Crise Econômica Mundial

[Bourne]

em 1985 se alguém dissesse que dali a 10 anos a URSS já não existiria, seria logo internado num hospicio, e no entanto...

Só que a URSS não é um país, mas sim uma união de repúblicas independente mantidas sob ferro e fogo unidas. Porém a Rússia está aí a século. Salvo alguns movimentos separatistas nos seus extremos, o país está de pé e vai continuar por muitos séculos.

[Bourne]

Mas na URSS era diferente, havia um império em que a Rússia era a potência dominante.

A Rússia fraquejou, e o império implodiu, e agora a influência russa nessas regiões vai-se restabelecendo passo a passo.

Nos EUA (ou no Brasil), não existe um estado dominante que tranforme essa república federal num império dominado por essa potência, ou estado.

Compartilho a mesma opinião. Porém chegaria a dizer o mesmo de outros países ou nações-estado como Rússia, China Coréia que de um jeito ou de outro se mantiveram unidos ao longo de séculos mesmo em ambientes muitos instáveis.

[Edu Lopes]

Quatro atores sem enredo

Falta um bom enredo para os quatro atores que se apresentarão amanhã em Brasília, na reunião de cúpula Bric ? Brasil, Rússia, Índia e China. Só o presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, parece acreditar numa importante convergência de interesses dos quatro grandes emergentes, a ponto de poderem atuar em conjunto na cena internacional. Mas essa crença não foi confirmada até agora. Na área comercial o fato mais notável, nos últimos tempos, foi a aproximação da China com os países latino-americanos, onde os produtos chineses têm tomado o lugar não só dos norte-americanos, mas também dos manufaturados brasileiros.

A conferência de amanhã será o segundo encontro de chefes de governo dos quatro países. O primeiro ocorreu em junho do ano passado, na Rússia, e nada produziu de notável. "Com a Índia temos pelo menos alguma cooperação na esfera técnico-militar, mas é difícil imaginar o que podemos querer do Brasil", escreveu na ocasião o analista político Mikhail Vinogradov.

Passado um ano, o Bric continua longe de formar um bloco ou uma frente diplomática, apesar da intensificação dos contatos entre representantes governamentais. Em 2009, os ministros de Finanças dos quatro países combinaram contribuir para o reforço financeiro do Fundo Monetário Internacional, juntando-se ao movimento iniciado pelos governos do mundo rico. O ministro brasileiro Guido Mantega funcionou como porta-voz do grupo, trombeteando condições para o empréstimo. Nenhum outro ministro apareceu em público para repetir as bravatas do colega brasileiro.

A pauta definida para Brasília inclui os itens mais previsíveis: o quadro econômico mundial, a regulação do sistema financeiro, a reforma do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial e, provavelmente, a polêmica sobre o programa nuclear do Irã.

China, Rússia e Índia têm muito mais peso que o Brasil nas questões de segurança global. As duas primeiras têm arsenais nucleares e são membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU. A terceira também tem armas atômicas e um papel importante no jogo estratégico regional. O Brasil não tem nenhum desses atributos, mas seu governo é o mais barulhento no debate sobre o programa nuclear do Irã. Se Brasília tem interesse estratégico nesse caso, certamente não coincide com os objetivos dos outros três.

Rússia, Índia e China têm ambições bem definidas de ocupar espaços crescentes na economia e na política internacionais. Essas ambições são projetos nacionais e não se subordinam a nenhuma fantasia terceiro-mundista. Nenhum de seus governantes atribui prioridade a relações comerciais do tipo Sul-Sul nem se dispõe a participar de movimentos para reformar a ordem global. Podem até usar essa linguagem, de acordo com a ocasião, mas cada qual age de fato em vista de objetivos nacionais. Nenhum deles tomou a iniciativa de converter em bloco a sigla Bric, inventada em 2001 por um economista do banco de investimentos Goldman Sachs.

O projeto chinês inclui a conquista de mercados na África e na América Latina. Inclui também a realização de acordos e de investimentos para garantir o suprimento de matérias-primas e bens intermediários produzidos nessas áreas. Isso não tem a mínima correspondência com qualquer aliança estratégica imaginada e alardeada pelo governo brasileiro. Segundo a Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe (Cepal), até 2014 a China tomará da União Europeia o posto de segundo mercado de destino das exportações latino-americanas, ficando pouco abaixo dos Estados Unidos. Mas será também a segunda maior fonte de produtos importados pela região. Nos dois casos, tomará espaço dos Estados Unidos, mas também deslocará o Brasil.

Esse deslocamento já ocorre até no interior do Mercosul onde produtores chineses tomaram espaço de brasileiros, competindo, em muitos casos, de forma bem pouco transparente. O governo brasileiro teria, se quisesse, motivos excelentes para rediscutir a relação com a China. E por que não com a Rússia, onde as carnes brasileiras têm sido discriminadas em favor das europeias e americanas? Mas para isso não seria preciso fantasiar sobre o Bric nem promover tertúlias de cúpula quase sem agenda.


Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje ... 8468,0.php

[Bourne]

Eu já tinha conhecimento deste artigo à algum tempo. é uma teoria de um russo que, na minha opinião, quer fazer uma analogia entre a união soviética e os estados unidos mas esquece-se que os estados unidos não surgiram de um império que subjugou outras nações de características semelhantes. Além disso o povo Norte-americano é homogéneo, não existe um grupo dominante. Isso faz que seja aceite uma liderança de qualquer estado. Não é a mesma coisa que um ucraniano mandar na Rússia (pelo menos democraticamente, já que o Stalin era georgiano).

A não ser que a caldeira de yellowstone entre em erupção ou os estados unidos sofram um ataque nuclear ao estilo da série jericó eles vão continuar unidos.

Creio que em uma situação extrema a tendência é uma nação ficar ainda mais unida. Por exemplo, a unificação alemã que foi consolidada por guerras contra outros países europeus.

[P44]

Ex-economista chefe FMI (act.3)
"Portugal corre risco de falência económica"

Pedro Latoeiro
15/04/10 16:25

"Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando", escreve Simon Johnson.

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina de 2001.

Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, considera que Portugal, tal como a Grécia, "corre risco de falência económica" e é hoje um país mais arriscado que a Argentina falida de 2001.

"O próximo no radar é Portugal. Este país só não está no centro das atenções porque a Grécia caiu numa espiral descendente. Mas estão ambos perto de falência económica e parecem hoje bem mais arriscados do que a Argentina quando entrou em incumprimento, em 2001", lê-se num artigo assinado em conjunto por Simon Johnson, antigo economista chefe do FMI, e Peter Boone, do ‘Center for Economic Performance' do London School of Economics.

Para estes dois especialistas "nem os líderes da Grécia nem os de Portugal estão preparados para impor as políticas necessárias" e, no caso português, "não se está sequer a discutir cortes sérios".

Certos de que as políticas projectadas são insuficientes, Simon Johnson e Peter Boone antecipam que "Portugal e Grécia vão ter níveis de desemprego elevadíssimos nos próximos anos" e afirmam que "Portugal está esperançado que poderá sair desta situação pelo crescimento, mas isso só poderia acontecer com um extraordinário boom económico".

"Tenhamos dó dos políticos portugueses mais ponderados quando dizem que a probidade orçamental exige apertar o cinto mais cedo (...) Os políticos portugueses nada podem fazer senão esperar que a situação vá piorando para depois pedirem ajuda externa", declaram.

Porque falhou Portugal

Tal como a Grécia, Portugal entrou numa espiral de dívida insustentável, defendem os autores.

"Portugal gastou demasiado durante os últimos anos, com a dívida pública a atingir os 78% do PIB em 2009 (comparando com 114% na Grécia e os 62% da Argentina, quando entrou em incumprimento). Esta dívida tem sido financiada sobretudo por investimento estrangeiro e, tal como a Grécia, em vez de pagar os juros desses títulos, Portugal optou por, ano após ano, refinanciar a sua dívida", sustentam.

"Em 2012, o rácio dívida pública/PIB português deverá atingir 108% se o país atingir as suas metas de corte do défice. Chegar-se-á no entanto a um ponto em que os mercados financeiros vão simplesmente recusar-se a financiar este esquema Ponzi", concluem.

Depois de descreverem a situação portuguesa, Johnson e Boone acusam as agências de ‘rating' de terem medo de "tocar em Portugal".

"Hoje, e apesar dos perigos evidentes e dos elevados níveis de dívida, as três grandes agências de ‘rating' estão certamente assustadas em dar o passo de declarar a dívida grega como ‘junk'. Têm também um receio parecido em tocar em Portugal", lê-se no texto.

http://economico.sapo.pt/noticias/portu ... 86893.html

[P44]

Presidente checo critica países com défices inimagináveis
O presidente checo, Václav Klaus, criticou hoje os países que deixaram o défice a níveis muito elevados, dizendo que têm de suportar as consequências.
Alexandra Machado


O presidente checo, Václav Klaus, criticou hoje os países que deixaram o défice a níveis muito elevados, dizendo que têm de suportar as consequências.


Lembrando já ter sido primeiro-ministro e ministro das Finanças, o presidente checo diz que "para mim é inimaginável que os países possam ter défices tão elevados", como o grego. Por isso, declarou aos jornalistas portugueses, no âmbito da visita de Cavaco Silva à República Checa, "se alguém admitiu tal défice tem de suportar as consequências dos seus actos".


Mais comedido, Cavaco Silva, presidente da República portuguesa, apelou à solidariedade europeia , como a manifestada em relação à Grécia.

http://www.jornaldenegocios.pt/index.ph ... &id=419919

[marcelo l.]

Sinceramente, se meu país estivesse colocando dinheiro na Grécia, ficaria muito puto com o presidente da República Tcheca...é mais uma desculpa para os gregos pagarem mais ao mercado...

Estranho que um político carimbado que chega a presidência de um país como o Václav Klaus não saiba disso, se eu sou presidente da Alemanha não sei se pedia a cabeça dos gregos ou do tchecos...por que agora vai ter a desculpa para custar mais caro ainda, deve ser esse o negócio né

[tflash]

É por essas e por outras que apesar dos indicadores económicos, acho que eles ainda tem que comer muita sopa até chegarem ao nível de Portugal. Quando caiu o muro de Berlim, eles estavam de rastos e recompuseram-se com a ajuda dos outros países europeus, inclusive Portugal e a Grécia. A sorte deles é estarem colados à Alemanha mas cantam de galo como se fossem mais do que os outros.

[P44]

É por essas e por outras que apesar dos indicadores económicos, acho que eles ainda tem que comer muita sopa até chegarem ao nível de Portugal. Quando caiu o muro de Berlim, eles estavam de rastos e recompuseram-se com a ajuda dos outros países europeus, inclusive Portugal e a Grécia. A sorte deles é estarem colados à Alemanha mas cantam de galo como se fossem mais do que os outros.

Meu Caro, a DIFERENÇA é que eles aproveitaram a ajuda para evoluirem, ao passo que aqui os mamões meteram todos ao bolso
Eu estive na Hungria em 1995 e pela ultima vez em 2006, e digo-te, eles deram um salto em 10 anos que nós não daremos nem em 100!!!

A cultura é diferente, a mentalidade diferente, não tem nada a ver, mais a mais basta ver a importância que nos paises de Leste sempre deram ao ensino e á Educação, mm no tempo da guerra fria, comparado com a rebaldaria e a balburdia lusitana.

Mas a mais têm todos a VANTAGEM de não usarem o Euro.

Caso não saibas a Republica checa foi das primeiras a ultrapassar-nos em rendimento per capita, e só entrou na UE em 2004, nós os mamões andamos lá a parasitar desde 1986!!!!

Não te preocupes que todos esses países de Leste continuarão a evoluir e a deixar-nos para trás, e nós continuaremos , "orgulhosamente sós", a chafurdar dans la merde

artigo de 2006
Riqueza por habitante
República Checa já é mais rica do que Portugal

24.03.2006 - 08:53 Por Isabel Arriaga e Cunha, , (PÚBLICO), Bruxelas
http://www.publico.pt/Economia/republic ... al_1251708

[marcelo l.]

Não sei vcs andam muito críticos com Portugal, vossa terra, entretanto a ciranda financeira hoje corre de modo peculiar até a pouco o Brasil zero, hoje herói...a Fortuna é uma deusa estranha, ainda mais com ciranda financeira mundial dos nossos tempos.

[P44]

Não sei vcs andam muito críticos com Portugal, vossa terra, entretanto a ciranda financeira hoje corre de modo peculiar até a pouco o Brasil zero, hoje herói...a Fortuna é uma deusa estranha, ainda mais com ciranda financeira mundial dos nossos tempos.

Infelizmente não se pode escolher onde nascer..
eu sou critico porque não sou cego nem engulo as patranhas dos nossos sucessivos "governos", qq pessoa com 2 dedos de testa vê que estamos a caminhar a passos largos para a catástrofe, mais ainda quando se convive com pessoas de outrso paises europeus e se constata "in loco" as mudanças no nivel de vida desses países.
Não tenho a menor dúvida que a continuarmos assim, em 10 anos seremos o país mais pobre da UE.
Basicamente é uma questão de mentalidade. E quando você vê que quem devia dar o exemplo, os governantes, são os maiores bandidos que por aí andam, que mentem com todos os dentes que têm na boca.

Porque não tenhamos ilusões, isto é genético...Portugal sempre viveu da mama...primeiro mamou da india, depois mamou do Brasil, depois mamou de África e finalmente mamou da CEE/UE...o problema é que AGORA já não há mais sitio aonde ir mamar.

Eu lembro-me bem da segunda década de 80, quando Portugal recebia milhões e milhões da então CEE, muitos novos mercedes se compraram, muita gente enriqueceu, fizeram-se estradas e nada mais.
Sei muito bem de histórias de cursos profissionais pagos com fundos europeus, em que se aparecia na universidade ao fim do mês para assinar a folha de presenças do mês inteiro (sem ter tido uma aula) e levantar o cheque.
No Leste a mentalidade é outra, daí não tenho a minima dúvida que nos vão passar todos á frente, mas TODOS!

[tflash]

Portugal ou melhor os portugueses sempre resistiram muito à educação formal. O ensino obrigatório teve que ser imposto pela monarquia. Ainda hoje vê-se a juventude a sair da escola e os pais a apoiar. Não existem hábitos de estudo etc. etc. Essa é para mim, a maior falha deste país e causadora de todas as outras. Tendo dito isto vejo que a falta de solidariedade da republica checa, ainda por cima na presença de um líder estrangeiro que tem um problema semelhante no seu país é uma forma de se superiorizar e humilhar Portugal (na pessoa do seu líder máximo, quer se goste, tenha votado ou não.)

Também má, foi a manobra de agravar o problema da Grécia com esta declaração, provocando problemas para o resto dos países do euro que estão a emprestar dinheiro. De facto a república checa cresceu mas foi à conta da industria alemã que investiu muito lá. reabilitando uma industria do pacto de Varsóvia obsoleta.

Por tudo isto, o meu prémio zé-povinho para o senhor presidente:

[P44]

Portugal ou melhor os portugueses sempre resistiram muito à educação formal. O ensino obrigatório teve que ser imposto pela monarquia. Ainda hoje vê-se a juventude a sair da escola e os pais a apoiar. Não existem hábitos de estudo etc. etc. Essa é para mim, a maior falha deste país e causadora de todas as outras.

100% de acordo.

A cultura do facilitismo, do "não te rales", a escola é uma brincadeira, não é preciso esforço nem trabalho para se chegar a algum lado começa logo na primária. A corja de "pseudo-pedagogos" que vem destruindo progressivamente o ensino desde o 25 de Abril deveria ser julgada por crimes de lesa-pátria, por em ultima instância, ser a grande responsável pela cultura do "deixa andar"

Verdade seja dita que, quando depois se veêm exemplos de gente que veio a rebolar das berças sem nunca ter trabalhado, que tirou cursos ao domingo e que chega a chefe do governo, quando amigos dessa gente, sem CV e com 30 e poucos anos vão ganhar 2,5 M€ por ano,com que cara é que vamos dizer aos nossos filhos para estudarem e se esforçarem, quando o melhor que os espera, mesmo com um curso superior, é irem para caixas de supermercado ganhar 500€/mês...?

É que cansa , todos os anos a ouvir a mm lengalenga , "estamos em crise...vamos ter de fazer sacrificios...vamos ter de apertar o cinto, etc..."...é que se ainda houvesse alguma perspectiva das coisas melhorarem...mas é sempre a cair, sempre a cair...

enfim, olhem, bardamerd@ para isto tudo e desculpem o desabafo.

[tflash]

Governo critica «disparates» de antigo economista chefe do FMI
Por Redacção

O Ministério das Finanças já reagiu ao artigo de Simon Johson, em que o antigo economista chefe do Fundo Monetário Internacional (FMI) diz que «Portugal corre risco de falência económica». Um «disparate sem fundamentação sólida», segundo o gabinete de Teixeira dos Santos.

«Num Mundo de expressão livre também se podem escrever disparates sem fundamentação sólida», afirmou fonte oficial do gabinete do ministro das Finanças, citada pela edição online do Diário Económico.

O artigo publicado no The New York Times revela, para a mesma fonte, a «ignorância» do autor «quanto às diferenças existentes entre os países da zona euro e ilustram o preconceito céptico de alguns comentadores quanto à moeda única».

[manuel.liste]

El PIB de Portugal cayó menos que el PIB de la Rep. Checa en esta crisis. Chequia aún está cayendo al -3.1%, mientras Portugal está al -1% y mejorando

Yo tengo esperanza en el futuro económico de Portugal. A largo plazo, tanto España como Portugal estarán en el grupo de los paises más ricos de Europa