helio escreveu:
Flavio , quanto a sua pergunta:
-considerando que a SAAB fez uma nota à imprensa de grande tiragem e circulação
-considerando que não disponibilizou tal informação por intermédio de jornalistas que escrevem em jornais e revistas, pelo contrário o fez de forma direta assumnido abertamente a autoria
-considerando que até o presente momento (17:28hs- horário de Brasilia do dia 12 de abril de 2010) não houve qualquer comentário ou réplica repudiando a nota oficial
Acredito sim !
Quanto a sua resposta à minha pergunta comento o seguinte: a ToT que a França pretende nos repassar é uma tecnologia compativel apenas para aviões franceses. Ao contrário ,os países que vou citar possuem comunidade em grande parte dos componentes: Alemanha,Brasil,Canadá,EUA, Inglaterra, Itália, Israel, Taiwan,etc.. todos eles fabricantes de aviões. Por que a EMBRAER adota a maioria dos componentes aqueles compativeis com estes paises?
Abraços
Hélio
Hélio,
Cortei um pedaço da mensagem porque estava ficando muito grande...
Os ToTs que a França pretende nos passar, de acordo com oque foi pedido pela FAB, além do software de controle de armas para nos dar independência na integração de armamentos, envolvem principalmente participação em projetos de empresas brasileiras, ou seja, transferência de tecnologia útil para projetos nossos, não a mera capacidade de fazer as peças do Rafale(oque entra em nacionalização, e só ocorre se houver ganho de escala na fabricação, ou seja, mais encomendas). O ToT do Gripen é que é focado nas peças e partes do Gripen. Claro que, como vamos reprojetar com eles algumas coisas, imagino que os ToTs deles também vão nos ensinar a fazer coisas que não temos capacidade de fazer hoje. Mas inicialmente, os ToTs deles servem ao único propósito de desenvolver peças e partes do Gripen.
Não se trata, portanto, de compatibilidade de tecnologia, até porque não é isso que queremos. Usando como exemplo, quando adquirimos uma fábrica de torpedos e a tecnologia correspondente, demos com os burros náqua, porque a fábrica só servia para fazer aquele torpedo, que já ficava obsoleto. O mesmo vale para turbinas, por exemplo: Não queremos fazer a turbina do FX, necessariamente, mas sim a turbina do caça de 5a. geração, dos mísseis de cruzeiro, de UAVs, de turbo-hélices, de helicópteros... Para tanto, precisamos aprender oque os grandes fabricantes de turbina já sabem, tanto em termos de design e otimização, quanto em termos de metalurgia e materiais. São as tecnologias e conhecimentos de base que nos habilitarão, não o conhecimento específico de como fazer a M88, ou a F414.
Allan