com americanos tem antecedentes,o tempo urge,e veremos se realmente o presidente não colocará na balança da decisão final as eleições que se aproximam.
Abraços,Delta veio,Gustavo e Lima.