Projeto VANT
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Re: Projeto VANT
Quem nos dera poder copiar essa belezinha.
Os Chinas estão certos mesmo, CTRL-C neles.
Até para copiar o sujeito tem que ter competência.
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- Marino
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Re: Projeto VANT
Site Brasil Wiki
Chegou a vez dos Vants na Defesa
O ministro da Defesa Nelson Jobim, em entrevista a revista ÉPOCA (622), declara que os interesses do Brasil em Israel, na área da defesa, estão relacionados aos Veículos Aéreos Não Tripulados, os Vants. O ministro afirma também que está examinando a possibilidade de produzir Vants no Brasil com uma empresa nacional associada a uma israelense. O Estado de Israel por motivos óbvios acumulou grande conhecimento nesta área da indústria aeronáutica e desenvolveu uma sofisticada tecnologia para fabricar aviões não tripulados.
Os Vants tal qual hoje os conhecemos passaram da ficção científica à realidade em pouco mais de três décadas. São produtos decorrentes principalmente do feliz casamento das tecnologias aeronáuticas com as modernas tecnologias da informação e comunicação, e são voltados para atender especialmente as necessidades prementes das áreas da defesa e segurança pública.
Ingênuos aeromodelos controlados remotamente evoluíram com a inovação tecnológica para alvos aeronáuticos teleguiados usados em treinamento - os dromes - que mais adiante permitiram, em nova etapa de evolução, o surgimento de sofisticados aviões robôs, hoje empregados em operações de vigilância, reconhecimento, inteligência, sensoriamento remoto, e até mesmo ataque.
Teóricos da Estratégia Aérea já esboçam um cenário futuro, não muito distante, onde uma Força Aérea faz operações ofensivas empregando exclusivamente aviões não tripulados, dirigidos remotamente por experientes pilotos, instalados em local seguro e muito distante do teatro de operações. Cenários semelhantes e com riqueza de detalhes já foram convertidos em roteiros de sucesso de Hollywood.
Atualmente, existem Vants para todos os gostos, empregos e bolsos: desenvolvidos em projetos experimentais ou em linha comercial; com maneiras distintas para decolagem; diversos períodos de autonomia de vôo; projetados por empresas privadas ou por consórcios do complexo industrial-militar, com tamanhos variando das dimensões de um inseto até um Boeing 737; disponíveis a preços variados e entregues depois de uma compra na Internet, ou até mesmo após um longo e burocrático processo de negociação seguido de um acordo militar. Podem ser tema de pesquisa do mais comum dos cidadãos ou de reservados centros de pesquisa e de tecnologia voltados para a Defesa.
A "Estratégia Nacional de Defesa" (EsNaDe, 2008) contempla o uso de Vants no Brasil pelas Forças Armadas em missões de monitoramento e controle, vigilância e combate. Para a Marinha, estabelece como objetivo "o monitoramento da superfície do mar" [aéreo e espacial] (§6); para o Exército, prevê "o monitoramento / controle, como componente do imperativo de flexibilidade", com o uso de "meios aéreos e terrestres" (§5); e para a Aeronáutica, "o avanço nos programas de veículos aéreos não tripulados, primeiro de vigilância e depois de combate" (§5). Neste contexto os Vants aparecem como instrumentos para a perfeita efetivação do trinômio "monitoramento/controle, mobilidade e presença", a terceira das diretrizes que pautam a EsNaDe.
Em um dos seus eixos estruturantes a EsNaDe sinaliza "à reorganização da indústria nacional de material de defesa, para assegurar que o atendimento das necessidades de equipamento das Forças Armadas apóie-se em tecnologias nacionais". Esta premissa implica na diretriz de número 22 que enseja "capacitar a indústria nacional de material de defesa para que conquiste autonomia em tecnologias indispensáveis à defesa". Por esta orientação doutrinária a associação de empresas nacionais com israelenses na produção de Vants, para usos nas missões das Forças Armadas, estaria plenamente recepcionada no espírito e na letra da EsNaDe.
Em janeiro de 2010 o ministro Jobim visitou por cinco dias o Estado de Israel para discutir dentre outros assuntos uma possível aquisição pelo governo brasileiro de aviões não tripulados fabricados em Israel. Durante a visita foi conhecer, por exemplo, a IAI (’Israel Aerospace Industries’), empresa parceira da Boeing na produção de peças dos caça F-15 utilizados por Israel; e citou que a Elbit, empresa israelense instalada em Porto Alegre e atuando no setor aeronáutico, é uma possível candidata para a realização de projetos e acordos conjuntos com a Defesa na área de Vants.
Durante a visita a Israel o ministro Jobim afirmou: "O interesse pelos Vants está vinculado à nossa estratégia. Eles são a melhor forma de monitorar a Amazônia, já que é impossível ter acesso a toda extensão da fronteira, de 12 mil quilômetros. A zona do pré-sal também é outra área crítica, naquela faixa entre Florianópolis e o Espírito Santo, com 300 milhas náuticas de profundidade".
Em passado recente, o Brasil já comprou Vants de Israel para uso na Polícia Federal. As negociações atuais referem-se a "aeronaves mais sofisticadas e com preço mais elevado, para fins militares e não policiais".
A EsNaDe criou perspectivas para a defesa nacional, sua estratégia e indústria. A partir dela foram concebidos programas para o reaparelhamento das Forças Armadas com cronogramas previstos e orçamentos estimados, ambos de ampla divulgação para o conhecimento do público.
Em números arredondados serão inicialmente destinados para a Marinha, U$ 10 bilhões a serem investidos principalmente na aquisição de submarinos; ao Exército, US$ 10 bilhões, destinados ao programa "Combatente do Futuro"; e para a Aeronáutica, US$ 6 bilhões a ser empregados na aquisição de caças, previstos no programa FX-2.
Para o "programa de Vants", com aquisição e capacitação de empresas nacionais, atualmente sobra boa vontade, mas faltam ainda os acordos de parceria, os prazos e orçamentos estimados. Problemas que o tempo irá resolver. Na entrevista para a revista "ÉPOCA" o ministro Jobim revelou que o longo prazo na Defesa representa "uns 20 anos". Ao certo por ora sabemos que o Brasil recorreu ao país - Israel - onde estão acumuladas incontestáveis conquistas neste setor tecnológico, e também que os Vants são instrumentos prioritários na execução de estratégias de Defesa acolhidas pela EsNaDe.
Chegou a vez dos Vants na Defesa
O ministro da Defesa Nelson Jobim, em entrevista a revista ÉPOCA (622), declara que os interesses do Brasil em Israel, na área da defesa, estão relacionados aos Veículos Aéreos Não Tripulados, os Vants. O ministro afirma também que está examinando a possibilidade de produzir Vants no Brasil com uma empresa nacional associada a uma israelense. O Estado de Israel por motivos óbvios acumulou grande conhecimento nesta área da indústria aeronáutica e desenvolveu uma sofisticada tecnologia para fabricar aviões não tripulados.
Os Vants tal qual hoje os conhecemos passaram da ficção científica à realidade em pouco mais de três décadas. São produtos decorrentes principalmente do feliz casamento das tecnologias aeronáuticas com as modernas tecnologias da informação e comunicação, e são voltados para atender especialmente as necessidades prementes das áreas da defesa e segurança pública.
Ingênuos aeromodelos controlados remotamente evoluíram com a inovação tecnológica para alvos aeronáuticos teleguiados usados em treinamento - os dromes - que mais adiante permitiram, em nova etapa de evolução, o surgimento de sofisticados aviões robôs, hoje empregados em operações de vigilância, reconhecimento, inteligência, sensoriamento remoto, e até mesmo ataque.
Teóricos da Estratégia Aérea já esboçam um cenário futuro, não muito distante, onde uma Força Aérea faz operações ofensivas empregando exclusivamente aviões não tripulados, dirigidos remotamente por experientes pilotos, instalados em local seguro e muito distante do teatro de operações. Cenários semelhantes e com riqueza de detalhes já foram convertidos em roteiros de sucesso de Hollywood.
Atualmente, existem Vants para todos os gostos, empregos e bolsos: desenvolvidos em projetos experimentais ou em linha comercial; com maneiras distintas para decolagem; diversos períodos de autonomia de vôo; projetados por empresas privadas ou por consórcios do complexo industrial-militar, com tamanhos variando das dimensões de um inseto até um Boeing 737; disponíveis a preços variados e entregues depois de uma compra na Internet, ou até mesmo após um longo e burocrático processo de negociação seguido de um acordo militar. Podem ser tema de pesquisa do mais comum dos cidadãos ou de reservados centros de pesquisa e de tecnologia voltados para a Defesa.
A "Estratégia Nacional de Defesa" (EsNaDe, 2008) contempla o uso de Vants no Brasil pelas Forças Armadas em missões de monitoramento e controle, vigilância e combate. Para a Marinha, estabelece como objetivo "o monitoramento da superfície do mar" [aéreo e espacial] (§6); para o Exército, prevê "o monitoramento / controle, como componente do imperativo de flexibilidade", com o uso de "meios aéreos e terrestres" (§5); e para a Aeronáutica, "o avanço nos programas de veículos aéreos não tripulados, primeiro de vigilância e depois de combate" (§5). Neste contexto os Vants aparecem como instrumentos para a perfeita efetivação do trinômio "monitoramento/controle, mobilidade e presença", a terceira das diretrizes que pautam a EsNaDe.
Em um dos seus eixos estruturantes a EsNaDe sinaliza "à reorganização da indústria nacional de material de defesa, para assegurar que o atendimento das necessidades de equipamento das Forças Armadas apóie-se em tecnologias nacionais". Esta premissa implica na diretriz de número 22 que enseja "capacitar a indústria nacional de material de defesa para que conquiste autonomia em tecnologias indispensáveis à defesa". Por esta orientação doutrinária a associação de empresas nacionais com israelenses na produção de Vants, para usos nas missões das Forças Armadas, estaria plenamente recepcionada no espírito e na letra da EsNaDe.
Em janeiro de 2010 o ministro Jobim visitou por cinco dias o Estado de Israel para discutir dentre outros assuntos uma possível aquisição pelo governo brasileiro de aviões não tripulados fabricados em Israel. Durante a visita foi conhecer, por exemplo, a IAI (’Israel Aerospace Industries’), empresa parceira da Boeing na produção de peças dos caça F-15 utilizados por Israel; e citou que a Elbit, empresa israelense instalada em Porto Alegre e atuando no setor aeronáutico, é uma possível candidata para a realização de projetos e acordos conjuntos com a Defesa na área de Vants.
Durante a visita a Israel o ministro Jobim afirmou: "O interesse pelos Vants está vinculado à nossa estratégia. Eles são a melhor forma de monitorar a Amazônia, já que é impossível ter acesso a toda extensão da fronteira, de 12 mil quilômetros. A zona do pré-sal também é outra área crítica, naquela faixa entre Florianópolis e o Espírito Santo, com 300 milhas náuticas de profundidade".
Em passado recente, o Brasil já comprou Vants de Israel para uso na Polícia Federal. As negociações atuais referem-se a "aeronaves mais sofisticadas e com preço mais elevado, para fins militares e não policiais".
A EsNaDe criou perspectivas para a defesa nacional, sua estratégia e indústria. A partir dela foram concebidos programas para o reaparelhamento das Forças Armadas com cronogramas previstos e orçamentos estimados, ambos de ampla divulgação para o conhecimento do público.
Em números arredondados serão inicialmente destinados para a Marinha, U$ 10 bilhões a serem investidos principalmente na aquisição de submarinos; ao Exército, US$ 10 bilhões, destinados ao programa "Combatente do Futuro"; e para a Aeronáutica, US$ 6 bilhões a ser empregados na aquisição de caças, previstos no programa FX-2.
Para o "programa de Vants", com aquisição e capacitação de empresas nacionais, atualmente sobra boa vontade, mas faltam ainda os acordos de parceria, os prazos e orçamentos estimados. Problemas que o tempo irá resolver. Na entrevista para a revista "ÉPOCA" o ministro Jobim revelou que o longo prazo na Defesa representa "uns 20 anos". Ao certo por ora sabemos que o Brasil recorreu ao país - Israel - onde estão acumuladas incontestáveis conquistas neste setor tecnológico, e também que os Vants são instrumentos prioritários na execução de estratégias de Defesa acolhidas pela EsNaDe.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Projeto VANT
O ministro está atrasado,nas planicies longinquas da estepe meridional já existe um Deus grego vendo tudo...........
Grande abraço
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- Thor
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Re: Projeto VANT
Desculpe a INgnorância, mas se refere ao Heron II ou ao Hermes 450?? Ou outro??juarez castro escreveu:O ministro está atrasado,nas planicies longinquas da estepe meridional já existe um Deus grego vendo tudo...........
Grande abraço
Brasil acima de tudo!!!
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Re: Projeto VANT
Quanto o Juarez diz "O ministro está atrasado,nas planicies longinquas da estepe meridional já existe um Deus grego vendo tudo.."brisa escreveu:Pois é..... o Juarez vem cá, solta uma bomba atomica destas e depois some....
Acho que ele se refere ao Hermes 450.
Hermes era, na mitologia grega, um dos deuses olímpicos, filho de Zeus e de Maia.
Heron de Alexandria foi um sábio matemático e mecânico grego, do começo da era cristã (século I).
Quanto "as planícies longínquas da estepe meridional", parece se referir as operações do Hermes 450 a partir da Base de Santa Maria.
Abs,
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Re: Projeto VANT
Interessante lermos sobre emprego de VANT:
EUA travam ''guerra de videogame''
Embora ataques feitos por aviões não tripulados no Paquistão e Afeganistão sejam seguros para americanos, danos colaterais são enormes
A mais de 10 mil quilômetros do Paquistão e do Afeganistão, confortavelmente sentados em suas poltronas, em centros de controle nos Estados Unidos, soldados americanos estão travando uma guerra de controle remoto. De uma base militar em Nevada, a uma hora de Las Vegas, e do quartel-general da CIA, em Langley, esses americanos pilotam Predators e Reapers - as principais aeronaves de pilotagem remota (RPAs) - que sobrevoam zonas tribais do Paquistão e confins do Afeganistão. Segundo o Pentágono, boa parte da liderança do Taleban e da Al-Qaeda foi morta com mísseis e bombas disparados por essas aeronaves.
O problema é que esses ataques não são cirúrgicos. Embora sejam seguros para os americanos e eficientes contra a Al-Qaeda, os danos colaterais são enormes: segundo entidades de direitos humanos, entre 30% e 70% das mais de 1.000 vítimas dos ataques desde 2006 são civis inocentes.
Há mais de 7 mil RPAs americanas sendo usadas no Afeganistão, Paquistão e Iraque. É difícil precisar, mas calcula-se que a vida de milhares de soldados americanos foi salva com o uso desses jatos, disse ao Estado Peter Warren Singer, diretor do Centro de Defesa do Século 21 no Brookings Institution.
Mas os desafios morais e éticos representados por essa guerra de videogame são enormes. O sentimento antiamericano na região está crescendo por causa dos ataques dos RPAs. Uma música de rock popular no Paquistão diz que os americanos travam uma guerra sem honra, na qual nem arriscam suas vidas nem lutam cara a cara. Esse sentimento antiamericano e as centenas de mortes de civis levam as populações locais a apoiarem os insurgentes - o que acaba minando os esforços dos EUA para ganhar a guerra.
Investimento
Mesmo assim, a disseminação dos RPAs é inexorável, diz Singer. Um terço do futuros aviões da Força Aérea dos EUA será não tripulado. O avanço da guerra de videogame não se restringe aos EUA - 43 outros países também estão construindo, comprando e usando RPAs, entre eles, o Irã. Um MQ1, nome técnico do Predator, tem 8 metros de comprimento, tipicamente carrega dois mísseis Hellfire, um embaixo de cada asa, cada um pesando 45 quilos. O sistema todo custa US$ 20 milhões. Um MQ9, ou Reaper, tem 17 metros, pode levar entre 2 e 4 bombas de 230 quilos cada uma, ou mísseis Hellfire. Custa US$ 53 milhões. O orçamento de 2010 do Departamento de Defesa aloca US$ 3,5 bilhões só para RPAs. Houve um aumento de 800% no número de RPAs desde 2004.
No caso da Força Aérea, a grande maioria das missões de RPAs é para reconhecimento e vigilância. Em poucos casos, os Predators e Reapers atacam com mísseis e bombas inimigos identificados por forças americanas no fronte. Já os ataques contra insurgentes no Paquistão são conduzidos pela CIA. Trata-se de uma guerra clandestina, cuja existência não é abertamente admitida pela Casa Branca, que não precisou pedir autorização ao Congresso e nem presta contas disso.
Em texto para a revista Foreign Affairs, Daniel Byman, diretor do Centro de estudos de Segurança da Universidade Georgetown, diz que os ataques de RPAs vêm reduzindo a ameaça da Al-Qaeda pelo menos temporariamente, e por isso são a "alternativa menos ruim" no momento. "Mas apesar de todas as precauções, ataques contínuos de Predator vão matar civis inocentes, além do inimigo", disse Byman.
Philip Alston, investigador especial do conselho de Direitos Humanos da ONU, elaborou um relatório sobre as mortes de civis causadas por ataques de RPAs americanos em 2009. "O governo americano deveria monitorar o número de civis mortos em seus ataques com aeronaves não tripuladas e limitar danos colaterais", afirmou Alston. Segundo ele, o uso "cada vez mais frequente" de RPAs pelos EUA é "preocupante".
EUA travam ''guerra de videogame''
Embora ataques feitos por aviões não tripulados no Paquistão e Afeganistão sejam seguros para americanos, danos colaterais são enormes
A mais de 10 mil quilômetros do Paquistão e do Afeganistão, confortavelmente sentados em suas poltronas, em centros de controle nos Estados Unidos, soldados americanos estão travando uma guerra de controle remoto. De uma base militar em Nevada, a uma hora de Las Vegas, e do quartel-general da CIA, em Langley, esses americanos pilotam Predators e Reapers - as principais aeronaves de pilotagem remota (RPAs) - que sobrevoam zonas tribais do Paquistão e confins do Afeganistão. Segundo o Pentágono, boa parte da liderança do Taleban e da Al-Qaeda foi morta com mísseis e bombas disparados por essas aeronaves.
O problema é que esses ataques não são cirúrgicos. Embora sejam seguros para os americanos e eficientes contra a Al-Qaeda, os danos colaterais são enormes: segundo entidades de direitos humanos, entre 30% e 70% das mais de 1.000 vítimas dos ataques desde 2006 são civis inocentes.
Há mais de 7 mil RPAs americanas sendo usadas no Afeganistão, Paquistão e Iraque. É difícil precisar, mas calcula-se que a vida de milhares de soldados americanos foi salva com o uso desses jatos, disse ao Estado Peter Warren Singer, diretor do Centro de Defesa do Século 21 no Brookings Institution.
Mas os desafios morais e éticos representados por essa guerra de videogame são enormes. O sentimento antiamericano na região está crescendo por causa dos ataques dos RPAs. Uma música de rock popular no Paquistão diz que os americanos travam uma guerra sem honra, na qual nem arriscam suas vidas nem lutam cara a cara. Esse sentimento antiamericano e as centenas de mortes de civis levam as populações locais a apoiarem os insurgentes - o que acaba minando os esforços dos EUA para ganhar a guerra.
Investimento
Mesmo assim, a disseminação dos RPAs é inexorável, diz Singer. Um terço do futuros aviões da Força Aérea dos EUA será não tripulado. O avanço da guerra de videogame não se restringe aos EUA - 43 outros países também estão construindo, comprando e usando RPAs, entre eles, o Irã. Um MQ1, nome técnico do Predator, tem 8 metros de comprimento, tipicamente carrega dois mísseis Hellfire, um embaixo de cada asa, cada um pesando 45 quilos. O sistema todo custa US$ 20 milhões. Um MQ9, ou Reaper, tem 17 metros, pode levar entre 2 e 4 bombas de 230 quilos cada uma, ou mísseis Hellfire. Custa US$ 53 milhões. O orçamento de 2010 do Departamento de Defesa aloca US$ 3,5 bilhões só para RPAs. Houve um aumento de 800% no número de RPAs desde 2004.
No caso da Força Aérea, a grande maioria das missões de RPAs é para reconhecimento e vigilância. Em poucos casos, os Predators e Reapers atacam com mísseis e bombas inimigos identificados por forças americanas no fronte. Já os ataques contra insurgentes no Paquistão são conduzidos pela CIA. Trata-se de uma guerra clandestina, cuja existência não é abertamente admitida pela Casa Branca, que não precisou pedir autorização ao Congresso e nem presta contas disso.
Em texto para a revista Foreign Affairs, Daniel Byman, diretor do Centro de estudos de Segurança da Universidade Georgetown, diz que os ataques de RPAs vêm reduzindo a ameaça da Al-Qaeda pelo menos temporariamente, e por isso são a "alternativa menos ruim" no momento. "Mas apesar de todas as precauções, ataques contínuos de Predator vão matar civis inocentes, além do inimigo", disse Byman.
Philip Alston, investigador especial do conselho de Direitos Humanos da ONU, elaborou um relatório sobre as mortes de civis causadas por ataques de RPAs americanos em 2009. "O governo americano deveria monitorar o número de civis mortos em seus ataques com aeronaves não tripuladas e limitar danos colaterais", afirmou Alston. Segundo ele, o uso "cada vez mais frequente" de RPAs pelos EUA é "preocupante".
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Re: Projeto VANT
Interessante. A equipe parece ser bem jovem. Tem até veículo submarino:
http://xmobots.com/Versions/EN/LAAD_Photos.html
http://xmobots.com/Versions/EN/LAAD_Photos.html
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: Projeto VANT
Eu conheci esses caras da Xmobots já faz um tempo.
A empresa nasceu dentro da USP. É bem promissora.
A empresa nasceu dentro da USP. É bem promissora.
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Re: Projeto VANT
FAB inicia avaliação de VANT na Base Aérea de Santa Maria
7 de maio de 2010, em UAV, VANT, por Alexandre Galante
Do interior de um abrigo (shelter) especialmente montado para operações militares na Base Aérea de Santa Maria (RS), pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a escrever, neste ano, mais um importante capítulo na história da instituição. Controlado por intermédio de sofisticados computadores e sistemas de enlace de dados, essas aeronaves realizarão diversificadas missões em áreas para isso reservadas.
O treinamento faz parte do projeto de veículos aéreos não-tripulados (VANT), iniciado em dezembro do ano passado com a criação de um grupo de trabalho para estudar a implantação desse sistema na FAB.
O equipamento em avaliação é o Hermes 450, fabricado pela empresa israelensa Elbit Systems, e que envolve a participação de sua subsidiária no Brasil, a empresa Aeroeletrônica, com sede em Porto Alegre.
O VANT mede 10 metros de comprimento e 6 metros de envergadura (da ponta de uma asa a outra). Voa a 110 km/h, pode atingir cerca de 5 mil metros de altitude e pode permanecer por mais de 15 horas em voo.
O equipamento chegou ao país em 9 de dezembro do ano passado e, ao longo do mês de janeiro, militares da FAB iniciaram o seu treinamento com o apoio de especialistas israelenses.
A FAB espera concluir a etapa de avaliação até o final do ano. Nesse período, também participarão do Grupo de Trabalho representantes do Exército e da Marinha.
Voo de apresentação oficial
No próximo dia 10 de maio, ocorrerá na Base Aérea de Santa Maria, o voo inaugural e de apresentação oficial do VANT e será apresentado ao Comandante da Aeronáutica e as outras autoridades.
FICHA TÉCNICA
Comprimento: 6 m
Envergadura: 10 m
Velocidade de Cruzeiro: 110 km/h
Peso de decolagem: 450 kg
Carga útil 150 kg
Autonomia: 20 ou 30 horas
Teto Operacional: 5.000 m
FONTE: CECOMSAER
7 de maio de 2010, em UAV, VANT, por Alexandre Galante
Do interior de um abrigo (shelter) especialmente montado para operações militares na Base Aérea de Santa Maria (RS), pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a escrever, neste ano, mais um importante capítulo na história da instituição. Controlado por intermédio de sofisticados computadores e sistemas de enlace de dados, essas aeronaves realizarão diversificadas missões em áreas para isso reservadas.
O treinamento faz parte do projeto de veículos aéreos não-tripulados (VANT), iniciado em dezembro do ano passado com a criação de um grupo de trabalho para estudar a implantação desse sistema na FAB.
O equipamento em avaliação é o Hermes 450, fabricado pela empresa israelensa Elbit Systems, e que envolve a participação de sua subsidiária no Brasil, a empresa Aeroeletrônica, com sede em Porto Alegre.
O VANT mede 10 metros de comprimento e 6 metros de envergadura (da ponta de uma asa a outra). Voa a 110 km/h, pode atingir cerca de 5 mil metros de altitude e pode permanecer por mais de 15 horas em voo.
O equipamento chegou ao país em 9 de dezembro do ano passado e, ao longo do mês de janeiro, militares da FAB iniciaram o seu treinamento com o apoio de especialistas israelenses.
A FAB espera concluir a etapa de avaliação até o final do ano. Nesse período, também participarão do Grupo de Trabalho representantes do Exército e da Marinha.
Voo de apresentação oficial
No próximo dia 10 de maio, ocorrerá na Base Aérea de Santa Maria, o voo inaugural e de apresentação oficial do VANT e será apresentado ao Comandante da Aeronáutica e as outras autoridades.
FICHA TÉCNICA
Comprimento: 6 m
Envergadura: 10 m
Velocidade de Cruzeiro: 110 km/h
Peso de decolagem: 450 kg
Carga útil 150 kg
Autonomia: 20 ou 30 horas
Teto Operacional: 5.000 m
FONTE: CECOMSAER
- Thor
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Re: Projeto VANT
A FAB já vem trabalhando há algum tempo nesse projeto. O objetivo inicial é o estabelecimento de doutrina e levantamento das capacidades.EDSON escreveu:FAB inicia avaliação de VANT na Base Aérea de Santa Maria
7 de maio de 2010, em UAV, VANT, por Alexandre Galante
Do interior de um abrigo (shelter) especialmente montado para operações militares na Base Aérea de Santa Maria (RS), pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) começaram a escrever, neste ano, mais um importante capítulo na história da instituição. Controlado por intermédio de sofisticados computadores e sistemas de enlace de dados, essas aeronaves realizarão diversificadas missões em áreas para isso reservadas.
O treinamento faz parte do projeto de veículos aéreos não-tripulados (VANT), iniciado em dezembro do ano passado com a criação de um grupo de trabalho para estudar a implantação desse sistema na FAB.
O equipamento em avaliação é o Hermes 450, fabricado pela empresa israelensa Elbit Systems, e que envolve a participação de sua subsidiária no Brasil, a empresa Aeroeletrônica, com sede em Porto Alegre.
O VANT mede 10 metros de comprimento e 6 metros de envergadura (da ponta de uma asa a outra). Voa a 110 km/h, pode atingir cerca de 5 mil metros de altitude e pode permanecer por mais de 15 horas em voo.
O equipamento chegou ao país em 9 de dezembro do ano passado e, ao longo do mês de janeiro, militares da FAB iniciaram o seu treinamento com o apoio de especialistas israelenses.
A FAB espera concluir a etapa de avaliação até o final do ano. Nesse período, também participarão do Grupo de Trabalho representantes do Exército e da Marinha.
Voo de apresentação oficial
No próximo dia 10 de maio, ocorrerá na Base Aérea de Santa Maria, o voo inaugural e de apresentação oficial do VANT e será apresentado ao Comandante da Aeronáutica e as outras autoridades.
FICHA TÉCNICA
Comprimento: 6 m
Envergadura: 10 m
Velocidade de Cruzeiro: 110 km/h
Peso de decolagem: 450 kg
Carga útil 150 kg
Autonomia: 20 ou 30 horas
Teto Operacional: 5.000 m
FONTE: CECOMSAER
Dizem que num futuro não muito distante será definido qual o equipamento e onde serão estabelecidos os esquadrões.
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Re: Projeto VANT
Aí, rapaziada.....alguém tem alguma notícia sobre a especulada cooperação Br-AS no vant Bateleur???
"O dia em que os EUA aportarem porta aviões, navios de guerra, jatos e helicópteros apache sobre o território brasileiro, aposto que muitos brasileiros vão sair correndo gritando: "me leva, junto! me leva, junto!"
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Re: Projeto VANT
Eu acho que aquilo foi só especulação.
Pelo que lembro, a FAB enviou um pedido formal de informações sobre o Bateleur. E a história morreu assim.
Eu não sei mais nada.
Walter, Thor, Marino podem ter alguma informação.
Pelo que lembro, a FAB enviou um pedido formal de informações sobre o Bateleur. E a história morreu assim.
Eu não sei mais nada.
Walter, Thor, Marino podem ter alguma informação.
Re: Projeto VANT
Tinha conversa dos russos participarem. Não sei como anda o projeto.
http://www.engineeringnews.co.za/articl ... 2010-02-19
http://www.engineeringnews.co.za/articl ... 2010-02-19
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Re: Projeto VANT
Thor,Thor escreveu:
A FAB já vem trabalhando há algum tempo nesse projeto. O objetivo inicial é o estabelecimento de doutrina e levantamento das capacidades.
Dizem que num futuro não muito distante será definido qual o equipamento e onde serão estabelecidos os esquadrões.
Vc está dizendo que a FAB planeja comprar o Hermes 450 inicialmente para estabelecimento da doutrina, e após isso, traçar um caminho mais concreto sobre os UAVs?
Abraços