Pressões Nucleares sobre o Brasil
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- Marino
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Reatores de centros de pesquisa são desafio para a segurança
Quando se pensa em material nuclear caindo em mãos erradas, o Paquistão, os países da ex-
União Soviética e a Coreia do Norte ficam no topo da lista das nações que representam um risco. Mas
dezenas de reatores nucleares civis espalhados pelo mundo também podem significar uma ameaça,
afirmam especialistas.
Estes reatores são tentadores para os extremistas que procuram urânio ou plutônio altamente
enriquecidos para fazer uma bomba atômica.
Na Rússia e nos países da ex-União Soviética, autoridades aumentaram drasticamente a
segurança em inúmeras instalações nucleares que sofreram com condições caóticas em 1990, mas boa
parte dos laboratórios e reatores espalhados pelos países do antigo bloco soviético ainda não
Foto/Agência Brasil APROXIMAÇÃO – Ministra entrega camisa da seleção a Ahmadinejad possui a
segurança adequada e nem se sabe ao certo a quantidade de armas estocadas.
Cerca de 60 toneladas de urânio altamente enriquecido são utilizadas por civis ou estão
estocadas, a maioria em centros de pesquisa, com aproximadamente metade desse montante fora dos
Estados Unidos e da Rússia, destacou um relatório elaborado e divulgado esta semana por analistas da
Universidade de Havard.
Apesar de algumas medidas duras, o relatório diz que “a maioria dos centros de pesquisa
nucleares civis tem sistema de segurança modesto, em muitos casos não mais do que um guarda noturno
e uma grade com cadeado, mesmo quando estão lidando urânio enriquecido”.
Quando se pensa em material nuclear caindo em mãos erradas, o Paquistão, os países da ex-
União Soviética e a Coreia do Norte ficam no topo da lista das nações que representam um risco. Mas
dezenas de reatores nucleares civis espalhados pelo mundo também podem significar uma ameaça,
afirmam especialistas.
Estes reatores são tentadores para os extremistas que procuram urânio ou plutônio altamente
enriquecidos para fazer uma bomba atômica.
Na Rússia e nos países da ex-União Soviética, autoridades aumentaram drasticamente a
segurança em inúmeras instalações nucleares que sofreram com condições caóticas em 1990, mas boa
parte dos laboratórios e reatores espalhados pelos países do antigo bloco soviético ainda não
Foto/Agência Brasil APROXIMAÇÃO – Ministra entrega camisa da seleção a Ahmadinejad possui a
segurança adequada e nem se sabe ao certo a quantidade de armas estocadas.
Cerca de 60 toneladas de urânio altamente enriquecido são utilizadas por civis ou estão
estocadas, a maioria em centros de pesquisa, com aproximadamente metade desse montante fora dos
Estados Unidos e da Rússia, destacou um relatório elaborado e divulgado esta semana por analistas da
Universidade de Havard.
Apesar de algumas medidas duras, o relatório diz que “a maioria dos centros de pesquisa
nucleares civis tem sistema de segurança modesto, em muitos casos não mais do que um guarda noturno
e uma grade com cadeado, mesmo quando estão lidando urânio enriquecido”.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
ENTREVISTA
Tabu cerca o uso da bomba, diz professor
DA REDAÇÃO
O doutor em física Luiz Pinguelli Rosa, da Coppe/ UFRJ, afirma que um ataque terrorista nuclear
é bastante improvável. "Não é à toa que até hoje não aconteceu."
FOLHA - Quais as chances de um ataque terrorista nuclear?
LUIZ PINGUELLI ROSA - Tirando os EUA, que usaram no Japão -e pela primeira vez, no caso
da de urânio, sem saber direito o que aconteceria-, ninguém usou a bomba nuclear. Eu não acho
impossível que um grupo terrorista já tenha tido possibilidade de acesso ou até de fazer um dispositivo
simplificado, não para jogar de avião, mas para montar num edifício no meio de Nova York e explodir
aquilo tudo... algo pequeno, com efeito grande. Então, acho que há um tabu para não usar isso, entre
países e terroristas.
FOLHA - Como seria um ataque?
PINGUELLI - Uma bomba nuclear rústica, sem uso militar, não é tão difícil de fazer. O problema
é ter urânio ou plutônio -o primeiro, muito enriquecido. Poderia haver um dispositivo grande, montado
num local qualquer, onde ninguém desconfiasse, bloqueado com muito cimento de maneira que a
detecção de fora fosse difícil. Mas por enquanto é tudo imaginação.
FOLHA - Qual país oferece risco?
PINGUELLI - Na situação atual, vejo maior risco no Paquistão do que no Irã. Primeiro porque o
Irã não tem bomba nuclear. Eles estão enriquecendo urânio, estão atrás do Brasil, inclusive, que já
enriquece urânio há algum tempo e passa agora para a escala industrial. O Brasil enriquece a 3%, pensa
enriquecer a 20%, para submarinos, mas a bomba exige 90% de enriquecimento de urânio-235, eu não
vejo o Irã próximo disso. O lado ruim do Irã são os mísseis, mas a tecnologia iraniana de enriquecimento
ainda está em progresso. Mesmo o discurso do Irã é proporcional a ele não fazer nada. É o cão que
ladra e não morde. Talvez sejam mais perigosos a Coreia do Norte e o Paquistão. O primeiro pelo
regime, o segundo pela instabilidade interna e na região.
Tabu cerca o uso da bomba, diz professor
DA REDAÇÃO
O doutor em física Luiz Pinguelli Rosa, da Coppe/ UFRJ, afirma que um ataque terrorista nuclear
é bastante improvável. "Não é à toa que até hoje não aconteceu."
FOLHA - Quais as chances de um ataque terrorista nuclear?
LUIZ PINGUELLI ROSA - Tirando os EUA, que usaram no Japão -e pela primeira vez, no caso
da de urânio, sem saber direito o que aconteceria-, ninguém usou a bomba nuclear. Eu não acho
impossível que um grupo terrorista já tenha tido possibilidade de acesso ou até de fazer um dispositivo
simplificado, não para jogar de avião, mas para montar num edifício no meio de Nova York e explodir
aquilo tudo... algo pequeno, com efeito grande. Então, acho que há um tabu para não usar isso, entre
países e terroristas.
FOLHA - Como seria um ataque?
PINGUELLI - Uma bomba nuclear rústica, sem uso militar, não é tão difícil de fazer. O problema
é ter urânio ou plutônio -o primeiro, muito enriquecido. Poderia haver um dispositivo grande, montado
num local qualquer, onde ninguém desconfiasse, bloqueado com muito cimento de maneira que a
detecção de fora fosse difícil. Mas por enquanto é tudo imaginação.
FOLHA - Qual país oferece risco?
PINGUELLI - Na situação atual, vejo maior risco no Paquistão do que no Irã. Primeiro porque o
Irã não tem bomba nuclear. Eles estão enriquecendo urânio, estão atrás do Brasil, inclusive, que já
enriquece urânio há algum tempo e passa agora para a escala industrial. O Brasil enriquece a 3%, pensa
enriquecer a 20%, para submarinos, mas a bomba exige 90% de enriquecimento de urânio-235, eu não
vejo o Irã próximo disso. O lado ruim do Irã são os mísseis, mas a tecnologia iraniana de enriquecimento
ainda está em progresso. Mesmo o discurso do Irã é proporcional a ele não fazer nada. É o cão que
ladra e não morde. Talvez sejam mais perigosos a Coreia do Norte e o Paquistão. O primeiro pelo
regime, o segundo pela instabilidade interna e na região.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Olha nós nos posicionamos a favor deles pelas malvinas, os EUA ajudaram a Inglaterra e los hermanos não aprenderam a lição???Sávio Ricardo escreveu:Ai meu deus!!!
Argentina não...
Até los hermanos querem fazer graça agora???
Mereçem perder mais uma...
- suntsé
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Antes eu achava que os Artenginos eram um dos povos mais altivos da america latina, mas desde o governo menen para cá, esta impressão se reverteu completamente. A Argentina se comportou de maneira muito submissa aos EUA e ainda se comporta.
Se os EUA sentir a necessidade de aparelhar algum visinho para contapor a influencia Brasileira na America Latina, tenbho certeza que usaram eles, e eles se sentiram felizes em serem usados.
Eu acho muito dificil haver uma relação especial entre o Brasil e a Argentina como os EUA tem com a Inglaterra.
Se os EUA sentir a necessidade de aparelhar algum visinho para contapor a influencia Brasileira na America Latina, tenbho certeza que usaram eles, e eles se sentiram felizes em serem usados.
Eu acho muito dificil haver uma relação especial entre o Brasil e a Argentina como os EUA tem com a Inglaterra.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Concordo, até porque em outra oportunidade (nem me lembro onde) cheguei a "levantar a bola" com esta possibilidade!suntsé escreveu:Antes eu achava que os Artenginos eram um dos povos mais altivos da america latina, mas desde o governo menen para cá, esta impressão se reverteu completamente. A Argentina se comportou de maneira muito submissa aos EUA e ainda se comporta.
Se os EUA sentir a necessidade de aparelhar algum visinho para contapor a influencia Brasileira na America Latina, tenbho certeza que usaram eles, e eles se sentiram felizes em serem usados.
Eu acho muito dificil haver uma relação especial entre o Brasil e a Argentina como os EUA tem com a Inglaterra.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Os Americanos gostam de seriedade.
Para eles é mais fácil fazer isso com a Colômbia.
Para eles é mais fácil fazer isso com a Colômbia.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Meu inteligente amigo "Equus asinus nordestino" ( ), temos que levar em conta as potencialidades. Em vários aspectos a Argentina seria a opção ideal para o "Tio" mandar mensagens para a vizinhança. Lembre-se, a Colombia "já é" e não atingiu objetivo maior algum, a não ser "endoidar" a já louca Venezuela chavista!
[]'s.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Caro DELTA22, eu sei.
Só usei uma pitada do humor Inglês para criticar o vizinho. Que por ser Inglês e por se tratar exatamente desse vizinho, já é suficientemente irônico para ser postado.
Só usei uma pitada do humor Inglês para criticar o vizinho. Que por ser Inglês e por se tratar exatamente desse vizinho, já é suficientemente irônico para ser postado.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Não tinha captado a malícia!jumentodonordeste escreveu:Caro DELTA22, eu sei.
Só usei uma pitada do humor Inglês para criticar o vizinho. Que por ser Inglês e por se tratar exatamente desse vizinho, já é suficientemente irônico para ser postado.
Quanta maldade neste coração "de 4 patas"!!!
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- Marino
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Interesse nacional por trás do apoio ao Irã
Muito tem se falado a respeito do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano. De fato, o próprio presidente do país persa, Mahmoud Ahmadinejad, com uma postura polêmica, rebelde, não ajuda na defesa de sua causa. Ahmadinejad tem um pendor autoritário que já foi demonstrado, internamente, na repressão aos manifestantes da oposição durante as últimas eleições, tidas e havidas como fraudulentas. As imagens correram o mundo, e o presidente perdeu parte de sua sustentação até entre os aiatolás, chefes religiosos máximos da teocracia iraniana. Externamente, o discurso beligerante de Ahmadinejad não contribui em nada no complexo barril de pólvora da geopolítica do Oriente Médio.
Estes são fatos inquestionáveis, mas também é verdade que até hoje o presidente do Irã não levou a cabo suas ameaças e sempre deixa uma margem de espaço para um recuo, para uma solução negociada. Ahmadinejad ladra mais do que morde. Fazem sentido, dessa forma, as gestões do presidente Lula junto à comunidade internacional, sobretudo com os Estados Unidos, de modo a não isolá-lo, de não empurrá-lo contra a parede.
Apesar dos pesares, Ahmadinejad não é o Irã. É preciso distinguir o presidente, que passa, e o Estado, que fica. Criar um inimigo externo sempre foi uma das táticas mais antigas utilizadas por governantes impopulares para construirem um clima de adesão, de coesão interna. Por isso, aqueles que tanto querem vê-lo enfraquecido, podem, contrariamente, fortalecê-lo com as medidas que estão sendo propostas.
Esta é a posição que o presidente Lula e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Erdogan, defenderam na Cúpula de Segurança Nuclear, que contou com líderes de 47 países, em Washington, capital dos Estados Unidos. A reunião foi o maior encontro de chefes de Estado, organizado pelo governo americano, desde a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Atendendo ao pedido dos dois países, o presidente Barack Obama teve uma conversa não programada, de 15 minutos, com Lula e Erdogan, na qual ambos enfatizaram pessoalmente que sejam evitadas sanções duras ao Irã. Entre as retaliações discutidas estão a proibição de transações com bancos iranianos, a restrição à circulação de navios comerciais do país e o reforço do congelamento de ativos iranianos no exterior. O pleito de Lula e Erdogan não foi rechaçado. Segundo o Itamaraty, Obama não foi categórico, embora tenha defendido publicamente as sanções.
Há quem considere que o Brasil perde tempo e prestígio ao se pôr na posição de intermediário, de interlocutor, entre uma persona non grata, como Ahmadinejad, e a comunidade internacional. Mas, além de mostrar visão própria e independência em sua política externa, o país, obviamente, defende também seus interesses, pois também não quer ver ameaçado seu direito ao desenvolvimento de um programa nuclear para fins pacíficos.
Apesar de tudo, o Irã não foi o objetivo principal da reunião de cúpula, que teve como alvo criar mecanismos para que artefatos nucleares não caiam nas mãos de terroristas. Mas, até hoje, com toda sua máquina de guerra e setor de inteligência, os Estados Unidos não conseguiram prender Osama Bin Laden e desmantelar a Al Qaeda, as grandes ameaças à sua segurança nacional. Bem mais fácil é o alvo Ahmadinejad, o Saddam Hussein de Obama.
Muito tem se falado a respeito do apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao desenvolvimento do programa nuclear iraniano. De fato, o próprio presidente do país persa, Mahmoud Ahmadinejad, com uma postura polêmica, rebelde, não ajuda na defesa de sua causa. Ahmadinejad tem um pendor autoritário que já foi demonstrado, internamente, na repressão aos manifestantes da oposição durante as últimas eleições, tidas e havidas como fraudulentas. As imagens correram o mundo, e o presidente perdeu parte de sua sustentação até entre os aiatolás, chefes religiosos máximos da teocracia iraniana. Externamente, o discurso beligerante de Ahmadinejad não contribui em nada no complexo barril de pólvora da geopolítica do Oriente Médio.
Estes são fatos inquestionáveis, mas também é verdade que até hoje o presidente do Irã não levou a cabo suas ameaças e sempre deixa uma margem de espaço para um recuo, para uma solução negociada. Ahmadinejad ladra mais do que morde. Fazem sentido, dessa forma, as gestões do presidente Lula junto à comunidade internacional, sobretudo com os Estados Unidos, de modo a não isolá-lo, de não empurrá-lo contra a parede.
Apesar dos pesares, Ahmadinejad não é o Irã. É preciso distinguir o presidente, que passa, e o Estado, que fica. Criar um inimigo externo sempre foi uma das táticas mais antigas utilizadas por governantes impopulares para construirem um clima de adesão, de coesão interna. Por isso, aqueles que tanto querem vê-lo enfraquecido, podem, contrariamente, fortalecê-lo com as medidas que estão sendo propostas.
Esta é a posição que o presidente Lula e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Erdogan, defenderam na Cúpula de Segurança Nuclear, que contou com líderes de 47 países, em Washington, capital dos Estados Unidos. A reunião foi o maior encontro de chefes de Estado, organizado pelo governo americano, desde a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU).
Atendendo ao pedido dos dois países, o presidente Barack Obama teve uma conversa não programada, de 15 minutos, com Lula e Erdogan, na qual ambos enfatizaram pessoalmente que sejam evitadas sanções duras ao Irã. Entre as retaliações discutidas estão a proibição de transações com bancos iranianos, a restrição à circulação de navios comerciais do país e o reforço do congelamento de ativos iranianos no exterior. O pleito de Lula e Erdogan não foi rechaçado. Segundo o Itamaraty, Obama não foi categórico, embora tenha defendido publicamente as sanções.
Há quem considere que o Brasil perde tempo e prestígio ao se pôr na posição de intermediário, de interlocutor, entre uma persona non grata, como Ahmadinejad, e a comunidade internacional. Mas, além de mostrar visão própria e independência em sua política externa, o país, obviamente, defende também seus interesses, pois também não quer ver ameaçado seu direito ao desenvolvimento de um programa nuclear para fins pacíficos.
Apesar de tudo, o Irã não foi o objetivo principal da reunião de cúpula, que teve como alvo criar mecanismos para que artefatos nucleares não caiam nas mãos de terroristas. Mas, até hoje, com toda sua máquina de guerra e setor de inteligência, os Estados Unidos não conseguiram prender Osama Bin Laden e desmantelar a Al Qaeda, as grandes ameaças à sua segurança nacional. Bem mais fácil é o alvo Ahmadinejad, o Saddam Hussein de Obama.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Interessante....
Será verdade?
Do Nueva Mayoria.
Brasil como actor global y regional
Abr-14-10 - por Rosendo Fraga
La Cumbre nuclear realizada en Washington puso en evidencia las diferencias con Brasil, pero también cómo ellas no llegan a producir una crisis en la relación bilateral. Lula, al llegar a los EEUU, criticó a los países armados hasta los dientes que mantienen la desigualdad entre los países que tienen y no tienen energía nuclear. La posición brasileña, que lleva adelante un gran programa atómico con fines y control civil, es que no debe someterlo a la supervisión internacional por razones de soberanía. En este punto, la Administración Obama busca que Argentina exija a Brasil determinadas cláusulas de los acuerdos bilaterales por las cuales ambos países se someten a la inspección internacional. Las diferencias entre Washington y Brasilia se extienden al conflicto con Irán, insistiendo Lula en que se debe dialogar y no sancionar a este país. Pero mientras estas diferencias se hacen evidentes, el Jefe del Pentágono (Gates) y el ministro de Defensa del Brasil (Jobim), firman el acuerdo de cooperación militar bilateral más importante desde la Segunda Guerra Mundial. Se avanza en cooperación, instrucción, intercambio de experiencias y venta de equipos, sin que se incluya el uso de bases militares como en el caso de Colombia. La posibilidad de ampliar las actividades de la DEA en Brasil es un acuerdo que se negocia separadamente. Las compras de armas por parte de Venezuela a Rusia han generado críticas del Departamento de Estado, pero Brasil -aunque coincide en la preocupación- no lo hace público para evitar confrontar con Chávez.
En cuanto la Cumbre del grupo BRIC, que se realiza al día siguiente en Brasil, confirma el rol de este país como potencia global. Rusia, China e India tienen el arma atómica y esto explica el interés de Brasil por aumentar su desarrollo nuclear y no quedar tan relegado en este campo. Dos de los BRIC integran el Consejo de Seguridad de la UN: Rusia y China. La primera está apoyando las sanciones contra Irán y la segunda ha comenzado a negociar la posibilidad de sumarse a ellas, es decir, no tienen la misma posición que Brasil. Este encuentro -el segundo que se realiza- busca coordinar la acción política entre estas cuatro potencias. Esta circunstancia hace que los presidentes de estas potencias visiten la región. El Presidente chino (Hu Jintao) visita Chile y Venezuela, mostrando que la ideología es un tema secundario para la diplomacia de su país y buscando con el primer país avanzar fundamentalmente en lo comercial y en el segundo en lo energético. Cabe señalar que Japón acaba de anunciar una inversión energética en el segundo por 1.000 millones de dolares. La Argentina fue excluida de la agenda regional china, pero sí la visitará el presidente ruso (Medvedev), cuyo país tienen un interés más estratégico por la región.
La visita del nuevo Presidente de Chile a Brasil muestra la estrategia regional de este país. Como gesto, Lula -quien no estuvo en la asunción de Piñera- prometió visitar el país antes de dejar el cargo. Ofreció créditos de la banca oficial para financiar la reconstrucción de los daños generados por el terremoto y para la construcción del corredor bioceánico, entre el puerto brasileño de Santos sobre el Atlántico y el de Iquique en el Pacifico, que pasa por Bolivia. El Presidente del Brasil logró que su par chileno apoye la pretensión de ser reconocido como miembro permanente del Consejo de Seguridad de la UN por América Latina, algo que resiste Argentina. Otra diferencia con este país se da en la relación con China, ya que la potencia asiática suspendió la importación de aceite de soja de dicho país y Brasil ofreció ser abastecedor alternativo. Piñera ha iniciado su primera visita al exterior en Argentina, continuó con Brasil y la culmina en los EEUU, participando en la Cumbre de Washington sobre el tema nuclear. Para Chile, haber logrado esta invitación es un éxito, dado que pasa a compartir junto con Brasil, Argentina y México el grupo de los cuatro países de América Latina reconocido por su desarrollo en el campo de la tecnología nuclear.
El 17 de abril se realiza en Caracas una nueva Cumbre del ALBA, con un Chávez que se va debilitando tanto interna como externamente y sucediendo algo similar con los hermanos Castro. La sección latinoamericana de la Internacional Socialista reunida en Buenos Aires, criticó al régimen venezolano por sus diversas manifestaciones de autoritarismo. Chávez responde anunciando que a más dificultades, más va a radicalizar su revolución y deteniendo más opositores. La tensión con Colombia está aumentando, con detenciones de nacionales de cada uno de los países dentro del otro. El subsecretario del Departamento de Estado para América Latina (Valenzuela) criticó la compra de armas de Venezuela en Rusia y el Washington Post cuestiono la inacción de Obama frente a ello. El Embajador de EEUU en España reclamó al gobierno de Zapatero una posición más firme frente a las violaciones a los derechos humanos en Cuba y Obama decidió permitir el viaje al país de personas que ayudan a la disidencia, endureciendo su posición. En lo interno, aumentan las acciones de la disidencia al prolongarse la huelga de hambre de uno de ellos (Fariña) y el gobierno de Raúl Castro anunció que reducirá el gasto por la crisis económica. El hecho de que el gobierno de Nicaragua se encamine a reconocer al de Honduras -ya reconocido por los demás países de América Central- es una clara manifestación del debilitamiento de la influencia regional del ALBA. Buscando marcar las diferencias, en la gira del subsecretario de Estado por América Latina por la región andina, no se incluyó a Venezuela y Bolivia, pero sí a Ecuador.
Será verdade?
Do Nueva Mayoria.
Brasil como actor global y regional
Abr-14-10 - por Rosendo Fraga
La Cumbre nuclear realizada en Washington puso en evidencia las diferencias con Brasil, pero también cómo ellas no llegan a producir una crisis en la relación bilateral. Lula, al llegar a los EEUU, criticó a los países armados hasta los dientes que mantienen la desigualdad entre los países que tienen y no tienen energía nuclear. La posición brasileña, que lleva adelante un gran programa atómico con fines y control civil, es que no debe someterlo a la supervisión internacional por razones de soberanía. En este punto, la Administración Obama busca que Argentina exija a Brasil determinadas cláusulas de los acuerdos bilaterales por las cuales ambos países se someten a la inspección internacional. Las diferencias entre Washington y Brasilia se extienden al conflicto con Irán, insistiendo Lula en que se debe dialogar y no sancionar a este país. Pero mientras estas diferencias se hacen evidentes, el Jefe del Pentágono (Gates) y el ministro de Defensa del Brasil (Jobim), firman el acuerdo de cooperación militar bilateral más importante desde la Segunda Guerra Mundial. Se avanza en cooperación, instrucción, intercambio de experiencias y venta de equipos, sin que se incluya el uso de bases militares como en el caso de Colombia. La posibilidad de ampliar las actividades de la DEA en Brasil es un acuerdo que se negocia separadamente. Las compras de armas por parte de Venezuela a Rusia han generado críticas del Departamento de Estado, pero Brasil -aunque coincide en la preocupación- no lo hace público para evitar confrontar con Chávez.
En cuanto la Cumbre del grupo BRIC, que se realiza al día siguiente en Brasil, confirma el rol de este país como potencia global. Rusia, China e India tienen el arma atómica y esto explica el interés de Brasil por aumentar su desarrollo nuclear y no quedar tan relegado en este campo. Dos de los BRIC integran el Consejo de Seguridad de la UN: Rusia y China. La primera está apoyando las sanciones contra Irán y la segunda ha comenzado a negociar la posibilidad de sumarse a ellas, es decir, no tienen la misma posición que Brasil. Este encuentro -el segundo que se realiza- busca coordinar la acción política entre estas cuatro potencias. Esta circunstancia hace que los presidentes de estas potencias visiten la región. El Presidente chino (Hu Jintao) visita Chile y Venezuela, mostrando que la ideología es un tema secundario para la diplomacia de su país y buscando con el primer país avanzar fundamentalmente en lo comercial y en el segundo en lo energético. Cabe señalar que Japón acaba de anunciar una inversión energética en el segundo por 1.000 millones de dolares. La Argentina fue excluida de la agenda regional china, pero sí la visitará el presidente ruso (Medvedev), cuyo país tienen un interés más estratégico por la región.
La visita del nuevo Presidente de Chile a Brasil muestra la estrategia regional de este país. Como gesto, Lula -quien no estuvo en la asunción de Piñera- prometió visitar el país antes de dejar el cargo. Ofreció créditos de la banca oficial para financiar la reconstrucción de los daños generados por el terremoto y para la construcción del corredor bioceánico, entre el puerto brasileño de Santos sobre el Atlántico y el de Iquique en el Pacifico, que pasa por Bolivia. El Presidente del Brasil logró que su par chileno apoye la pretensión de ser reconocido como miembro permanente del Consejo de Seguridad de la UN por América Latina, algo que resiste Argentina. Otra diferencia con este país se da en la relación con China, ya que la potencia asiática suspendió la importación de aceite de soja de dicho país y Brasil ofreció ser abastecedor alternativo. Piñera ha iniciado su primera visita al exterior en Argentina, continuó con Brasil y la culmina en los EEUU, participando en la Cumbre de Washington sobre el tema nuclear. Para Chile, haber logrado esta invitación es un éxito, dado que pasa a compartir junto con Brasil, Argentina y México el grupo de los cuatro países de América Latina reconocido por su desarrollo en el campo de la tecnología nuclear.
El 17 de abril se realiza en Caracas una nueva Cumbre del ALBA, con un Chávez que se va debilitando tanto interna como externamente y sucediendo algo similar con los hermanos Castro. La sección latinoamericana de la Internacional Socialista reunida en Buenos Aires, criticó al régimen venezolano por sus diversas manifestaciones de autoritarismo. Chávez responde anunciando que a más dificultades, más va a radicalizar su revolución y deteniendo más opositores. La tensión con Colombia está aumentando, con detenciones de nacionales de cada uno de los países dentro del otro. El subsecretario del Departamento de Estado para América Latina (Valenzuela) criticó la compra de armas de Venezuela en Rusia y el Washington Post cuestiono la inacción de Obama frente a ello. El Embajador de EEUU en España reclamó al gobierno de Zapatero una posición más firme frente a las violaciones a los derechos humanos en Cuba y Obama decidió permitir el viaje al país de personas que ayudan a la disidencia, endureciendo su posición. En lo interno, aumentan las acciones de la disidencia al prolongarse la huelga de hambre de uno de ellos (Fariña) y el gobierno de Raúl Castro anunció que reducirá el gasto por la crisis económica. El hecho de que el gobierno de Nicaragua se encamine a reconocer al de Honduras -ya reconocido por los demás países de América Central- es una clara manifestación del debilitamiento de la influencia regional del ALBA. Buscando marcar las diferencias, en la gira del subsecretario de Estado por América Latina por la región andina, no se incluyó a Venezuela y Bolivia, pero sí a Ecuador.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Esse post de cima de suntsé e Delta véio:DELTA22 escreveu:Concordo, até porque em outra oportunidade (nem me lembro onde) cheguei a "levantar a bola" com esta possibilidade!suntsé escreveu:Antes eu achava que os Artenginos eram um dos povos mais altivos da america latina, mas desde o governo menen para cá, esta impressão se reverteu completamente. A Argentina se comportou de maneira muito submissa aos EUA e ainda se comporta.
Se os EUA sentir a necessidade de aparelhar algum visinho para contapor a influencia Brasileira na America Latina, tenbho certeza que usaram eles, e eles se sentiram felizes em serem usados.
Eu acho muito dificil haver uma relação especial entre o Brasil e a Argentina como os EUA tem com a Inglaterra.
[]'s.
+
Este de baixo colocado pelo Marino:
É = a ? Chamem o Orestes!Interessante....
Será verdade?
Do Nueva Mayoria.
Brasil como actor global y regional
Abr-14-10 - por Rosendo Fraga
La Cumbre nuclear realizada en Washington puso en evidencia las diferencias con Brasil, pero también cómo ellas no llegan a producir una crisis en la relación bilateral. Lula, al llegar a los EEUU, criticó a los países armados hasta los dientes que mantienen la desigualdad entre los países que tienen y no tienen energía nuclear. La posición brasileña, que lleva adelante un gran programa atómico con fines y control civil, es que no debe someterlo a la supervisión internacional por razones de soberanía. En este punto, la Administración Obama busca que Argentina exija a Brasil determinadas cláusulas de los acuerdos bilaterales por las cuales ambos países se someten a la inspección internacional. Las diferencias entre Washington y Brasilia se extienden al conflicto con Irán, insistiendo Lula en que se debe dialogar y no sancionar a este país. Pero mientras estas diferencias se hacen evidentes, el Jefe del Pentágono (Gates) y el ministro de Defensa del Brasil (Jobim), firman el acuerdo de cooperación militar bilateral más importante desde la Segunda Guerra Mundial. Se avanza en cooperación, instrucción, intercambio de experiencias y venta de equipos, sin que se incluya el uso de bases militares como en el caso de Colombia. La posibilidad de ampliar las actividades de la DEA en Brasil es un acuerdo que se negocia separadamente. Las compras de armas por parte de Venezuela a Rusia han generado críticas del Departamento de Estado, pero Brasil -aunque coincide en la preocupación- no lo hace público para evitar confrontar con Chávez.
En cuanto la Cumbre del grupo BRIC, que se realiza al día siguiente en Brasil, confirma el rol de este país como potencia global. Rusia, China e India tienen el arma atómica y esto explica el interés de Brasil por aumentar su desarrollo nuclear y no quedar tan relegado en este campo. Dos de los BRIC integran el Consejo de Seguridad de la UN: Rusia y China. La primera está apoyando las sanciones contra Irán y la segunda ha comenzado a negociar la posibilidad de sumarse a ellas, es decir, no tienen la misma posición que Brasil. Este encuentro -el segundo que se realiza- busca coordinar la acción política entre estas cuatro potencias. Esta circunstancia hace que los presidentes de estas potencias visiten la región. El Presidente chino (Hu Jintao) visita Chile y Venezuela, mostrando que la ideología es un tema secundario para la diplomacia de su país y buscando con el primer país avanzar fundamentalmente en lo comercial y en el segundo en lo energético. Cabe señalar que Japón acaba de anunciar una inversión energética en el segundo por 1.000 millones de dolares. La Argentina fue excluida de la agenda regional china, pero sí la visitará el presidente ruso (Medvedev), cuyo país tienen un interés más estratégico por la región.
La visita del nuevo Presidente de Chile a Brasil muestra la estrategia regional de este país. Como gesto, Lula -quien no estuvo en la asunción de Piñera- prometió visitar el país antes de dejar el cargo. Ofreció créditos de la banca oficial para financiar la reconstrucción de los daños generados por el terremoto y para la construcción del corredor bioceánico, entre el puerto brasileño de Santos sobre el Atlántico y el de Iquique en el Pacifico, que pasa por Bolivia. El Presidente del Brasil logró que su par chileno apoye la pretensión de ser reconocido como miembro permanente del Consejo de Seguridad de la UN por América Latina, algo que resiste Argentina. Otra diferencia con este país se da en la relación con China, ya que la potencia asiática suspendió la importación de aceite de soja de dicho país y Brasil ofreció ser abastecedor alternativo. Piñera ha iniciado su primera visita al exterior en Argentina, continuó con Brasil y la culmina en los EEUU, participando en la Cumbre de Washington sobre el tema nuclear. Para Chile, haber logrado esta invitación es un éxito, dado que pasa a compartir junto con Brasil, Argentina y México el grupo de los cuatro países de América Latina reconocido por su desarrollo en el campo de la tecnología nuclear.
El 17 de abril se realiza en Caracas una nueva Cumbre del ALBA, con un Chávez que se va debilitando tanto interna como externamente y sucediendo algo similar con los hermanos Castro. La sección latinoamericana de la Internacional Socialista reunida en Buenos Aires, criticó al régimen venezolano por sus diversas manifestaciones de autoritarismo. Chávez responde anunciando que a más dificultades, más va a radicalizar su revolución y deteniendo más opositores. La tensión con Colombia está aumentando, con detenciones de nacionales de cada uno de los países dentro del otro. El subsecretario del Departamento de Estado para América Latina (Valenzuela) criticó la compra de armas de Venezuela en Rusia y el Washington Post cuestiono la inacción de Obama frente a ello. El Embajador de EEUU en España reclamó al gobierno de Zapatero una posición más firme frente a las violaciones a los derechos humanos en Cuba y Obama decidió permitir el viaje al país de personas que ayudan a la disidencia, endureciendo su posición. En lo interno, aumentan las acciones de la disidencia al prolongarse la huelga de hambre de uno de ellos (Fariña) y el gobierno de Raúl Castro anunció que reducirá el gasto por la crisis económica. El hecho de que el gobierno de Nicaragua se encamine a reconocer al de Honduras -ya reconocido por los demás países de América Central- es una clara manifestación del debilitamiento de la influencia regional del ALBA. Buscando marcar las diferencias, en la gira del subsecretario de Estado por América Latina por la región andina, no se incluyó a Venezuela y Bolivia, pero sí a Ecuador.
Sds.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
A posição Argentina é simples, eles não tem dinheiro para um programa nuclear de fins pacificos, portanto os técnicos deles vão ou sair do país...ficar nas universidades em pesquisas, ou mudar de área mesmo caso queiram ficar na Argentina.
Uma troca nesse momento de conhecimento de energia em outras áreas é mais lucrativo, para governos que pensam no curto-prazo como os argentinos é parece uma boa saída, economiza algo que não vai usar...e ainda ganha algum...No futuro, bem as novas gerações que resolvam.
Uma troca nesse momento de conhecimento de energia em outras áreas é mais lucrativo, para governos que pensam no curto-prazo como os argentinos é parece uma boa saída, economiza algo que não vai usar...e ainda ganha algum...No futuro, bem as novas gerações que resolvam.
"If the people who marched actually voted, we wouldn’t have to march in the first place".
"(Poor) countries are poor because those who have power make choices that create poverty".
ubi solitudinem faciunt pacem appellant
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Deve-se haver algum cuidado com estas informações da mídia. A primeira é desvincular o país Argentina de sua presidenta Cristina Kirchner. O mundo todo sabe do alinhamento do casal Kirchner com os EUA, mas não necessariamente da Argentina com os EUA. Claro que a presidente seguirá as "sugestões" de Washington, mas não durante muito tempo, pois trata-se de um governo fraco internamente.
Não interessa à Argentina ver um Brasil forte, pois não tem condições econômicas para se armar e se defender nos mesmos moldes que por aqui se desenha. Não tenham dúvidas que se pudessem, eles fariam isso. Só que lá impera a humilhação de suas forças armadas, enquanto aqui ocorre justamente o contrário. Não vejo a Argentina investindo significativamente em seu programa nuclear, deve estar pouco diferente do estágio conseguido no final dos anos 70 ou pouco mais do que isso. Mas é justamente isso o ponto da discórdia, mexer com os nervos dos argentinos, provocando-os com sentimentos de inferioridade --- este deverá ser o jogo de Washington.
Pergunto: Washington desejar que a Argentina faça o seu jogo para pressionar o Brasil, é razoável, mas a Argentina tem algum poder, seja de convencimento, seja diplomático, seja técnico-tecnológico, etc., para conseguir este feito? Estou convencido que não, ainda mais se o Chile se unir a nós. A Argentina não está bem com o Uruguai, até mesmo com o Paraguai, o restante da AS, pior ainda. As falas da Sra. Kirchner não passam, pra mim, de retóricas para agradar os EUA, pois nem para consumo interno serve. Claro, haverá questionamento popular sobre o risco de se ter um vizinho "nuclearizado" como o Brasil, mas não demorará para que se questione a total falta de investimentos no que há de mais básico em suas forças armadas --- o contraditório se fará presente e nada melhor do que a confusão interna para desviar o próprio foco das atenções. Os EUA sabem disso, mas não lhes restam outras opções, só esta mesmo, tentar.
De fato os EUA poderiam tentar armar a Argentina para frear a investida brasileira, mas esbarrariam imediatamente na resistência inglesa. Poderiam doar alguns F-16 ou coisas assim oriundos do deserto, poderiam doar mais algumas coisas, mas pensando em vender algum equipamento de maior valor agregado e obter algum lucro. A Argentina teria condições de adquirir, por exemplo, F-16 surrados, colocá-los em condições plenas de combate? Como fazer isso se nem os seus A-4 estão aptos para simples vôo? E quanto tempo para seus militares se encontrarem totalmente familiarizados com novos equipamentos é prontos para o combate? Isto não é rápido, todo aqui sabemos disso!!! E os armamentos??? Até o Chile, que comprou F-16 zero-bala, teve dificuldades para obter os AIM-120, imagine quanto tempo para a Argentina ter os seus!!!
A Argentina não nos representa ameaças neste momento, não por subestimar nosso vizinho e sua capacidade, mesmo sob duras penas impostas aos seus militares e forças armadas, mas por vê-la cada dia mais dependente economicamente do Brasil. Se com o Mercosul a coisa já está feia pra eles, imagina retirar o Brasil? Além disso, acredito, as relações diplomáticas Brasil-Argentina têm sido as melhores durante décadas. O que poderemos ver são retóricas e de pouco ou nenhum impacto, pois não vejo interesse em ambas as partes partir para agressão, nem verbal. A Argentina fez uma escolha equivocada em 1982, paga o preço arduamente, então dificilmente cometerá o mesmo erro. Uma coisa é marcar posição, outra coisa é o enfrentamento, mesmo que se sinta "humilhada" ao ver o Brasil melhor protegido e armado; consequências de escolhas ruins feitas no passado.
Vejo que a saída é o investimento do Brasil lá na Argentina, principalmente no campo militar. A melhor e mais barata solução para as FFAA argentina é comprar material bélico brasileiro e, se possível, tentar algum desenvolvimento conjunto. O próprio Chile "já se tocou", deverá tomar este caminho; que a Argentina abra os olhos e se antecipe, todos ganharão, não apenas nós. A AS deveria tentar uma solução semelhante a adotada pela Europa, países com treinamentos conjuntos, equipamentos que "conversam entre si", uma espécie de padronização. Se a Argentina tentar ser uma Inglaterra da vida, se isolar na AS, bem, que os dois se entendam novamente (como em 82?). Se o fôlego da Inglaterra já se revela cansado, então nem fôlego a Argentina tem.
E agora extrapolo: sempre haverá "um maior", se o momento favorece ao Brasil, que assim seja. Então que a própria AS veja tal crescimento (em tudo) com bons olhos e tire proveito da situação, crescendo junto com o Brasil, impedir tal coisa é atitude medíocre. Se incomoda a nova liderança que se desponta na AS, que se admita a existência da mesma e faça tudo para que seja assim, pois é melhor uma liderança na vizinhança do que uma liderança vindo do Norte; isto é falta de soberania, isto sim é se humilhar.
Amigos argentinos: vamos nos unir, ganhamos todos! Porém, qualquer outra solução que não venha dos arredores, acreditem, com toda certeza imporá derrotas, mas a vocês! O Brasil precisa do crescimento da Argentina, mas isto não se aplica aos clássicos e antigos "aliados" seus, já estão plenamente satisfeitos com sua realidade atual.
Não interessa à Argentina ver um Brasil forte, pois não tem condições econômicas para se armar e se defender nos mesmos moldes que por aqui se desenha. Não tenham dúvidas que se pudessem, eles fariam isso. Só que lá impera a humilhação de suas forças armadas, enquanto aqui ocorre justamente o contrário. Não vejo a Argentina investindo significativamente em seu programa nuclear, deve estar pouco diferente do estágio conseguido no final dos anos 70 ou pouco mais do que isso. Mas é justamente isso o ponto da discórdia, mexer com os nervos dos argentinos, provocando-os com sentimentos de inferioridade --- este deverá ser o jogo de Washington.
Pergunto: Washington desejar que a Argentina faça o seu jogo para pressionar o Brasil, é razoável, mas a Argentina tem algum poder, seja de convencimento, seja diplomático, seja técnico-tecnológico, etc., para conseguir este feito? Estou convencido que não, ainda mais se o Chile se unir a nós. A Argentina não está bem com o Uruguai, até mesmo com o Paraguai, o restante da AS, pior ainda. As falas da Sra. Kirchner não passam, pra mim, de retóricas para agradar os EUA, pois nem para consumo interno serve. Claro, haverá questionamento popular sobre o risco de se ter um vizinho "nuclearizado" como o Brasil, mas não demorará para que se questione a total falta de investimentos no que há de mais básico em suas forças armadas --- o contraditório se fará presente e nada melhor do que a confusão interna para desviar o próprio foco das atenções. Os EUA sabem disso, mas não lhes restam outras opções, só esta mesmo, tentar.
De fato os EUA poderiam tentar armar a Argentina para frear a investida brasileira, mas esbarrariam imediatamente na resistência inglesa. Poderiam doar alguns F-16 ou coisas assim oriundos do deserto, poderiam doar mais algumas coisas, mas pensando em vender algum equipamento de maior valor agregado e obter algum lucro. A Argentina teria condições de adquirir, por exemplo, F-16 surrados, colocá-los em condições plenas de combate? Como fazer isso se nem os seus A-4 estão aptos para simples vôo? E quanto tempo para seus militares se encontrarem totalmente familiarizados com novos equipamentos é prontos para o combate? Isto não é rápido, todo aqui sabemos disso!!! E os armamentos??? Até o Chile, que comprou F-16 zero-bala, teve dificuldades para obter os AIM-120, imagine quanto tempo para a Argentina ter os seus!!!
A Argentina não nos representa ameaças neste momento, não por subestimar nosso vizinho e sua capacidade, mesmo sob duras penas impostas aos seus militares e forças armadas, mas por vê-la cada dia mais dependente economicamente do Brasil. Se com o Mercosul a coisa já está feia pra eles, imagina retirar o Brasil? Além disso, acredito, as relações diplomáticas Brasil-Argentina têm sido as melhores durante décadas. O que poderemos ver são retóricas e de pouco ou nenhum impacto, pois não vejo interesse em ambas as partes partir para agressão, nem verbal. A Argentina fez uma escolha equivocada em 1982, paga o preço arduamente, então dificilmente cometerá o mesmo erro. Uma coisa é marcar posição, outra coisa é o enfrentamento, mesmo que se sinta "humilhada" ao ver o Brasil melhor protegido e armado; consequências de escolhas ruins feitas no passado.
Vejo que a saída é o investimento do Brasil lá na Argentina, principalmente no campo militar. A melhor e mais barata solução para as FFAA argentina é comprar material bélico brasileiro e, se possível, tentar algum desenvolvimento conjunto. O próprio Chile "já se tocou", deverá tomar este caminho; que a Argentina abra os olhos e se antecipe, todos ganharão, não apenas nós. A AS deveria tentar uma solução semelhante a adotada pela Europa, países com treinamentos conjuntos, equipamentos que "conversam entre si", uma espécie de padronização. Se a Argentina tentar ser uma Inglaterra da vida, se isolar na AS, bem, que os dois se entendam novamente (como em 82?). Se o fôlego da Inglaterra já se revela cansado, então nem fôlego a Argentina tem.
E agora extrapolo: sempre haverá "um maior", se o momento favorece ao Brasil, que assim seja. Então que a própria AS veja tal crescimento (em tudo) com bons olhos e tire proveito da situação, crescendo junto com o Brasil, impedir tal coisa é atitude medíocre. Se incomoda a nova liderança que se desponta na AS, que se admita a existência da mesma e faça tudo para que seja assim, pois é melhor uma liderança na vizinhança do que uma liderança vindo do Norte; isto é falta de soberania, isto sim é se humilhar.
Amigos argentinos: vamos nos unir, ganhamos todos! Porém, qualquer outra solução que não venha dos arredores, acreditem, com toda certeza imporá derrotas, mas a vocês! O Brasil precisa do crescimento da Argentina, mas isto não se aplica aos clássicos e antigos "aliados" seus, já estão plenamente satisfeitos com sua realidade atual.
Editado pela última vez por orestespf em Qui Abr 15, 2010 7:42 pm, em um total de 1 vez.