GEOPOLÍTICA
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Re: GEOPOLÍTICA
Nossa, como são legais, né não? ...
Quanto isso representa dos subsídios ao produtores deles?...
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- Penguin
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Re: GEOPOLÍTICA
Enlil escreveu:Nossa, como são legais, né não? ...
Quanto isso representa dos subsídios ao produtores deles?...
COMÉRCIO INTERNACIONAL
Brasil suspende temporariamente retaliação a bens importados dos Estados Unidos
Publicada em 05/04/2010 às 19h33m
Eliane Oliveira
BRASÍLIA - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu adiar a entrada em vigor da lista de 102 itens importados dos Estados Unidos que terão as tarifas elevadas em até 100%. A medida passaria a valer nesta quarta-feira, mas o governo optou pela suspensão dos efeitos da retaliação a bens até o dia 22 deste mês, tendo em vista a apresentação, pelos EUA, de três medidas compensatórias.
Foram elas: o reconhecimento do estado de Santa Catarina como livre de febre aftosa, sem vacinação; a suspensão de garantias de crédito à exportação que ainda não foram liberadas este ano, no valor de US$ 2,8 bilhões; e a criação de um fundo, que terá recursos anuais de US$ 147,3 milhões, para financiar projetos que beneficiem a cotonicultura brasileira. Mais cedo nesta segunda-feira, o governo americano afirmou que espera uma "solução negociada" para evitar as sanções.
Segundo explicou o diretor do Departamento Econômico do Itamaraty, Carlos Márcio Cozendey, se as medidas forem de fato cumpridas até o dia 22, o governo brasileiro abrirá um novo prazo de negociação, de 60 dias, para que seja fechado um acordo global, que evite a retaliação de US$ 829 milhões, autorizada pela Organização Mundial do Comércio (OMC), por causa dos subsídios ao algodão.
- Agora sim, temos um processo negociador. Até a última quinta-feira, não havia uma contraproposta - disse o diplomata.
Ele esclareceu que a outra parte da retaliação cruzada, que prevê sanções nas áreas de serviços e propriedade intelectual, continuará sendo analisada. Nesta segunda-feira, terminou o prazo de consulta pública para os setores interessados se manifestarem.
Sempre e inevitavelmente, cada um de nós subestima o número de indivíduos estúpidos que circulam pelo mundo.
Carlo M. Cipolla
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Re: GEOPOLÍTICA
Não queriam acatar a decisão de uma organização q eles mesmo insentivaram a criar. O fizeram de extrema má vontade. Veremos o q acontecerá... Q bondade, né não? OMC, ONU, sanções, 0,8-800 ...
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Re: GEOPOLÍTICA
Eles pensaram que não teriamos peito para retaliar.Enlil escreveu:Não queriam acatar a decisão de uma organização q eles mesmo insentivaram a criar. O fizeram de extrema má vontade. Veremos o q acontecerá... Q bondade, né não? OMC, ONU, sanções, 0,8-800 ...
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Re: GEOPOLÍTICA
Infelizmente alguns países acham q "regras internacionais" valem para os outros: OMC, AIEA, Tribunal Internacional de Haia, etc. O pior de tudo é quem não é desses "alguns" e ainda acho isso legítimo, acha q é uma afronta, uma "ideologisse", questionar os conservadores internacionais e nacionais... A ordem mundial está mudando, a advinda da WWII está claramente caduca. Mudará para melhor? Não sei, mas certamente terá q mudar, antes q vire apenas um espantalho de uma velha ordem, se é q não virará. A única coisa certa é q complacência de "aspirante" significa permanência na "área de serviço"...
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Re: GEOPOLÍTICA
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EUA dizem negociar com Brasil convênio militar e de segurança
05 de abril de 2010
O secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos para a América Latina, Arturo Valenzuela, anunciou nesta segunda-feira em Quito que Washington negocia com o Brasil um convênio militar e de segurança.
Segundo ele, o acordo ainda não está concretizado e faz parte da "política ordinária" de Washington. "Entre as coisas que estão em trâmite está um acordo também de segurança com o Brasil, mas isso não foi terminado, não está completo ainda", afirmou.
Valenzuela evitou falar sobre se as conversas com o Brasil podem causar um novo mal-estar na União de Nações Sul-americanas (Unasul), que já rejeitou o acordo assinado por EUA e Colômbia no ano passado sobre o uso de bases.
De acordo com Valenzuela, os EUA já explicaram "muito bem" nesse momento "quais foram as intenções da cooperação" com a Colômbia e considerou que as explicações dadas "foram aceitas pela região".
"Insistimos em assegurar que todo mundo entendesse que era um acordo bilateral entre EUA e Colômbia, sem nenhuma intenção de extraterritorialidade", acrescentou.
O secretário de Estado adjunto se dirigiu brevemente à imprensa após uma conferência acadêmica na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em Quito, dentro de uma viagem que o levará também a Colômbia e Peru.
EUA dizem negociar com Brasil convênio militar e de segurança
05 de abril de 2010
O secretário de Estado adjunto dos Estados Unidos para a América Latina, Arturo Valenzuela, anunciou nesta segunda-feira em Quito que Washington negocia com o Brasil um convênio militar e de segurança.
Segundo ele, o acordo ainda não está concretizado e faz parte da "política ordinária" de Washington. "Entre as coisas que estão em trâmite está um acordo também de segurança com o Brasil, mas isso não foi terminado, não está completo ainda", afirmou.
Valenzuela evitou falar sobre se as conversas com o Brasil podem causar um novo mal-estar na União de Nações Sul-americanas (Unasul), que já rejeitou o acordo assinado por EUA e Colômbia no ano passado sobre o uso de bases.
De acordo com Valenzuela, os EUA já explicaram "muito bem" nesse momento "quais foram as intenções da cooperação" com a Colômbia e considerou que as explicações dadas "foram aceitas pela região".
"Insistimos em assegurar que todo mundo entendesse que era um acordo bilateral entre EUA e Colômbia, sem nenhuma intenção de extraterritorialidade", acrescentou.
O secretário de Estado adjunto se dirigiu brevemente à imprensa após uma conferência acadêmica na Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais (Flacso), em Quito, dentro de uma viagem que o levará também a Colômbia e Peru.
"Só os mortos conhecem o fim da guerra" Platão.
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Re: GEOPOLÍTICA
Enquanto os acordos forem bi-laterais e vantajosos pra ambos não vejo problema com qualquer acordo. Seja americano, russo, chines ou marciano.
Apenas tomar cuidado com as letra miuda
+1 noticia que vai mudar bastante coisa e vai dar o que falar.
Apenas tomar cuidado com as letra miuda
+1 noticia que vai mudar bastante coisa e vai dar o que falar.
Obama vai limitar as condições em que os EUA poderão usar armas nucleares
Revelação foi feita pelo presidente em entrevista ao 'New York Times'.
Democrata anuncia formalmente nova estratégia nuclear nesta terça.
Do G1, com agências internacionais
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O presidente dos EUA, Barack Obama, disse nesta segunda-feira (5) que vai diminuir consideravelmente as condições sob as quais os Estados Unidos poderão usar suas armas nucleares, mesmo em defesa própria. A declaração foi feita em entrevista ao "New York Times".
Obama discutiu a questão nuclear, um dia antes de formalmente divulgar sua nova estratégia para o setor, conforme exigência do Congresso.
Essas novas regras, no entanto, terão exceções aplicáveis a Irã e Coreia do Norte, que ou violaram ou renunciaram ao tratado de proliferação nuclear.
O democrata descreveu sua política como parte de um esforço mais amplo para encaminhar o mundo em direção a uma situação em que as armas nucleares se tornem obsoletas. Ele também falou, segundo o jornal, em criar incentivos para que os países abandonem suas ambições nucleares. Para dar o exemplo, ele disse que os EUA vão renunciar a produzir novas armas nucleares.
A estratégia revelada por Obama, segundo o "New York Times", é uma reviravolta em relação às políticas adotadas pelos governos anteriores.
- tflash
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Re: GEOPOLÍTICA
Isso quer dizer que em teoria o Brasil ou o Japão podiam invadir os EUA que não levavam com as Nukes? Isso eu pagava para ver!Obama vai restringir recurso à arma nuclear
por LusaHoje
O Presidente Barack Obama vai restringir as condições em que os Estados Unidos poderão recorrer à arma nuclear, informou na segunda feira um destacado responsável norte-americano.
A nova estratégia nuclear dos Estados Unidos, que será divulgada hoje em pormenor, tem por objectivo "impedir o terrorismo nuclear, a proliferação e reduzir o papel das armas nucleares na estratégia de segurança nacional", disse o responsável que pediu para não ser identificado.
O Presidente deverá, nomeadamente, comprometer-se a nunca utilizar a arma nuclear contra um adversário que não a possui e que respeita o Tratado de não proliferação nuclear, refere o New York Times no seu "site" na Internet, depois de ter entrevistado Obama sobre estratégia nuclear.
O Presidente norte-americano esclareceu, no entanto, que "estados fora das normas como o Irão e a Coreia do Norte" serão excepções à nova regra, segundo uma das raras citações directas fornecidas de imediato pelo diário.
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Re: GEOPOLÍTICA
ARMAMENTOS
Chávez gastará até US$ 5 bi com armas russas
Moscou faz anúncio após retorno de Vladimir Putin de visita à Venezuela, mas não confirma
produtos e nem prazos
Em Caracas, premiê russo disse se aproveitar do vácuo deixado pelo fato de EUA se negarem a
vender material bélico ao país sul-americano
DA REDAÇÃO
O premiê da Rússia, Vladimir Putin, disse ontem, em reunião com funcionários da indústria bélica
transmitida pela TV, que sua breve passagem pela Venezuela, na semana passada, rendeu ao país
promessas de compras de armamentos que superariam US$ 5 bilhões.
Segundo Putin, a cifra inclui a cessão de US$ 2,2 bilhões em linhas de crédito para a compra de
armas que havia sido prometida a Hugo Chávez em setembro passado, na oitava visita do presidente
venezuelano a Moscou. "Todas as fontes do financiamento foram determinadas e acordadas com os
nossos sócios", afirmou Putin. "O trabalho para aumentar as exportações vai continuar", garantiu.
Desde 2005, a Venezuela já anunciou a compra de mais de US$ 4 bilhões em armamentos
russos. De concreto, recebeu 100 mil fuzis Kalashnikov, 24 caças e 51 helicópteros.
Fontes militares russas informaram à agência Interfax que, desta vez, Caracas quer três
submarinos, 92 tanques, dezenas de blindados, dez helicópteros de combate, aviões-patrulha, lanchaspatrulha,
lanchas de desembarque, lançadores de mísseis e três modernos sistemas de defesa aérea,
além de um sistema móvel de artilharia costeira capaz de abater embarcações a 130 km de distância.
Haveria também conversas sobre a construção de uma fábrica de metralhadoras e de munição.
Em todo o ano passado, segundo o Kremlin, a Rússia exportou US$ 7,4 bilhões em armas. O
bilionário pedido da Venezuela, uma vez concretizado, deverá ser dividido entre as 13 maiores
fabricantes bélicas do país euro-asiático.
Em Caracas, no sábado passado, Putin negou que o fortalecimento da defesa da Venezuela
possa provocar uma crise na região e lembrou que, "se todos os países somarem seus gastos em
defesa, ainda será menos do que o dos EUA". "Temos boas relações com os EUA e, graças a Deus, não
temos do que reclamar sobre as relações com o Reino Unido. Se os EUA não querem fornecer armas
para alguns países, inclusive a Venezuela, bom para nós. Deixem que eles não forneçam. A natureza
abomina vácuo", afirmou.
Durante a visita, entretanto, Putin e Chávez não assinaram nenhum novo acordo bélico.
Outro "vácuo" que a Rússia é convidada a preencher é o da Bolívia. O presidente Evo Morales,
que foi a Caracas se encontrar com Putin, disse ter pedido ao premiê que volte "com força" à América
Latina e relance as relações bilaterais.
Os EUA expressaram sua preocupação. Ontem, o porta-voz do Departamento de Estado P.J.
Crowley afirmou que o anúncio "pressiona" os EUA a analisarem "quais necessidades de defesa
legítimas a Venezuela tem". "Poderíamos pensar em investimentos que seriam melhores para o povo
venezuelano", alfinetou Crowley antes acrescentar que a maior preocupação americana é "não ver esse
equipamento migrar a outras partes do hemisfério".
Embora não tenham sido diretos desta vez, os EUA já acusaram no passado a Venezuela de
armar a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Em Caracas, Putin ecoou a
negativa de Chávez às suspeitas. "Nunca tivemos sinal de que a Venezuela apoiasse o terrorismo. Do
contrário, eu não estaria aqui agora", afirmou o russo.
Com agências internacionais
ENTREVISTA - LUIS FERNANDO AYERBE, COORDENADOR DO INSTITUTO DE ESTUDOS
ECONÔMICOS INTERNACIONAIS DA UNESP
"Compra não torna Caracas uma potência"
DA REDAÇÃO
O argentino Luis Fernando Ayerbe, coordenador do Instituto de Estudos Econômicos
Internacionais da Unesp, afirma que a compra de mais armas russas não faz da Venezuela uma potência
militar e que o país não apresenta ameaça aos vizinhos.
(GABRIELA MANZINI)
FOLHA - O anúncio significa uma mudança na Venezuela?
LUIS AYERBE - Há toda uma programação de compra de armas por parte da Venezuela, mas
isso não vai representar desequilíbrio. A Venezuela não é o país mais poderoso da região em
armamento. O que há é uma postura de Chávez de crescer militarmente.
FOLHA - Como o senhor avalia o impacto do anúncio?
AYERBE - A fronteira da Venezuela com a Colômbia é uma área vista pelos EUA como
problemática pela agenda de crime organizado, guerrilha. Então é sensível. Mas, do lado brasileiro, não
gera desconforto. Não é com US$ 5 bilhões que a Venezuela virará potência militar.
FOLHA - O interesse da Rússia é puramente mercadológico?
AYERBE - A Rússia não é mais uma potência da Guerra Fria, com estratégia de presença global.
Para a Rússia, a América Latina não é fundamental. O que vejo é econômico. E a Venezuela quis
comprar caças do Brasil, mas os EUA proibiram. Daí a Venezuela compra da Rússia, que vende ainda
para o Brasil e o Peru. Só que na Venezuela o volume é alto.
FOLHA - Do ponto de vista da Colômbia, há risco de reação?
AYERBE - A Colômbia tem certamente uma posição diferente da do Brasil, por causa da
fronteira. Certamente a compra de armas pela Venezuela deve preocupar Bogotá.
FOLHA - E os EUA, podem reagir com investimentos?
AYERBE - Os EUA já fizeram seu aporte no ano passado, com a expansão das bases na
Colômbia. Do ponto de vista da Venezuela, a presença nas bases da Colômbia é um fator de risco, e
esse argumento leva ao crescimento da capacidade militar.
Chávez gastará até US$ 5 bi com armas russas
Moscou faz anúncio após retorno de Vladimir Putin de visita à Venezuela, mas não confirma
produtos e nem prazos
Em Caracas, premiê russo disse se aproveitar do vácuo deixado pelo fato de EUA se negarem a
vender material bélico ao país sul-americano
DA REDAÇÃO
O premiê da Rússia, Vladimir Putin, disse ontem, em reunião com funcionários da indústria bélica
transmitida pela TV, que sua breve passagem pela Venezuela, na semana passada, rendeu ao país
promessas de compras de armamentos que superariam US$ 5 bilhões.
Segundo Putin, a cifra inclui a cessão de US$ 2,2 bilhões em linhas de crédito para a compra de
armas que havia sido prometida a Hugo Chávez em setembro passado, na oitava visita do presidente
venezuelano a Moscou. "Todas as fontes do financiamento foram determinadas e acordadas com os
nossos sócios", afirmou Putin. "O trabalho para aumentar as exportações vai continuar", garantiu.
Desde 2005, a Venezuela já anunciou a compra de mais de US$ 4 bilhões em armamentos
russos. De concreto, recebeu 100 mil fuzis Kalashnikov, 24 caças e 51 helicópteros.
Fontes militares russas informaram à agência Interfax que, desta vez, Caracas quer três
submarinos, 92 tanques, dezenas de blindados, dez helicópteros de combate, aviões-patrulha, lanchaspatrulha,
lanchas de desembarque, lançadores de mísseis e três modernos sistemas de defesa aérea,
além de um sistema móvel de artilharia costeira capaz de abater embarcações a 130 km de distância.
Haveria também conversas sobre a construção de uma fábrica de metralhadoras e de munição.
Em todo o ano passado, segundo o Kremlin, a Rússia exportou US$ 7,4 bilhões em armas. O
bilionário pedido da Venezuela, uma vez concretizado, deverá ser dividido entre as 13 maiores
fabricantes bélicas do país euro-asiático.
Em Caracas, no sábado passado, Putin negou que o fortalecimento da defesa da Venezuela
possa provocar uma crise na região e lembrou que, "se todos os países somarem seus gastos em
defesa, ainda será menos do que o dos EUA". "Temos boas relações com os EUA e, graças a Deus, não
temos do que reclamar sobre as relações com o Reino Unido. Se os EUA não querem fornecer armas
para alguns países, inclusive a Venezuela, bom para nós. Deixem que eles não forneçam. A natureza
abomina vácuo", afirmou.
Durante a visita, entretanto, Putin e Chávez não assinaram nenhum novo acordo bélico.
Outro "vácuo" que a Rússia é convidada a preencher é o da Bolívia. O presidente Evo Morales,
que foi a Caracas se encontrar com Putin, disse ter pedido ao premiê que volte "com força" à América
Latina e relance as relações bilaterais.
Os EUA expressaram sua preocupação. Ontem, o porta-voz do Departamento de Estado P.J.
Crowley afirmou que o anúncio "pressiona" os EUA a analisarem "quais necessidades de defesa
legítimas a Venezuela tem". "Poderíamos pensar em investimentos que seriam melhores para o povo
venezuelano", alfinetou Crowley antes acrescentar que a maior preocupação americana é "não ver esse
equipamento migrar a outras partes do hemisfério".
Embora não tenham sido diretos desta vez, os EUA já acusaram no passado a Venezuela de
armar a guerrilha das Farc (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia). Em Caracas, Putin ecoou a
negativa de Chávez às suspeitas. "Nunca tivemos sinal de que a Venezuela apoiasse o terrorismo. Do
contrário, eu não estaria aqui agora", afirmou o russo.
Com agências internacionais
ENTREVISTA - LUIS FERNANDO AYERBE, COORDENADOR DO INSTITUTO DE ESTUDOS
ECONÔMICOS INTERNACIONAIS DA UNESP
"Compra não torna Caracas uma potência"
DA REDAÇÃO
O argentino Luis Fernando Ayerbe, coordenador do Instituto de Estudos Econômicos
Internacionais da Unesp, afirma que a compra de mais armas russas não faz da Venezuela uma potência
militar e que o país não apresenta ameaça aos vizinhos.
(GABRIELA MANZINI)
FOLHA - O anúncio significa uma mudança na Venezuela?
LUIS AYERBE - Há toda uma programação de compra de armas por parte da Venezuela, mas
isso não vai representar desequilíbrio. A Venezuela não é o país mais poderoso da região em
armamento. O que há é uma postura de Chávez de crescer militarmente.
FOLHA - Como o senhor avalia o impacto do anúncio?
AYERBE - A fronteira da Venezuela com a Colômbia é uma área vista pelos EUA como
problemática pela agenda de crime organizado, guerrilha. Então é sensível. Mas, do lado brasileiro, não
gera desconforto. Não é com US$ 5 bilhões que a Venezuela virará potência militar.
FOLHA - O interesse da Rússia é puramente mercadológico?
AYERBE - A Rússia não é mais uma potência da Guerra Fria, com estratégia de presença global.
Para a Rússia, a América Latina não é fundamental. O que vejo é econômico. E a Venezuela quis
comprar caças do Brasil, mas os EUA proibiram. Daí a Venezuela compra da Rússia, que vende ainda
para o Brasil e o Peru. Só que na Venezuela o volume é alto.
FOLHA - Do ponto de vista da Colômbia, há risco de reação?
AYERBE - A Colômbia tem certamente uma posição diferente da do Brasil, por causa da
fronteira. Certamente a compra de armas pela Venezuela deve preocupar Bogotá.
FOLHA - E os EUA, podem reagir com investimentos?
AYERBE - Os EUA já fizeram seu aporte no ano passado, com a expansão das bases na
Colômbia. Do ponto de vista da Venezuela, a presença nas bases da Colômbia é um fator de risco, e
esse argumento leva ao crescimento da capacidade militar.
"A reconquista da soberania perdida não restabelece o status quo."
Barão do Rio Branco
Barão do Rio Branco
Re: GEOPOLÍTICA
E o que o povo venezuelano tem a dizer sobre os bilhões de dólares pra fazer coisas que, de fato, são benéficas ao país? Pergunto à eles porque essa questão não vai sair de lá, graças ao nosso bondoso Chavez
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Re: GEOPOLÍTICA
Chávez está arruiando a Venezuela; no entanto, um dos pilares q o mantém no poder é o permanente alarmismo em relação a inimigos externos. Análogo, obviamente matendo-se as singularidades, a denominada "Guerra contra o terror" com a qual seu "inimigo" tanto tenta legitimar suas ações externas nos últimos 9 anos.
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Re: GEOPOLÍTICA
E tb análogo ao que o Fidelzão usa para encarcerar os cubanos nos anos 60 em relação ao "embargo" que só phode o povão cubano e não a cúpola do PCCuEnlil escreveu:Chávez está arruiando a Venezuela; no entanto, um dos pilares q o mantém no poder é o permanente alarmismo em relação a inimigos externos. Análogo, obviamente matendo-se as singularidades, a denominada "Guerra contra o terror" com a qual seu "inimigo" tanto tenta legitimar suas ações externas nos últimos 9 anos.
Só há 2 tipos de navios: os submarinos e os alvos...
Armam-se homens com as melhores armas.
Armam-se Submarinos com os melhores homens.
Os sábios PENSAM
Os Inteligentes COPIAM
Os Idiotas PLANTAM e os
Os Imbecis FINANCIAM...
Armam-se homens com as melhores armas.
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Os sábios PENSAM
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Os Idiotas PLANTAM e os
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Re: GEOPOLÍTICA
Isso não passa de um guia de intenções, só isso. Na hora do quebra pau o uso das armas nucleares fica a critério do presidente.tflash escreveu:Isso quer dizer que em teoria o Brasil ou o Japão podiam invadir os EUA que não levavam com as Nukes? Isso eu pagava para ver!Obama vai restringir recurso à arma nuclear
por LusaHoje
O Presidente Barack Obama vai restringir as condições em que os Estados Unidos poderão recorrer à arma nuclear, informou na segunda feira um destacado responsável norte-americano.
A nova estratégia nuclear dos Estados Unidos, que será divulgada hoje em pormenor, tem por objectivo "impedir o terrorismo nuclear, a proliferação e reduzir o papel das armas nucleares na estratégia de segurança nacional", disse o responsável que pediu para não ser identificado.
O Presidente deverá, nomeadamente, comprometer-se a nunca utilizar a arma nuclear contra um adversário que não a possui e que respeita o Tratado de não proliferação nuclear, refere o New York Times no seu "site" na Internet, depois de ter entrevistado Obama sobre estratégia nuclear.
O Presidente norte-americano esclareceu, no entanto, que "estados fora das normas como o Irão e a Coreia do Norte" serão excepções à nova regra, segundo uma das raras citações directas fornecidas de imediato pelo diário.
I know the weakness, I know the pain. I know the fear you do not name. And the one who comes to find me when my time is through. I know you, yeah I know you.
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Re: GEOPOLÍTICA
Pois então, é um subterfúgio de todas as vias . Válido para ameaças reais, imaginárias ou reais-imaginárias, tudo depende das conveniências do momento.WalterGaudério escreveu:E tb análogo ao que o Fidelzão usa para encarcerar os cubanos nos anos 60 em relação ao "embargo" que só phode o povão cubano e não a cúpola do PCCuEnlil escreveu:Chávez está arruiando a Venezuela; no entanto, um dos pilares q o mantém no poder é o permanente alarmismo em relação a inimigos externos. Análogo, obviamente matendo-se as singularidades, a denominada "Guerra contra o terror" com a qual seu "inimigo" tanto tenta legitimar suas ações externas nos últimos 9 anos.
Re: GEOPOLÍTICA
06/04/2010 - 21h39
Brasil e EUA devem assinar acordo de defesa
via UOL
O Brasil e os Estados Unidos devem assinar na próxima segunda-feira (12) um acordo de cooperação na área de defesa, segundo fontes diplomáticas. O texto do acordo está em fase de revisão final, e a expectativa é de que o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, viaje a Washington para assinar o documento com o Secretário de Defesa americano, Robert Gates.
Este será o primeiro acordo-quadro entre os dois países na área de defesa desde 1977, quando o Brasil cancelou unilateralmente um acordo militar com os Estados Unidos datado de 1952. Desde então, os dois países mantinham apenas pequenos acordos setoriais na área de defesa, que incluíam a venda de equipamentos e intercâmbios entre as Forças Armadas. O acordo-quadro cria um instrumento jurídico sobre o tema.
Os projetos de cooperação a serem implementados pelos dois países ainda não estão definidos, mas deverão envolver treinamento, equipamentos e desenvolvimento tecnológico na área de defesa.
Colômbia
Segundo fontes diplomáticas, o acordo já vinha sendo discutido entre os dois países desde o governo de George W. Bush. No entanto, tomou forma apenas nos últimos meses. No ano passado, a relação bilateral atravessou momentos de tensão devido a divergências em vários temas. Um dos pontos de atrito foi desencadeado por um acordo militar firmado entre os Estados Unidos e a Colômbia, que previa o uso de bases em território colombiano por forças americanas.
A parceria militar entre Estados Unidos e Colômbia gerou críticas de diversos países da América do Sul. Na época, o governo brasileiro chegou a criticar a "falta de transparência" do acordo e pediu explicações tanto da Colômbia quanto dos Estados Unidos.
O acordo a ser firmado com o Brasil, ao contrário do tratado com a Colômbia, não envolve instalações ou acesso especial de uma das partes ao território da outra, nem qualquer tipo de imunidades para as tropas. O documento tem também uma cláusula de garantias da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), que garante respeito aos princípios igualdade soberana dos Estados, não-intervenção em assuntos internos e inviolabilidade territorial.
Brasil e EUA devem assinar acordo de defesa
via UOL
O Brasil e os Estados Unidos devem assinar na próxima segunda-feira (12) um acordo de cooperação na área de defesa, segundo fontes diplomáticas. O texto do acordo está em fase de revisão final, e a expectativa é de que o ministro brasileiro da Defesa, Nelson Jobim, viaje a Washington para assinar o documento com o Secretário de Defesa americano, Robert Gates.
Este será o primeiro acordo-quadro entre os dois países na área de defesa desde 1977, quando o Brasil cancelou unilateralmente um acordo militar com os Estados Unidos datado de 1952. Desde então, os dois países mantinham apenas pequenos acordos setoriais na área de defesa, que incluíam a venda de equipamentos e intercâmbios entre as Forças Armadas. O acordo-quadro cria um instrumento jurídico sobre o tema.
Os projetos de cooperação a serem implementados pelos dois países ainda não estão definidos, mas deverão envolver treinamento, equipamentos e desenvolvimento tecnológico na área de defesa.
Colômbia
Segundo fontes diplomáticas, o acordo já vinha sendo discutido entre os dois países desde o governo de George W. Bush. No entanto, tomou forma apenas nos últimos meses. No ano passado, a relação bilateral atravessou momentos de tensão devido a divergências em vários temas. Um dos pontos de atrito foi desencadeado por um acordo militar firmado entre os Estados Unidos e a Colômbia, que previa o uso de bases em território colombiano por forças americanas.
A parceria militar entre Estados Unidos e Colômbia gerou críticas de diversos países da América do Sul. Na época, o governo brasileiro chegou a criticar a "falta de transparência" do acordo e pediu explicações tanto da Colômbia quanto dos Estados Unidos.
O acordo a ser firmado com o Brasil, ao contrário do tratado com a Colômbia, não envolve instalações ou acesso especial de uma das partes ao território da outra, nem qualquer tipo de imunidades para as tropas. O documento tem também uma cláusula de garantias da Unasul (União das Nações Sul-Americanas), que garante respeito aos princípios igualdade soberana dos Estados, não-intervenção em assuntos internos e inviolabilidade territorial.
"Apenas o mais sábio e o menos sábio nunca mudam de opinião."