Pressões Nucleares sobre o Brasil
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Terça-feira, 13 de abril de 2010 às 16:31
Segurança não pode ser pretexto para impedir acesso à tecnologia nuclear
Questões relacionadas a segurança nuclear não podem servir de pretexto para se dificultar o acesso à tecnologia para fins pacíficos, e a preocupação com a segurança é de toda comunidade internacional, mas a responsabilidade última é de cada Estado. Essa é a posição defendida pela delegação brasileira na Cúpula de Segurança Nuclear que está sendo realizada em Washington (EUA), segundo nota divulgada nesta terça-feira (13/4) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Segundo a nota, o Brasil apoia a atuação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) como “única instituição multilateral de escopo universal com competência e experiência no assunto” e defende a cooperação internacional para se atingir os objetivos da segurança nuclear. Afirma ainda que o tratamento adequado às questões de segurança nuclear depende de uma “necessária reforma” de instâncias como o Conselho de Segurança da ONU:
Não podemos falar em segurança nuclear sem pensar em que tipo de governança global administra a segurança internacional no mundo de hoje. Nas áreas comercial, financeira e de mudança do clima vemos progressos, com o estabelecimento de arranjos mais representativos para lidar com os desafios do mundo atual. Mas na área de segurança internacional isso ainda não vem ocorrendo. Persistem as estruturas e as regras de 1945.
A ONU vem perdendo credibilidade. Ao não contar com um Conselho de Segurança mais representativo e com maior legitimidade – e cada vez mais descompassado com a realidade atual -, as Nações Unidas perdem espaço na governança da segurança internacional. Isso não interessa a ninguém.
O compromisso do Brasil com a segurança nuclear e com o combate ao terrorismo nuclear é inabalável. Reiteramos nosso apoio ao cumprimento do Comunicado Conjunto e do Plano de Ação a serem adotados nesta Cúpula. O Brasil está pronto a cooperar ativamente para um mundo mais seguro, em que – paralelamente à eliminação de todos os arsenais nucleares – os materiais físseis e as instalações nucleares estejam protegidos.
Clique http://imprensa.planalto.gov.br/exec/in ... ?cod=61132 para ler a nota na íntegra.
A nota reafirma o compromisso brasileiro de combater o terrorismo nuclear e considera que a “a eliminação total e irreversível de todos os arsenais nucleares” é a melhor forma de se evitar que materiais nucleares caiam nas mãos de terroristas:
O modo mais eficaz de se reduzir os riscos de que agentes não-estatais utilizem explosivos nucleares é a eliminação total e irreversível de todos os arsenais nucleares. É essencial que as armas nucleares, até sua eliminação total, estejam absolutamente seguras. Quanto maior a quantidade de armas nucleares e sua disseminação, maiores as dificuldades e custos associados à sua proteção. O desarmamento nuclear e a não-proliferação constituem componentes essenciais de qualquer estratégia efetiva que vise alcançar os objetivos da segurança nuclear.
http://blog.planalto.gov.br/seguranca-n ... a-nuclear/
===============
O Pajarito (by Chavez) está me facilitando a vida!!! Obrigado Pajarito!
Segurança não pode ser pretexto para impedir acesso à tecnologia nuclear
Questões relacionadas a segurança nuclear não podem servir de pretexto para se dificultar o acesso à tecnologia para fins pacíficos, e a preocupação com a segurança é de toda comunidade internacional, mas a responsabilidade última é de cada Estado. Essa é a posição defendida pela delegação brasileira na Cúpula de Segurança Nuclear que está sendo realizada em Washington (EUA), segundo nota divulgada nesta terça-feira (13/4) pelo Ministério das Relações Exteriores (MRE).
Segundo a nota, o Brasil apoia a atuação da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) como “única instituição multilateral de escopo universal com competência e experiência no assunto” e defende a cooperação internacional para se atingir os objetivos da segurança nuclear. Afirma ainda que o tratamento adequado às questões de segurança nuclear depende de uma “necessária reforma” de instâncias como o Conselho de Segurança da ONU:
Não podemos falar em segurança nuclear sem pensar em que tipo de governança global administra a segurança internacional no mundo de hoje. Nas áreas comercial, financeira e de mudança do clima vemos progressos, com o estabelecimento de arranjos mais representativos para lidar com os desafios do mundo atual. Mas na área de segurança internacional isso ainda não vem ocorrendo. Persistem as estruturas e as regras de 1945.
A ONU vem perdendo credibilidade. Ao não contar com um Conselho de Segurança mais representativo e com maior legitimidade – e cada vez mais descompassado com a realidade atual -, as Nações Unidas perdem espaço na governança da segurança internacional. Isso não interessa a ninguém.
O compromisso do Brasil com a segurança nuclear e com o combate ao terrorismo nuclear é inabalável. Reiteramos nosso apoio ao cumprimento do Comunicado Conjunto e do Plano de Ação a serem adotados nesta Cúpula. O Brasil está pronto a cooperar ativamente para um mundo mais seguro, em que – paralelamente à eliminação de todos os arsenais nucleares – os materiais físseis e as instalações nucleares estejam protegidos.
Clique http://imprensa.planalto.gov.br/exec/in ... ?cod=61132 para ler a nota na íntegra.
A nota reafirma o compromisso brasileiro de combater o terrorismo nuclear e considera que a “a eliminação total e irreversível de todos os arsenais nucleares” é a melhor forma de se evitar que materiais nucleares caiam nas mãos de terroristas:
O modo mais eficaz de se reduzir os riscos de que agentes não-estatais utilizem explosivos nucleares é a eliminação total e irreversível de todos os arsenais nucleares. É essencial que as armas nucleares, até sua eliminação total, estejam absolutamente seguras. Quanto maior a quantidade de armas nucleares e sua disseminação, maiores as dificuldades e custos associados à sua proteção. O desarmamento nuclear e a não-proliferação constituem componentes essenciais de qualquer estratégia efetiva que vise alcançar os objetivos da segurança nuclear.
http://blog.planalto.gov.br/seguranca-n ... a-nuclear/
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
LULA:"Pode fazer cara feia barack, enquanto eu for presidente do BRASIL vcs vão ter que me engolir (by Zagalo)"Marino escreveu:Uma imagem diz muita coisa.Marino escreveu:A cara do Obama diz tudo:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... clear.html
Que será que passou na cabeça do Lula?
Obama: "barbudo fila da mãe, quem diria que um analfabeto desses iria dar tanto trabalho!"
LULA:"E rezem, rezem muito... pra dilminha não ganhas as eleições, invistam pesado no PSDB...a Dilminha bate mais embaixo ainda..."
Obama: Oh Sheat!!! Fuck you
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Não achei que a expressão do presidente estivesse sinalizando algo "mais".Marino escreveu:Uma imagem diz muita coisa.Marino escreveu:A cara do Obama diz tudo:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... clear.html
Que será que passou na cabeça do Lula?
Eu vi a imagem do cumprimento durante o almoço na tv,me pareceu algo protocolar mesmo.
Mas se trata de um momento diferente destas duas personagens,o pres. Lula está encerrando uma longa etapa de governo,com um saldo publicamente positivo,e me parece ultimamente bem relaxado e com a sensação do dever cumprido,por outro lado o pres. Obama se encontra no "ocaso" de julgamento pela opinião pública de seu país quanto a seu desempenho,sequer se pode avaliar se tem reeleição assegurada dada as campanhas conservadoras que se espalham pela midia americana.
Este fato,talvez possa explicar algumas das atitudes recentes do presidente e a crescente necessidade de demonstração de que mesmo sendo um presidente do partido Democrata,faria uso do hard Power se necessário.
O que talvez se fará claro nestas ultimas aparições internacionais do pres. Lula é cada vez mais o reforço da idéia de um Brasil forte e com amor próprio e orgulhoso,para quem acredita em reviravoltas politicas ou ideológicas em algumas decisões,sujiro que esqueçam.
Sds.
Ps:Perfeita a nota do Governo brasileiro.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Tem este link do programa espacial brasileiro, aqui do DB mesmo, terceiro ou quarto post não me lembro, fala do VLS, projeto nacional, basta clicar a imagem, ver e depois comparar com um ICBM...
viewtopic.php?f=11&t=15590&p=5014161&hi ... M#p5014161
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Vou dar um pitaquinho neste assunto, que por anos a fiu me corroe as viceras.Bender escreveu:É isso ai Hader,formula do medo,perfeito, e é a própria realiidade embutida em todas essa repetições insistentes.
Abraços!
Esse processo também se repete no debate sobre preservação ambiental. A postura intelectualoide é sempre de que a receita concebida pelos gringos é a formula perfeita. E nisso a gente vai ficando pra traz e perdendo terreno até que eles tenham a pachorra de definirem a nossa legislação ambiental etc e tal.
Essa turma, são os tais ambientalmente e politicamente corretos. Apontam um dedo riste para as mazelas do Brasil. E não têem nenhum pudor em dizer que preferem ver a Amazonia extirpada do território nacional do que "destruida".
Esse pessoal são compostos por uma miriade de tribos, que vão dos malucos beleza aos eco-bobos. E não votam só no FHC. Os que eu conheço votam majoritariamente no bremelhinhos.
Se na batalha de Passo do Rosário houve controvérsias. As Vitórias em Lara-Quilmes e Monte Santiago, não deixam duvidas de quem às venceu!
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
A questão é que comparei esta imagem com a recepção dos outros mandatários.
Está neste link:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... ml#tphotos
Vi formalidade com o Lula e efusão com os outros.
Posso estar enganado.
Está neste link:
http://noticias.terra.com.br/mundo/noti ... ml#tphotos
Vi formalidade com o Lula e efusão com os outros.
Posso estar enganado.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Edit: Agora sim, não achava a foto!
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Comandante, durma tranquilo!
Os sorrisos falsos e amarelos permanecem, como mando o protocolo!
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
FSP, São Paulo, quarta-feira, 14 de abril de 2010
Obama não cede a apelo de Lula sobre o Irã
Após reunião na qual brasileiro defendeu continuidade de diálogo com Teerã, presidente dos EUA insiste na pressão por sanções
Departamento de Estado diz que se pode até discutir o teor das punições, mas que hora é de agir; Brasil seguirá busca por saída negociada
Líderes de 47 países posam para foto oficial de Cúpula de Segurança Nuclear, em Washington; Obama diz que resolução contra Irã será votada em poucas semanas
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
CRISTINA FIBE
ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON
Momentos após ouvir proposta do colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo a continuidade da negociação com o Irã, o presidente dos EUA, Barack Obama, insistiu ontem na defesa de sanções duras e imediatas da ONU contra o país persa devido a seu programa nuclear. A conversa ocorreu às margens da Cúpula de Segurança Nuclear, que reuniu 47 líderes mundiais em Washington.
Obama teve uma reunião trilateral não programada com Lula e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a pedido dos dois governantes. Lula e Erdogan haviam discutido uma proposta alternativa a sanções anteontem, e decidiram conversar com Obama para defendê-la. O encontro, de cerca de 15 minutos, ocorreu logo após uma reunião bilateral oficial entre EUA e Turquia na tarde de ontem.
"Brasil e Turquia acreditam que sanções tendem a endurecer posições", disse ontem o chanceler Celso Amorim. "Todos compartilham do desejo de evitar usos militares da energia nuclear. Mas acreditamos que ainda é possível uma solução negociada e pedimos que se dê uma chance a esse esforço."
Segundo Amorim, Obama "não foi categórico". "Creio que a visão dos EUA é a de que muita coisa já foi tentada [em vão], mas Obama não disse ser contra mais negociações."
Pouco depois da reunião com Lula, entretanto, Obama disse a jornalistas no encerramento da cúpula que pretende "ir adiante [com sanções] com coragem e rapidamente". "Acho que muitos países do Conselho de Segurança da ONU acreditam que essa é a coisa certa a fazer", completou.
Os EUA afirmam que alcançar uma resolução sobre uma quarta rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã é questão de semanas.
Ontem, Obama reiterou que "os chineses já enviaram um representante para negociar a elaboração de uma resolução [contra o Irã]". Pequim, com poder de veto no conselho, vinha sendo o maior entrave para a aprovação das sanções.
"Sabemos que muitos países têm relações comerciais com o Irã. Mas o que disse ao presidente Hu [Jintao, da China] e a outros líderes é que palavras têm que significar algo. [A intenção] é isolar países que rompam seus compromissos internacionais", declarou.
O Departamento de Estado afirmou que se pode até discutir o teor das sanções, mas "é hora de agir".
Apesar da intransigência americana, o Brasil pretende continuar a discutir a solução negociada com outros líderes ainda nesta semana: os presidentes de China e Rússia virão ao Brasil para participar de cúpula do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), a partir de sexta-feira, e o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, será recebido em Brasília no sábado. "Não precisamos pedir licença a Obama para fazer o que estamos fazendo."
Amorim já havia discutido o tema com Davutoglu, anteontem à noite. Ele também se reuniu com o colega britânico, David Miliband.
Já Lula se reuniu ontem com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que apoia sanções, e com o premiê canadense, Stephen Harper.
O chanceler brasileiro disse que Lula não falou sobre pontos técnicos de uma proposta alternativa com Obama. O Brasil vem defendendo, porém, o uso da Turquia como intermediária para a troca de urânio pouco enriquecido do Irã por urânio altamente enriquecido de outros países, de forma a evitar que Teerã possua estoque suficiente do material para produzir a bomba.
A posição contra as sanções pode acabar isolando Brasil e Turquia, que atualmente ocupam assentos rotativos no conselho. Ontem, segundo a imprensa argentina, a presidente Cristina Kirchner usou como argumento para insistir em ter um encontro bilateral com Obama o fato de "não compartilhar da posição do Brasil quanto às sanções".
TNP
Lula falou à cúpula defendendo a observância brasileira de tratados internacionais -o Brasil não assinou o Protocolo Adicional do Tratado de Não Proliferação, que facilita inspeções de instalações nucleares dos signatários pela AIEA (agência atômica da ONU), e sofre pressões a respeito. Em documento que o Brasil distribuiu na cúpula, o país defende a prioridade ao desarmamento das potências nucleares.
Obama não cede a apelo de Lula sobre o Irã
Após reunião na qual brasileiro defendeu continuidade de diálogo com Teerã, presidente dos EUA insiste na pressão por sanções
Departamento de Estado diz que se pode até discutir o teor das punições, mas que hora é de agir; Brasil seguirá busca por saída negociada
Líderes de 47 países posam para foto oficial de Cúpula de Segurança Nuclear, em Washington; Obama diz que resolução contra Irã será votada em poucas semanas
ANDREA MURTA
DE WASHINGTON
CRISTINA FIBE
ENVIADA ESPECIAL A WASHINGTON
Momentos após ouvir proposta do colega brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, defendendo a continuidade da negociação com o Irã, o presidente dos EUA, Barack Obama, insistiu ontem na defesa de sanções duras e imediatas da ONU contra o país persa devido a seu programa nuclear. A conversa ocorreu às margens da Cúpula de Segurança Nuclear, que reuniu 47 líderes mundiais em Washington.
Obama teve uma reunião trilateral não programada com Lula e o primeiro-ministro da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, a pedido dos dois governantes. Lula e Erdogan haviam discutido uma proposta alternativa a sanções anteontem, e decidiram conversar com Obama para defendê-la. O encontro, de cerca de 15 minutos, ocorreu logo após uma reunião bilateral oficial entre EUA e Turquia na tarde de ontem.
"Brasil e Turquia acreditam que sanções tendem a endurecer posições", disse ontem o chanceler Celso Amorim. "Todos compartilham do desejo de evitar usos militares da energia nuclear. Mas acreditamos que ainda é possível uma solução negociada e pedimos que se dê uma chance a esse esforço."
Segundo Amorim, Obama "não foi categórico". "Creio que a visão dos EUA é a de que muita coisa já foi tentada [em vão], mas Obama não disse ser contra mais negociações."
Pouco depois da reunião com Lula, entretanto, Obama disse a jornalistas no encerramento da cúpula que pretende "ir adiante [com sanções] com coragem e rapidamente". "Acho que muitos países do Conselho de Segurança da ONU acreditam que essa é a coisa certa a fazer", completou.
Os EUA afirmam que alcançar uma resolução sobre uma quarta rodada de sanções do Conselho de Segurança da ONU contra o Irã é questão de semanas.
Ontem, Obama reiterou que "os chineses já enviaram um representante para negociar a elaboração de uma resolução [contra o Irã]". Pequim, com poder de veto no conselho, vinha sendo o maior entrave para a aprovação das sanções.
"Sabemos que muitos países têm relações comerciais com o Irã. Mas o que disse ao presidente Hu [Jintao, da China] e a outros líderes é que palavras têm que significar algo. [A intenção] é isolar países que rompam seus compromissos internacionais", declarou.
O Departamento de Estado afirmou que se pode até discutir o teor das sanções, mas "é hora de agir".
Apesar da intransigência americana, o Brasil pretende continuar a discutir a solução negociada com outros líderes ainda nesta semana: os presidentes de China e Rússia virão ao Brasil para participar de cúpula do Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), a partir de sexta-feira, e o chanceler turco, Ahmet Davutoglu, será recebido em Brasília no sábado. "Não precisamos pedir licença a Obama para fazer o que estamos fazendo."
Amorim já havia discutido o tema com Davutoglu, anteontem à noite. Ele também se reuniu com o colega britânico, David Miliband.
Já Lula se reuniu ontem com o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que apoia sanções, e com o premiê canadense, Stephen Harper.
O chanceler brasileiro disse que Lula não falou sobre pontos técnicos de uma proposta alternativa com Obama. O Brasil vem defendendo, porém, o uso da Turquia como intermediária para a troca de urânio pouco enriquecido do Irã por urânio altamente enriquecido de outros países, de forma a evitar que Teerã possua estoque suficiente do material para produzir a bomba.
A posição contra as sanções pode acabar isolando Brasil e Turquia, que atualmente ocupam assentos rotativos no conselho. Ontem, segundo a imprensa argentina, a presidente Cristina Kirchner usou como argumento para insistir em ter um encontro bilateral com Obama o fato de "não compartilhar da posição do Brasil quanto às sanções".
TNP
Lula falou à cúpula defendendo a observância brasileira de tratados internacionais -o Brasil não assinou o Protocolo Adicional do Tratado de Não Proliferação, que facilita inspeções de instalações nucleares dos signatários pela AIEA (agência atômica da ONU), e sofre pressões a respeito. Em documento que o Brasil distribuiu na cúpula, o país defende a prioridade ao desarmamento das potências nucleares.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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- Sávio Ricardo
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Ai meu deus!!!
Argentina não...
Até los hermanos querem fazer graça agora???
Argentina não...
Até los hermanos querem fazer graça agora???
- Wolfgang
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Who cares?Sávio Ricardo escreveu:Ai meu deus!!!
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- Sávio Ricardo
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Por isso mesmo Wolf...Wolfgang escreveu:Who cares?Sávio Ricardo escreveu:Ai meu deus!!!
Argentina não...
Até los hermanos querem fazer graça agora???
rs.
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Eu acompanhei via imprensa Argentina esse encontro da Senhora K com o Obama. Disseram que a diplomacia Argentina praticamente mendigou um encontro dela com o Obama. No fim conseguiram, mas foi algo completamente irrelevante no que tange a qq coisa relacionada a políticas nucleares de quem quer que seja. Abaixo reproduzo reportagem do La Nacion.Sávio Ricardo escreveu:Ai meu deus!!!
Argentina não...
Até los hermanos querem fazer graça agora???
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WASHINGTON.
Después de esperar hasta último momento una reunión a solas con el presidente Barack Obama, Cristina Kirchner se llevó un gesto de su par norteamericano, que le dedicó 15 minutos en los que ambos avanzaron en descongelar la tensa relación entre los dos países.
Sin anuncios relevantes de Obama para la Argentina, la Presidenta obtuvo un fuerte respaldo a la política nuclear de su gobierno. Nada más. En un escueto comunicado, la Casa Blanca detalló su visión: "Los presidentes discutieron varios asuntos mutuos de interés y los desafíos globales que tienen en común. Coincidieron en la importancia de reforzar el régimen internacional de no proliferación [de armas nucleares]", sostiene el texto. Además, el gobierno de Estados Unidos subrayó el agradecimiento de Obama a la Presidenta por su "rol en la estabilización internacional y los esfuerzos para aliviar el daño causado por el terremoto en Haití".
Ese fue el resultado del corto encuentro que llegó finalmente ayer para Cristina Kirchner, después de las agónicas gestiones de la diplomacia nacional para conseguir la reunión. Apenas terminó la cumbre de seguridad nuclear que compartieron, Obama tomó del hombro a la Presidenta y la llevó hasta un salón aparte en el Centro de Convenciones de esta ciudad, donde se realizó el plenario de los 47 mandatarios que participaron de la cumbre, para concederle los tan esperados minutos a la jefa del Estado.
El gesto "cariñoso" del presidente norteamericano fue resaltado con énfasis por la comitiva argentina. La llamaba directamente Cristina, con la dificultad obvia del idioma, destacaron. Ella apeló varias veces al Barack, a secas, en el diálogo a solas.
La Presidenta informó a la prensa, en una charla informal televisada, que Obama le había preguntado cómo había impactado en la economía argentina la crisis financiera global.
"No nos había ido del todo mal", respondió ella, con poco tiempo para vender sus políticas, y resaltó la reapertura del canje de la deuda con los holdouts como su gran apuesta para la reinserción de la Argentina en los mercados internacionales.
La reunión a solas determinó un primer avance en el vínculo bilateral, cargado de desconfianzas mutuas. "Tenemos una relación normal y seria", fue la evaluación final que hizo la Presidenta en el diálogo con los periodistas. Parecían parte del pasado los días de tensión que incluyeron críticas públicas de ella a las políticas de Obama.
Cristina Kirchner dijo que estaba cansada. Se notó en los olvidos que tuvo, como no haber invitado a Obama a visitar el país. "Me olvidé", confesó, sorprendida.
Según la versión que contó la Presidenta, el mandatario norteamericano se había mostrado "muy interesado" en la Argentina. Pero ante la pregunta de LA NACION sobre si Obama había expresado conocimiento sobre el país, Cristina Kirchner contestó que no era necesario que lo tuviera.
Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Não é de hoje que a chacelaria argentina tenta um encontro, nem que seja de alguns minutos, entre Obama e Cristina e para isso colocariam "até a mãe no meio", se é que me entende...
Fiquemos de olho nas relações EUA-Argentina... com o pires na mão, acho que sai mato deste coelho (inversão proposital )...
[]'s a todos.
Fiquemos de olho nas relações EUA-Argentina... com o pires na mão, acho que sai mato deste coelho (inversão proposital )...
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Re: Pressões Nucleares sobre o Brasil
Fabricação de bombas sujas preocupa especialistas
Desde 1993, há 390 casos de roubo, sumiço e contrabando de material nuclear
Andrea Rizzi
Do El País
MADRI. Os temores de que material radioativo caia nas mãos de grupos terroristas não são
infundados. Segundo as Nações Unidas, desde 1993 foram registrados 390 casos de roubo, sumiço e
contrabando de material nuclear no mundo. Somente a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
aponta em seus relatórios 18 ocorrências de urânio e plutônio enriquecidos em níveis adequados para
uso militar — que poderiam facilmente ser usados na fabricação das chamadas bombas sujas.
— Isso é apenas a ponta do iceberg, porque os governos relutam muito em tornar pública a
perda de material sensível. A conferência de segurança é um importante passo adiante — afirmou
Leonor Tomero, diretora do Departamento de Não Proliferação do Centro de Controle de Armas, em
Washington.
Em dezembro de 1994, graças a uma denúncia anônima, a polícia da República Tcheca
recuperou num carro estacionado nas ruas de Praga uma caixa de 2,7kg de urânio
enriquecido a 87,7% — nível comparável ao grau de pureza das ogivas atômicas do
Pentágono. Seis meses depois, as forças de segurança identificaram mais 500 gramas do mesmo
material na capital e outra amostra de 17 gramas numa cidade no sul do país. Num dos mais graves
episódios de contrabando nuclear já descobertos, vários russos e um físico nuclear tcheco foram
detidos, aparentemente sem terem conseguido vender o produto. Para destacar a gravidade do caso,
especialistas lembram que a bomba de Hiroshima tinha “somente” 25 quilos de material nuclear.
A batalha contra um ataque atômico terrorista é travada em duas frentes: garantindo a segurança
das mais de 20 mil ogivas nucleares do planeta, e aumentando a proteção aos centros de
enriquecimento de urânio, laboratórios de pesquisa civis e militares e depósitos de
combustível. Todos os furtos registrados aconteceram em centros de pesquisa, e não nos estoques.
O maior desafio é garantir o sigilo e evitar que o pessoal empregado em instalações
sensíveis possa fornecer informações ou dar apoio a Estados com objetivos obscuros ou grupos
terroristas. Apesar de o design de uma ogiva atômica ser complicado, fabricar uma
bomba suja, com carga convencional e uma pequena quantidade de urânio enriquecido é bastante
simples. A explosão teria um valor muito inferior ao de uma ogiva atômica
Desde 1993, há 390 casos de roubo, sumiço e contrabando de material nuclear
Andrea Rizzi
Do El País
MADRI. Os temores de que material radioativo caia nas mãos de grupos terroristas não são
infundados. Segundo as Nações Unidas, desde 1993 foram registrados 390 casos de roubo, sumiço e
contrabando de material nuclear no mundo. Somente a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA)
aponta em seus relatórios 18 ocorrências de urânio e plutônio enriquecidos em níveis adequados para
uso militar — que poderiam facilmente ser usados na fabricação das chamadas bombas sujas.
— Isso é apenas a ponta do iceberg, porque os governos relutam muito em tornar pública a
perda de material sensível. A conferência de segurança é um importante passo adiante — afirmou
Leonor Tomero, diretora do Departamento de Não Proliferação do Centro de Controle de Armas, em
Washington.
Em dezembro de 1994, graças a uma denúncia anônima, a polícia da República Tcheca
recuperou num carro estacionado nas ruas de Praga uma caixa de 2,7kg de urânio
enriquecido a 87,7% — nível comparável ao grau de pureza das ogivas atômicas do
Pentágono. Seis meses depois, as forças de segurança identificaram mais 500 gramas do mesmo
material na capital e outra amostra de 17 gramas numa cidade no sul do país. Num dos mais graves
episódios de contrabando nuclear já descobertos, vários russos e um físico nuclear tcheco foram
detidos, aparentemente sem terem conseguido vender o produto. Para destacar a gravidade do caso,
especialistas lembram que a bomba de Hiroshima tinha “somente” 25 quilos de material nuclear.
A batalha contra um ataque atômico terrorista é travada em duas frentes: garantindo a segurança
das mais de 20 mil ogivas nucleares do planeta, e aumentando a proteção aos centros de
enriquecimento de urânio, laboratórios de pesquisa civis e militares e depósitos de
combustível. Todos os furtos registrados aconteceram em centros de pesquisa, e não nos estoques.
O maior desafio é garantir o sigilo e evitar que o pessoal empregado em instalações
sensíveis possa fornecer informações ou dar apoio a Estados com objetivos obscuros ou grupos
terroristas. Apesar de o design de uma ogiva atômica ser complicado, fabricar uma
bomba suja, com carga convencional e uma pequena quantidade de urânio enriquecido é bastante
simples. A explosão teria um valor muito inferior ao de uma ogiva atômica
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
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