GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
terra.com.br
China e Cuba assumem compromisso de reforçar laços militares
25 de abril de 2010
Pequim e Havana se comprometeram neste domingo na capital chinesa de trabalhar de forma conjunta para promover as relações entre as duas forças armadas, o acordo foi firmado durante a visita do vice-ministro cubano chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas Revolucionárias, Álvaro López Miera.
Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, López Miera iniciou ontem uma viagem pela China que concluirá na próxima quinta-feira, dia 29 de abril.
Neste domingo, o vice-ministro cubano se reuniu com seu colega chinês, Chen Bingde, quem expressou o desejo do Exército de Libertação Popular da China (ELP) de aprofundar as trocas e a cooperação com as Forças Armadas Revolucionárias de Cuba.
López Miera disse a Chen que Cuba está disposta a cooperar com a China para manter o desenvolvimento das relações entre os exércitos dos dois países.
O militar chinês avaliou de forma positiva a comunicação entre ambos os exércitos, indicando que favorecem um bom desenvolvimento das trocas China-Cuba.
"Sempre avaliamos a amizade tradicional entre China e Cuba e damos grande importância ao desenvolvimento desses vínculos", concluiu Chen.
China e Cuba assumem compromisso de reforçar laços militares
25 de abril de 2010
Pequim e Havana se comprometeram neste domingo na capital chinesa de trabalhar de forma conjunta para promover as relações entre as duas forças armadas, o acordo foi firmado durante a visita do vice-ministro cubano chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas Revolucionárias, Álvaro López Miera.
Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, López Miera iniciou ontem uma viagem pela China que concluirá na próxima quinta-feira, dia 29 de abril.
Neste domingo, o vice-ministro cubano se reuniu com seu colega chinês, Chen Bingde, quem expressou o desejo do Exército de Libertação Popular da China (ELP) de aprofundar as trocas e a cooperação com as Forças Armadas Revolucionárias de Cuba.
López Miera disse a Chen que Cuba está disposta a cooperar com a China para manter o desenvolvimento das relações entre os exércitos dos dois países.
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Re: GEOPOLÍTICA
Estou enchergando alguns J 10 na FAR? Ou apenas F-7M mesmo?FOXTROT escreveu:terra.com.br
China e Cuba assumem compromisso de reforçar laços militares
25 de abril de 2010
Pequim e Havana se comprometeram neste domingo na capital chinesa de trabalhar de forma conjunta para promover as relações entre as duas forças armadas, o acordo foi firmado durante a visita do vice-ministro cubano chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas Revolucionárias, Álvaro López Miera.
Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, López Miera iniciou ontem uma viagem pela China que concluirá na próxima quinta-feira, dia 29 de abril.
Neste domingo, o vice-ministro cubano se reuniu com seu colega chinês, Chen Bingde, quem expressou o desejo do Exército de Libertação Popular da China (ELP) de aprofundar as trocas e a cooperação com as Forças Armadas Revolucionárias de Cuba.
López Miera disse a Chen que Cuba está disposta a cooperar com a China para manter o desenvolvimento das relações entre os exércitos dos dois países.
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Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
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Re: GEOPOLÍTICA
Em um primeiro momento acredito em F-7M e modernização dos migs, o que já será um alento para a FAR, mas dependendo da vontade do Dragão em provocar os EUA, quem sabe não parecem uns J-10...WalterGaudério escreveu:Estou enchergando alguns J 10 na FAR? Ou apenas F-7M mesmo?FOXTROT escreveu:terra.com.br
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25 de abril de 2010
Pequim e Havana se comprometeram neste domingo na capital chinesa de trabalhar de forma conjunta para promover as relações entre as duas forças armadas, o acordo foi firmado durante a visita do vice-ministro cubano chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas Revolucionárias, Álvaro López Miera.
Segundo a agência de notícias chinesa Xinhua, López Miera iniciou ontem uma viagem pela China que concluirá na próxima quinta-feira, dia 29 de abril.
Neste domingo, o vice-ministro cubano se reuniu com seu colega chinês, Chen Bingde, quem expressou o desejo do Exército de Libertação Popular da China (ELP) de aprofundar as trocas e a cooperação com as Forças Armadas Revolucionárias de Cuba.
López Miera disse a Chen que Cuba está disposta a cooperar com a China para manter o desenvolvimento das relações entre os exércitos dos dois países.
O militar chinês avaliou de forma positiva a comunicação entre ambos os exércitos, indicando que favorecem um bom desenvolvimento das trocas China-Cuba.
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Re: GEOPOLÍTICA
Algum colega do fórum soube de grupos de orientação maoísta agindo abertamente no Paraguai ?
Li hoje em notas na imprensa fora do mainstream que o governo paraguaio decretou estado de exceção em províncias/departamentos do norte devido à expansão das ações armadas de um grupo guerrilheiro. Houve confronto com baixas e cinco fatalidades nas forças de segurança locais. Há uma nota do jornalista Sidnei Rezende na página do google. Vou cavar na imprensa paraguaia. Quem se interessar coopere. Isso pode ser muita M.. no ventilador por aqui em época de campanha.
Debater é preciso.
Li hoje em notas na imprensa fora do mainstream que o governo paraguaio decretou estado de exceção em províncias/departamentos do norte devido à expansão das ações armadas de um grupo guerrilheiro. Houve confronto com baixas e cinco fatalidades nas forças de segurança locais. Há uma nota do jornalista Sidnei Rezende na página do google. Vou cavar na imprensa paraguaia. Quem se interessar coopere. Isso pode ser muita M.. no ventilador por aqui em época de campanha.
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Santa é a guerra, e sagradas são as armas para aqueles que somente nelas podem confiar.
Tito Lívio.
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Re: GEOPOLÍTICA
Direto do Estadão de hoje !!!!!
O Paraguai vai à Genebra representar contra o Brasil na ONU, segundo autoridades do governo, os coordenadores dos ataques contra agentes do governo, propriedades e pessoas estão instalados no Brasil; Onde receberam do governo o status de "asilados", e "perseguidos por regimes autoritários". Quem será que os apóia ?
Debater é preciso !!!!!!
O Paraguai vai à Genebra representar contra o Brasil na ONU, segundo autoridades do governo, os coordenadores dos ataques contra agentes do governo, propriedades e pessoas estão instalados no Brasil; Onde receberam do governo o status de "asilados", e "perseguidos por regimes autoritários". Quem será que os apóia ?
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Re: GEOPOLÍTICA
Carlos Mathias escreveu:Estadão, né?
Sei...
Entre outros orgãos de imprensa companheiro. Neste caso não
é aconselhável a leitura das notícias sob viés ideológico. Mas a
notícia do fato em si.
Abçs.
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- Marino
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Re: GEOPOLÍTICA
Não sei se aqui é o local mais apropriado para postar este artigo.
Estaria muito bem em um tópico sobre o emprego político do poder militar, mas apresenta aspectos geopolíticos pouquíssimos conhecidos.
Vale a pena ler.
==========================================================
Colossos dos mares
A compra dos poderosos encouraçados Minas Geraes e São Paulo, no começo do século XX, criou um clima de guerra entre Brasil e Argentina
João Roberto Martins Filho
Num dia chuvoso do final de 1909, um imponente vaso de guerra cruzava Newcastle-upon-Tyne, então um dos maiores pólos da indústria naval inglesa, rumo ao estágio final de sua construção nos estaleiros High Walker, situados na mesma cidade, rio abaixo. Na altíssima ponte sobre o Rio Tyne, dezenas de trabalhadores se debruçavam, curiosos. No cais, junto aos trilhos ferroviários, outros operários, agitando seus bonés, saudavam a grande nau. O navio era o Minas Geraes – o encouraçado que colocaria o Brasil no mapa da corrida naval do pré-guerra e também deflagraria uma séria crise diplomática entre nosso país e a vizinha Argentina.
Era um dos três gigantes que comporiam a “Esquadra Branca”, que o Brasil encomendara à Inglaterra em 1906. O contrato inicial foi assinado com Armstrong Whitworth (Elswick) e previa a construção de três encouraçados. O primeiro a ficar pronto foi o Minas Geraes. O encouraçado São Paulo, de configuração semelhante, seria finalizado pouco depois. A terceira embarcação, o encouraçado Rio de Janeiro, ainda maior que os outros, não chegaria a ser entregue. Com a compra desses “leviatãs”, como se dizia, o governo federal pretendia sanar o atraso tecnológico em que a Marinha se via afundada desde a Revolta da Armada (1893). Os meios flutuantes, ou seja, a força naval brasileira, no começo do século XX, constituíam, na expressão do historiador Pereira da Cunha em seu livro sobre a revolta de 1910, “uma vergonhosa colcha de retalhos, e retalhos podres”.
Tendo em vista esse quadro lamentável, o ministro da Marinha do governo Rodrigues Alves (1902-1906), almirante Júlio César de Noronha, conseguiu fazer aprovar no Congresso Nacional, em outubro de 1904, um programa naval cuja pièce de résistance era a compra de três couraçados, inicialmente inspirados na classe britânica Triumph, com 13 mil toneladas de deslocamento, além de três cruzadores couraçados. Esse plano foi alterado em fins de 1906 graças à ação do novo ministro da Marinha do governo Affonso Penna (1906-1909), almirante Alexandrino.
O novo plano se concentrou em três encouraçados do tipo dreadnought, classe de navios inaugurada em 1906 na Inglaterra. Sua marca registrada era a padronização do calibre dos canhões, concentrados em torres rotatórias avante e a ré, ou seja, podiam disparar contra alvos inimigos localizados à frente e atrás da embarcação, além do disparo usual, em ambos os bordos. Outra característica desse tipo de navio era a velocidade, que no modelo fabricado para a Marinha brasileira chegava a vinte e um nós a plena força de seus motores de vapor a turbina. Velocidade e potência de fogo exigiam dimensões imensas. Com mais de 150 metros de popa a proa, o Minas deslocava 19 mil toneladas.
Ele foi esperado no Brasil com incontida e patriótica ansiedade. “Louros triunfais o século nos traz, vamos saudar o gigante do mar, o Minas Geraes”, cantavam os versos iniciais da seresta do mesmo nome, de autoria de Eduardo Neves. Gravada por volta de 1910, depois transformada, com outra letra, em hino não-oficial do estado de Minas Geraes, poucos sabem que sua primeira versão entoava loas a um navio couraçado.
A 17 de abril de 1910, o Minas Geraes surgiu finalmente ao largo da Baía de Guanabara, depois de passar pelos Estados Unidos para escoltar o navio de guerra norte-americano que repatriaria o corpo de Joaquim Nabuco, primeiro diplomata brasileiro a ser nomeado embaixador – e não mais ministro – brasileiro nos EUA, no contexto da política externa do barão do Rio Branco, de valorização das relações com esse país. O foco das atenções era mesmo o monstro de aço, e não o falecido Nabuco. Na primeira página do jornal O Paiz, no dia seguinte, pintou-se a belonave como “o vulto agigantado do colosso dos mares sul-americanos, o símbolo soberano de sua própria pujança, a expressão concreta de sua energia de nação”.
Na nossa vizinha Argentina, o clima era outro. Desde agosto de 1891, quando o Congresso brasileiro rejeitara o tratado que pusera fim ao litígio na fronteira entre Santa Catarina e a região argentina das Missões, as relações entre os dois países oscilavam entre boas e más, conforme o grupo político que ocupasse o poder no país platino. O Chile, por sua vez, via num bom relacionamento com o Brasil a base para sua política no continente. Após 1902, Chile e Argentina concordaram em limitar sua frota de guerra. Foi nesse quadro que eclodiu a notícia do nosso plano naval. O Chile não se preocupou muito com a questão.
Mas, na Argentina, o simples anúncio de nossas intenções já provocara imensa repercussão. “Bastaria um só dos encouraçados encomendados pelo Brasil para destruir toda a esquadra argentina e chilena”, afirmou em novembro de 1906, de Buenos Aires, o chanceler Montes de Oca. Em contraste, no Rio de Janeiro, seu colega, o barão do Rio Branco, viu nos dreadnoughts tupiniquins uma excelente oportunidade de projetar na região e no mundo a imagem de um país moderno e potente. Não por acaso, ele rechaçou como absurda a sugestão argentina de que o Brasil vendesse ao Chile e à Argentina dois dos dreadnoughts que encomendara, ficando só com um, em troca da cessão de navios menores das marinhas argentina e chilena, a fim de restabelecer o “equilíbrio” naval entre as três nações sul-americanas.
Logo em seguida, a substituição de Montes de Oca por Estanisláo Zeballos, inimigo pessoal de Rio Branco desde 1895 – quando perdera definitivamente para este o litígio de fronteiras conhecido como a Questão das Missões, em que ao Brasil foi dado ganho de causa pelo arbitramento do presidente americano Cleveland –, só fez agravar o estado de espírito entre os dois países, que chegou ao ponto de ebulição em meados de 1908. Foi então que o chanceler argentino concebeu um lance de “diplomacia defensiva” voltado contra a pretensa disposição do barão do Rio Branco de atacar seu país quando chegassem ao Brasil os navios da “Esquadra Branca”. Com esse espírito, no dia 10 de junho ele apresentou ao ministério um plano “que consistia em oferecer de modo formal imediatamente uma negociação diplomática com o Brasil, para exigir dele a divisão de sua esquadra conosco”. Em caso de negativa, dizia, “faríamos saber que não estávamos dispostos a permitir a incorporação dos grandes encouraçados a sua esquadra”.
Pelo menos na imaginação de Zeballos – que em sua primeira gestão como chanceler propusera aos EUA, em 1891, que apoiasse a Argentina numa intervenção armada contra o Chile –, seu país daria ao Brasil um prazo de oito dias, ao mesmo tempo em que faria gestões na Europa para explicar sua atitude às grandes potências. Em último caso, previa-se “a ocupação do Rio de Janeiro, que segundo os ministros da Guerra e Marinha, era ponto estudado e fácil, dada a situação indefesa do Brasil”. Para o bem de todos, não foi a capital brasileira que caiu, e sim o açodado ministro das Relações Exteriores da Argentina. Após a publicação do seu mirabolante plano nas páginas do diário La Nación, o governo platino não viu outra saída senão demiti-lo.
Mas as compras navais brasileiras não semearam preocupações apenas no continente. Por algum tempo, discutiu-se na Europa o impacto que teria a venda desses navios a uma das potências envolvidas na corrida naval da época. Boatos sugeriram que os navios brasileiros foram construídos para servir de reserva ao poder naval britânico. Os rumores cresceram, apesar das negativas das autoridades brasileiras. Se não era à Grã-Bretanha, seria então à sua rival Alemanha ou, quem sabe, ao Japão, cujo status internacional ascendera desde as vitórias navais sobre a China (1895) e a Rússia (1905), que o Brasil venderia seus dreadnoughts da discórdia.
Com a posse do presidente Affonso Penna em fins de 1906, o novo ministro da Marinha, almirante Alexandrino Faria de Alencar, abandonou o programa de seu antecessor, alegando que “os navios nele previstos não traduziam exatamente as idéias consagradas nas últimas guerras, sobretudo na do Extremo Oriente”, em referência à vitória da esquadra japonesa sobre a Rússia graças ao emprego de grandes navios em batalhas decisivas. Parecia que se ouviam aí as teses do capitão americano Alfred Mahan, que em seu livro Influência do poder marítimo na história (1890) enfatizava a necessidade de construção de poderosas marinhas nacionais.
Foi então que eclodiu o motim a bordo do Minas Geraes e do São Paulo. A “Revolta da Chibata”, ocorrida em fins de novembro de 1910, afogou subitamente as pretensões de modernização da esquadra e de renascimento da Marinha. Terminado o levante, acalmada a situação com a Argentina, esgotada a breve conjuntura de bonança financeira interna, o Brasil desistiu do terceiro navio encomendado, o Rio de Janeiro. Depois de sucessivos atrasos na sua construção, o navio seria vendido à Turquia e, com a eclosão da Primeira Grande Guerra em 1914, confiscado pela Grã-Bretanha.
Nos anos seguintes, Argentina e Chile também adquiririam dreadnoughts, sem que maiores tensões turvassem as águas do Sul, e com o tempo o mundo se esqueceu do Brasil e de seus encouraçados. Com o advento dos submarinos e dos porta-aviões na Primeira Guerra, navios como aqueles haviam se transformado em elefantes brancos, que, apesar de tudo, não deixam de merecer pelo menos um palpitante parágrafo na história naval brasileira.
João Roberto Martins Filho é coordenador do Arquivo de Política Militar Ana Lagôa (AAL), da Universidade Federal de São Carlos, e presidente da Associação Brasileira de Estudos de Defesa (Abed).
Estaria muito bem em um tópico sobre o emprego político do poder militar, mas apresenta aspectos geopolíticos pouquíssimos conhecidos.
Vale a pena ler.
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Colossos dos mares
A compra dos poderosos encouraçados Minas Geraes e São Paulo, no começo do século XX, criou um clima de guerra entre Brasil e Argentina
João Roberto Martins Filho
Num dia chuvoso do final de 1909, um imponente vaso de guerra cruzava Newcastle-upon-Tyne, então um dos maiores pólos da indústria naval inglesa, rumo ao estágio final de sua construção nos estaleiros High Walker, situados na mesma cidade, rio abaixo. Na altíssima ponte sobre o Rio Tyne, dezenas de trabalhadores se debruçavam, curiosos. No cais, junto aos trilhos ferroviários, outros operários, agitando seus bonés, saudavam a grande nau. O navio era o Minas Geraes – o encouraçado que colocaria o Brasil no mapa da corrida naval do pré-guerra e também deflagraria uma séria crise diplomática entre nosso país e a vizinha Argentina.
Era um dos três gigantes que comporiam a “Esquadra Branca”, que o Brasil encomendara à Inglaterra em 1906. O contrato inicial foi assinado com Armstrong Whitworth (Elswick) e previa a construção de três encouraçados. O primeiro a ficar pronto foi o Minas Geraes. O encouraçado São Paulo, de configuração semelhante, seria finalizado pouco depois. A terceira embarcação, o encouraçado Rio de Janeiro, ainda maior que os outros, não chegaria a ser entregue. Com a compra desses “leviatãs”, como se dizia, o governo federal pretendia sanar o atraso tecnológico em que a Marinha se via afundada desde a Revolta da Armada (1893). Os meios flutuantes, ou seja, a força naval brasileira, no começo do século XX, constituíam, na expressão do historiador Pereira da Cunha em seu livro sobre a revolta de 1910, “uma vergonhosa colcha de retalhos, e retalhos podres”.
Tendo em vista esse quadro lamentável, o ministro da Marinha do governo Rodrigues Alves (1902-1906), almirante Júlio César de Noronha, conseguiu fazer aprovar no Congresso Nacional, em outubro de 1904, um programa naval cuja pièce de résistance era a compra de três couraçados, inicialmente inspirados na classe britânica Triumph, com 13 mil toneladas de deslocamento, além de três cruzadores couraçados. Esse plano foi alterado em fins de 1906 graças à ação do novo ministro da Marinha do governo Affonso Penna (1906-1909), almirante Alexandrino.
O novo plano se concentrou em três encouraçados do tipo dreadnought, classe de navios inaugurada em 1906 na Inglaterra. Sua marca registrada era a padronização do calibre dos canhões, concentrados em torres rotatórias avante e a ré, ou seja, podiam disparar contra alvos inimigos localizados à frente e atrás da embarcação, além do disparo usual, em ambos os bordos. Outra característica desse tipo de navio era a velocidade, que no modelo fabricado para a Marinha brasileira chegava a vinte e um nós a plena força de seus motores de vapor a turbina. Velocidade e potência de fogo exigiam dimensões imensas. Com mais de 150 metros de popa a proa, o Minas deslocava 19 mil toneladas.
Ele foi esperado no Brasil com incontida e patriótica ansiedade. “Louros triunfais o século nos traz, vamos saudar o gigante do mar, o Minas Geraes”, cantavam os versos iniciais da seresta do mesmo nome, de autoria de Eduardo Neves. Gravada por volta de 1910, depois transformada, com outra letra, em hino não-oficial do estado de Minas Geraes, poucos sabem que sua primeira versão entoava loas a um navio couraçado.
A 17 de abril de 1910, o Minas Geraes surgiu finalmente ao largo da Baía de Guanabara, depois de passar pelos Estados Unidos para escoltar o navio de guerra norte-americano que repatriaria o corpo de Joaquim Nabuco, primeiro diplomata brasileiro a ser nomeado embaixador – e não mais ministro – brasileiro nos EUA, no contexto da política externa do barão do Rio Branco, de valorização das relações com esse país. O foco das atenções era mesmo o monstro de aço, e não o falecido Nabuco. Na primeira página do jornal O Paiz, no dia seguinte, pintou-se a belonave como “o vulto agigantado do colosso dos mares sul-americanos, o símbolo soberano de sua própria pujança, a expressão concreta de sua energia de nação”.
Na nossa vizinha Argentina, o clima era outro. Desde agosto de 1891, quando o Congresso brasileiro rejeitara o tratado que pusera fim ao litígio na fronteira entre Santa Catarina e a região argentina das Missões, as relações entre os dois países oscilavam entre boas e más, conforme o grupo político que ocupasse o poder no país platino. O Chile, por sua vez, via num bom relacionamento com o Brasil a base para sua política no continente. Após 1902, Chile e Argentina concordaram em limitar sua frota de guerra. Foi nesse quadro que eclodiu a notícia do nosso plano naval. O Chile não se preocupou muito com a questão.
Mas, na Argentina, o simples anúncio de nossas intenções já provocara imensa repercussão. “Bastaria um só dos encouraçados encomendados pelo Brasil para destruir toda a esquadra argentina e chilena”, afirmou em novembro de 1906, de Buenos Aires, o chanceler Montes de Oca. Em contraste, no Rio de Janeiro, seu colega, o barão do Rio Branco, viu nos dreadnoughts tupiniquins uma excelente oportunidade de projetar na região e no mundo a imagem de um país moderno e potente. Não por acaso, ele rechaçou como absurda a sugestão argentina de que o Brasil vendesse ao Chile e à Argentina dois dos dreadnoughts que encomendara, ficando só com um, em troca da cessão de navios menores das marinhas argentina e chilena, a fim de restabelecer o “equilíbrio” naval entre as três nações sul-americanas.
Logo em seguida, a substituição de Montes de Oca por Estanisláo Zeballos, inimigo pessoal de Rio Branco desde 1895 – quando perdera definitivamente para este o litígio de fronteiras conhecido como a Questão das Missões, em que ao Brasil foi dado ganho de causa pelo arbitramento do presidente americano Cleveland –, só fez agravar o estado de espírito entre os dois países, que chegou ao ponto de ebulição em meados de 1908. Foi então que o chanceler argentino concebeu um lance de “diplomacia defensiva” voltado contra a pretensa disposição do barão do Rio Branco de atacar seu país quando chegassem ao Brasil os navios da “Esquadra Branca”. Com esse espírito, no dia 10 de junho ele apresentou ao ministério um plano “que consistia em oferecer de modo formal imediatamente uma negociação diplomática com o Brasil, para exigir dele a divisão de sua esquadra conosco”. Em caso de negativa, dizia, “faríamos saber que não estávamos dispostos a permitir a incorporação dos grandes encouraçados a sua esquadra”.
Pelo menos na imaginação de Zeballos – que em sua primeira gestão como chanceler propusera aos EUA, em 1891, que apoiasse a Argentina numa intervenção armada contra o Chile –, seu país daria ao Brasil um prazo de oito dias, ao mesmo tempo em que faria gestões na Europa para explicar sua atitude às grandes potências. Em último caso, previa-se “a ocupação do Rio de Janeiro, que segundo os ministros da Guerra e Marinha, era ponto estudado e fácil, dada a situação indefesa do Brasil”. Para o bem de todos, não foi a capital brasileira que caiu, e sim o açodado ministro das Relações Exteriores da Argentina. Após a publicação do seu mirabolante plano nas páginas do diário La Nación, o governo platino não viu outra saída senão demiti-lo.
Mas as compras navais brasileiras não semearam preocupações apenas no continente. Por algum tempo, discutiu-se na Europa o impacto que teria a venda desses navios a uma das potências envolvidas na corrida naval da época. Boatos sugeriram que os navios brasileiros foram construídos para servir de reserva ao poder naval britânico. Os rumores cresceram, apesar das negativas das autoridades brasileiras. Se não era à Grã-Bretanha, seria então à sua rival Alemanha ou, quem sabe, ao Japão, cujo status internacional ascendera desde as vitórias navais sobre a China (1895) e a Rússia (1905), que o Brasil venderia seus dreadnoughts da discórdia.
Com a posse do presidente Affonso Penna em fins de 1906, o novo ministro da Marinha, almirante Alexandrino Faria de Alencar, abandonou o programa de seu antecessor, alegando que “os navios nele previstos não traduziam exatamente as idéias consagradas nas últimas guerras, sobretudo na do Extremo Oriente”, em referência à vitória da esquadra japonesa sobre a Rússia graças ao emprego de grandes navios em batalhas decisivas. Parecia que se ouviam aí as teses do capitão americano Alfred Mahan, que em seu livro Influência do poder marítimo na história (1890) enfatizava a necessidade de construção de poderosas marinhas nacionais.
Foi então que eclodiu o motim a bordo do Minas Geraes e do São Paulo. A “Revolta da Chibata”, ocorrida em fins de novembro de 1910, afogou subitamente as pretensões de modernização da esquadra e de renascimento da Marinha. Terminado o levante, acalmada a situação com a Argentina, esgotada a breve conjuntura de bonança financeira interna, o Brasil desistiu do terceiro navio encomendado, o Rio de Janeiro. Depois de sucessivos atrasos na sua construção, o navio seria vendido à Turquia e, com a eclosão da Primeira Grande Guerra em 1914, confiscado pela Grã-Bretanha.
Nos anos seguintes, Argentina e Chile também adquiririam dreadnoughts, sem que maiores tensões turvassem as águas do Sul, e com o tempo o mundo se esqueceu do Brasil e de seus encouraçados. Com o advento dos submarinos e dos porta-aviões na Primeira Guerra, navios como aqueles haviam se transformado em elefantes brancos, que, apesar de tudo, não deixam de merecer pelo menos um palpitante parágrafo na história naval brasileira.
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"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: GEOPOLÍTICA
Carlos Mathias escreveu:Estadão, né?
Sei...
Dicen que Brasil dio refugio político a delincuentes
Paraguay informó este lunes a un organismo de Naciones Unidas que el gobierno de Brasil concedió refugio a delincuentes buscados por secuestro y no a perseguidos políticos. Funcionarios diplomáticos entregaron un documento que explica la situación de Juan Arrom, Anuncio Martí y Víctor Colmán y piden intervención de Acnur para levantar este beneficio.
Fuente: ABC Color (Foto Archivo)
asesor jurídico de la Cancillería, Carlos Fleitas, y el embajador Federico González se reunieron este lunes en Bruselas (Bélgica) con Antonio Guterres, Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados, a fin de pedir la intervención de este organismo. González es embajador ante esta institución, conocida con las siglas de ACNUR.
Los funcionarios presentaron una nota firmada por el canciller Héctor Lacognata, en la que se informa que Brasil concedió refugio político a personas buscadas por un delito común, que es el secuestro con fines extorsivos.
Los paraguayos: Anuncio Martí, Juan Arrom y Víctor Colmán fueron beneficiados por una medida concedida por la Comisión Nacional de Refugiados (Conare) de Brasil.
El documento señala que Paraguay presentó a Brasil documentación sólida, contundente y categórica que confirma que estas personas no son perseguidos políticos, sino acusados por delitos comunes.
La misiva señala que el gobierno paraguayo reivindica su soberanía jurídica y considera que ninguna institución extranjera puede constituirse en una instancia supranacional que prive al Estado paraguayo del juzgamiento de los actos delictuales cometidos dentro del ámbito de su jurisdicción y competencia.
Paraguay, en este documento, pide la urgente y necesaria rectificación del “acto erróneo” de concesión del estatus de refugiados políticos a Arrom, Martí y Colmán.
La Cancillería pide reparar la grave violación de las normas internacionales en este caso. “Caso contrario el refugio podría ser utilizado por personas acusadas por delitos comunes como herramienta idónea para evadir su responsabilidad penal, lo que no solamente importaría un atentado contra la soberanía de los Estados involucrados, sino una violación a los instrumentos jurídicos internacionales vigentes”.
26 de Abril de 2010 13:50
unanimidade só existe no cemitério
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Re: GEOPOLÍTICA
Mas Marino, me tire uma dúvida prezado.
Na época não eram estes navios da Briosa os mais modernos no mundo ?
Tão modernos para gerar protestos no almirantado sobre a defasagem que haveria na própria Royal Fleet com relação a estes mesmos em comparação/confrontação ?
Debater é preciso.
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Re: GEOPOLÍTICA
Incontestável !!!cvn73 escreveu:Carlos Mathias escreveu:Estadão, né?
Sei...Dicen que Brasil dio refugio político a delincuentes
Paraguay informó este lunes a un organismo de Naciones Unidas que el gobierno de Brasil concedió refugio a delincuentes buscados por secuestro y no a perseguidos políticos. Funcionarios diplomáticos entregaron un documento que explica la situación de Juan Arrom, Anuncio Martí y Víctor Colmán y piden intervención de Acnur para levantar este beneficio.
Fuente: ABC Color (Foto Archivo)
asesor jurídico de la Cancillería, Carlos Fleitas, y el embajador Federico González se reunieron este lunes en Bruselas (Bélgica) con Antonio Guterres, Alto Comisionado de las Naciones Unidas para los Refugiados, a fin de pedir la intervención de este organismo. González es embajador ante esta institución, conocida con las siglas de ACNUR.
Los funcionarios presentaron una nota firmada por el canciller Héctor Lacognata, en la que se informa que Brasil concedió refugio político a personas buscadas por un delito común, que es el secuestro con fines extorsivos.
Los paraguayos: Anuncio Martí, Juan Arrom y Víctor Colmán fueron beneficiados por una medida concedida por la Comisión Nacional de Refugiados (Conare) de Brasil.
El documento señala que Paraguay presentó a Brasil documentación sólida, contundente y categórica que confirma que estas personas no son perseguidos políticos, sino acusados por delitos comunes.
La misiva señala que el gobierno paraguayo reivindica su soberanía jurídica y considera que ninguna institución extranjera puede constituirse en una instancia supranacional que prive al Estado paraguayo del juzgamiento de los actos delictuales cometidos dentro del ámbito de su jurisdicción y competencia.
Paraguay, en este documento, pide la urgente y necesaria rectificación del “acto erróneo” de concesión del estatus de refugiados políticos a Arrom, Martí y Colmán.
La Cancillería pide reparar la grave violación de las normas internacionales en este caso. “Caso contrario el refugio podría ser utilizado por personas acusadas por delitos comunes como herramienta idónea para evadir su responsabilidad penal, lo que no solamente importaría un atentado contra la soberanía de los Estados involucrados, sino una violación a los instrumentos jurídicos internacionales vigentes”.
26 de Abril de 2010 13:50
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Re: GEOPOLÍTICA
Temos acordo de extradição com o Paraguai?
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Re: GEOPOLÍTICA
http://beta.thehindu.com/opinion/lead/a ... epage=true
How does India propose to get back into the game of realignments beginning to unfold in and around Afghanistan?
Iran's recent hyper-activism in neighbouring Afghanistan and Pakistan has caused considerable consternation in large parts of the globe. In media circles, think-tanks and world chanceries, high-browed mandarins and their well-healed affiliates are trying to make sense of the latest, seemingly inscrutable piece of the Persian puzzle.
Yet Iran's deft moves in an area that the Persians have known well for thousands of years originate from deeply deliberated and well-grounded fundamentals. Ever since the 1979 Islamic revolution, Iran has been ceaselessly battling the threat of a direct American attack or an invasion by a third country that is backed by the United States. The Iraq war of 2003 brought the American forces in an eyeball-to-eyeball face-off along Iran's western borders, while the entry of the U.S. and NATO forces in Afghanistan became a potential cross-border threat to Iran from the east.
Since 2003, the Iranians have been seeking the exit of American forces from Iraq and Afghanistan. Some of their aspirations have a good chance of realisation, as the bulk of the forces are slated to leave Iraq next year. The U.S. exit from Afghanistan could begin in July 2011.
While the exit of foreign forces would mark a substantial advance, the Iranians have been looking further ahead to a post-exit scenario, in anticipation of a political vacuum that is likely to emerge once the American troops depart. Viscerally opposed to any repositioning by extra-regional players , Iran is working vigorously to establish a de facto alliance of regional countries that will dominate the geopolitical arena stretching from Turkey in the west to China in the east.
It is in this larger context of regionalising the geopolitical space that President Mahmoud Ahmadinejad set foot on Afghan soil on March 10. Afghanistan's President Hamid Karzai — who fought running battles with the Americans who were more inclined to favour his rival Abdullah Abdullah during the recent Afghan elections — received the Iranian President warmly. Like the Iranians, Mr. Karzai has concluded that the Americans are tiring in Afghanistan and that the time has come to explore deeper alignments in an alternative camp that includes Iran, and has China, Pakistan, Central Asian republics and Russia as potential allies.
While engaging the Afghans on a new footing, the Iranians have also begun to cultivate Pakistan. A major shift in the contours of their relationship can be traced to October 2009, when the Pakistan-based Jundallah group, led by Abdolmalek Rigi, killed Nour-Ali Shoushtari, and other senior commanders of the Islamic Revolution Guard Corps (IRGC). Incensed by these high-profile assassinations, in the Pishin area of the Sistan-Balochistan province, the Iranians sent a few days later their Interior Minister Mostafa Mohammad Najjar to Islamabad, with the demand for Rigi's handover. Subsequently, Rigi was nabbed in a dramatic fashion when the Iranians forced a Kyrgyzstan airlines plane in which he was travelling from Dubai to Bishkek, to land in the Iranian port city of Bandar Abbas. Influential voices in Pakistan say that Islamabad gave the vital tip off that led to Rigi's arrest. The Iranians, however, insist that the arrest was possible on account of their meticulous intelligence work, without any foreign involvement whatsoever.
Since the 2009-10 winter war in Gaza, during which Turkey openly distanced itself from Israel, the relationship between Tehran and Ankara has been warming up. Political goodwill is being translated into significant energy cooperation and both sides, despite resistance from several influential quarters, are looking at participating in the Nabucco pipeline, which will carry huge quantities of gas to Europe.
As the geopolitical alignments ahead of the U.S. pullout begin to emerge, India's absence is glaring. Piqued by India's high profile in Kabul, Pakistan's military establishment has been looking for openings that would allow it to achieve its maximalist objective of seeking India's hasty, and preferably unseemly, exit from Afghanistan.
However, two major hurdles have been impeding Pakistan's path so far. First, the rapid improvement in Indo-U.S. ties during the Bush presidency firmly deterred it from taking India head-on in Afghanistan. Second, the Afghan presidency, closely tied to New Delhi since 2001, was hostile to Islamabad.
However, the scenario changed dramatically with the exit of the Bush administration and the emergence of Barack Obama. Focussed on an exit strategy from Afghanistan, the Americans deepened their security dependence on the Pakistanis in the hope of achieving rapid success. As a result, the Indian fortress in Afghanistan which looked impregnable during the Bush era was breached. Pakistan utilised this opportunity to the hilt.
A staunch ally of India for several years, President Karzai after his re-election last year began to exhibit unusual warmth towards Pakistan. His description of India as a friend and Pakistan as a conjoined twin during his visit to Islamabad was widely seen as a demonstration of his waning affection towards New Delhi.
There has been a significant deterioration in India-Iran ties since New Delhi voted against Tehran at the International Atomic Energy Agency (IAEA) on the Iranian nuclear programme. In fact, the day India voted against Iran, it seriously jeopardised its project in Afghanistan. Without a geographically contiguous border, India can extend its reach into Afghanistan only through the Iranian corridor.
With its back to the wall, how does India propose to get back into the great game of realignments beginning to unfold in and around Afghanistan? It can draw some inspiration from its diplomatic conduct in the past — when it worked successfully with the Iranians, Russians and Central Asians, especially the Tajiks to unroll the Northern Alliance against the Taliban in 2001. With the recent visit of Russian Prime Minister Vladimir Putin to New Delhi where discussions on Afghanistan took place, India has taken its first major step in the right direction.
Mending fences with Iran has to be India's next major undertaking. However, in trying to rework its relations, India is left with only one weighty card, which it can play with good effect provided it begins to view its national interests independently and not through the tinted glasses of the U.S. With its huge requirements of energy, India needs to get back to the Iran-Pakistan-India (IPI) gas pipeline project. But in doing so, it has to substantially modify the arrangement and turn it around to suit its core long-term interests.
Iran would, with considerable enthusiasm, welcome India's participation in this project, as is evident from the provisions included in the gas deal that was signed by Iran and Pakistan in Istanbul in March. Therein lies the opportunity for India to claw back into the arrangement and take it forward from there.
Instead of waiting for others like Pakistan to seize the initiative, India can benefit substantially by boldly and formally initiating the introduction of two significant players — Russia and China — into this tie up. The Russian gas giant Gazprom has already expressed its keen interest to participate in IPI. Gazprom's representative in Tehran, Abubakir Shomuzov, has called for the extension of IPI to China, in an arrangement that would tie Russia, China, India, Pakistan and Iran together in a giant project.
Russia's participation in the IPI would be crucial for India. With Russia firmly on its side, India can, with greater ease and confidence, engage with China in this cooperative enterprise. In the debate on the extension of IPI to China, the route that this pipeline can pursue would be of vital importance. If India has to take advantage of this extension, it has to insist that the pipeline passing through Iran and Pakistan should go through an Indian transit corridor and no other alternative route before entering China.
Such an arrangement would greatly help in making the IPI-plus arrangement more stable and workable. With China, Pakistan's all-weather friend as the final beneficiary, Islamabad would find it impossible to block supplies to India. In other words, the routing of the pipeline to China via India, and the interdependence that it would generate among the various stakeholders would become New Delhi's insurance policy for obtaining assured gas supplies from Iran via Pakistan.
There is a final diplomatic dimension which needs to be added if IPI-plus is to succeed. Critics of the IPI rightly point to the security problems that this project, in the current circumstances, is bound to encounter during the pipeline's passage through the turbulent province of Balochistan. A comprehensive dialogue may therefore be the way forward to resolve this problem. India, which in recent years has gone into a diplomatic shell, can take the high-ground and propose a comprehensive six-party process. Besides itself, Afghanistan, Pakistan, Russia, China and Iran can become the core participants of this arrangement. Such a forum, carefully constructed, adequately resourced and energetically led can take head-on not only the question of Baluchistan, but all other issues that may stand in the way of a lasting trans-national energy partnership.
How does India propose to get back into the game of realignments beginning to unfold in and around Afghanistan?
Iran's recent hyper-activism in neighbouring Afghanistan and Pakistan has caused considerable consternation in large parts of the globe. In media circles, think-tanks and world chanceries, high-browed mandarins and their well-healed affiliates are trying to make sense of the latest, seemingly inscrutable piece of the Persian puzzle.
Yet Iran's deft moves in an area that the Persians have known well for thousands of years originate from deeply deliberated and well-grounded fundamentals. Ever since the 1979 Islamic revolution, Iran has been ceaselessly battling the threat of a direct American attack or an invasion by a third country that is backed by the United States. The Iraq war of 2003 brought the American forces in an eyeball-to-eyeball face-off along Iran's western borders, while the entry of the U.S. and NATO forces in Afghanistan became a potential cross-border threat to Iran from the east.
Since 2003, the Iranians have been seeking the exit of American forces from Iraq and Afghanistan. Some of their aspirations have a good chance of realisation, as the bulk of the forces are slated to leave Iraq next year. The U.S. exit from Afghanistan could begin in July 2011.
While the exit of foreign forces would mark a substantial advance, the Iranians have been looking further ahead to a post-exit scenario, in anticipation of a political vacuum that is likely to emerge once the American troops depart. Viscerally opposed to any repositioning by extra-regional players , Iran is working vigorously to establish a de facto alliance of regional countries that will dominate the geopolitical arena stretching from Turkey in the west to China in the east.
It is in this larger context of regionalising the geopolitical space that President Mahmoud Ahmadinejad set foot on Afghan soil on March 10. Afghanistan's President Hamid Karzai — who fought running battles with the Americans who were more inclined to favour his rival Abdullah Abdullah during the recent Afghan elections — received the Iranian President warmly. Like the Iranians, Mr. Karzai has concluded that the Americans are tiring in Afghanistan and that the time has come to explore deeper alignments in an alternative camp that includes Iran, and has China, Pakistan, Central Asian republics and Russia as potential allies.
While engaging the Afghans on a new footing, the Iranians have also begun to cultivate Pakistan. A major shift in the contours of their relationship can be traced to October 2009, when the Pakistan-based Jundallah group, led by Abdolmalek Rigi, killed Nour-Ali Shoushtari, and other senior commanders of the Islamic Revolution Guard Corps (IRGC). Incensed by these high-profile assassinations, in the Pishin area of the Sistan-Balochistan province, the Iranians sent a few days later their Interior Minister Mostafa Mohammad Najjar to Islamabad, with the demand for Rigi's handover. Subsequently, Rigi was nabbed in a dramatic fashion when the Iranians forced a Kyrgyzstan airlines plane in which he was travelling from Dubai to Bishkek, to land in the Iranian port city of Bandar Abbas. Influential voices in Pakistan say that Islamabad gave the vital tip off that led to Rigi's arrest. The Iranians, however, insist that the arrest was possible on account of their meticulous intelligence work, without any foreign involvement whatsoever.
Since the 2009-10 winter war in Gaza, during which Turkey openly distanced itself from Israel, the relationship between Tehran and Ankara has been warming up. Political goodwill is being translated into significant energy cooperation and both sides, despite resistance from several influential quarters, are looking at participating in the Nabucco pipeline, which will carry huge quantities of gas to Europe.
As the geopolitical alignments ahead of the U.S. pullout begin to emerge, India's absence is glaring. Piqued by India's high profile in Kabul, Pakistan's military establishment has been looking for openings that would allow it to achieve its maximalist objective of seeking India's hasty, and preferably unseemly, exit from Afghanistan.
However, two major hurdles have been impeding Pakistan's path so far. First, the rapid improvement in Indo-U.S. ties during the Bush presidency firmly deterred it from taking India head-on in Afghanistan. Second, the Afghan presidency, closely tied to New Delhi since 2001, was hostile to Islamabad.
However, the scenario changed dramatically with the exit of the Bush administration and the emergence of Barack Obama. Focussed on an exit strategy from Afghanistan, the Americans deepened their security dependence on the Pakistanis in the hope of achieving rapid success. As a result, the Indian fortress in Afghanistan which looked impregnable during the Bush era was breached. Pakistan utilised this opportunity to the hilt.
A staunch ally of India for several years, President Karzai after his re-election last year began to exhibit unusual warmth towards Pakistan. His description of India as a friend and Pakistan as a conjoined twin during his visit to Islamabad was widely seen as a demonstration of his waning affection towards New Delhi.
There has been a significant deterioration in India-Iran ties since New Delhi voted against Tehran at the International Atomic Energy Agency (IAEA) on the Iranian nuclear programme. In fact, the day India voted against Iran, it seriously jeopardised its project in Afghanistan. Without a geographically contiguous border, India can extend its reach into Afghanistan only through the Iranian corridor.
With its back to the wall, how does India propose to get back into the great game of realignments beginning to unfold in and around Afghanistan? It can draw some inspiration from its diplomatic conduct in the past — when it worked successfully with the Iranians, Russians and Central Asians, especially the Tajiks to unroll the Northern Alliance against the Taliban in 2001. With the recent visit of Russian Prime Minister Vladimir Putin to New Delhi where discussions on Afghanistan took place, India has taken its first major step in the right direction.
Mending fences with Iran has to be India's next major undertaking. However, in trying to rework its relations, India is left with only one weighty card, which it can play with good effect provided it begins to view its national interests independently and not through the tinted glasses of the U.S. With its huge requirements of energy, India needs to get back to the Iran-Pakistan-India (IPI) gas pipeline project. But in doing so, it has to substantially modify the arrangement and turn it around to suit its core long-term interests.
Iran would, with considerable enthusiasm, welcome India's participation in this project, as is evident from the provisions included in the gas deal that was signed by Iran and Pakistan in Istanbul in March. Therein lies the opportunity for India to claw back into the arrangement and take it forward from there.
Instead of waiting for others like Pakistan to seize the initiative, India can benefit substantially by boldly and formally initiating the introduction of two significant players — Russia and China — into this tie up. The Russian gas giant Gazprom has already expressed its keen interest to participate in IPI. Gazprom's representative in Tehran, Abubakir Shomuzov, has called for the extension of IPI to China, in an arrangement that would tie Russia, China, India, Pakistan and Iran together in a giant project.
Russia's participation in the IPI would be crucial for India. With Russia firmly on its side, India can, with greater ease and confidence, engage with China in this cooperative enterprise. In the debate on the extension of IPI to China, the route that this pipeline can pursue would be of vital importance. If India has to take advantage of this extension, it has to insist that the pipeline passing through Iran and Pakistan should go through an Indian transit corridor and no other alternative route before entering China.
Such an arrangement would greatly help in making the IPI-plus arrangement more stable and workable. With China, Pakistan's all-weather friend as the final beneficiary, Islamabad would find it impossible to block supplies to India. In other words, the routing of the pipeline to China via India, and the interdependence that it would generate among the various stakeholders would become New Delhi's insurance policy for obtaining assured gas supplies from Iran via Pakistan.
There is a final diplomatic dimension which needs to be added if IPI-plus is to succeed. Critics of the IPI rightly point to the security problems that this project, in the current circumstances, is bound to encounter during the pipeline's passage through the turbulent province of Balochistan. A comprehensive dialogue may therefore be the way forward to resolve this problem. India, which in recent years has gone into a diplomatic shell, can take the high-ground and propose a comprehensive six-party process. Besides itself, Afghanistan, Pakistan, Russia, China and Iran can become the core participants of this arrangement. Such a forum, carefully constructed, adequately resourced and energetically led can take head-on not only the question of Baluchistan, but all other issues that may stand in the way of a lasting trans-national energy partnership.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: GEOPOLÍTICA
Sim, temos com todos países do mercosul.Túlio escreveu:Temos acordo de extradição com o Paraguai?
Juan Arrom e Anuncio Martí se não estou errado, a eles são imputados um sequestro em 2002, há fortes razões para dizer que as provas sejam meio estranhas e não tão robustas assim...mas, pode ser que os paraguaios tenham feito outros delitos, eu se fosse chanceler brasileiro daria as três jacas e ficaria com o (canhão) cristão, afinal se tem erro do judiciário dela é problema do país do bispo.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
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Re: GEOPOLÍTICA
Sim.Rogério Lima escreveu:Mas Marino, me tire uma dúvida prezado.
Na época não eram estes navios da Briosa os mais modernos no mundo ?
Tão modernos para gerar protestos no almirantado sobre a defasagem que haveria na própria Royal Fleet com relação a estes mesmos em comparação/confrontação ?
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"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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