helio escreveu: Allan
Como voce mesmo concorda, todos tem o direito de opinar. Todos aqui sabemos que o prefeito de SBC falou maravilhas do Gripen NG vicando unica e exclusivamente vanragens que teriam o seu municipio se este for o vencedor. Sabemos também que ele sequer avaliou o que os outros dois competidores tem a oferecer.
Tenho minhas discordâncias sobre o destacado, dado o conhecido
curriculum do Sr. Marinho. E o modo como isso apareceu, do nada, de uma hora para outra um Prefeito, membro importante da base governamental, viaja à Suécia com todas as despesas pagas por quem convidou (SAAB? Governo de lá? Ambos?) e volta fazendo lobby pelo Gripen. Isso não me parece nada normal...
helio escreveu:Tão legitimo quanto, são os franceses que temem uma possivel perda de postos de trabalho, bem como lucros menores.
Numa negociação estratégica como esta, o presidente deveria ouvir os argumentos de todos os interessados.
Discordo com voce quanto a achar que o Gripen só tem 2 vantagens: o preço e geração de empregos.
Eu também discordo: que preço? Se o avião ainda nem foi desenvolvido...
E a geração de empregos, então? Que empregos? A SAAB vai abrir uma filial em São Bernardo do Campo? Nunca li nem ouvi falar. Por outro lado, quem de SBC já fornece partes para aeronaves da EMBRAER vai continuar fornecendo, seja Rafale, Super Hornet ou Gripen. Mesmo PAK-FA!
helio escreveu:O Gripen NG por ser um projeto em desenvolvimento (um avião virtual para os mais malvados) justamente por este motivo, vai possibilitar o Brasil a desenvolver a tecnologia transferida desde o primeiro momento, enquanto os outros competidores por terem um avião já pronto, a tecnologia transferencida só poderá ser desenvolvida a partir do projeto de novos aviões.
Reafirmo que existem empresas pequenas que orbitam em torno da EMBRAER, que por seu porte ,mesmo recebendo tecnologia nova, dependem exclusivamente de novas encomendas.
De nada adianta ser considerado uma empresa de importancia estratégica se não tiver condições de se autosustentar.
Esta ao meu ver é a maior vantagem que o NG tem perante os demais, e a FIESP tem plena consciencia disto.
Até onde isso é correto ainda está por ser demonstrado. O Gripen NG já existe ao menos em concepção, uma configuração ou ao menos desenho 'congelado'? Se existe, iremos desenvolver O QUÊ, precisamente? Iremos apenas fazer o que os Suecos disserem que deve ser feito, como deve ser feito, seguir as plantas deles e por aí vai. Em que isso nos deixa melhor do que fazer Flanker, Rafale ou F-18? A comparação com o AMX volta e meia aparece mas me é meio estranha em alguns pontos, eis que naquele caso partimos de um projeto conjunto desde o início, tínhamos antes umas idéias para um avião nosso (AX, um 'Xavantão') e eles tinham as deles, um G-91Y melhorado para ser o LO do Tornado. Eles tinham uma expertise neste tipo de aeronave que a nós faltava, então nos unimos, as Forças Aéreas falaram o que queriam do avião, os engenheiros trabalharam e aí temos o AMX indo já para o MLU. Não é bem o caso do Gripen, que se tiver já uma definição clara do que vai ser, bueno, então vamos trabalhar num avião com especificações SUECAS, não nossas. Tenho sérias dúvidas sobre o NG, mesmo já tendo prontinha a parte teórica do projeto, ficar pronto em tempo e dentro dos custos. Não é o que se tem visto por aí, vide F-35, A-400 & quetales. E se não estiver pronto, justamente para podermos entrar com nossas próprias especificações e necessidades, bueno, aí sim, o PRAZO foi para o escambau. Custos também, outra incógnita. Aliás, sobre CUSTOS, desenvolver custa dinheiro, não? O único dos três para o qual teremos de meter a mão no bolso nesse quesito é o Gripen. Nada contra isso mas a meu ver invalida de vez qualquer argumento de 'baratim, baratim', pois teremos primeiro que bancar o DESENVOLVIMENTO para depois COMPRAR A PREÇO DE MERCADO. E volta a comparação com o AMX: à época éramos nós e a Itália para comprar, dois clientes garantidos para o produto. O terceiro, que seria a Venezuela foi impedido de comprar por veto estrangeiro, eis que NÃO SE DOMINAVA INTEIRAMENTE AS TECNOLOGIAS ENVOLVIDAS. Tinha peças ianques e Inglesas no meio.
Desta vez seremos apenas NÓS, eis que o NG é desnecessário para a Suécia ou, claro, esta já teria encomendado, o que reforçaria e muito a imagem e credibilidade de seu produto. Não, amigo, nem esperes pela Suécia, é só nós e quem resolver comprar de nós. Ou dos Suecos. Melhor dos mundos! Para eles...
Mas e por quê o AMX só foi vendido nos Países que o desenvolveram? Produto errado na hora errada, a guerra fria tinha acabado quando ele entrou no mercado, haviam montes de aviões modernos de ataque por uma fração do seu custo, com excelente desempenho e poucas horas de voo, estoques de peças abarrotados e tudo a preços camaradas.
E hoje? Bem, quando o NG finalmente estiver à venda, metade dos potenciais compradores provavelmente estarão trocando F-16 não muito voados por caças 5G e a outra metade comprando os F-16 da primeira. Quem vai querer comprar 4G zero km - e caro - podendo pagar um pouco mais e pegar logo 5G? E quem, não tendo $$$ para comprar 5G vai pagar uma nota preta para ter um caça apenas pouco melhor do que um F-16, Mirage 2000-5 e por aí vai?
helio escreveu:Quanto ao aspecto preço, não vejo problema em adquirir o mais caro, mas é preocupante quando se adquire o mais caro de operar. A despeito das promessas de verbas que virão, através de legislações, para mim não passa de promessa, pois até o presente o contingenciamento de verbas militares é uma constante(sim, apesar da END). A situação das FA não é nada bom quando se fala em verbas para aplicação em adestramento. Se a propria França limita as horas de vôo do Rafale para 240hs anuais por piloto enquanto o SH voa em média 400horas por piloto nos EUA dá para imaginar como é caro voar num equipamento tão sofisticado como um caça de 4ªgeração. Sincerament, se a verba não fluir de forma constante e ininterrupta, nada vai adiantar termos caças modernos, tecnologia de sobra em nossas industrias. E nestes casos se voará mais o que for menos dispendioso, o Rafale com certeza está longe de ser o menos dispendioso.
Um abraço
Hélio
E quem garante que O GRIPEN o será? Lembres, vamos ajudar a pagar o desenvolvimento para depois comprar a preço de mercado. Sendo um avião apenas para nós, como fica o preço da manutenção? O Super Hornet seria usado por pelo menos três Países (EUA, Austrália e nós), o Rafale por pelo menos dois (França e nós), o Gripen só por nós. Em quê isso barateia alguma kôza, cupincha?
Abração!!!