Crise Econômica Mundial

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Bourne
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Re: Crise Econômica Mundial

#1546 Mensagem por Bourne » Sáb Abr 17, 2010 3:08 pm

Ohhh... Cabeça. Deveria estar preocupado com a ação dos especuladores anônimos. Esses sim chegam arrebentando se sentem que dá para lucrar quebrando alguém. Sobre a união européia e seus desequilíbrios é complicado explicar, mas tem a ver com a própria dinâmica dos desesquilibrios dentro da zona e não apenas ações de países isolados.




PRick

Re: Crise Econômica Mundial

#1547 Mensagem por PRick » Dom Abr 18, 2010 3:55 pm

cabeça de martelo escreveu:Expliquem como se eu tivesse 2 anos como é que é possível ainda alguém pensar que estes ataques a Portugal são um acaso da vida, depois de sabermos que já houve reuniões entre conhecidos especuladores financeiros internacionais para lixar a Grécia?

A Grécia lá está a receber algum (pouco) apoio da generalidade dos países da UE, vai tentando se safar, enquanto isso Portugal torna-se na próxima vitima.

Eu quero é que esses FDP se vão [006]

Nisto tudo quem se lixa é o povinho que tem que aguentar... :evil:
Mas esse é um dos grandes problemas do mundo atual, você consegue expropriar e acumular riqueza muito mais rápido, jogando no cassino especulativo, que investindo em uma atividade produtiva.

Os especuladores sabem muito bem contra quem eles podem apostar, como no caso do Brasil em 1997/1998. Veja se hoje algum maluco tenta um ataque especulativo quando temos reservas cambiais acima de 240 bilhões de dólares.

As manobras dos EUA após 1970, para continuar a se manter como economia hegenômica, começaram a cobrar um preço ao sistema como um todo a partir da primeira Crise do Petróleo, depois o preço só aumentou. O superdimensionamento do mercado financeiro agora é um peso enorme para o sistema produtivo arcar, é como se tivessem afogando as economias num monte de moeda, uma liquidez que serve apenas para tornar o sistema menos viável. Como ocorre em quase todas as partes do mundo, o retorno de seu investimento costuma ser maior e mais seguro jogando ele no cassino, que abrindo uma industria.

Veja que o sistema está implodindo por dentro, e minando a hegemonia anterior, o que estamos assistindo deverá ter um desfecho igual ao passado, quer dizer uma troca da hegemonia. Porém, não parece que a China poderá segurar ou mesmo ter a mesma dominância dos EUA, será algo muito mais difuso, dado a conjuntura global e as limitações internas da própria China.

De toda a forma, o sistema parece caminhar para sufocar as pequenas economias, quer elas estejam ou não em Blocos Econômicos, para mim, o que a crise atual da UE prova, é que as pequenas economias não estão protegidas e seguras só por estarem dentro de um Bloco Econômico, nesse ponto eu concordo com a visão geral do Bourne, um Bloco Econômico está longe de ser um espaço nacional de mercado, a UE não é uma país, mas um conjunto de países dentro de um Bloco.

[]´s




Vitor
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Re: Crise Econômica Mundial

#1548 Mensagem por Vitor » Dom Abr 18, 2010 5:41 pm

Bourne escreveu:Só existe a visão de Marx? Mais especificamente do nicho obscurecido chamado braudeliano?

Outras explicações para a realidade:

:arrow: Pessoal dos jornais e maistream em geral: a crise ocorreu por fatores exogênos ao mercado. Deixem que o mercado sozinho voltará ao equilibrio no longo prazo e todos seremos felizes para sempre. É sério. O mundo pensa assim, especialmente os BCs em tempos de estabilidade. Na crise descobrem que não serve.

:arrow: Os pós-keynesianos estilo Misnky: a crise financeira no capitalismo é natural. Quando a economia está aquecida os agentes se arriscam para obterem maiores ganhos. Um dia estoura e começa a crise. Daqui alguns meses a economia supera e prepara o cenário para uma nova crise daqui alguns anos. Lembra os bancos norte-americanos que maquiaram balanços e tales? Ou as familias que resolveram trocar de casa e se endividar?

:arrow: Marxistas comuns: a crise é um sinal da elevada acumulação de capital no sistema capitalista e representa um dos eventos que antecedem o fim do capitalismo.

Todas são sérias e tem gente que acredita e defende essas visões. Observem que as duas últimas consideram a crise endogena mesmo considerando origens, mecanismos de transmissão e resultados diferentes, mas por isso que ficam mais "famosos" em tempos de crise. É claro que dá para englobar explicações genéricas que explicam tudo, mas não explicam nada. Todas as perguntas tem a mesma resposta. Assim, qualquer discussão ou tentativa de traçar um plano de ação não chegam a lugar nenhum.
Acumulação de capital gera prosperidade real, logo não pode ser formentador de crise que é uma correção sobre mal investimentos.

Keynesianos e seus "espíritos animais" é psicologia dá mais barata, e engraçado que eles nunca preveem crise nenhuma, ficam maravilhados pelo boom, mas quando a crise chega, eles afirmam saber o remédio de um problema que eles nem sabem diagnosticar.

BC nenhum acredita que o mercado sozinha voltará a normalidade, pq se acreditassem, a primeira coisa que fariam é deixar de existir, já que um BC tem um poder enorme de distorcer o mercado, vide o FED criando linhas de créditos e impondo taxas de juros ridiculamente baixas (do jeito que os keynesianos adoram) que não refletiam em nada o mercado, causando um boom insustentável.
Sempre bom lembrar que durante o século 19 a economia dos EUA cresceu de forma bem estável, aí o FED foi criado em 1915, ocorreu um boom na década de 20 que que levou a 1929.

um Banco CENTRAL é basicamente uma instituição socialista, já que traz consigo todo aquele conceito de burocratas fazendo um planejamento central para um povo. E bem, o fato que tende a fazer o jogo dos grandes bancos (que são tratados como crianças gordas e mimadas que nunca podem se machucar), faz os BCs apelarem ao puro corporativismo.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1549 Mensagem por Bourne » Dom Abr 18, 2010 9:12 pm

Não é a minha visão necessariamente, mas vamos lá.
Vitor escreveu:Acumulação de capital gera prosperidade real, logo não pode ser formentador de crise que é uma correção sobre mal investimentos.
O que é um mau investimento? Supondo que alguém investir em uma bela estrutura física para produzir alguma coisa. Se a demanda pelo produto desaparece, o bom investimento se torna mau e, assim, pode ser uma fonte de crises. Ou, do lado financeiro, não há recursos para arcar com os empréstimos e, assim, o emprestador não vai receber que pode entrar em dificuldades e não pagar outros. No resultado agregado a economia pode entrar em crise.
Keynesianos e seus "espíritos animais" é psicologia dá mais barata, e engraçado que eles nunca preveem crise nenhuma, ficam maravilhados pelo boom, mas quando a crise chega, eles afirmam saber o remédio de um problema que eles nem sabem diagnosticar.
Já leu Misnky? Talvez já tenha ouvido falar da expressão "fragilidade financeira" que quer dizer que quando a economia entra em um ciclo de prosperidade, os agentes começam a se arriscar cada vez mais para aproveitar e alimentando o crescimento, mas aumentam o risco de não conseguir pagar as suas dividas. Um belo dia estoura e a crise destrói o ciclo de crescimento.
BC nenhum acredita que o mercado sozinha voltará a normalidade, pq se acreditassem, a primeira coisa que fariam é deixar de existir, já que um BC tem um poder enorme de distorcer o mercado, vide o FED criando linhas de créditos e impondo taxas de juros ridiculamente baixas (do jeito que os keynesianos adoram) que não refletiam em nada o mercado, causando um boom insustentável.
Sempre bom lembrar que durante o século 19 a economia dos EUA cresceu de forma bem estável, aí o FED foi criado em 1915, ocorreu um boom na década de 20 que que levou a 1929.
Recomendo que leia Keynes e Misnky. Isso nunca esteve escrito lá. São totalmente céticos em relação a efetividade da política monetária para incentivar a economia. No máximo, defendem usá-la para dar estabilidade em uma ambiente instável proveniente de uma crise financeira e mudar a percepção dos agentes. Como também não está escrito que o governo tem que ser interventor, gigante e ser deficitário para garantir o crescimento. As duas preposições são mitos.

O FED deixa que o mercado encontre as taxas de juros que melhor lhe convém. Se os agentes acertarem a taxa de juros abaixo ou acima do que o FED determina tudo. Não existe obrigação de segui-la, mas dificilmente alguém cobrará abaixo por que perde dinheiro. O FED determina a taxa básica e o montante de reservas bancárias que julga necessário para manter o nível de liquidez e estabilidade no sistema. Ambos bem baixos. Se o mercado cria a bolha o FED não tem nada a ver com isso. A intervenção é mínima e a bolha foi criada entre os agentes privados. Se o FED aumentar os juros e impor maiores reservas aos bancos está intervindo no mercado financeiro e, portanto, evita que os agentes achem taxas de juros de equilíbrio e que os bancos criem créditos em busquem de lucro, refletindo na perda de liberdade dos agentes.

O século XIX foi recheado de crises. De cabeça a inflação gerada pela guerra civil e a Grande Depressão da segunda metade do século XIX. Além de freqüentes crises bancárias e quebras. Além do mais existiam os FEDs regionais que faziam o que queriam. Dava meio certo. Pode se argumentar que isso foi uma das causas da grande Depressão conjugado com a fragmentação bancária tanto que retiraram muito do poder de decisão dessas entidades regionais. Um tal de Milton Friedman defendia isso. Se procurar em qualquer FED dos EUA via encontrar milhares de artigos sobre crises do século XIX. Não é exagero. Se pegar o mundo como um todo é uma situação semelhante em relação a ocorrência de crises.
um Banco CENTRAL é basicamente uma instituição socialista, já que traz consigo todo aquele conceito de burocratas fazendo um planejamento central para um povo. E bem, o fato que tende a fazer o jogo dos grandes bancos (que são tratados como crianças gordas e mimadas que nunca podem se machucar), faz os BCs apelarem ao puro corporativismo.
Os grandes bancos agem em nome do interesse próprio e precisam de lucros. A longo prazo essa a estrutura de mercado oligopólista dos bancos privados será destruída naturalmente. Além do mais eles tem a liberdade de se organizar e defender os seus interesses. E, no fim, o montante de empréstimos e taxas de juros será determinado pelo mercado. Nessa linha de pensamento acredito que o BC atrapalha a liberdade dos agentes na medida que dita regras para a operação do sistema financeiro e livre escolha dos agentes. O melhor que eles fazem é deixar as taxas de juros baixas, eliminar a regulação e as reservas bancárias.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1550 Mensagem por Vitor » Seg Abr 19, 2010 12:05 am

Bourne escreveu:Não é a minha visão necessariamente, mas vamos lá.
Vitor escreveu:Acumulação de capital gera prosperidade real, logo não pode ser formentador de crise que é uma correção sobre mal investimentos.
O que é um mau investimento? Supondo que alguém investir em uma bela estrutura física para produzir alguma coisa. Se a demanda pelo produto desaparece, o bom investimento se torna mau e, assim, pode ser uma fonte de crises. Ou, do lado financeiro, não há recursos para arcar com os empréstimos e, assim, o emprestador não vai receber que pode entrar em dificuldades e não pagar outros. No resultado agregado a economia pode entrar em crise.
Keynesianos e seus "espíritos animais" é psicologia dá mais barata, e engraçado que eles nunca preveem crise nenhuma, ficam maravilhados pelo boom, mas quando a crise chega, eles afirmam saber o remédio de um problema que eles nem sabem diagnosticar.
Já leu Misnky? Talvez já tenha ouvido falar da expressão "fragilidade financeira" que quer dizer que quando a economia entra em um ciclo de prosperidade, os agentes começam a se arriscar cada vez mais para aproveitar e alimentando o crescimento, mas aumentam o risco de não conseguir pagar as suas dividas. Um belo dia estoura e a crise destrói o ciclo de crescimento.
Negócios surgem e vão a falência todos os dias, sem criar nenhum pânico. Todo empreendedor é um especulador, já que ele tá especulando que há uma demanda para seu empreendimento, sempre há um risco.

Mas para criar uma bolha enorme como a imobiliária americana, não adianta simplesmente um monte de pessoas querer se não existe alguém ou algo para fornecer o crédito. O crédito pode vir de duas maneiras:

1 - Do que as pessoas poupam, preferindo um consumo futuro ao consumo imediato.
2 - Uma instituição tipo o FED que pode criar crédito independente das pessoas estarem poupando.

A tipo 1 dificilmente iria criar uma bolha, já que se as pessoas estão gastando muito, vai haver uma redução do crédito que vai ficar mais carom, não conseguiria sustentar imóveis que triplicavam de preço do nada. Mas a tipo 2 pode se prolongar até a casa cair, é como fazer exercício se recusando a descansar, injetando adrenalina pra continuar, mas uma hora o sistema entra em pane.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1551 Mensagem por Bourne » Seg Abr 19, 2010 12:40 am

Minha modéstia não permite, mas nenhum membro do DB vai por esse post no de inesquecíveis. Expliquei o que é o banco, o sistema bancário, as crises e o papel do banco central. :lol:
Por que não? Supondo que não existe o intermediário financeiro, uma série de débitos e créditos ligando uma sociedade pode redundar em uma bolha especulativa que um dia estoura. Por que a confiança entre os agente pode ser tão grande que alguns emprestam para quem não pode pagar e, ainda, alguns pode achar interessante repassar empréstimos para outros a maior custo para pessoas menos confiável na medida em que o risco é compensado pelo beneficio. Quando um grupo de individuos não honrar os débitos o sistema vai cair como um castelo de cartas. Era uma situação bem comum no fim da idade média quando o comércio crescia, especialmente nas terras britânicas.

Na vida real existe a figura do intermediário financeiro. Por que uma pessoa dificilmente tem informações e garantias necessárias para emprestar diretamente para outra. Por isso os bancos tem mais de 500 anos. O intermediário financeiro tem vários depositantes e tomadores. O papel dele é equilibrar no longo prazo o que entra e o que sai de recursos. Ao mesmo tempo é capaz de gerenciar os riscos inerentes dos empréstimos e satisfazer os tomadores. Quando se pensa em vários bancos formando um sistema bancário as transferências de recursos passam pelos bancos que podem criar crédito e continuar emprestando. Na teoria, como ocorria nos primeiros bancos, se um não tiver liquidez para honrar os seus depositantes vai quebrar que pode levar a uma relação em cadeia e implodir o sistema. Os primeiros bancos das cidades do norte da Itália era uma situação freqüente.

O FED ou o banco central não cria crédito. Apenas regula o sistema bancário impondo certas normas para apresentação de balanço e reservas para evitar que as instituições não tenham fundos para fazer frente aos correntistas. Em termos genéricos busca evitar que os bancos e outras instituições se arrisquem demais e prejudiquem o funcionamento do sistema. A taxa de juros básica normalmente é a paga pelo título mais seguro da economia que é da dívida do governo. Ou seja, em si o banco central é uma instituição de intervenção e regulação para evitar que o sistema financeiro faça loucuras. Porém quando mais intervém, maior o grau de redução da liberdade dos individuos em fazer o que quiserem com os seus recursos.

Quem cria crédito é o sistema financeiro que escolhe os melhores oportunidades de investimento dado a liquidez, rentabilidade e risco do ativo. Em algum momento vai redundar em crise? Provavelmente. Porém o sistema financeiro é essencial para as trocas comerciais e sistema produtivo. O seu desenvolvimento é intimamente ligado ao crescimento do comércio e industrialização por que o fluxo e montante de recursos movimentados cresce com a sofisticação da economia. Se eliminar intermediários financeiro e a sua capacidade de criação de crédito a economia volta para o feudalismo, pois inviabiliza o modo de vida e padrão de consumo construindo ao longo dos últimos 500 anos. O próximo passo é destruir a moeda é voltar para o escambo.




Editado pela última vez por Bourne em Ter Abr 20, 2010 5:36 pm, em um total de 1 vez.
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Re: Crise Econômica Mundial

#1552 Mensagem por soultrain » Seg Abr 19, 2010 9:03 am

Petróleo sem capacidade excedentária em 2012

O comando supremo conjunto militar dos Estados Unidos no seu exercício anual sobre as tendências geoeconómicas e geopolíticas mundiais avisa que a capacidade excedentária de produção de crude poderá "desaparecer" daqui apenas a dois anos

Jorge Nascimento Rodrigues (www.expresso.pt)
ontem às 11:52


É o segundo aviso em menos de um mês. Agora foi a vez de um relatório do Comando Supremo das Forças Armadas dos EUA alertar que a capacidade excedentária da produção de petróleo à escala mundial poderá esgotar-se em 2012 e provocar uma escassez no mercado internacional do crude em 2015.

"Cerca de 2012, a capacidade de produção excedentária de petróleo poderá desaparecer inteiramente, e, tão cedo quanto 2015, o buraco na oferta pode atingir perto de 10 milhões de barris por dia (mbd)", lê-se no Joint Operating Environment do US Joint Forces Command, na secção sobre "Energia", a partir da página 24. Cerca de 2030, o diferencial poderá já ter subido para 18 mbd.

De facto, este aviso vem na sequência de um estudo recente de Glen Sweetnam , um especialista do Departamento de Energia (DoE) americano que referia aquele "buraco" de 10 milhões de barris por dia a partir de 2011, como fizemos referência. Sweetnam é director da divisão International Economic and Greenhouse Gas, da Energy Information Administration, do DoE, e responsável pela publicação anual do "International Energy Outllok".

O relatório do US Joint Forces Command (The JOE 2010) merece ser lido por outras razões de análise geoeconómica e geopolítica. Adverte, logo a abrir, que não representa a política oficial, mas que desempenha um papel "necessariamente especulativo". Ainda que com muitos dados bem objectivos como suporte.





"O que se percebe hoje é que os idiotas perderam a modéstia. E nós temos de ter tolerância e compreensão também com os idiotas, que são exatamente aqueles que escrevem para o esquecimento" :!:


NJ
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Re: Crise Econômica Mundial

#1553 Mensagem por P44 » Seg Abr 19, 2010 9:11 am

coitadinho do dick cheney....

Halliburton profits drop nearly 46 percent
Halliburton net income falls 46 percent to $206 million as revenue falls
ap

Chris Kahn, AP Energy Writer, On Monday April 19, 2010, 7:48 am

NEW YORK (AP) -- Halliburton said Monday its first-quarter profit slumped nearly 46 percent with the industry still recovering from last year's drop in oil drilling.

The Houston oil services company reported earnings of $206 million, or 23 cents a share, in the first three months of the year. That compares with $378 million, or 42 cents a share, in the prior-year period.

Revenue fell 4 percent to $3.76 billion, compared with the first quarter of last year.

Halliburton said it would have earned 28 cents a share excluding special charges related to the recent devaluation of Venezuela's currency.

Analysts, which typically exclude one-time items, had expected earnings of 25 cents a share on revenue of $3.76 billion.

U.S. drilling operations, which the company depends on for about 45 percent of its revenue, plunged in 2009. But the number of active rigs bounced back in the quarter with oil prices rising above $85 a barrel, and company revenues improved compared with the final three months of 2009.

"Barring any major economic disruption, the industry is likely to experience a steady resurgence in international activity in the second half of the year and into 2011," Halliburton CEO Dave Lesar said in a statement.

Service companies are expected to have a strong year with crude prices on the rise. Oil and gas producers are aggressively pursuing new petroleum sources around the world, and companies that help them pump and deliver crude will see a lot of extra business.

The number of rigs actively exploring for oil and natural gas in the U.S. rose in each of the first three months of the year to an average of 1,345. An increasing number of those rigs are searching for shale gas, a service-intensive operation that will likely multiply Halliburton's workload and revenue in coming years, according to Raymond James analyst J. Marshall Adkins.

And Halliburton, like its competitors, is growing. The company said earlier this month it would buy the company Boots & Coots, Inc. in a deal valued at $232 million. Boots & Coots specializes in pressure-control and emergency response services to control oil and gas fires.

Schlumberger Ltd., the world's biggest oilfield services company, recently announced it was buying Smith International Inc. for about $11 billion, following the acquisition by Baker Hughes Inc. of BJ Services Co. for $5.5 billion.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1554 Mensagem por Bourne » Ter Abr 20, 2010 12:13 pm

Por que essa notícia está aqui? Simples, prestem atenção na parte em vermelho.
China investirá US$ 20 bi na Venezuela, metade em iuan
ReutersTamanho do textoA+A-
http://www.abril.com.br/noticias/econom ... 0740.shtml
Viagem: China

PEQUIM (Reuters) - A China disse na terça-feira que assinou um acordo financeiro de 20 bilhões de dólares com a Venezuela, sendo metade dessa quantia em iuan.
O presidente venezuelano, Hugo Chávez, disse no sábado que a China iria fornecer ao seu país petroleiro um plano de financiamento de 20 bilhões de dólares para projetos.
Na terça-feira, Jiang Yu, porta-voz da chancelaria chinesa, confirmou o "acordo-marco de financiamento" entre o Banco de Desenvolvimento da China e o governo da Venezuela. Ela disse que as quantias são de 10 bilhões de dólares e 70 bilhões de iuans (10,25 bilhões de dólares).
Sem dar outros detalhes do acordo, ela disse que a China ampliaria o uso da sua própria moeda em seus investimentos na Venezuela. Ela afirmou também que os dois países assinaram acordos para "reforçar a cooperação" em questões de petróleo e eletricidade.
Chávez deveria ter recebido no fim de semana uma visita do presidente Hu Jintao, cancelada devido ao terremoto ocorrido na China na semana passada.
Os acordos assinados na ausência dele incluem a ratificação de uma "joint venture" para desenvolver um bloco na bacia petrolífera do Orinoco.
Estima-se que o bloco Junin 4 exija um investimento d e cerca de 16 bilhões de dólares em três anos, para eventualmente produzir 400 mil barris de petróleo bruto por dia.
(Reportagem de Chris Buckley)




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Re: Crise Econômica Mundial

#1555 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Abr 21, 2010 4:33 am

Crise orçamental
PEC e ajuda aos gregos não afastam cenário de falência em Portugal

21.04.2010 - 07:05 Por Sérgio Aníbal / http://economia.publico.pt/Noticia/


O Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) apresentado pelo Governo não chegou, o plano para salvar a Grécia não foi suficiente, as declarações elogiosas dos responsáveis da Comissão Europeia não resolveram o problema.

Portugal continua a ser pressionado pelos mercados internacionais por causa da sua dívida pública e a pergunta, que quase ninguém colocava há alguns meses atrás, começa a ser feita com cada vez maior insistência: o Estado português pode mesmo entrar em situação de falência?

Economistas como Joseph Stiglitz, Simon Jonhson ou Noriel Roubini dizem que é um cenário possível, aconselhando Portugal a tomar mais medidas de contenção do que as previstas e a solicitarem desde já um plano de salvamento externo aos seus parceiros europeus. Os responsáveis políticos portugueses, apoiados pelos seus parceiros europeus, fazem questão de afirmar que tudo está controlado e garantem que Portugal não é igual à Grécia.

Seja quem for que tem razão, o que é certo é que nos mercados as taxas de juro das obrigações portuguesas continuaram, ontem, pelo quinto dia consecutivo, a subir. O diferencial face à média europeia passou de 150 para 157 pontos, aproximando-se a passos largos do valor recorde registado desde a adesão de Portugal ao euro.

Para obter um financiamento internacional a 10 anos, Portugal tem neste momento de pagar qualquer coisa como 4,6 por cento de juros anuais. Se esta tendência de subida continuar a agravar-se por muito mais tempo, as finanças públicas portuguesas podem entrar numa situação insustentável.

Foi exactamente por isto que a Grécia, a quem os mercados já exigem taxas de juro superiores a 7,75 por cento pelas obrigações a 10 anos, vai hoje começar a discutir com a Comissão Europeia e com o FMI a libertação de um empréstimo que permita ao país fazer face aos compromissos mais imediatos, obtendo um financiamento a uma taxa de juro de cinco por cento, um valor mais fácil de suportar por Atenas. E, mesmo assim, como noticiava ontem o Financial Times, corria ontem nos mercados a informação de que o Governo de Atenas se preparava para adiar alguns dos seus compromissos com os investidores. Não seria propriamente um default da dívida, mas ficaria lá perto.

As debilidades portuguesas

Mas será justo assumir, como têm feito vários economistas estrangeiros e como parecem fazer cada vez mais os mercados, que Portugal vai percorrer o mesmo caminho da Grécia?

Ontem, o relatório semestral sobre estabilidade financeira publicado pelo FMI parecia, em alguns indicadores, apontar neste sentido. Portugal é colocado pelo Fundo como o segundo país que mais contribui actualmente para a probabilidade de ocorrência de perturbações graves na zona euro. O contributo português é de 18 por cento, um valor que não fica longe dos 21,4 por cento da Grécia e que fica bastante acima dos 12,7 por cento da Espanha, o terceiro país que mais preocupa o FMI.

Além disso, o relatório conclui ainda que o valor dos Credit Defaut Swaps da dívida pública portuguesa (títulos que protegem os investidores contra o risco de falência do Estado) até estão a um valor menor do que aquele que seria normal tendo em conta uma série de indicadores económicos.

A Grécia, pelo contrário, está a ser excessivamente penalizada pelos mercados, mostram os cálculos do FMI. É que, se é verdade que o desequilíbrio orçamental, nesta fase, é muito mais grave na Grécia do que em Portugal (a dívida pública grega já supera largamente os 100 por cento do PIB e o défice deste ano deverá ser de 12,8 por cento), também não se pode esquecer que Portugal tem algumas debilidades próprias, nomeadamente o facto de o seu défice externo (que inclui também as dívidas dos privados) ser mais alto do que o da Grécia. Isto faz com que a economia portuguesa, devido ao seu elevado endividamento, possa sentir no futuro mais dificuldades em gerar a riqueza suficiente para que o Estado acabe por pagar as suas dívidas.

O que fazer agora?

A estratégia do Governo para enfrentar o actual cenário tem sido a de garantir que o PEC vai cumprir os seus objectivos e desvalorizar os avisos vindos dos economistas estrangeiros.

Na segunda-feira, o secretário de Estado do Orçamento, Emanuel dos Santos, chegou mesmo a pedir aos economistas portugueses para refutarem as avaliações que têm vindo a ser feitas. João Ferreira do Amaral, professor no ISEG, concorda com o Governo quando diz que o problema orçamental português não tem gravidade suficiente para que se comece a antecipar um default. No entanto, não deixa de estar preocupado. "O problema não é Portugal. A zona euro não foi criada de forma minimamente sólida e não está preparada para situações destas", afirma, aconselhando o Governo a "chamar a atenção para o seu PEC, mas a envolver também as instituições europeias". A prazo, o economista vê ainda mais problemas. As tensões entre os países da zona euro vão acentuar-se, o que não é nada fácil de gerir quando as instituições não são adequadas.

Outro economista, Luís Campos e Cunha, é muito mais severo na sua avaliação do desempenho português. "Num mês em que o mundo se focou em Portugal e ficou preocupado com o descalabro das nossas contas públicas, os governantes aprovaram o contrato para a construção do TGV-Madrid. Não estarão os nossos governantes num "estado de negação" da evidente embrulhada em nos meteram?", questiona-se num texto publicado ontem no blogue da Sedes.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1556 Mensagem por P44 » Qua Abr 21, 2010 7:54 am

qual quê, somos governados pelo melhor governo da história, "ainda está para nascer" um primeiro-ministro que faça mais pelo país que este actual :roll:




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Re: Crise Econômica Mundial

#1557 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Abr 21, 2010 8:08 am

O problema é que estes economistas, e a economia não é uma ciência exacta, porque tal como os advogados, cada um tem a sua opinião sobre o mesmo assunto, defendem ainda maior liberalismo e maior desregulação que o actual Governo, como se nada se tivesse aprendido com a recente crise.

E maiores apertos para as pessoas.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1558 Mensagem por P44 » Qua Abr 21, 2010 10:13 am


Must Germany bail out Portugal too?


Portugal, not Greece, poses the greater existential threat to Europe's monetary union.

By Ambrose Evans-Pritchard
Published: 7:13PM BST 18 Apr 2010

The long-drawn saga in Athens can perhaps be deemed a case apart. Greece lied. Its budget deficit was egregious at 16pc of GDP last year on a cash basis. It wasted its EMU windfall, the final chance to bring public debt back from the brink of a compound spiral.

You cannot blame the euro for this, although EMU undoubtedly created a risk-free illusion that lured both Athens and creditors deeper into the trap – and now prevents a solution. Nor would an orderly default under IMF guidance along Uruguayan lines necessarily imperil Europe's banks. The Bundesbank hints that letting Greece go would prove a healthier outcome for EMU in the long run, upholding discipline.

However, Portugal did not cheat (much) and did not start as an arch-debtor. It did mishandle the run-up to EMU in the 1990s, failing to offset a fall in interest rates from 16pc to 3pc with fiscal tightening. Boom-bust ensued. But that was a long time ago. Portugal has since settled down to a decade of sobriety. The reward never came.

Brussels admitted last week that Portugal's external accounts have switched from credit in the mid-1990s to a deficit of 109pc of GDP. This has been caused by the incentive structures of EMU itself. "The more broadened access to credit induced a significant reduction in the saving rate, while consumption kept growing faster than GDP. This development led to an increase in Portuguese indebtedness," it said.

The IMF's January report - worth examining for its horrifying charts - said "The large fiscal and external imbalances that arose from the boom in the run-up to adoption of the euro have not been unwound, resulting in the economy becoming heavily indebted and growing banking system vulnerabilities. The longer the imbalance persists, the greater the risk the adjustment will be sudden and disruptive." The IMF noted the "heavy reliance" of banks on foreign wholesale funding, equal to 40pc of total assets.

Lisbon reacts with outrage to Greek parallels. "Nonsense without any solid foundation, revealing ignorance," said finance minister Teixeira dos Santos. He was responding to remarks by New York Professor Nouriel Roubini that Portugal might be forced out of the euro, and by ex-IMF chief economist Simon Johnson that Portugal is on "the verge of bankruptcy".

Yes, Portugal's public debt will be 86pc of GDP this year against 124pc for Greece (EC estimates). That is small comfort. Giles Moec from Deutsche Bank said Portugal's private debt reached 239pc in 2008: Greece was 123pc. Total debt levels matter. The last two years have taught us that private excess lands on the taxpayer one way or another. For Portugal, the figure is now is in the danger zone above 300pc.

Mr Moec said Portugal has been blighted by entering EMU at an overvalued exchange rate: "Portuguese exporters have never been able to recover". The country has plugged the perma-gap with foreign loans. This cannot go on. The current account deficit is still running at 10pc of GDP, and the patience of global investors is snapping.

Euro enthusiasts are mystified at why Portugal's catch-up growth stalled in the 1990s. Productivity has been stuck at 64pc of the EU-15 level, refuting the cardinal assumption of EMU that North and South must converge over time.

This should be no surprise. A study of the Latin Monetary Union after 1865 by Kee-Hong Bae and Warren Bailey showed there was no convergence for half a century. Weak states cheated, inflating stealthily by dumping silver coins on others. The project was kept alive by French subsidies. That is what haunts Germany today.

Let me be clear, Portugal has not been reckless. It has been run better than Britain for the last eight years. Its banks did not go berserk. House prices have been well-behaved. Lisbon has been cutting public sector jobs for year after year. This can be overstated, of course. The IMF says Portugal still has EMU's most rigid labour markets. Social transfers have risen to 22pc of GDP from 18.5pc since 2005. Yet you cannot argue that Portugal is a basket case. It has hit a brick wall anyway.

Brussels is now telling Lisbon to cut yet deeper to reduce its budget deficit, 9.3pc of GDP last year. It is one thing to persuade a country to retrench after a boom, it is another when there has been no boom at all. Portugal must do this under a minority government. Socialist premier Jose Socrates survives on sufferance of conservatives, who are wobbling.

Portugal does not face an imminent funding crisis. If Europe's economy grows briskly, it may be enough to lift the country off the reefs. But one thing seems sure: Germany is not going to bail out any more countries, and the IMF is too small to cover.
http://www.telegraph.co.uk/finance/comm ... l-too.html




Triste sina ter nascido português 👎
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Re: Crise Econômica Mundial

#1559 Mensagem por Rui Elias Maltez » Qua Abr 21, 2010 11:47 am

Estimativa de 0,3 por cento em 2010
FMI revê em baixa crescimento económico de Portugal

21.04.2010 - 14:11 Por Paulo Miguel Madeira / http://economia.publico.pt/Noticia/

O FMI reviu hoje em baixa de uma décima, para 0,3 por cento, a previsão para o crescimento da economia portuguesa este ano. Este valor é inferior aos 0,7 por cento avançados pelo Governo no Programa de Estabilidade e Crescimento (PEC) para 2010, acompanhada de previsões de desemprego para este ano e para 2011 mais elevadas do que as do Governo.
Esta é a segunda previsão de crescimento para 2010 inferior à do PEC

Esta é a segunda previsão de crescimento para 2010 inferior à do PEC, depois de o Banco de Portugal ter avançado no fim do mês passado com uma previsão do aumento do produto (PIB) de 0,4 por cento, revendo em baixa os 0,7 por cento que lançara no Outono.

No contexto actual, o risco associado a um crescimento mais fraco do que o antecipado no PEC é que isso se reflicta na execução orçamental e, por essa via, no défice público com que o país se comprometeu este ano perante Bruxelas e, implicitamente, os mercados financeiros onde coloca a dívida pública.

Em relação ao desemprego, enquanto o PEC prevê uma taxa de 9,8 por cento este ano e em 2011, o FMI prevê 11 por cento este ano e 10,3 em 2011.

Em relação a 2011, a previsão de 0,7 por cento do FMI está próxima dos 0,8 por cento do Banco de Portugal e dos 0,9 por cento que o Governo registou no PEC.

Na inflação, o FMI prevê 0,8 por cento para este ano e 1,1 por cento no próximo, enquanto o Governo prevê respectivamente 0,8 e 1,9 por cento, e o Banco de Portugal 0,8 e 1,5 por cento.

No relatório hoje divulgado, o World Economic Outlook de Primavera, o FMI considera que a Europa e a zona euro estão a atravessar uma fase de recuperação moderada, como no caso da Alemanha e da França, mas desigual, com economias mais pequenas e periféricas, como a portuguesa, a espanhola, a grega e a irlandesa, a recuperarem de forma ainda mais lenta devido aos grandes desequilíbrios nas suas contas públicas.




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Re: Crise Econômica Mundial

#1560 Mensagem por Bourne » Qua Abr 21, 2010 1:46 pm

Rui Elias Maltez escreveu:O problema é que estes economistas, e a economia não é uma ciência exacta, porque tal como os advogados, cada um tem a sua opinião sobre o mesmo assunto, defendem ainda maior liberalismo e maior desregulação que o actual Governo, como se nada se tivesse aprendido com a recente crise.

E maiores apertos para as pessoas.
Isso é mais o menos o que alguns economistas chama de "caminho para o inferno" ao se referir a essa estratégia de enfrentamento de crises.




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