Estratégia Nacional de Defesa

Área destinada para discussão sobre os conflitos do passado, do presente, futuro e missões de paz

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prp
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#721 Mensagem por prp » Seg Abr 19, 2010 3:16 pm

tenso escreveu:
ÉPOCA – E com os Estados Unidos?
Jobim – Estamos muito bem. Com a vitória do presidente Obama, mudou muito. Concluímos um acordo de defesa para criar novas perspectivas de cooperação bilateral. Vai nos permitir, por exemplo, vender aviões da Embraer para eles sem licitação.
Isso é em relação aos ST's?
Tudo indica que sim.




WalterGaudério
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#722 Mensagem por WalterGaudério » Ter Abr 20, 2010 2:49 pm

tenso escreveu:
ÉPOCA – E com os Estados Unidos?
Jobim – Estamos muito bem. Com a vitória do presidente Obama, mudou muito. Concluímos um acordo de defesa para criar novas perspectivas de cooperação bilateral. Vai nos permitir, por exemplo, vender aviões da Embraer para eles sem licitação.
Isso é em relação aos ST's?

É o que se está comentando...




Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...

Armam-se homens com as melhores armas.
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#723 Mensagem por marcelo l. » Ter Abr 20, 2010 2:57 pm

Frase bem sensata sobre a América Latina.

ÉPOCA – Qual é sua opinião sobre a relação do Brasil com a Venezuela?
Jobim – É boa. A Venezuela viveu sempre do óleo. A elite se apropriou dessa riqueza e não investiu no país. Ficou um conjunto de pessoas muito pobres. Aí, surgiu o presidente Hugo Chávez, que lidera esse setor. Está conseguindo avançar. Agora, o Chávez é um homem, digamos, de uma retórica forte. Isso não atrapalha. Faz parte do hispano-americano. É preciso ter paciência. Boa sorte à Venezuela.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#724 Mensagem por P44 » Ter Abr 20, 2010 4:20 pm

El vicepresidente brasileño afirma que “una bomba nuclear también es para fines pacíficos porque disuade”
Lunes 19 de Abril de 2010 22:39


El vicepresidente y ex ministro de Defensa brasileño José de Alencar, profundizando la línea de amplísima tolerancia que ha mostrado el gobierno de Lula con Irán en los últimos meses, ha realizado las más insólitas reflexiones recientes acerca del polémico programa nuclear iraní. Alencar hizo a un grupo de periodistas estas insólitas declaraciones: "Un artefacto nuclear que pudiera estar siendo desarrollado, también es para fines pacíficos, porque sirve para disuasión", agregando que la actual postura brasileña "no es ideológica sino solidaria, porque si ellos quieren energía nuclear para fines pacíficos, nosotros también".
Cuestionado sobre la poca confiabilidad del gobierno iraní, se limitó a decir que "es su estilo". Las declaraciones, especialmente significativas porque el pasado 24 de setiembre José de Alencar afirmó que "siguiendo el ejemplo pakistaní, Brasil debe tener armas nucleares para ganar respetabilidad", fueron apoyadas por grupúsculos de ultraizquierda y ultraderecha antisemitas (Javier Bonilla, corresponsal de Grupo Edefa).
http://www.defensa.com/index.php?option ... Itemid=163




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#725 Mensagem por WalterGaudério » Ter Abr 20, 2010 5:20 pm

Olha o esquema é o seguinte. Não acreditem no Serra favorecendo as FAs. Não mesmo.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#726 Mensagem por Guerra » Ter Abr 20, 2010 8:16 pm

Pura verdade!! O Serra vai ter que continuar o que o Lula começou. Isso para ele vai ser uma herança maldita que o careca vai fazer de tudo para sabotar.

Com relação as FAs, o PSDB de FHC era sujo, arrogante, mal intencionado, hipocrita e irresponsavel. Eu nunca vi um clima tão estanho dentro dos quarteis como na epoca do FHC.

Não tenho esperança nenhum que Serra vai ser melhor. Ele pode ser igual na melhor das hipoteses, mas melhor nunca.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#727 Mensagem por suntsé » Ter Abr 20, 2010 9:15 pm

Se existi-se algum partido nacionalista nesse país com força ideologica (como PT e PSDB), nós teriamos uma opção (como o integralismo na decada de 30).

Com o fim da ditadura militar...os comunas sairam na frente fundando uma dezena de partidos....enquanto os ditos patriotas, Nacionalista e etc...ficaram de cara para cima.

Hoje existe até alguns nacionalistas tentando fundar um partido para participar das eleições....mas para nossa tristesa eles esperaram o endurecimento das regras por parte do TSE para tomar essa iniciativa.

Auns 10 anos atras fundar um partido era facil, hoje é quase impossivel, e temos que assistir essa comunaiada tomando o país inteiro.




Bender

Re: Estratégia Nacional de Defesa

#728 Mensagem por Bender » Qui Abr 22, 2010 1:45 pm

A semana passada surgiu uma noticia por aqui,inclusive consta da capa do site do DB,que não teve uma repercussão muito grande,mas traz no seu intimo,uma questão que é muito debatida por todos,gostaria de ter escrito sobre ela na época,mas não tive tempo.

http://www.defesabrasil.com/site/notici ... o-muda.php

Nelson Jobim: "Com Dilma ou Serra, a defesa não muda"

Ministério da Defesa
-----------------------------------------------

Ao afirmar em entrevista que independentemente do vencedor das próximas eleições ser a candidata governista Dilma Roussef ou o candidato da oposição José Serra,a política de defesa não sofreria solução de continuidade,várias interpretações poderiam ser tiradas desta afirmação do ministro.

A primeira,mais simples e principal,é que os projetos terão continuidade.

Mas afinal,para quem o Min. Nelson Jobim tem interesse em mandar este recado?

Muitos poderiam enxergar nesta declaração,alguma intenção que tivesse como fóco as eleições que se realizarão em breve,e talvez até levantar uma hipótese de que as boas relações e trânsito do Ministro Jobim com figuras de destaque do PSDB,pudessem gerar um movimento da sua parte que visasse amenizar perante o eleitorado interessado neste tema as resistências com relação ao candidato José Serra,mas parece que o que move o Ministro são interesses mais nobres,pelo menos na minha visão.

A atuação do ministro Nelson Jobim a frente do Ministério da Defesa vem se configurando sem dúvida como um marco positivo desde a criação desta pasta,e talvez o primeiro e único,ela é abrangente tanto no campo das formulações que darão amparo jurídico as pretensões traçadas na END,quanto nas questões mais imediatas de reaparelhamento das forças e seus projetos futuros.

Somente isto já seria o suficiente,para que esta “marca” de atuação positiva e efetiva já fosse consagrada,mas esta declaração a qual me refiro no inicio do texto,demonstra na minha visão,que o ministro enxerga de forma sui-generis no que tange a maneira como se pensa política no Brasil,em garantir amparo e continuidade futura a tudo que foi conseguido até agora,com intenções puras e reais de visada no bem e segurança do Estado Brasileiro.

Eu creio que o Ministro Nelson Jobim deve com certeza possuir no intimo de sua alma,ambições políticas legítimas de atuação além do posto ministerial,e isto é natural,
Pela simples análise de seu curriculum e vitoriosa e bem sucedida carreira,mas neste momento não acredito que sejam estas ambições futuras que o movem.

https://www.defesa.gov.br/o_ministro/in ... m_ministro

O Ministro diz claramente na entrevista concedida:

“ÉPOCA – O senhor, então, não espera grandes mudanças se o próximo presidente for Dilma Rousseff ou José Serra?

Jobim – Eu não espero.


ÉPOCA – A Defesa está acima das questões políticas?

Jobim – Tudo que estou falando foi discutido com todos os partidos. Fiz reuniões com o PT, o PMDB e com o DEM. Fui ao Instituto Fernando Henrique Cardoso. Estava cheio de gente lá, todos os ministros dele, todos meus colegas, e várias outras pessoas, intelectuais também.


ÉPOCA – Não há ideologia nessa área?

Jobim – Eu quis descolar, mostrar que não é um programa do governo. É um programa do Estado.”
------------------------------------------------------------

Á mim fica claro que o ministro,fala com conhecimento de causa maior do que transparece na entrevista,e parece também que a visita dos comandantes militares ao Palácio dos Bandeirantes na ocasião do recebimento da Ordem do Ipiranga no ano passado,tenha um significado mais abrangente.

As declarações do ministro me parecem ter credibilidade respaldada pelos dois candidatos a presidência e tem o alvo demarcado na tranquilização das Forças Armadas de que desta vez as coisas serão definitivamente diferentes,independente da sorte política passageira,este foi seu público alvo,e por tabela o público fomos nós também que nos preocupamos com estas questões.

Toda esta minha escrita pode conter, algo apenas ou muito de “inocência” na maneira de enxergar a figura do Sr. Ministro neste momento,mas são tão poucas as oportunidades que temos neste país de acreditar de maneira positiva e nobre em figuras que atuam na vida pública,que isto provoca até um sentimento pessoal de conforto,pensar assim pura e inocentemente em uma questão tão abrangente e delicada,e principalmente sobre aqueles que são tidos como “Políticos”..

Sds.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#729 Mensagem por Marino » Sex Abr 23, 2010 10:25 am

DCI

Aporte nas Forças Armadas deve saltar 130%, a R$ 4,6 bi
Três grandes projetos do setor de defesa contribuíram significativamente para o salto de 130% dos recursos direcionados apenas para o reaparelhamento das Forças Armadas - de R$ 2 bilhões, em 2009, para os R$ 4,6 bilhões previstos para este ano. Diante disso, o Ministério da Defesa ainda terá o árduo trabalho de aplicar o contingenciamento de R$ 3,874 bilhões imposto a toda a Pasta, reduzindo seu orçamento de R$ 8,99 bilhões para R$ 5,12 bilhões.

Os projetos que concernem à Marinha e ao Exército estão em fase mais avançada. No primeiro caso, a Lei Orçamentária Anual (LOA), de 2010, prevê R$ 2,8 bilhões para o reaparelhamento, orçamento cinco vezes maior que os R$ 544 milhões de 2009. Deste total, cerca de R$ 2,3 bilhões se destinam ao Programa de Desenvolvimento de Submarinos (Prosub).O acréscimo se deve à retomada do programa do submarino de propulsão nuclear, em parceria com os franceses. O projeto também prevê a construção de quatro submarinos convencionais, de um estaleiro e de uma base naval na Baía de Sepetiba, no Rio de Janeiro. de acordo com a Marinha, o programa tem investimentos previstos de R$ 18,7 bilhões até 2024.

No caso do Exército, a verba de R$ 434,5 milhões para o reaparelhamento é 11% superior aos R$ 390,8 milhões de 2009. No final do ano passado, o Exército assinou contrato com a Iveco para a fabricação do modelo-base da nova família de blindados, o Veículo Blindado para o Transporte de Pessoal - Médio Sobre Rodas (VBTP-MR). Está prevista a produção de 2.044 unidades, entre 2012 e 2030, por R$ 6 bilhões.

Ao reequipamento da Aeronáutica foi destinado R$ 1,350 bilhão, acréscimo de 21% ao montante de 2009. O principal plano da Força Aérea Brasileira (FAB) é a compra de 36 caças de última geração. O Projeto FX-2 se encontra na fase final, e três empresas batalham a venda ao Brasil, incluindo a transferência de tecnologia. A Dassault ( França) disputa o contrato com os Rafale e pediu US$ 6,2 bilhões; a Boeing ( EUA), com o caça F-18 Super Hornet, quer US$ 5,7 bilhões; e a Saab (Suécia), com o Gripen NG, busca US$ 4,7 bilhões com o contrato.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#730 Mensagem por Marino » Sex Abr 23, 2010 10:56 am

OPINIÃO
Um projeto de potência para o Brasil do século XXI
Desde a Independência, o Brasil formulou pelo menos três projetos de potência, no Império
(1850-70) assim como na República (1930-45 e 1964-85). Nenhum daqueles projetos chegou a se
concretizar plenamente e, ao final do Século XX, o país permanecia na condição de Estado periférico.
Entretanto, a retomada do crescimento econômico, após cerca de três décadas de semi-estagnação,
pode abrir uma nova "janela de oportunidade" para o Brasil no Século XXI.
Um projeto de potência pressupõe fortalecimento da expressão militar. A dotação orçamentária
do Ministério da Defesa para 2010 é de R$ 60,72 bilhões, dos quais R$ 42,68 bilhões (70,3%)
correspondem à despesa com pessoal e encargos sociais, R$ 7,18 bilhões (11,8%) a outras despesas
correntes e R$ 9,02 bilhões (14,9%) a investimentos. Mas apesar do aumento verificado, em relação ao
exercício anterior, não há garantia de que este orçamento seja executado integralmente.
Em 2009, o orçamento autorizado da Defesa foi de R$ 55,29 bilhões. Contudo, o valor total pago,
até 31 de março de 2010, era de R$ 51,08 bilhões (92,4% daquela dotação orçamentária). Em 2008, o
percentual executado do orçamento do Ministério da Defesa foi de 84,8%. Tal percentual foi de 90,5%
em 2007, de 89,8% em 2006 e de 87,9% em 2005. Este padrão vem se repetindo há anos no Brasil, uma
vez que o Orçamento da União não é impositivo, mas apenas autorizativo.
A realidade orçamentária pode inviabilizar o reaparelhamento das Forças Armadas. Em
dissertação de mestrado defendida na UFRJ no final de 2009, o pesquisador Vitélio Brustolin observou
que o orçamento anual de defesa do Brasil vem se caracterizando por uma "path-dependency"
(dependência da trajetória). No período coberto pelo trabalho (1995-2008), a média das despesas
primárias com a Defesa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) do país foi de 1,59%.
Os valores mais elevados (1,79% em 1995) da série apresentam-se no início do período
estudado. A efetivação da Estratégia Nacional de Defesa (END), segundo o atual ministro da Defesa,
consumiria cerca de 0,7% do PIB anual, durante duas décadas. Isso elevaria o percentual dos gastos
com defesa do Brasil para cerca de 2,29% - o que jamais ocorreu, durante o período pesquisado. O
histórico de tais gastos não autoriza a previsão de uma mudança de paradigma, em futuro previsível.
O perfil excessivamente modesto do orçamento da Defesa torna extremamente difícil investir na
modernização e na capacitação das Forças Armadas brasileiras, empregando recursos orçamentários.
Para tal, torna-se necessário lançar mão de recursos extra-orçamentários (tais como empréstimos e
financiamentos provenientes do exterior), sendo posteriormente incluídas nos orçamentos anuais as
parcelas para amortização e pagamento de juros.
A viabilização dos investimentos previstos na END e nos documentos decorrentes desta
demandará um volume elevado de recursos. A garantia do fluxo de tais recursos, durante o período de
vigência daquela estratégia (que abrangerá os próximos cinco mandatos presidenciais), é uma questão
que necessita ser considerada com objetividade. Os recursos financeiros são a chave, para evitar que o
Brasil, mais uma vez, formule um projeto de potência que não venha a se concretizar.
É possível que a campanha para a eleição presidencial em 2010 seja marcada por uma
indesejável polarização entre os discursos ideológicos neoliberal e de esquerda. Em contrapartida, as
políticas externa e de defesa poderão vir a se constituir em tema para os debates eleitorais. Tudo isto
tendo como pano de fundo a progressiva recuperação da economia mundial, após a crise de 2008-2009,
e a melhor posição da economia brasileira, em comparação com o ocorrido em outras crises do passado.
No dia 3 de abril, começou o prazo de seis meses antes das eleições de novembro, durante o
qual a assinatura de contratos de fornecimento para o governo, em princípio, não será permitida. Em
conseqüência, novas encomendas de material para as Forças Armadas só deverão ocorrer depois de 3
de abril de 2011. Isto pode afetar o cronograma do Programa F-X2, assim como os de outros programas
de obtenção de equipamentos das três forças singulares.
A visível tendência de aumento da projeção internacional do Brasil (que independe da
concretização de sua aspiração a um lugar permanente no Conselho de Segurança das Nações Unidas)
indica a necessidade de investir na ampliação da capacidade operativa das Forças Armadas brasileiras.
Durante o Século XX, o País esteve relativamente distante dos focos de tensão mundial, dando pouca
atenção à sua defesa contra ameaças de origem externa.
A atual fraqueza militar do Brasil não se coaduna com a intenção declarada de sua política
externa, de atuar na mediação ou estabilização de crises internacionais. Tal postura ambígua poderá
deixar o país na "linha de tiro", colocando-o sob o foco de pressões e ameaças externas com as quais
não está habituado a conviver. Devido ao longo tempo de maturação dos investimentos em defesa
nacional, estes deverão levar em conta o esperado aumento das necessidades do setor.
O Brasil ainda possui uma economia em crescimento e não completou a transição rumo a uma
economia madura. Apesar do desempenho positivo do PIB até 2008 e da esperada retomada do
crescimento em 2010, a maior parte das exportações brasileiras ainda é constituída por produtos
primários ou "commodities". O País só terá uma economia verdadeiramente desenvolvida quando
dispuser de tecnologia própria e puder contar com uma população escolarizada e capacitada.
Eduardo Italo Pesce - Especialista em Relações Internacionais, professor no Cepuerj e
colaborador permanente do Centro de Estudos Político-Estratégicos da Escola de Guerra Naval
(Cepe/EGN)




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#731 Mensagem por Marino » Dom Abr 25, 2010 10:53 am

ESP:
Lula amplia 45% gasto com defesa em 5 anos

Expansão - maior que na saúde e menor que na educação - deve crescer mais, afirmam especialistas, mas ministério diz estar só repondo cortes

Wilson Tosta



Mesmo antes de iniciar o pagamento da maior parte de suas compras militares, que incluem submarinos, helicópteros e um lote de 36 caças, o governo federal elevou os gastos com defesa em 44,54% reais, de 2004 a 2009.

Levantamento do Estado no Portal da Transparência mostra que o Ministério da Defesa desembolsou, em 2009, R$ 47,13 bilhões, contra R$ 32,6 bilhões (já corrigidos) em 2004. A variação é maior do que o aumento real dos gastos do Ministério da Saúde (31,2%), mas menor do que os do Ministério da Educação: 70%.

"O orçamento da Defesa tende a ser ainda maior. Tem os aviões, tem a nova base de submarinos", afirma o professor Márcio Scalércio, do Departamento de Relações Internacionais da Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-RJ). Nos dois anos comparados, o Ministério da Defesa ficou em terceiro lugar em gastos, só atrás de Fazenda e Previdência Social.

"É preciso lembrar que a Defesa juntou os Ministérios da Marinha, Exército e Aeronáutica", diz o professor, que também destaca que nos anos 80 e 90 do século passado houve muita contenção de despesas na área, com sucateamento das Forças Armadas. O Ministério da Defesa argumenta que o aumento de gastos de 2004 a 2009 foi, na verdade, uma recuperação de recursos cortados em anos anteriores.

Scalércio explica que a maior parte do dinheiro das Forças Armadas, que têm 309.996 militares na ativa, além de funcionários civis e recrutas, vai para pessoal. "Boa parte do dinheiro vai para pagar salários e pensões. O oficial, em geral, vai até coronel, depois vem o funil, porque poucos viram generais. O sujeito então vai para a reserva na casa dos 40 anos, vai fazer mestrado, doutorado, trabalhar na iniciativa privada", diz o professor, destacando que isso é direito dos militares.

O professor Thomas Heye, coordenador da Graduação em Relações Internacionais do Departamento de Ciência Política da Universidade Federal Fluminense (UFF), também acredita que haverá mais gastos. "O Brasil tem de ter meios de defesa. Tem de reaparelhar, não se trata de corrida armamentista."

Heye diz que, nos governos militares de 1964 a 1985, pouco se investia em equipamentos, porque as tropas eram voltadas para combater o "inimigo interno". Por esse termo, a esquerda era definida nas políticas da Doutrina de Segurança Nacional, adotada por ditaduras militares na América Latina nos anos 60, 70 e início dos 80. "O trabalho de contrainsurgência é relativamente barato", diz. "Agora, a coisa mudou. Nossas Forças Armadas estão voltadas para fora. O problema é a segurança regional."



Ministério quer elevar quadro a 500 mil efetivos

Wilson Tosta

O Ministério da Defesa reconhece ter aumentado em termos reais seus gastos no governo do presidente Lula, mas afirma estar "corrigindo os efeitos da séria crise fiscal que afetou o Brasil nas décadas de 80 e 90 e que restringiu investimentos em todas as áreas relevantes da vida nacional".

Com números ligeiramente diferentes dos do Estado, em uma mais série longa (de 1995 a 2010), mas na mesma direção, o ministério diz que, após queda de gastos de R$ 50,29 bilhões (2001) para R$ 49,54 bilhões (2002) e R$ 36,92 bilhões (2003), o governo aumentou as despesas para voltar a investir.

O texto admite que o País vai gastar mais com defesa e revela que a administração estuda ampliação de pessoal que, em duas décadas, elevaria o efetivo para quase 500 mil militares permanentes (fora recrutas).

"Essa expansão dos investimentos segue as prioridades da Estratégia Nacional de Defesa (END), que terá, entre outras ações, um plano de equipamento e integração das Forças Armadas para os próximos 20 anos", diz a resposta oficial via e-mail. O aumento de gastos será causado pelos novos equipamentos, como 4 submarinos da classe Scorpène, o submarino nuclear brasileiro e 50 helicópteros de transporte, comprados pelo Brasil.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#732 Mensagem por Tupi » Dom Abr 25, 2010 9:47 pm

ESP:
Lula amplia 45% gasto com defesa em 5 anos

Expansão - maior que na saúde e menor que na educação - deve crescer mais, afirmam especialistas, mas ministério diz estar só repondo cortes...
Sem sombra de duvidas. Com a estabilização da economia o Lula pôde e deu aumento nas verbas para todos os ministérios.
Entratanto cabe ressaltar que as ONG´s e movimentos da sociedade também receberam seu quinhão.
O MST por exemplo teve aumento em mais de 300% em relação ao período do Governo do PSDB. E a UNE foi de mais de 350%. :shock:
Fonte: jornal da UOL semana de 19 a 23/4.





Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#733 Mensagem por Marino » Seg Abr 26, 2010 10:51 am

O debate tem que ser feito com critérios honestos, não falaciosos, como por exemplo:
- aumento de gastos em relação a que parâmetro anterior?
- aumento de gastos em qual rúbrica?
- etc.
O ESP já foi melhor.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#734 Mensagem por Viktor Reznov » Ter Abr 27, 2010 7:25 pm

Guerra escreveu:Pura verdade!! O Serra vai ter que continuar o que o Lula começou. Isso para ele vai ser uma herança maldita que o careca vai fazer de tudo para sabotar.

Com relação as FAs, o PSDB de FHC era sujo, arrogante, mal intencionado, hipocrita e irresponsavel. Eu nunca vi um clima tão estanho dentro dos quarteis como na epoca do FHC.

Não tenho esperança nenhum que Serra vai ser melhor. Ele pode ser igual na melhor das hipoteses, mas melhor nunca.
Estamos aqui pra pressioná-los. Não podemos desistir nunca.




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Re: Estratégia Nacional de Defesa

#735 Mensagem por Guerra » Qua Abr 28, 2010 10:21 am

Bender escreveu: Nelson Jobim: "Com Dilma ou Serra, a defesa não muda"
O que significa "defesa não muda"?

Um dos problemas mais graves do EB hoje, na minha opinião, é a evasão.

Eu sempre fui um critica da politica de pessoal do EB. Sempre critiquei as promoções de praças. Nessa semana o EB anunciou as novas regras para promoção que para mim, sinceramente, eu não esperava que iam fazer.
Finalmente vão começar a colocar ordem na casa. Minah promoção esta garantida para esse ano. Sendo que eu não tinha mais esperança de ser promovido agora.
Eu vejo isso como uma tentativa de estancar a arteria da evasão.

A pergunta é: "defesa não muda" chega a esse ponto. Porque na epoca do PSDB foi record de evasão. A Dilma (segundo dizem) tomou umas decisões que prejudicou essa area de pessoal.




A HONESTIDADE É UM PRESENTE MUITO CARO, NÃO ESPERE ISSO DE PESSOAS BARATAS!
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